No post de terça-feira, falei sobre o Baby Blues, lembram? Expliquei como ele é uma tristeza que chega aos poucos nos dias que seguem ao nascimentos dos pequenos e que costuma ir embora logo.
No entanto, algumas mamães sentem uma tristeza que não vai embora. Pelo contrário, ela só aumenta e parece não ter fim. Ela leva pra longe todo o prazer desse momento tão especial que é o nascimento de um filho......quando chega nesse ponto, a mãe está sofrendo de Depressão pós-parto.
Muitos acham que é folclore, que isso não existe, que é impossível uma mulher sentir algo que não seja alegria quando se torna mãe. Mas isso existe SIM, e é muito sério! Se não tratada, pode levar até ao suicídio e na morte da criança.
Alguns dados:
- atinge cerca de 10% das mulheres.
- pode aparecer dias, semanas e até meses depois do parto (em alguns casos, começa a dar sinais até mesmo antes do bebê nascer).
Principais sintomas (é importante destacar que a Depressão pós-parto não ocorre apenas quando todos esses sintomas aparecem ao mesmo tempo. Se a mulher apresenta pelo menos 4 sintomas por mais do que 30 dias, é preciso uma análise mais de perto, de preferência com um profissional):
- Tristeza constante, especialmente na parte da manhã e/ou à noite
- Sensação de que não vale a pena viver e de que nada de bom vem pela frente
- Sensação de culpa e de responsabilidade por tudo
- Irritabilidade e falta de paciência com parceiro e filhos
- Choro constante
- Exaustão permanente, acompanhada de insônia
- Incapacidade de se divertir
- Perda do bom humor
- Sensação de não conseguir lidar com as circunstâncias da vida
- Enorme ansiedade em relação ao bebê e busca constante por garantias, por parte de profissionais de saúde, de que ele está bem
- Preocupação com sua própria saúde, possivelmente acompanhada pelo temor de ter alguma doença grave
- Falta de concentração
- Sensação de que o bebê é um estranho e não seu próprio filho (falta de interesse pelo bebê, nenhuma vontade de tocá-lo ou pegá-lo no colo)
- Perda de libido
- Falta de energia
- Problemas de memória
Será que algumas mulheres são mais propensas do que outras? Pesquisas apontam que alguns fatores interferem sim:
- Já ter passado por uma depressão antes
- Depressão durante a gravidez
- Parto difícil
- Perda da própria mãe na infância
- Parceiro ou família ausentes
- Nascimento de um bebê prematuro ou com problemas de saúde
- Problemas financeiros, de moradia, desemprego ou perda de um ente querido
O tratamento é feito com uso de remédios e terapia.
É preciso muito cuidado e carinho por parte dos familiares. A mulher deve receber ajuda e suporte, pois está passando por um momento delicadíssimo. NÃO É FRESCURA! É algo sério e que deve ser tratado.
Há como evitar? Na verdade, não! Mas médicos apontam que, quanto mais apoio a mãe recebe durante a gravidez e no pós-parto, menores são as chances de desenvolver a depressão, pois ela se sentirá mais confiante, acolhida a apoiada.
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