quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Depressão pós-parto

No post de terça-feira, falei sobre o Baby Blues, lembram? Expliquei como ele é uma tristeza que chega aos poucos nos dias que seguem ao nascimentos dos pequenos e que costuma ir embora logo.

No entanto, algumas mamães sentem uma tristeza que não vai embora. Pelo contrário, ela só aumenta e parece não ter fim. Ela leva pra longe todo o prazer desse momento tão especial que é o nascimento de um filho......quando chega nesse ponto, a mãe está sofrendo de Depressão pós-parto.

Muitos acham que é folclore, que isso não existe, que é impossível uma mulher sentir algo que não seja alegria quando se torna mãe. Mas isso existe SIM, e é muito sério! Se não tratada, pode levar até ao suicídio e na morte da criança.

Alguns dados:

- atinge cerca de 10% das mulheres.
- pode aparecer dias, semanas e até meses depois do parto (em alguns casos, começa a dar sinais até mesmo antes do bebê nascer).


Principais sintomas (é importante destacar que a Depressão pós-parto não ocorre apenas quando todos esses sintomas aparecem ao mesmo tempo. Se a mulher apresenta pelo menos 4 sintomas por mais do que 30 dias, é preciso uma análise mais de perto, de preferência com um profissional):

- Tristeza constante, especialmente na parte da manhã e/ou à noite
- Sensação de que não vale a pena viver e de que nada de bom vem pela frente
- Sensação de culpa e de responsabilidade por tudo
- Irritabilidade e falta de paciência com parceiro e filhos
- Choro constante
- Exaustão permanente, acompanhada de insônia
- Incapacidade de se divertir
- Perda do bom humor
- Sensação de não conseguir lidar com as circunstâncias da vida
- Enorme ansiedade em relação ao bebê e busca constante por garantias, por parte de profissionais de saúde, de que ele está bem
- Preocupação com sua própria saúde, possivelmente acompanhada pelo temor de ter alguma doença grave
- Falta de concentração
- Sensação de que o bebê é um estranho e não seu próprio filho (falta de interesse pelo bebê, nenhuma vontade de tocá-lo ou pegá-lo no colo)
- Perda de libido
- Falta de energia
- Problemas de memória

Será que algumas mulheres são mais propensas do que outras? Pesquisas apontam que alguns fatores interferem sim:

- Já ter passado por uma depressão antes
- Depressão durante a gravidez
Parto difícil
Perda da própria mãe na infância
Parceiro ou família ausentes
Nascimento de um bebê prematuro ou com problemas de saúde
Problemas financeiros, de moradia, desemprego ou perda de um ente querido

O tratamento é feito com uso de remédios e terapia.

É preciso muito cuidado e carinho por parte dos familiares. A mulher deve receber ajuda e suporte, pois está passando por um momento delicadíssimo. NÃO É FRESCURA! É algo sério e que deve ser tratado.

Há como evitar? Na verdade, não! Mas médicos apontam que, quanto mais apoio a mãe recebe durante a gravidez e no pós-parto, menores são as chances de desenvolver a depressão, pois ela se sentirá mais confiante, acolhida a apoiada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário