Textos

Filho não é igual a videogame

Toda grávida e (principalmente) quem tem um recém-nascido em casa, já ouviu essa frase: "tá achando difícil agora? Não viu nada ainda! Criança é igual videogame: a próxima fase é sempre a mais difícil"!
Pois não sei se sou só eu, mas NA REAL, nunca senti isso com o lindão, ou a maternidade. Pelo contrário! Acho que mês e mês, as coisas vão ficando bem mais fáceis e simples.
Vou dar alguns motivos que me fazem pensar assim:
- você conhece melhor a criança dia a pós dia. Até mesmo com uma piscadinha diferente, você conseguirá entender o que ela quer ou sente. Muito diferente daquela estranheza toda dos primeiros meses.
- é imensamente libertador quando a criança começa a falar e você não precisa mais exercitar seu poder de adivinhação a cada choro.
- a criança começa a comer aos 6 meses e você sente aquela liberdade tão sumida reaparecendo...você não é mais a única fonte de alimento do seu bebê! Você pode sair sem a neura da "hora da mamada".
- a criança interage com você. Não é mais uma via de comunicação unilateral, com o bebê praticamente só dormindo e mamando. Você não se sente mais sozinha quando estão só você e o bebê.
- chega o desfralde!!! Sim, ele é muito chato, mas vai facilitar tanto a vida que vale cada esforço. Fora a economia, né? Porque vamos combinar? Parece que as fraldas de hoje são feitas com micro fios de ouro! kkkkkkkk.....
- Você vai deixando de lado aquela bolsa abarrotada de coisas e volta a usar simplesmente a SUA bolsa. Sim, ela terá algumas coisas das crianças, mas nada comparado àquela verdadeira mudança que precisamos levar quando saímos de casa com um bebê.
- Você voltará a ter tempo pra se cuidar, já que os horários estão determinados, a rotina já foi estabelecida, a criança passa meio período na escola,.....
- Sabe a festinha que você vai, mas nem sabe o que rolou porque passou o tempo todo correndo atrás da criança? Pois é!! Lá pelos 3-4 anos, a criança vai se jogar com os amiguinhos e você poderá sentar e só observar enquanto bota o papo em dia.
- A criança te entende: vocês trocam ideias, você pode explicar a razão das coisas pra ela, você tem conversas fantásticas com seus filhos.
- Autonomia: coisa boa demais a criança não depender mais de você pra absolutamente tudo!
Sinceramente, acho que quem acredita nessa teoria do videogame, só sabe focar no lado negativo das mudanças e esquece totalmente das facilidades que chegam com o tempo.

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Faça o melhor por seus filhos: cuise-se!

O post de hoje não é "papo fit" não! É PAPO SAÚDE!
Não quero falar de um corpo sarado, sem nada fora do lugar, com músculos tão firmes quanto os de atletas profissionais, abdome trincado, etc....nada disso! Quero falar de saúde mesmo!
No primeiro ano de um bebê, é comum os pais esquecerem de si mesmos por conta do cansaço, privação de sono e tudo mais....mas a partir do momento em que as coisas vão se organizando, é fundamental voltar (ou começar) a se preocupar com sua saúde. Se não for por você, que seja por seus filhos.
Você quer a felicidade deles mais até do que a sua própria, não é mesmo? Então, CUIDE-SE!! Seja saudável, tenha disposição pra correr, pular, se jogar no chão com eles. Tenha um organismo forte, com a imunidade lá em cima, pra que seus filhos não tenham um susto atrás do outro com os muitos "piripaques" que você terá quando envelhecer. Mexa-se pra que seu coração seja forte, pra que seus ossos passem longe dos problemas comuns à idade, pra que seu cérebro não entre em colapso, pra que seu corpo não vá parando até travar por completo e você não conseguir nem brincar com seus netos ou mesmo, caminhar com tranquilidade numa tarde em família pelo shopping .
Não teime com a boa saúde. Não deixe o check-up médico sempre para o próximo ano. Não pense que aquele dente sensível vai se curar sozinho. Não pense que aquela dor nas costas é "coisa da idade mesmo". Não espere até aquele incômodo ficar insuportável para só então procurar um médico. Não fuja dos exames de sangue. QUEIRA saber como está a sua saúde! Preocupe-se com você! Queira estar em sua melhor forma sempre. Com seu corpo "tinindo" por dentro.
"Ah, mas eu não quero perder o pouco tempo que tenho pra ficar com os pequenos malhando"!
Já está mais do que comprovado que apenas 30 minutos de atividade, três vezes na semana, são suficientes para manter a saúde do corpo. 30 minutos....isso não é nada perto do que você pode perder lá na frente quando não conseguir nem caminhar 100m sem sentir algum tipo de desconforto.
"Ah! Mas a saúde é minha! Com a saúde dos meus filhos é que eu me preocupo"!
E quem você acha que vai se preocupar quando você cair doente? E quem será que vai ficar sem seus cuidados quando você "travar" algum músculo? E quem vai se sentir perdido quando tiver que levar um dos seus pais para um hospital por pura falta de cuidado? E quem vai ter sua vida sacrificada pela irresponsabilidade dos pais com seus próprios corpos? Adoecer, precisar de médico, ser cuidado pelos filhos...tudo isso pode até fazer parte da velhice, mas fazer os filhos passarem por isso mais cedo por puro descuido é no mínimo, egoísmo, concordam?
"Ah! Mas eu quero que meus filhos comam de tudo! A vida é muito curta"!
Super concordo, mas também concordo que comer de tudo não significa se entupir de açúcar e fritura todo santo dia. É preciso ensinar o equilíbrio. É preciso ensinar que é gostoso sim comer doce, pizza, salgadinho....mas que isso é a exceção. Não a regra! 
A SUA SAÚDE nunca é só sua! Tudo o que fazemos na vida reflete diretamente em quem está à nossa volta. Já percebeu isso? Até mesmo antes de nascerem, o presente dos nossos filhos foi definido POR NÓS, em algum momento lá atrás. Foram as NOSSAS decisões que nos trouxeram até onde (e como) estamos agora.
Por que seria diferente com a nossa saúde? Não cuidar da nossa saúde agora, é sinônimo de preocupação, sofrimento e privação para nossos filhos no futuro.
Além disso, não cuidar de nossa saúde pode gerar o total desprezo dos nossos filhos em cuidar da saúde deles também. Crianças aprendem pelo exemplo! Se os pais se cuidam, comem bem, se exercitam, os pequenos vão crescer nesse ambiente e vão levar esse estilo de vida para sempre com eles. Mas se seus filhos só te vêm comendo besteiras e dizendo o quanto odeia atividade física, como acha que eles serão quando adultos?
Cuide-se! Cuide-se muuuuuuuito!! Pelos seus filhos! A cada dia de atividade física, pense neles! A cada alimento saudável em seu prato, pense neles! A cada check-up anual chato, pense neles! É por eles! E quando você perceber o quanto se sentirá bem ao cuidar melhor de si, vai notar que não é só por eles...é por você também!

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Carta para uma mãe cansada - na prática

Terça-feira, eu publiquei um texto que gosto muito e que resume a realidade de todas as mães. A partir daí, recebi emails e mensagens me pedindo pra exemplificar como conseguir essa tão desejada recarga de bateria. Vou colocar alguns exemplos e, no final, como faço aqui em casa, ok?
A "recarga" do texto pode ser algo muito rápido, de minutos, ou algo maior, como uma tarde sozinha no shopping enquanto a criança está na escola....não importa. O fundamental é ter tempo pra si mesma. Olhem só:
Com o recém-nascido:
- deitar no sofá ou na cama e fazer nada enquanto o pai dá banho ou troca a fralda.
- aproveitar a soneca do bebê pra tomar uma xícara de café ou chá quietinha, vendo TV, lendo ou se atualizando nas redes sociais.
- deixar alguém de confiança com o bebê e tomar um banho que dure mais do que 2 minutos.
- sair para caminhar (mesmo com o bebê no carrinho - ele vai acabar dormindo e você terá um tempo pra si mesma).
- ir ao mercado sozinha (deixe o bebê com o pai depois da mamada e vá)
Como foi comigo: como vocês sabem, quando o lindão era bebê, morávamos a mais de mil km da família, então, deixar ele com alguém era impossível...então, quem me salvava era o maridão mesmo. Usei muito a tática de deixar os dois em casa pra ir sozinha ao mercado. Também aproveitava pra relaxar olhando o teto enquanto ele dava banho ou brincava com o pequeno. Passeava muito com o lindão no carrinho....ele dormia, eu colocava os fones, ouvia minhas músicas preferidas e caminhava. Como a fase do recém-nascido é punk, não conseguia essa recarga sempre que precisava.
Com a criança que ainda não foi pra escolinha:
As mamadas acabaram, a criança não passará fome sem a mãe por perto....essa é a melhor época pra se conseguir um tempinho pra si mesma. Deixe a criança com alguém e...
- vá ao salão de beleza fazer as unhas ou mudar o cabelo.
- chame uma amiga pra ir com você ao shopping ou a um café e jogar conversa fora.
- sente-se em um café, leia, tome um capuccino e coma um pedaço de bolo sem pressa.
- faça uma atividade física por pelo menos 30 minutos...algo que você realmente ame fazer.
- saia com o maridão pra namorar.
Como foi comigo: fiz tudo o que citei acima....rsrsrs.....foi depois da introdução alimentar que realmente consegui ter mais tempo pra mim. Sem aquela neura da amamentação ser a única fonte alimentar do pequeno, conseguia deixar o lindão com o papai ou com avós (quando eles iam nos visitar, abusávamos deles....kkkkkkkkk).
Criança na escolinha:
A partir dessa fase, as coisas começam a se ajeitar mais frequentemente, a rotina já está bem estabelecida e você terá um período só pra si mesma, da forma como achar melhor.
Como é comigo: atualmente, consigo tempo pra mim assim:
- acordo mais cedo pra poder tomar café da manhã tranquila com o maridão.
- faço HIIT (30 minutos de exercícios intensos)e tomo banho antes do lindão acordar.
- enquanto ele está na escola, vario muito, pois é nesse período que aproveito também para trabalhar, escrever, faxinar,.....mas quando sinto que preciso de bateria renovada, escolho um dia e saio sozinha, vou ao salão, assisto minhas séries preferidas ou chamo as amigas pra bater papo.
Ah!! E suuuper rola a recarga de baterias com o maridão: depois que o lindão dorme, assistimos TV, tomamos uma taça de vinho, conversamos. E sempre que dá, o pequeno fica com os avós e damos uma saidinha, só nos dois.

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Carta para uma mãe cansada

Texto lindo e real que amo de paixão! É preciso se livrar da culpa e tirar um tempinho de folga dos filhos....pra ser uma mãe melhor.

Oi, mamãe! Como você está? Mas eu quero saber como você está de verdade.

Você vive dizendo que está bem, mas eu vejo claramente que não está. E não tem problema. Eu também não estou bem.

A verdade é que eu não conheço nenhuma mãe que esteja “bem”. De verdade, acredito que deveríamos cortar a palavra “bem” do nosso vocabulário, afinal, nós estamos tão além e tão aquém de “bem” na maior parte dos dias.

Maternidade é uma dicotomia de extremos. Os mais alto dos altos e os mais baixo dos baixos. Intensa realização e insana frustração. Amor que te domina por completo e exaustão que toma conta de você. E esses extremos podem derrubar você. Sim, até os extremos bons podem fazer isso com você. Afinal, esse constante sobe e desce é desgastante para a psique e para a alma.

Uma das minhas escritoras favoritas, Christine Organ, usa o termo “alma cansada”. Maternidade pode transformá-la numa alma cansada, principalmente se você não estiver cuidando direito de você mesma.

Eu sei, eu sei, cuidar de você parece simplesmente mais uma coisa a incluir na sua já extensa lista de coisas a fazer. E como cuidar de você se você tem algumas pessoinhas contando com você para cuidar delas o tempo todo? Você se sente exausta. Não tem condições de se dedicar mais nem um pouquinho a nada. E isso inclui você.

Mas, por favor, preste atenção em mim, mamãe. Eu estive onde você está. Eu chorei enquanto o meu bebê chorava, eu fiquei sem dormir e sem esperança, eu olhei pela janela da minha sala e me perguntei como a minha vida virou essa bagunça e tortura. Eu senti os meus nervos se desmanchando – sim, fisicamente eu sentia isso – e me perguntei se não estava me partindo ao meio. Ah, e eu também lutei contra a vontade de sair pela porta da frente e ir embora, para bem longe.

E o que eu aprendi ao longo de 15 anos de maternidade é que esse impulso não deve ser combatido, ele deve ser saciado. Acredite em mim.

A maternidade é maravilhosa e mágica, mas é também pesada e difícil. E o que fazer quando você está sentindo tudo de pesado e difícil e nada de maravilhoso e mágico? Essa é a hora de dar um tempo. Na verdade, já passou da hora. Você tem razão em se sentir exausta, pois é exatamente como você está.

“Mas por que eu preciso de um tempo? Eu amo meus filhos!”. Provavelmente, é isso que você pensa com uma boa dose de culta. E aqui está a resposta: Amor é algo sem limites. Mas energia não. Amor é um motor, e energia é o seu combustível. Sem combustível, todo o amor desse mundo não irá leva-la a lugar nenhum. Você se senta sem forças, sabe que deveria estar se movendo, mas sente-se totalmente incapaz de fazer isso. Você tem que se reabastecer e, idealmente, antes de ficar completamente sem combustível.

Você pode não querer ouvir isso, mas para se reabastecer sendo uma mãe você terá, quase sempre, que deixar seus filhos. Desculpe, mas essa é a verdade.Você não pode colocar gasolina no seu tanque enquanto dirige por aí. Você acha que está cumprindo o seu papel (e muito bem) ficando disponível para seus filhos 100% do tempo, mas você não está. Você não está sendo tão boa assim para eles e também você não está lá 100% do tempo. Essa é a verdade. Ou melhor, você até está lá, mas não está “com eles”, ligada neles.

E acredite em mim: seus filhos precisam que você faça isso. Eles precisam de uma mãe que não esteja exausta. Eles precisam de uma mãe que tenha as duas coisas: amor e energia para dar para eles. Eles precisam de uma mãe que tenha ficado tempo suficiente longe deles para que ela volte a sentir um enorme prazer quando estiverem juntos de novo.

Eu sei que essa ideia deixa você tensa, mas aqui vai a boa notícia: isso não exige muito. Você sabe que só precisa de poucos minutos para colocar gasolina no tanque para poder viajar longe, né? 
 Assim, você também só precisará de um pouco mais de alguns minutos longe dos seus filhos, e não de um final de semana ou um dia inteiro. Apenas algumas horas longe, conscientemente reabastecendo o seu tanque, fará uma enorme diferença na sua vida.

Vá lá, carregue você mesma até um café, livraria, spa, academia ou qualquer outro lugar que faça você se sentir você de novo. Carregue também um livro, um fone de ouvido, um jornal ou a sua melhor amiga. Qualquer coisa que você precise para encher o seu tanque. Ou talvez você só precise de uma soneca. Então, tire uma.

Independente do que você faça, não acredite que o que você está sentindo nesse momento é o que a maternidade é de verdade. Às vezes, ela é um saco sim. Às vezes ela é exaustiva. Essas são verdades universais. Mas se você sente que está parada na ponta de um precipício, olhando para baixo, isso é um sinal de que você precisa dar um passo para trás e caminhar para longe por um tempo. Eu sei que isso é difícil, mas você ficará impressionada no quanto uma pequena recarga de energia poderá mudar totalmente a forma com que você enxerga a maternidade.
Annie Reneau

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Um recado para o Dia Internacional da Mulher

Pra comemorar esse dia especial, gostaria de pedir algo para as mães e os pais de meninas (e tias, tios, avós...):
. Ensinem suas pequenas a serem independentes sim, mas não deixem de ensiná-las a cuidar da casa, a cozinhar, a passar e todos esses serviços "do lar". Assim, elas saberão ensinar um dia, cobrar e, principalmente, vão saber se virar caso precisem morar fora, caso a vida financeira dê uma reviravolta e elas mesmas precisem cuidar da casa.
. Mostrem que, apesar do constante esforço da mídia em mostrar o contrário, casar, ter um companheiro pra vida toda, formar uma família, cuidar dessa família, é lindo e é o trabalho mais importante que ela fará em toda a sua vida.
. Mostrem que homem e mulher devem ser tratados com igualdade, mas que isso não significa que eles são iguais. Cada um tem suas belezas, suas falhas, suas qualidades e seus defeitos....se fossem idênticos, um dos dois se tornaria desnecessário na Terra. Deus não criou homem e mulher a toa.
. Ensinem que sonhar com o príncipe encantado não tem nada de errado, mas mostrem que esse príncipe virá com alguns defeitinhos (assim como ela) e que a perfeição, na verdade, tornaria as pessoas muito chatas.
. Ensinem que se cuidar, estar sempre cheirosa, bem vestida e arrumada faz a mulher se sentir bem com ela mesma, mas que se gostar independe de qualquer padrão imposto pela sociedade.
. Não elogiem apenas a beleza das pequenas. Não falem com elas apenas sobre a roupa linda ou o penteado maravilhoso que ela está usando, ou o quanto ela está mais bonita a cada dia. Falar disso tudo faz parte, mas falem com elas também sobre livros, escola, filmes, histórias bacanas, esportes.
. Não permitam que elas sejam contaminadas pela onda atual de "ódio à masculinidade e ao homem". Homem não é melhor que mulher. Mas a mulher também não é melhor que o homem. Como já disse acima, ambos se completam com suas qualidades e seus defeitos.
. Ensine a elas que, ser esposa não pode significar ser mãe do marido. Que elas cuidem de seus maridos com todo o carinho, mas carinho de esposa. Nunca de mãe.
. Mostre a importância de estar com um homem que entenda que não existe "trabalho de mulher" em casa. Um homem que também tenha aprendido a fazer tudo o que uma casa exige. Um homem que saiba, desde a infância, que o casal tem uma parceria nos cuidados com a casa e os filhos.
. Façam com que elas entendam que relacionamento e casamento não devem ser uma competição, mas sim, uma parceria. Expliquem o real significado do termo bíblico "ser submissa ao seu marido"....não o que a mídia tenta mostrar, mas o REAL significado, que é "estar sob a mesma missão que o marido", ambos sempre em sintonia, com muito diálogo, companheirismo e amor.
. Expliquem que, apesar de serem extremamente fortes, elas vão adoecer se tentarem levar tudo sozinhas. Carregar o peso do mundo nas costas não é bom pra ninguém e crescer sendo convencida de que "eu me basto, eu sou melhor sozinha, eu não preciso de ninguém, ninguém faz tão bem como eu faço", só vai trazer sofrimento e uma carga excessivamente pesada. Ter um parceiro pra dividir a carga é bênção!
. Ensinem que ser mãe é maravilhoso, mas que elas precisam desapegar da ideia de que só a mãe dá conta dos filhos. Que elas aprendam a dar espaço para o pai ser pai. Pra aprender errando e acertando (como elas).
. Não as convençam de que ser uma mulher "moderna" é viver sem limites, bebendo quanto quiser, saindo com quantos quiser, fazendo o que quiser. Esse tipo de atitude não tem nada de moderno, pois poderão passar dezenas de gerações, será sempre algo horrível e vergonhoso. Para homens e mulheres.
E por fim, mas super importante : ensine-as a se amarem como elas são. A entenderem que "padrão de beleza" está totalmente ultrapassado e que usar 36, 46 ou a numeração que for, não significa nada.
💐  Feliz Dia da Mulher, lindas do Drops!! 💐

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Aprendendo a ser mãe com.....o pai

Parece estranho? Rsrsrsrs.....
Pois é exatamente isso que eu vivo no meu dia a dia como mãe.
Sempre fico de olho nos detalhes do comportamento do meu marido como pai e posso dizer que aprendo a cada dia mais com ele.
Homens são muito mais práticos e objetivos do que nós mulheres, mas parece que com a paternidade, essa qualidade aumenta e se fortalece.
Impressionante a capacidade que eles têm de resolver um problema que pra nós mães, parece sem saída, da forma mais simples possível. Eles conseguem solucionar as coisas em poucos segundos e no final das contas, você vê que foi uma solução genial!
Acho que nós temos que aprender mais com eles, porque mãe tem essa mania de sofrer mais, se culpar mais, complicar mais.
Por exemplo, o pai não está preocupado com o que vão pensar dele caso vista mal a criança e ela saia pela rua toda descombinada. Ele simplesmente tem que vestir o filho! Outro exemplo: se a criança tiver uma crise de birra, e ele precisar corrigir a criança na frente de todo mundo, ele não fica preocupado se vão achar que é um péssimo pai ou uma péssima pessoa. O trabalho dele é corrigir!
Acho muito bacana isso! Acho que faz bem para o relacionamento, como casal e como pais, a gente parar pra analisar o nosso maridão e ver a capacidade de resolver as questões da paternidade com tanta clareza e simplicidade, menos culpa, menos complicação, menos neuras.....e bem mais tempo pra curtir os pequenos.
É isso que eu ando aprendendo, como mãe, com o papai aqui. Espero conseguir aplicar dia após dia, porque é bem mais gostoso viver a vida com filhos como os pais vivem, sabiam?
Eles se divertem muito mais! Curtem de verdade! Nós, mães, merecemos isso também e conseguir, só depende de nós. Bora lá?

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Tá faltando maturidade na maternidade??

Ando bem impressionada com a quantidade de textos que vejo na internet de mães desabafando sobre o quanto é horrível a maternidade, as privações da vida com filhos, a falta de dinheiro, a falta de sono, a doação completa, o fato de que muitas vezes, nos esquecemos de nós mesmas em favor dos filhos.
Eu não vejo problema nenhum na honestidade das mães em dizerem o que sentem (eu mesma já fiz inúmeros posts sobre essa realidade), o que vivem e também, tirarem esse falso glamour que, por muito tempo, cercou a maternidade. Aliás...acho tudo isso super ótimo! A maternidade é muito dura e é fantástico que esse lado esteja sendo exposto agora!
Só que eu também me sinto mal, porque de uma hora pra outra, parece que ter filhos virou o maior castigo na vida de uma mulher e de um homem. Parece que ser mãe e ser pai virou uma terrível provação que a vida nos impõe. "Eu odeio ser mãe" se tornou uma frase tão comum que me entristece!
E o que mais me choca: parece que as pessoas têm filhos baseadas em uma ilusão de contos de fadas, propagandas de margarina! Porque as reclamações que eu vejo são infundadas! Por exemplo: é tão surpreendente assim ter que se doar por completo para um filho recém-nascido? Será que lá na gravidez ficou tão difícil assim de imaginar que um bebê recém-nascido é totalmente dependente da mãe? Será que é tão difícil assim imaginar que ele vai precisar de toda a dedicação dos pais por um longo período da sua infância?
Outro exemplo: será que é tão difícil assim imaginar o quanto é pesado passar meses seguidos em casa só pensando em fraldas, mamadas, banho, soneca?
Eu sinceramente respeito e valorizo todos os desabafos que acontecem, mas eu também acho que está faltando maturidade para muitas mães de hoje. Está faltando pé no chão, realismo, vida de verdade. 
É preciso parar de imaginar pais que continuam com suas vidas de antes, como se nada tivesse acontecido. Como se ter uma criança em casa fosse apenas como ir ao supermercado, como ter novos horários para as refeições.
Vamos ser realistas! Vamos ser adultos! Desabafar de alguns pequenos problemas que a vida com filhos traz, é super normal, mas desabafos como os que eu andei lendo de que "eu me arrependo de ter filhos porque não consigo mais comer uma comida quente", de que "eu odeio a maternidade porque eu não consigo mais dormir como eu dormia antes", "eu odeio ser mãe porque não consigo mais sair na hora que eu quero", "eu odeio a maternidade porque não consigo mais estar com as minhas roupas sempre impecáveis"!
Será que ter a vida transformada depois dos filhos é algo assim tão surpreendente mesmo pra essas pessoas que escrevem esses textos imensos? Será que elas realmente imaginavam que, assim que o bebê nascesse, a vida ia continuar absolutamente como era antes?

Espero que você entendam que eu não condeno em absoluto os desabafos maternos e as mães que mostram a maternidade como ela é.....só ando chocada com o fato de tantas mulheres estarem imensamente infelizes, decepcionadas e iludidas com a vida por motivos tão óbvios quanto "ter um bebê em casa e precisar trocar fralda o dia todo".....pra mim, é como um médico dizer que odeia a medicina porque vê sangue. Ou um veterinário dizer que odeia a profissão porque não suporta cheiro de bicho. Ou uma vendedora dizer que não suporta o trabalho porque detesta ter contato com gente.
E o que mais me entristece é a quantidade de mães que se deixam influenciar por esses textos e acabam odiando a maternidade também. Porque na real, é claro que a maternidade não é um mar de rosas, mas resumi-la apenas aos fatos difíceis é, no mínimo, injusto. Resumi-la aos problemas e dificuldades óbvias é muito errado. Dificuldades existem, mas todas são contornáveis.

Dificuldade mesmo é ter um filho doente, é perder o bebê antes do tão sonhado parto. É ficar sem o filho nos braços enquanto ele está em uma UTI....e sabem o que mais me choca? Ver que essas mães com problemas tão duros e reais, nunca fazem textões dizendo que odeiam a maternidade. Sabem por quê? Porque elas dariam tudo pra estarem em casa, com seus pequenos, vivendo esses "problemas" que fazem tantas mulheres odiarem ser mães.

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As mães de antigamente reclamavam menos?

Já ouvi muitas pessoas dizendo isso, mas será que é verdade? Será que realmente as mães de hoje reclamam simplesmente porque reclamam? Será que as mães de antigamente tinham a mesma vida difícil, mas não reclamavam?
Eu não digo que a vida delas era mais fácil, porque a tecnologia nos ajuda demais, mas a vida das mães de antigamente era mais SIMPLES. Vou me explicar:
Pense em um bebê que nasceu lá por volta de 1950. O que acontecia com a mãe no pós-parto? Ela ficava em repouso absoluto por 30 dias, em alguns casos extremos, não podia nem lavar a cabeça, mas durante esse repouso absoluto, o que ela fazia? Amamentava, ficava com bebê no colo, dava carinho, dormia.....e quem cuidava da casa pra ela? Amigas, familiares, as mulheres se uniam para cuidar não só do bebê, mas da mãe.
Era uma comunidade de mulheres lavando, passando, cozinhando, se empenhando de verdade, dando banho no bebê, dando banho na mãe, a mãe simplesmente não tinha com o que se preocupar, a não ser descansar e, a partir desses trinta dias, o que acontecia? A rede de apoio continuava. A mãe agora já não estava mais presa no quarto. Podia cuidar da sua casa, do seu bebê, mas toda a rede de apoio continuava, então, se ela precisasse de alguém para cozinhar, ela tinha. Se ela precisasse de alguém pra passar a roupa, ela tinha. Se ela precisasse de alguém pra ficar com o seu bebê enquanto ela passava um pano pela casa, ela tinha.
A mulher de antigamente não precisava se importar com pressões do tipo:
-"quando você volta a trabalhar"?
- "mas você vai largar tudo pra ficar em casa"? 
- "você não pode se anular por causa de um filho"!
- "mas e sua carreira? Você TEM que investir na sua vida profissional"!
- "mas você vai aceitar depender do seu marido pra tudo"?
A mulher de antigamente não tinha esse tipo de pressão porque, priorizar a família era tão óbvio naquela época quanto escovar os dentes ao acordar. Essa mãe tinha todo o tempo do mundo pra curtir seus filhos, a rede de apoio estava sempre ali, essa mãe não precisava provar pra todo mundo que era uma super mulher, que ela podia ter um filho, trabalhar fora (e não só trabalhar fora, porque isso não basta - tem que ter uma super carreira!).
Essa mãe não precisava estar com o corpo de antes da gravidez apenas pouquíssimos meses após o parto, não existia essa cobrança. Ela estava com uma barriguinha! Claro! Tinha acabado de ter filho.
Já entenderam onde eu quero chegar, né?
As mães de antigamente reclamavam menos, com certeza, porém as mães de antigamente eram menos pressionadas, as mães de antigamente tinham o direito de serem apenas mães, mulheres. Não tinham essa cobrança desenfreada que nós temos hoje, de ser sempre a melhor, de dar conta de tudo sozinha!
Pensem bem: uma mulher que acaba de ter filhos hoje, já sai da maternidade e tem que se virar sozinha, porque todas as amigas trabalham fora, todas as mulheres da família trabalham fora, muitas vezes, até a avó da criança trabalha fora e não tem tempo pra cuidar dos netos.
Essa mulher está sempre sozinha! É ela, o bebê e o marido......só que a licença-paternidade acaba em 5 dias e depois é a mãe e o bebê sozinhos, sem apoio. Tirar dúvidas? Só se for pela Internet, porque a mãe está trabalhando fora, só chega a noite para ajudar a filha e ver o neto.
Que horas o pai vai dar um apoio? Quando chegar em casa do trabalho também, à noite, que é quando enfim, ela faz tudo o que precisou fazer durante o dia, mas não teve como: comer, limpar a casa, tomar um banho,....
E se alguém chegar na casa dela bem naquele dia em que o bebê não dormiu, não largou o peito o dia inteiro e ela não conseguiu nem tirar o pijama? Ela é julgada, afinal "é uma dona de casa muito desleixada! Onde já se viu ficar em casa o dia todo com o bebê e não dar conta de limpar o chão, de varrer a casa, de lavar uma louça"?
E daí, quando enfim ela pode sair de casa com o recém-nascido, já começam as cobranças:

-"meu Deus! Você teve filho há dois meses e sua barriga ainda está grande? Viu que a fulana já saiu da maternidade com o jeans que usava antes de engravidar"?

"Mas você teve estrias? Então não se cuidou direito"!

"Jesus! Você engordou mais do que 5 quilos em toda gestação? Não soube se cuidar! Que desleixada"!
Continuo afirmando o cada dia mais: a vida das mulheres de antigamente não era mais fácil do que a nossa, mas era beeeeeem mais simples e eu morro de inveja delas! Volta e meia eu me pego pensando que eu nasci na década errada, porque olha! Ser mulher está cada dia mais difícil.
*fiz esse texto depois de ler muitos e muitos emails. Depois de receber muitos e muitos desabafos das minhas clientes. Depois de conferir muitos comentários de mães desanimadas nos poucos grupos que ainda acompanho no Facebook. Depois de perguntar para muitas mães de antigamente como eram as coisas naquela época. Pode parecer exagero para algumas, mas são fatos reais, colhidos de pessoas reais. Além disso, claro! Minha própria experiência.

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Como irrita!

Por mais bacana que seja a vida com filhos, algumas coisas são chatas e bem irritantes. Hoje, vou falar das que mais me incomodam (ou incomodavam, porque graças a Deus, passaram - rsrsrsrs).

Trocar fralda: são "trocentas" vezes fazendo exatamente a mesma coisa todos os dias. Fora os inconvenientes do mega-master-power cocô bem na hora de sair de casa, que vai até a nuca da criança, ou aquele xixi que vaza e suja toda a roupa bem no meio do jantar em seu restaurante preferido. E a luta de UFC que precisamos enfrentar a cada troca? Segura de um lado, a criança foge do outro. Bate as pernas, chora, fica de quatro, etc, etc....

Escovar os dentes: o que será que incomoda tanto eles nessa hora? Claro que eles acabam acostumando com o processo, mas até lá!! Jesus!! Que fase!

Limpar o nariz: a cada tentativa, os vizinhos terão certeza de que precisam chamar o conselho tutelar, porque você só pode estar espancando a criança.

Trocar de roupa: colocar a roupa de uma criança que não está querendo ser vestida é tarefa pra Mestre especialista, porque nós, mães e pais, ficamos acabados, suados, irritados e sem a menor vontade de ir rumo ao programa que estava planejado. Calçar sapatos entra na mesma categoria....rsrsrs

O tira-e-põe na cadeirinha do carro: eles berram, se contorcem, chutam o banco da frente....e o cinto da cadeirinha suuuuuper ajuda, né? Já que é tão simples e tão fácil de fechar (#SQN) E quando precisamos passar por essa função mais do que três vezes? Já deixei de sair de casa só por saber dessa necessidade....esperava o marido chegar do trabalho e ia sozinha.

Sair de casa: como é simples antes dos filhos, né? Mas depois? Entre a decisão de sair e a saída propriamente dita, são no mínimo 30 minutos (e, nesse tempo, leia-se enfrentar todas as alternativas anteriores).

Dar comida: de longe, a fase mais irritante de toda a maternidade pra mim. Como demora, como eles rejeitam a comida que você acabou de passar horas preparando! Nossa!! De longe, a pior fase na minha opinião!

Lidar com as variações de humor: meeeeu Deus!! Como isso irrita!! Ter de lidar com o choro, os berros, a frustração (que muitas vezes, vocês mesmo causou na criança, já que os limites são fundamentais) exige jogo de cintura, paciência e criatividade, só que nem sempre nós temos essas habilidades disponíveis, né?

Repetir "trocentas" vezes a mesma coisa: a vontade que dá é chutar o pau da barraca e deixar a criança fazer o que quiser, porque falar a mesma coisa infinitas vezes é muito, mas muuuito chato!

Acompanhar a ida ao banheiro: têm dias ótimos, quando as coisas fluem rapidamente, mas e quando a criança não está a fim de colaborar? São minutos preciosos perdidos no chão do banheiro ou em um banquinho desconfortável esperando o momento em que o xixi ou o cocô (ou os dois) vão aparecer.

Ter suas atividades interrompidas: aqui, entra de tudo - aquele momento em que você, enfim, consegue sentar pra comer e o bebê chora (ou a criança pede pra ir ao banheiro). Ou quando você dá aquela relaxada no sofá e já é interrompido por uma vozinha que precisa "desesperadamente" de ajuda pra achar um brinquedo.

E vocês? Algo a mais pra acrescentar?


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Comparação é o ladrão da felicidade.

 Texto beeeeelo que li em um dos meus perfis preferidos do Insta, o @a.maternidade:


"Eu sei, seu filho de quase 4 ainda não dorme a noite inteira enquanto o recém nascido da vizinha dorme 12 horas seguidas.



Eu sei, seu bebê não come mais que 3 colheradas da papinha enquanto o filho da cunhada do seu tio come 13 brócolis por dia.


Comparação é o ladrão da felicidade. 



Eu sei, você não lava o cabelo direito há 3 dias enquanto a fulana que você segue no Instagram vai pra academia, salão, dentista, mercado, e ainda publica dicas sobre moda.



Eu sei, seu bebê ainda não engatinha mas o menino de 8 meses da prima do seu marido já anda, da piruetas e se duvidar já até nada de costas.


Comparação é o ladrão da felicidade. 



Eu sei, você mal entra nos seus jeans antigos enquanto a mãe de trigêmeos na salinha do pediatra parece ter a bunda mais dura que o seu cotovelo.



Eu sei, você está sempre atrasada, esquecida, cansada. E sua sogra te lembra, mais uma vez, que fazia tudo o que você faz e ainda usava fralda de pano e algodãozinho com água e sabão.


Comparação é o ladrão da felicidade. 



Eu sei, você ficou 39 horas em trabalho de parto enquanto a filha da dentista, que nem sabia que estava grávida, foi usar o banheiro e pariu.



Eu sei, seu marido não acorda de madrugada enquanto o marido da enteada do motorista do Uber faz questão de deixar a esposa descansar.


Comparação é o ladrão da felicidade. 



Eu sei, você só lembra de descongelar o peito de frango 20 minutos antes do jantar, enquanto a mãe da coleguinha do ballet cozinha cenouras em formato do castelo da Elsa.



Eu sei, você não tem forças para sair de casa no Domingo de manhã enquanto a irmã da sua concunhada leva os filhos na feira, no parque, na praia, na chuva, na rua, na fazenda.

Comparação é o ladrão da felicidade.

Eu sei, você chora no banho com a certeza de que esta fazendo tudo errado, enquanto todas as outras mães citadas acima também choram no banho com a certeza de que estão fazendo tudo errado.


E ainda assim: Comparação é o ladrão da felicidade".

Texto: Rafaela Carvalho


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Sobre o filho único

Recebi muitos emails e mensagens bacanas sobre o post de terça-feira, que falava da nossa decisão pelo filho único. Por isso, achei super importante compartilhar com vocês esse texto que li nessa semana.

Para as mamães e papais que decidiram pelo filho único, como nós:
Filho único…
Quais são os mitos que circulam na nossa cultura sobre filho único e o que acontece, de verdade, se eu escolher ter um filho único? E se eu não quiser ter mais filhos? E se eu não me sentir preparado para ter mais filhos?
O filho único é visto na nossa cultura como sendo mais mimado e superprotegido, mas isso pode acontecer com qualquer filho, não somente com filhos únicos. A questão é que os irmãos ofertam para nossas vidas quatro habilidades: competir, colaborar, negociar e dividir. Um filho único não vai ter essas experiências com irmãos dentro de casa, portanto vai diminuir a forma visceral, contínua e interminável com que ele teria a oportunidade de conviver com outros pares para aprender essas quatro habilidades.
Então, o chamado para um filho único é a socialização. O pai e a mãe de um filho único precisam se dedicar para que o filho construa uma rede de amigos com idades que ele possa se sentir íntimo dessas crianças e pertencente ao grupo.
Não precisa ser um pertencimento fácil, pode ser um pertencimento com algumas angústias: o outro que não empresta o brinquedo, que quer mandar na brincadeira, que não quer brincar comigo, quero dividir isso com o outro e ele não quer… esses pequenos conflitos de crianças quando acontecem dentro de casa, os pais não têm como sempre proteger…
O pai e a mãe de filho único precisam ficar atentos para esses momentos em que a criança pode ficar exposta a situações mais desagradáveis onde nosso olhar quer sempre proteger… precisam tomar cuidado para não coibi-la de participar disso, não impedi-las de viver essas coisas que são parte do processo de amadurecimento relacional dela….é nessas questões que as crianças vão aprender a se frustrar.
Uma das maiores habilidades da vida adulta é a tolerância à frustração… Nós precisamos dar aos nossos filhos o direito de aprender isso. O que a nossa cultura chama de mimo, nós chamamos de intolerância a frustração. Esse é o processo de aprendizagem de uma criança, ela ir entendendo que os desejos dela são limitados diante de determinados contextos e que ela vai precisar aprender a competir, negociar, dividir e colaborar.
Ter um filho único é uma alternativa sim, é um direito que você tem de constituir sua família. Só precisa tomar cuidados para ele ter uma socialização adequada, que forneça a oportunidade para ele ir aprendendo sobre as frustrações da vida e os grupos são um grande lugar para isso acontecer.
Alexandre Coimbra Amaral

Para assistir ao vídeo (muuito bom!), acesse o link do Instituto Aripe

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A decisão pelo filho único

Hoje é dia de responder às dúvidas de vocês, que sempre me escrevem perguntando sobre a decisão de ter um filho único. Como sempre, vou colocar o post em tópicos, com as perguntas mais frequentes:
Vocês sempre quiseram um filho só?
Não. Na gravidez, tínhamos certeza de que teríamos o segundo filho. E com rápido, já que eu engravidei com 36 anos.
Quando veio a decisão pelo filho único?
Pra mim, praticamente assim que o lindão nasceu. Percebi que ali, sozinha, a mais de mil km da família, não daria conta de duas crianças. Quando voltamos a morar perto dos familiares, o lindão estava com 1 aninho, mas vieram dificuldades financeiras, desemprego e a vontade, que já era nula, sumiu de vez.
O maridão só parou de querer quando começaram essas dificuldades. Agora, mesmo com as coisas se estabilizando, desanimamos.
De vez em quando não pinta uma vontade?
Não pinta!! Desde que o lindão nasceu, nunca tive nenhuma vontade de ter outro filho. Lembro das pessoas dizendo: "quando ele tiver 1 ano, você vai começar a ter vontade". Mas a vontade não veio. 
Daí, diziam que viria quando ele tivesse 2 anos....3 anos...já está com quase 4 anos e nada ainda!!
Você não sente medo de se arrepender lá na frente?
Arrependimento faz parte da vida. Se me arrepender, paciência. O que não acho certo é colocar alguém no mundo só pra não correr o risco de me arrepender um dia.
E se o lindão pedir um irmãozinho?
Vamos explicar pra ele que esse irmãozinho não virá e pronto. Assim como disse acima, não acho justo trazer alguém ao mundo só pra dar um presente para o irmão mais velho.
O que você acha que muda na vida quando temos só um filho?
Acho que tentamos prolongar a infância deles o máximo que podemos, já que será só essa vez. Sem nenhuma pressa, respeitando o tempo deles. Curtindo cada etapa sem ficar já sonhando com a próxima.
Lindão já pediu um irmão?
Não. Já perguntou porque ele não tem irmão, eu expliquei que é porque o papai e a mamãe não tiveram mais nenhum bebê e ele já ficou satisfeito. Muitas pessoas AMAM cutucar, perguntando pra ele se ele quer um irmãozinho, mas ele sempre responde que não.
Como você encara a pressão da familia?
Não ligo não. Finjo que ouço, dou um sorriso amarelo e saio de perto. Ninguém tem nada com isso. Esse tipo de decisão é extremamente particular. Só cabe ao casal decidir. Afinal, quem vai arcar com as despesas, privações, etc, é o casal e mais ninguém.
E a saudade de ter um bebê em casa? Como fica?
Quanto a isso, não tenho o menor problema, porque não sinto falta do bebê. Gosto mesmo da fase atual. Achei a fase bebê bem chatinha e monótona.
Você não tem dó de pensar nele sozinho apoiando vocês na velhice?
Mais uma vez, acho que isso não deve ser motivo pra ter outro filho. Ter um irmão (ou mais), não é sinônimo de ter apoio, amizade e companheirismo (infelizmente).
Qual é a principal razão de vocês não quererem o segundo filho?
Na verdade, são duas razões empatadas: o lado financeiro e a total (pura e simples) falta de vontade.
O que deve mover um casal a querer ter mais filhos?
O desejo por esse filho. A sensação de que ainda falta uma parte da família, independente de qualquer situação.
E a menininha? Não sonha em ter uma companheira?
Nunca sonhei. Meu sonho sempre foi um menino. Sempre! E a realidade superou minhas expectativas. Tanto que, se fosse ter outro, faria de tudo pra que fosse menino de novo. Nada contra o mundo rosa, mas a vida é tão mais fácil e prática no mundo azul!! Rsrsrsrsrs.....

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Minha opinião sobre o aborto

Hoje, trago a minha resposta aos MUITOS emails e mensagens que chegaram essa semana pedindo minha opinião sobre o aborto, já que o tema ganhou força na imprensa e redes sociais.
Como se trata de um tema muito polêmico, vou fazer algo mais curto e simplificado, pois não estou querendo abrir uma discussão, mas sim, expor minha opinião, que foi o que as leitoras e seguidoras das redes sociais me pediram, ok?
Antes, gostaria só de esclarecer que não tenho raiva nenhuma de quem já fez um aborto ou de quem é a favor do aborto. Todos têm direito a uma opinião e muitas mulheres tomam essa decisão por desespero, influencia de terceiros e/ou falta de informação.
Sou totalmente contra o aborto. Vejo como o assassinato. Entendo o desespero de alguém que se vê grávida depois de um estupro ou de uma mãe que sabe que o filho não irá sobreviver após o parto. São casos extremos e, com eles, não me intrometo.
O que não entendo, ou concordo, é com argumentos absurdos como:
Antes de 12 semanas, é apenas um feto, não um bebê: o primeiro ultrassom que fiz, foi com 7 semanas de gestação. Lindão tinha 8mm e um CORAÇÃO que BATIA extremamente rápido e FORTE. O coração estava B-A-T-E-N-D-O! Pra mim, onde bate um coração, existe vida, então, ali já existe um bebê. Fora que, para ser um bebê, é preciso ser um feto...não entendo como querem separar as duas coisas.
O corpo é da mãe e ela faz o que quiser com ele: o corpo pode ser da mãe, mas ali dentro, está OUTRA VIDA, OUTRO CORPO, OUTRO DNA. Nosso direito acaba quando o do outro começa.
Melhor não nascer do que ser abandonado: melhor mesmo é NÃO ENGRAVIDAR. Não quer ser mãe? Não engravide! São tantos métodos, tanta informação. Para as mais radicais, até processos cirúrgicos são possíveis.
Não tenho dinheiro, tempo, condições, idade: nada disso justifica um aborto. Matar um bebê por não ter tempo? Dê para a adoção. São milhares de casais ansiosos pra conseguirem formar uma família. Ansiosos por uma criança que irá completar a vida deles. Ansiosos pra dar esse amor.
Me cuidei direitinho, mas escapou e não quero o bebê: mais uma vez, isso jamais justificaria o aborto. Adoção é melhor.
O trauma de passar pela gestação e parto pra depois doar, é muito grande: e o trauma do aborto? Seria pequeno? Saber que um bebê estava ali, mas foi sugado, aspirado ou despedaçado (literalmente) não é traumático? Conheço mulheres que abortaram, leitoras e clientes que se abrem, e todas carregam um trauma imenso. Algumas, relatam que acordam de madrugada ainda ouvindo o som da sucção. Anos depois. Décadas depois....ainda ouvem o som!
Se deixar a criança nascer, não vou conseguir dar pra adoção e não sei o que farei da vida: eu sei o que você fará da vida. SERÁ MÃE, SERÁ PAI...e sentirá o maior amor do mundo. Inexplicável, lindo e perfeito. Será fácil? Claro que não! Será um conto de fadas? Claro que não! Valerá a pena? Sempre! Todos os dias de sua vida. Valerá a pena!

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Aproveite

Texto que as lembranças do Face me trouxeram ontem. Lindo demais!!!!!!!!!
O tempo passa... Aproveitem!
Olhem seus filhos, porque o rostinho deles está sempre em constante mudança. Aquele bebê, tão miúdo, cadê? Tinha cara de joelho, depois tinha bochechinhas e, quando vamos ver, estão cheios de espinhas...
Usem seus olhos como uma câmera de filmar, muito desse filme só você vai registrar. Seu bebê não vai lembrar, seu marido estava trabalhando, mas você estava lá. É seu tempo, sua vez, seu tesouro.
Um dia, bem velhinha, você vai contabilizar que nem mesmo todo carinho do mundo foi suficiente, porque você daria seus últimos segundos pra voltar ao dia em que ele chegou nos seus braços, que você sabia que só você tinha a solução.
E a solução era você mesma! Pois você reunia o alimento, o aconchego...
E que aquela carinha dele, dormindo no seu colo, aninhado... Era tudo nessa vida.
 
Aproveitem."
Autor desconhecido.

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Mãe em período integral trabalha...e muito!

Mais claro e verdadeiro que esse texto, impossível, né gente?
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 “Quando digo que estou cansada, não espero que você responda que eu deveria contratar uma babá, despachar o bebê para o Himalaia e parar de reclamar. Você também se cansa após uma semana intensa no trabalho, que demandou mais dedicação do que o usual. Alguém te aconselha a desistir por isso?
 
Eu gosto de estar com meu filho. Estou feliz assim. Às vezes fico cansada, só isso. Não é nenhum sacrilégio assumir isso. Até trabalhar como caseiro de uma ilha paradisíaca na Austrália cansa. Isso não quer dizer que o caseiro é um azedo que reclama de tanto mar azul e brisa de fim de tarde.
 
O que exatamente você espera dos outros ao comentar sobre o seu cansaço? Eu procuro empatia. Talvez uma palavra de incentivo, de reconhecimento. Quem sabe um chamego, dependendo de quem vem. Algo simples, como “putz, é f*** mesmo, senta aqui que vou trazer um café para você”. Só isso. Sem sugestões que soam como crítica. Nada de “mas também, não quis dar chupeta”, “mas também, vocês são muito grudados”.
Ser mãe em tempo integral não deixa de ser um trampo como qualquer outro. Só que não tem promoção, aumento, férias, nem valorização social. E cansa igual. Nem por isso vou contratar um estagiário para fazer a parte chata no meu lugar.
 
Nós vamos escalar esse Himalaia juntos, eu e o meu filho. Alguns dias exigirão mais sacrifícios, outros serão de calmaria e contemplação. Se no meio do caminho eu reclamar, me perdoe, só quero energia para seguir em frente.”
Autor Desconhecido

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Marcos Mion mandando bem como sempre

Um dos maiores desafios que eu encontro na Consultoria Materna é o preconceito que muitas famílias têm sobre a técnica de deixar a criança chorar sozinha. Todos os clientes que me procuram para a consultoria de sono, se surpreendem quando percebem que não uso essa técnica e, mesmo assim, as crianças aprendem a dormir sozinhas. Livros antiquados e radicais disseminam essa técnica errada e injusta e o apresentador fez um texto que não poderia ser mais claro e perfeito sobre as muitas "regras" sem fundamento que vemos na vida com filhos. Palmas pra ele...muitas palmas:

"Deixa o bebe chorar no berço que ele acostuma e dorme sozinho".
. . .
Mesmo inexperiente, aos 24 anos, no meu 1º filho, esse conselho já me dava arrepios!! C
omo assim?? Fazer meu filho se acostumar com o fato de que eu não vou ao seu resgate se ele chora? Ou pior, fazer uma criança se acostumar com seus medos e enfrentar traumas SOZINHA?! Oi?! Mas isso não vai exatamente contra TUDO que um pai deve fazer? Que é dar asas E ENSINAR A VOAR? Não dar asas e jogar do prédio dizendo: tá sozinho agora campeão, se vira!!
. . .
NUNCA deixei nenhum filho meu se esbugalhar de chorar até dormir de cansaço e desesperança! Aliás, nunca deixei filho meu dormir sozinho até querer!! Quando eram pequenos sempre foram pra minha cama quando bem quiseram. E até hoje dormimos juntos! Como nessa foto que mamãe @suzanagullo tirou de um momento lindo e diário aqui em casa!! Sempre uma conchinha misturada a ponto de não saber onde um acaba e o outro começa! É assim com todos nós 5!!
. . .
Sei que muitas vezes sou um exemplo diferente do que pregam os livros de pediatria mais tradicionais! Rsrs! Mas não posso deixar de falar no que EU acredito!! Pode não ser bom pra algumas pessoas que estão lendo e tudo ótimo!! Isso é a minha doutrina, dentro do meu espaço!
. . .
Sempre digo: que não seja por falta de amor e zelo!! Que seja por excesso! Que meus filhos, desde bebês, sintam que estarei lá quantas noites forem precisas até eles APRENDEREM a voar! Com calma, tranquilidade e a certeza que se esticarem a mão, estarei numa distância segura pra alcançar, da mesma forma que sempre estava ali, sentado ao lado do berço para, ao menor sinal de choro, pousar minha mão sob suas barriguinhas e soprar em seus ouvidos: "papai está aqui. Pode ficar tranquilo". Encham seus filhos de amor e segurança! 

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Nossos filhos precisam de tédio e Ócio

Ficar na fila olhando "pro nada".
Esperar a comida do restaurante chegar enquanto repara no lugar, nas pessoas e conversa.
Assistir aos comerciais da TV.
Deitar na cama ou no sofá, olhar para o teto e curtir um momento "fazendo nada".
Acabar de comer antes de todo mundo e ter de ficar na mesa assistindo a comilança alheia tranquilamente.
Quantas vezes nós já passamos por essas situações? Inúmeras, né? Desde a infância.
Agora eu gostaria de mudar a pergunta: releia os tópicos acima e diga quantas vezes os seus filhos já estiveram nas mesmas situações.
Creio que, salvo raras exceções, a grande maioria de vocês vai pensar: "ah, mas as crianças de hoje são diferentes! Elas têm muita energia! Elas são mais espertas do que nós fomos! Elas não aceitam mais esperar!" E por aí vai.....
Será mesmo? Será que, por alguma mágica do destino, as crianças foram perdendo a noção de paciência? Será mesmo que essa transformação toda existe só porque elas são "mais agitadas" do que nós fomos?
Eu realmente não acredito nisso. Que elas são mais avançadas, mais espertas e mais "ligeiras" do que nós, eu acredito, até porque, vivo isso em casa com o lindão. No entanto, acredito também, que saber esperar, saber "curtir o tédio", aprender a ter paciência, é questão de ensinamento. Vem de berço.
Hoje, ainda na gravidez, já somos condicionados a pensar que criança precisa se distração 24h por dia. Que criança entediada faz birra. Que as crianças de "hoje" não sabem ficar quietas, etc...etc...
As crianças de hoje só são assim porque estão sendo criadas assim. Não podem mais ficar numa fila sem que se distraiam com o celular. Não podem mais esperar no restaurante sem que usem o tablet pra "matar tempo". Não interagem mais porque estão sempre "ocupadas", olhando para alguma tela. Seu filho está sentado no sofá com a cara emburrada porque não tem nada pra fazer? Deixe ele ali! Tédio não mata ninguém não!
Creio que nossos filhos PRECISAM do tédio. Eles precisam aprender que esperar faz parte da vida. Que raríssimas coisas acontecem na hora que a gente quer que aconteçam. Que o "fazer nada" também é bacana, relaxa e pode gerar ideias fantásticas.
Com isso em mente, eu e o maridão estamos usando algumas táticas práticas com o lindão pra ir incorporando esse tipo de comportamento na vida dele:
- No restaurante, ele espera pela comida junto com a gente (sem celular) e é responsável por ficar de olho no painel esperando a nossa senha (quando estamos num shopping, por exemplo).
- Em casa, enquanto eu faço o almoço, ele fica comigo na cozinha, brincando. Se pede a minha atenção ou quer que eu vá lá no quintal brincar com ele, explico que agora estou fazendo o almoço e que ele precisa esperar (às vezes, isso gera crises imensas, com direito a muitos gritos e protestos, mas eu não dou o braço a torcer e só vou brincar com ele quando terminar o preparo da comida).
- Na TV, não deixamos ele mudar de canal durante os comerciais....tem que aprender a esperar.....e fazemos o mesmo no YouTube. Só pulamos anúncios que sejam impróprios para a idade dele. No mais, tem que assistir até que o próximo vídeo comece.
- Quando enfrentamos uma fila, não nos apoiamos em nenhum artifício pra passar o tempo. Enfrentamos a fila e pronto. Conversamos, brincamos com os itens do carrinho, etc.
- Se ele acaba de comer antes de nós, não pode descer da mesa até que todos tenham comido.
A partir do momento em que tomamos essa decisão, nós mesmos aprendemos muito, pois percebemos que estávamos iguais a ele...sempre com o celular em punho, sem paciência nenhuma pra esperar, sempre com pressa.
Creio que não só as crianças, mas todos nós, precisamos dessa calmaria. Precisamos contemplar o "nada". Precisamos valorizar as esperas. Precisamos tirar o pé do acelerador. Pelo bem do nossos futuro...pelo bem da nossa saúde física e mental.

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Por que piorar a culpa que as mães já sentem?

Se tem uma coisa que toma conta do mundo materno, são esses textos lindos, emotivos, tocantes.....e, em alguns casos, cheios de culpa!
No começo, não percebemos a dose de culpa que alguns desses textos carregam, mas depois de um tempo, eles começam a pesar lá no nosso subconsciente. No fundo, não entendemos porque nos sentimos mal "do nada", sem motivo aparente. Mas lembramos daqueles textos lindos, tão cheios de amor e sensibilidade, tão puros...nada parece existir de errado...eles são tão lindos, tão verdadeiros, tão "perfeitos"!
O problema é que, muitos desses textos, no lugar de ajudar, só conseguem deixar a mãe imensamente culpada, achando que faz tudo errado e que é uma insensível por não se sentir exatamente como a autora descreve.
Alguns exemplos:
1. "Não é o berço que tem espinhos. É seu colo que tem amor".
2. "Não podemos perder esse tempo precioso que é ter nossos bebês na cama conosco. O tempo passa rápido demais e logo, estaremos morrendo de saudades desses momentos que foram perdidos".
3. "Um sorriso é suficiente para apagar todo o cansaço de uma noite em claro".
4. "Amamentar é a maior prova de amor que você dá para o seu bebê".
5. "Bebê precisa de colo. Ele esteve colado na mãe por 9 meses e sente falta do calor, do cheiro, do aconchego".
6. "É tanto amor no coração, que tiramos forças e paciência de onde nem sabíamos que tínhamos"
Mas o que há de errado nessas frases tão lindas e especiais? Simples: cada mãe é única, porque cada pessoa é única. Vou reescrever cada uma como eu gostaria que essas frases fossem escritas:

1. "De nada adianta ficar com a criança no colo o dia inteiro se isso torna a vida da mãe insuportável e desgastante. Se o colo ininterrupto não combina com o seu estilo de vida, vamos ver algo que agrade a toda a família".

2. "Sim, o tempo passa muito rápido, mas se vocês não conseguem dormir quando a criança está junto na cama, só vão se desgastar. Existe inúmeras maneiras de aproveitar o tempo com os pequenos além da cama compartilhada".

3. "Nem sempre um sorriso é suficiente pra acabar com o seu cansaço e mau-humor depois de uma noite em claro. E não há nada de errado em se sentir assim".

4. "A maternidade envolve infinitamente mais do que o leite. Prova de amor é totalmente diferente de amamentação e quem não conseguiu ou não pôde amamentar, não tem motivo nenhum pra se sentir mal".

5. "Bebê precisar de colo não tem nenhuma relação com 24h de colo. A mãe ama seu bebê, mas também precisa comer, dormir, tomar banho, cuidar da casa, etc.

6. "Mesmo com todo o amor do universo em nosso coração, nem sempre teremos força e paciência com os pequenos".

Eu sei que a intenção dessas autoras é boa, mas acho que falta empatia, solidariedade, cuidado com as palavras. Acho que falta a sabedoria de pensar que as mães que estão lendo aquilo não são todas feitas em uma linha de produção, idênticas entre si. Cada uma tem a sua história, o seu limite, as suas escolhas.

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Sobre o Cauã Reymond ser "pãe"

Muitas leitoras me pediram pra dar minha opinião sobre a declaração do ator e, principalmente, sobre a polêmica que isso gerou nas redes sociais semana passada:
Posso dizer que discordo totalmente da polêmica que foi criada! Vou explicar melhor:
Se fosse a Grazi a declarar exatamente a mesma frase, todo mundo acharia normal. Se a matéria exalta a mãe como uma super mãe, ela é sempre muito elogiada e bem vista (e deve ser mesmo). Porém, se a matéria ousa elogiar um pai, já é criticada, vista como o sexista, e as redes sociais já se enchem de textões repletos de indignação.
Não consigo conceber essa ideia de igualdade que as pessoas têm hoje. Se somos todos iguais, por que tanto alarde com um pai mostrando que gosta de cuidar da filha? Por que tanta questão de frisar que ele não faz nada demais?
Uma matéria dessa, deveria ser exaltada porque ela, com certeza, serve de exemplo pra muito pai que vemos por aí, que pensa que filho é só responsabilidade da mãe! Matérias como essa são o início da mudança de pensamento que tanto buscamos em nossa sociedade. Cada vez que uma matéria como essa sai na mídia, as mulheres deviam celebrar, e não criticar. O feminismo, infelizmente, conseguiu colocar um veneno na mente de muitas pessoas: o veneno de que todos somos "iguais", mas desde que a mulher seja sempre melhor do que o homem. Triste!

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O que vamos deixar para os nossos filhos?

A tragédia com o ator Domingos Montagner, na semana passada, me fez pensar muito nisso.
Ele foi embora e deixou três filhos. A partir de agora, para os meninos, o que resta são os ensinamentos, o exemplo, a fé, os momentos especiais que ficam na mente e no coração. E é justamente essa a verdadeira herança que podemos deixar para os nossos filhos.
Em um mundo onde só se fala em dinheiro, poder e sucesso, temos que ter a consciência da importância do que vamos deixar marcado na alma, na mente e no coração dos nossos pequenos.
O que eles levarão de nós? Quem eles serão no futuro (por conta do que aprenderam com a gente)? Quais lembranças da infância eles terão guardadas com mais carinho? Como será a fé deles? Como serão os princípios que eles levarão para os filhos deles? Será que eles saberão o que é ser verdadeiramente feliz? Será que eles serão admirados pelas pessoas próximas?
Já pararam pra pensar na responsabilidade que nós, pais, temos em todas essas perguntas?
Muito do futuro dos nossos filhos está em nossas mãos, em nossas atitudes, em nossos ensinamentos, na nossa herança! Que herança nós vamos deixar pra eles? Que pessoas estamos ajudando eles a se tornarem? Estamos contribuindo para deixar pessoas melhores para o mundo no futuro? Qual é o legado que nós deixaremos para nossa descendência?
Que histórias vocês gostariam que seus filhos contassem sobre vocês para os seus netos? O que fazemos hoje, está contribuindo para a formação dessas histórias?
Não somos perfeitos, mas precisamos, dia-a-dia, buscar a excelência no que for possível pra deixar a melhor e maior herança na vida dos nossos pequenos e para poder honrar o que Deus nos ensina na Bíblia: "o justo deixa herança para os filhos de seus filhos".

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Coisas praticamente impossíveis de fazer depois dos filhos

Não dá pra se iludir, né? Depois dos filhos, algumas coisas se tornam praticamente inatingíveis, pelo menos em determinadas fases e épocas.....a boa notícia é que as fases vão passando e, aos poucos, as coisas vão voltando ao que eram antes (e nós acabamos sentindo falta da época em que não conseguíamos fazer essas coisas).
Deixar sua bebida em cima da mesa por poucos segundos: a chance de ver tudo derramado é de 100%.
Conversar sem ser interrompida (aqui, até os áudios do What App entram nessa categoria): sim, você vai ensinar seus filhos a não te interromperem, mas até lá, HAJA paciência!
Ficar por dentro das notícias: saber os detalhes da bomba do momento? Só quando as crianças estão na escola ou depois de irem pra cama.
Desacelerar quando o corpo pede: está com dor de cabeça? Dor nas costas? Gripe? Virose? Não importa.....você tem filhos e eles precisam de você. Eles vão continuar caindo, chorando, se machucando, precisando de comida, precisando ter a fralda trocada,......
Ter total privacidade no banheiro: vez ou outra é até possível, mas pelo menos durante os primeiros 18 meses do bebê, é uma missão beeem difícil. "Mas dá pra ir quando o bebê dorme"! Dá sim, mas você vai 'ouvir' o choro do bebê umas 456 vezes...rsrsrs....
Ver o seu programa preferido na TV: a não ser que ele passe depois da hora dos pequenos dormirem, é bom saber os horários alternativos, ou então, gravar pra assistir depois, ou então, assinar Netflix e assistir quando der tempo, porque ao vivo, não rola mais!
Comer sem levantar da mesa pelo menos uma vez: seja pra pegar algo que caiu ou porque você esqueceu o suco (ou o talher, ou a comida!), você raramente sentará em uma mesa e comerá tranquilamente como antes.
Ter vontade de dar uma volta e simplesmente pegar a sua bolsa e ir: com filhos, a distância entre o querer e o poder é de pelo menos, 30 minutos.
Ser adulto nas 24h do dia: entre desenhos, brincadeiras, palhaçadas pra distrair os pequenos, manchas na roupa, etc, sua vida adulta de resume àquele pequeno espaço entre o horário em que seus filhos dormem e a hora em que você dorme.
Dormir até mais tarde nos feriados e finais de semana: crianças têm o relógio biológico mais sincronizado que existe.
Ficar acordado durante todo o filme: conseguir se manter acordado no primeiro ano de um bebê é só para os fortes - muuuuito fortes!
Esqueci alguma coisa, gente? Rsrsrsrsrs.....

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Os 10 erros que os pais cometem....

Ando bem incomodada com a quantidade de listas que vemos apontando os "maiores" erros que nós cometemos com nossos filhos na hora de comer, de dormir e até de se divertir...e foi lendo mais uma dessas listas (inúteis), que me veio a ideia desse post: porque, na real, os grandes erros são:
1) Dar atenção a essas listas, que só sabem trazer culpa e constrangimento.
2) Deixar de seguir seus instintos por achar que está errando.
3) Esquecer que ninguém conhece melhor os seus filhos do que você.
4) Acreditar que existe "certo e errado" na vida materna e paterna (tirando os extremos que vemos acontecer às vezes, tudo o que tentamos é para o bem dos pequenos).
5) Acreditar que você não sabe o que está fazendo por ser "de primeira viagem".
6) Ceder aos modismos só pra acompanhar o fluxo no lugar de seguir aquilo que você acredita e que se encaixa na forma de viver da família. O problema não é ser modismo. O problema é insistir em algo que só causa dor de cabeça pra vocês só porque "todo mundo está fazendo". Exemplo: vocês não conseguem dormir se o bebê estiver na cama cama com vocês? Então pra que insistir na "cama compartilhada"?
7) Insistir em algo que está dando errado só porque "é o que os especialistas dizem que é o certo". Exemplo simples: o post que fiz sobre os especialistas em alimentação.
8) Acreditar mais no que dizem os grupos maternos da internet do que em pessoas próximas e, principalmente do que em você.
9) Entender que existem padrões e regras pra tudo relacionado a crianças sim, mas quando falamos em crianças, as exceções valem muito mais do que as regras. Exemplo: a criança que chupa chupeta pode não ter problema nenhum com a amamentação, da mesma forma que a criança que nunca viu uma chupeta, pode ter dificuldades imensas na amamentação.
10) Acreditar que a maternidade e a paternidade são um mar de rosas e que, se com você não é assim, o problema é você. Quem acha que educar um ser humano é fácil, ou não tem filhos, ou está terceirizando a função ou - o mais provável - está mentindo.

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Antes que eles cresçam...

Pequenos gestos que nos farão aproveitar melhor essa fase linda que é a infância dos nossos filhos....
- Ficar com eles no colo durante todo o tempo do cochilo, só curtindo aquele aconchego e aquele cheirinho delicioso que nossos pequenos têm.
- Ficar de mãos dadas, mesmo quando ainda são recém-nascidos e só conseguem agarrar nosso dedinho.
- Cheirar muuuuuito o cabelo deles.
- Fazer de tudo pra arrancar uma gargalhada deles....não existe som mais delicioso no mundo e, naquele momento, percebemos que a alegria não depende de mais nada.
- Deixar que eles durmam na nossa cama vez ou outra.
- Caçar conchinhas na praia e colher flores pelas praças.
- Assistir (mesmo que seja pela milésima vez) o mesmo desenho, só pra poder curtir aquele momento gostoso no sofá.
- Inventar as histórias mais absurdas que passarem pela cabeça. Crianças não acham estranho "uma girafa entrado no disco voador para ir à festa na casa da vovó".
- Aproveitar o título de pessoa mais inteligente do mundo....na infância, eles têm certeza de que nós sabemos e conseguimos tudo.
- Brincar de esconde-esconde e ver os pequenos com metade do corpo para fora do esconderijo, certos de que estão arrasando!
- Entrar de cabeça no mundo deles (tomar chá imaginário, comer a comida do restaurante que ele acabou de abrir ou brincar de super-herói - com direito a correr com capa pela casa).
- Cozinhar junto com eles....é uma bagunça deliciosa!
- Sempre que for abraçar seus pequenos, faça isso com todas as suas forças.
- Dizer "eu te amo" todos os dias! Para que nunca, sequer por um segundo, eles deixem de acreditar você estará lá sempre que precisarem.

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Pai participando

Querendo ver o maridão participar mais? Então esse post é pra você, mas antes, um detalhe que faz toda a diferença:
Recebo inúmeros emails (dropsdemae@gmail.com) de mães reclamando que os maridos não participam dos cuidados com o bebê. Desses emails, 80% do problema seria resolvido se a mãe deixasse o marido participar. Se ela confiasse em seu esposo como pai. Se ela aceitasse o fato de que não precisa dar conta de tudo sozinha.
Como estamos pertinho do Dia dos Pais, achei bacana compartilhar com vocês algumas dicas de como envolver mais os homens no dia a dia das crianças....
Compartilhe – Ninguém nasce sabendo, e cuidar de um bebê não é uma tarefa fácil. Ao compartilhar o mínimo de conhecimento sobre a rotina do filho, a mãe pode ajudar o pai a perder o medo e participar ainda mais dos cuidados.

Divida a responsabilidade Ao longo do dia, são muitas as vezes em que o bebê precisa ser amamentado e ter sua fralda trocada. Para a mãe, essa rotina, por mais que faça parte dos primeiros meses de vida materna, é cansativa. Por isso, quando o pai estiver por perto, delegue algumas tarefas para que você possa se alimentar e tomar um banho com mais tranquilidade. Assim, o pai também vai se tornando tão responsável como a mãe.
**e não tenha pressa...se você troca a fralda em 2 minutos, mas o pai leva 10 minutos fazendo a mesma coisa, deixe quieto! Afinal, é fazendo que se aprende e, além do mais, vocês não estão em uma maratona, né? Leve a vida com mais calma e tranquilidade.
Na madrugada – Bebês recém-nascidos mamam muito, inclusive de madrugada. Essa é uma oportunidade para o pai participar, seja levando o bebê até a mãe para ser alimentado, colocando-o para arrotar ou trocando a fralda.
Não critique – Cada um tem seu jeito de cuidar do bebê, e se o pai faz diferente de você, isso não quer dizer que ele está fazendo errado. É apenas o jeito dele. Isso vale também para a forma como ele brinca e estimula o neném. Não o censure.
Momento pai e filho – Permita que eles tenham o momento deles, seja lendo historinhas, cantando ou brincado. Além de fortalecer o vínculo entre eles, esse tipo de contato também incentiva o desenvolvimento das crianças.
Tarefas de casa – Os pais também podem (e devem) compartilhar com a mãe as tarefas com a casa, varrendo o chão, colocando a roupa para lavar, enfim, contribuindo de alguma forma para que essas responsabilidades não sejam apenas da mãe.
Incentive a paternidade ativa – Ninguém se torna pai de um dia para o outro. É preciso praticar, se envolver e estar disposto a cuidar do filho em todos os sentidos, não apenas financeiramente, mas também  emocionalmente,  construindo vínculo dia após dia. E a mãe tem o papel de envolver o pai e não o excluir dessa missão de ser participativo.

**não caia na armadilha de acreditar nos posts que estão espalhados pelos perfis maternos da internet. Homens não são retardados ou incapazes como o mundo anda mostrando ultimamente. Tirando o ato de amamentar, TUDO pode ser compartilhado com pai...absolutamente tudo! E lembre-se: não cobre do pai, um comportamento e atitudes de mãe...cada um tem o seu papel, com suas peculiaridades e características próprias.


 

O que eu aprendi com o acidente do lindão

Hoje, atendendo aos muitos pedidos de vocês, vou falar sobre o acidente do lindão e o que esse momento me ensinou. Antes, não posso deixar de agradecer ao apoio, às orações, às mensagens lindas que vocês me enviaram aqui pelo blog e também pelas redes sociais. Muito, mas muuuuuito obrigada mesmo!!

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Lições que o acidente me ensinou:

- é batido, mas realmente, tudo pode mudar em apenas 1 segundo.

- não podemos fingir que nada de ruim pode acontecer com nossos pequenos: eu sempre fugi de pensamentos e assuntos ruins, como se falar deles, fosse fazer aquilo acontecer. Não é assim. Claro que devemos lançar palavras positivas e de bênçãos para nossos filhos, mas é preciso falar também do que pode vir a dar errado. É preciso estar preparado para o que pode dar errado.
Exemplos práticos: conheça os primeiros socorros em caso de queda, engasgo, afogamento, etc. Peça para o Pediatra te orientar sobre o melhor hospital pra levar o pequeno em caso de acidente.

- nós ganhamos uma força inexplicável quando vemos nossos pequenos sofrendo: sempre fui fraca pra sangue, mas nem pensei em fraquejar quando vi toda aquela quantidade saindo da cabeça dele. Só pensava em resolver aquilo o mais rápido possível, em conseguir acalmá-lo, em passar tranquilidade pra ele, em chegar o quanto antes ao hospital.

- em um hospital infantil, nós percebemos o quanto somos abençoados e no tanto que reclamamos a toa: ali, mães e pais passam dias, meses, até anos. Ali, eles oram dia e noite pedindo por aquilo que, muitas vezes, estamos reclamando, como um filho que não fica quieto um minutinho sequer.

- ver seu filho sofrendo é a maior dor que você sentirá em toda a sua vida.

- dá vontade de colocar eles de volta na barriga a todo momento.

- TUDO PASSA: ali, olhando aquele rostinho todo inchado, machucado, roxo, parecia que as coisas nunca seriam como antes, mas a normalidade volta, graças a Deus.

- ver seu filho agitado, aprontando e fazendo arte de novo traz uma alegria sem fim.

- a vontade de agradecer a Deus pelo livramento vem a todo momento, várias e várias vezes por dia, e nos faz perceber que é preciso agradecer toda hora pelas bênçãos que Ele nos dá diariamente. Pedir menos, agradecer sempre!

- sim, nós sabemos que a culpa não ajuda em nada e nem leva a lugar algum, mas ela vem...e vem como um soco forte no estômago....e ali fica.....não sei bem por quanto tempo (a minha ainda não passou), mas ali fica.

- não existe nada mais importante do que ver um filho bem. Ali, com o seu pequeno doente ou machucado, não tem carreira, emprego ou meta que sobreviva.....tudo fica em segundo plano...absolutamente TUDO.

- a capacidade de recuperação de uma criança é impressionante e linda de ver!

- nós, pais, sempre ficaremos mais medrosos e traumatizados do que eles (quem me acompanha nas redes sociais, viu que o lindão já voltou para o balanço menos de uma semana depois do acidente, enquanto eu e o pai, temos um mini ataque de pânico cada vez que ele corre um pouco mais rápido ou quer subir em um lugar alto).

- a sinceridade médica é necessária, mas machuca: ouvir todos os alertas do que pode vir a acontecer com seu filho, faz o coração sangrar. Ao mesmo tempo, a cada exame que comprova que está tudo bem, o alívio chega pra acalmar nosso coração.

- é impressionante como ficamos ali, ao lado da cama deles, de mãos dadas, sem dormir, sem comer....e sem sentir nenhum tipo de necessidade, a não ser, estar ali ao lado deles.


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O que enlouquece uma mãe

Que texto lindo, gente!! Tão real, tão sincero!! Amei de paixão! Compartilhem, mostrem para as amigas, troquem experiências....faz um bem enorme!

"Sejamos honestas, o que enlouquece não é a criança que pede o colo. É a pia cheia de pratos, a casa bagunçada, a comida por fazer. Os dentes escovados no fim da manhã.

Não é o choro na madrugada que dá vontade de fugir. É a certeza de que o dia virá sem direito a descanso. Que o sono persistirá. Que ócio é luxo.

Não é o espernear no mercado que desperta a vontade de bater. É o sensação de completa incompetência que isso traz. É o medo de ser considerada ruim. É a enorme vontade de ser aceita.

Não é a birra que é insuportável. É a frustração de não saber o que fazer. É ferida aberta. É a incapacidade de nomear e aceitar o próprio sentir.

Ser mãe não é ruim. Ruim é cuidar do outro sem conseguir cuidar de si. É ser cobrada constantemente. É ver muitos dedos apontados e poucas mãos estendidas. É chorar o medo escondida. É lidar com a solidão diária.

Rede de apoio não é luxo. É equilíbrio, é sanidade mental. Não dá pra cuidar da criança sem olhar para o adulto que cuida dela. Não dá pra pensar no futuro sem valorizar e vivenciar o presente.

Não adianta fazer protesto se você finge não ver a exaustão da mãe mais próxima - muitas vezes a sua. De nada vale um feminismo que exclui e subestima mulheres mães.
Crianças não são difíceis. Nós é que carregamos expectativas e frustrações demais...e nem nos damos conta disso."

Elisama Santos do Tudo Eu


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As mudanças que a maternidade traz

Não dá pra negar, né? A maternidade traz um mundo totalmente novo para a nossa vida....comportamentos que a gente sempre condenou, passam a ser nossa rotina. Assuntos que nem passavam pela nossa cabeça, agora são os mais pesquisados na internet.....e o que dizer das roupas, sapatos e até mesmo do estilo pessoal?

Nesse post, estão as principais mudanças que aconteceram comigo depois que me tornei mãe. Que tal, depois de lerem, vocês deixarem seus exemplos nos comentários também? Eu vou AMAR ler as experiências de vocês e saber o que temos em comum...

SALTO ALTO
Eu nem sequer tinha sapato baixo, gente! Era só salto. A única variação no meu armário era fino, grosso, anabela ou agulha. Trabalhava o dia inteiro de salto 15 e nem mancava....rsrsrs.....assim que o lindão nasceu, voltei rapidamente para alguns dos meus queridos (alguns, porque perdi a maioria dos meus sapatos depois de passar de 37 para o 38 na gestação). Porém, foi só o lindão começar a engatinhar (e andar...e correr) pra eu virar fã declarada das sapatilhas. Tentei teimar algumas vezes e sair de casa com salto.....depois de alguns minutos correndo atrás dele, a dor nos pés me fez chegar ao arrependimento rapidão....agora, só vou de salto em programas que não envolvam o lindão. Um jantar ou cineminha com o maridão, o culto na igreja, essas coisas.....

E tenho que confessar....APAIXONEI! Não dá pra negar que a gente fica gata com aquele salto poderoso, mas o conforto que um baixo nos dá.....não tem preço!

TOLERÂNCIA AO ÁLCOOL
Não sei o que aconteceu, mas depois do lindão, uma taça de vinho já me deixa pra lá de Bagdá.....kkkkkkk.....sabem aquela frase famosa: "Sou fraca pra bebida"? Pois eu não sou fraca hoje em dia...eu sou anêmica!

A HORA DE DORMIR
Sair de casa às 21h?! Como assim?? Nesse horário, estou colocando o lindão pra dormir e, a partir das 22h, só consigo sentir muito, mas muuuuito SONO! Depois que o lindão nasceu, balada aqui em casa significa nós dois no sofá, curtindo nossas séries preferidas (ou um bom filme) e tomando uma tacinha de vinho (lembram do que falei sobre a taça de vinho aí em cima, né? Então.....kkkkkkk).

VAIDADE
Continuo vaidosa, mas nem de longe sou a mesma pessoa de antes! Aquela pessoa que ficava estressada se ficasse uma semana sem fazer as unhas, aquela pessoa que só saía de casa depois de horas e horas se preocupando com cada mínimo detalhe da produção, aquela pessoa que PRECISAVA de tudo combinadinho e "em alta" no guarda-roupas, aquela pessoa que passava dias e mais dias atrás daquele modelo de saia X que era "indispensável" nessa estação, aquela pessoa que ficava horas se maquiando mesmo que fosse só pra ir ao shopping dar uma voltinha, aquela pessoa que perdia dias e mais dias pensando no look que usaria no próximo evento.....nossa!! Só de me lembrar, já fiquei cansada!! kkkkkk.....

Hoje, quanto mais básica for a produção, melhor! As roupas precisam ser confortáveis e não podem "entregar" nada em qualquer uma das 54654 vezes que preciso me abaixar pra falar com o lindão ou pra pegar ele no colo. A roupa tem que ser soltinha, já que meu abdômen mudou (e muito) por conta dadiástase, que está sendo tratada, mas é um longo percurso....além de eu estar bem acima do peso ainda! Mas, acima de tudo, preciso que elas sejam soltinhas porque preciso me movimentar sem travas, sem algo me "pegando". E os acessórios então? Amava colares e brincos grandes, mas como usá-los quando, a qualquer momento, você pode ficar "sem orelha" porque seu pequeno resolveu dar um puxão pra ver o que é "aquela coisa colorida e brilhante balançando"?

Maquiagem? Claro que ainda amo, mas nada pode levar mais do que alguns minutos pra estar bem! Cabelo? Já amava o estilo curto...agora então!! Não me vejo mais de cabelão meeeeeesmo!! Deixo num comprimento suficiente pra poder fazer um rabo-de-cavalo num momento de aperto (aquele dia em que o "bonito" resolve acordar todo torto, praticamente em guerra contra mim, sabem?).

BOLSA
Siiiim...eu tinha uma bolsa de cada cor, tamanho e modelo....trocava todos os dias, dependendo da roupa que ia usar.....pois depois de passar os últimos 3 anos usando só a bolsa do lindão (comecei a me desapegar dela só agora, pois percebi que ele está totalmente adaptado ao desfralde) desencanei! Mas desencanei meeeeeesmo!! Doei praticamente todas as minhas bolsas, ficando só com as duas que mais usava (e as de festa). E o mais impressionante? Passo pelas lojas e olho pra tudo, menos para as bolsas....elas simplesmente deixaram de chamar minha atenção!

FRESCURAS E NOJINHOS
Não tem como passar pela maternidade sem sofrer uma mudança drástica nessa área....kkkkkkk....e comigo não foi diferente! Eu era bem fresca pra coisas nojentas como caca de nariz, cheiros ruins, etc.....mas tudo mudou a partir do momento em que o lindão, com 5 dias de vida, me deu um jato de cocô que "lavou" toda a minha roupa durante uma troca de fraldas. Eu estava sozinha com ele em casa e tive que acabar a troca, colocar ele no berço pra só então conseguir tirar minha roupa e começar a limpar o quarto (porque sujou até a parede, gente...inacreditável!) Depois dessa, percebi o que vinha pela frente e deixei de lado todo e qualquer "frufru" antigo.....a única coisa que ainda tenho muuuuuita dificuldade é com o tal do vômito! Limpo, cuido e tudo mais, mas passando mal....kkkk....#QuemNunca

E vocês? Me contem...quais foram as principais mudanças?
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Sobre a ideologia de gênero

Há muito tempo (mas muito meeeeesmo), os leitores do blog me pedem pra falar sobre esse assunto, mas sempre evitei, porque sabia a onda de mimimi que viria a seguir....mas depois de ler essa matéria do Aleteia, não pude deixar de publicar. É FUNDAMENTAL que pais e mães leiam esse texto, saibam dos fatos técnicos e médicos, entendam o mal que essa ideologia absurda pode causar para as crianças.

Podem dizer que sou retrógrada, quadrada, sexista, o que mais quiserem...o fato é que as coisas são como são: "Ninguém nasce com um gênero. Todos nascem com um sexo biológico. Ninguém nasce com uma consciência de si mesmo como masculino ou feminino; essa consciência se desenvolve ao longo do tempo. Pessoas que se identificam como “sentindo-se do sexo oposto”, não constituem um terceiro sexo. Elas permanecem homens biológicos ou mulheres biológicas".

A Associação Americana de Pediatras urge os educadores e legisladores a rejeitarem todas as políticas que condicionam as crianças a aceitarem como normal uma vida de personificação química e cirúrgica do sexo oposto. São os fatos, e não a ideologia, o que determina a realidade.
1. A sexualidade humana é um traço biológico binário objetivo: “XY” e “XX” são marcadores genéticos de saúde, não de um distúrbio. A norma para o design humano é ser concebido ou como macho ou como fêmea. A sexualidade humana é binária por design, com o óbvio propósito da reprodução e florescimento da nossa espécie. Esse princípio é evidente em si mesmo. Os transtornos extremamente raros de diferenciação sexual (DDSs) — inclusive, mas não apenas, a feminização testicular e hiperplasia adrenal congênita — são todos desvios medicamente identificáveis da norma binária sexual, e são justamente reconhecidos como distúrbios do design humano. Indivíduos com DDSs não constituem um terceiro sexo.
2. Ninguém nasce com um gênero. Todos nascem com um sexo biológico. Gênero (uma consciência e percepção de si mesmo como homem ou mulher) é um conceito sociológico e psicológico, não um conceito biológico objetivo. Ninguém nasce com uma consciência de si mesmo como masculino ou feminino; essa consciência se desenvolve ao longo do tempo e, como todos os processos de desenvolvimento, pode ser descarrilada por percepções subjetivas, relacionamentos e experiências adversas da criança, desde a infância. Pessoas que se identificam como “sentindo-se do sexo oposto” ou “em algum lugar entre os dois sexos” não constituem um terceiro sexo. Elas permanecem homens biológicos ou mulheres biológicas.
3. A crença dele ou dela de ser algo que não é indica, na melhor das hipóteses, um pensamento confuso. Quando um menino biologicamente saudável acredita que é uma menina, ou uma menina biologicamente saudável acredita que é um menino, existe um problema psicológico objetivo, que está na mente, não no corpo, e deve ser tratado como tal. Essas crianças sofrem de disforia de gênero (DG). Disforia de gênero, anteriormente chamada de transtorno de identidade de gênero (TIG), é um transtorno mental reconhecido pela mais recente edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-V). As teorias psicodinâmicas e sociais de DG/TIG nunca foram refutadas.
4. A puberdade não é uma doença – e os hormônios que bloqueiam a puberdade podem ser perigosos. Reversíveis ou não, os hormônios que bloqueiam a puberdade induzem a um estado doentio — a ausência de puberdade — e inibem o crescimento e a fertilidade em uma criança até então biologicamente saudável.
5. Cerca de 98% dos meninos e 88% das meninas confusos com o próprio gênero acabam aceitando o seu sexo biológico depois de passarem naturalmente pela puberdade, segundo o DSM-V.
6. Crianças que usam bloqueadores da puberdade para personificar o sexo oposto vão requerer hormônios do outro sexo no fim da adolescência. Esses hormônios (testosterona e estrogênio) estão associados a riscos para a saúde, o que inclui, entre outros, o aumento da pressão arterial, a formação de coágulos sanguíneos, o acidente vascular cerebral e o câncer.
7. O índice de suicídio é 20 vezes maior entre adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem a cirurgias de mudança de sexo – inclusive nos países mais afirmativos em relação aos chamados LGBTQ, como a Suécia. Que pessoa compassiva e razoável seria capaz de condenar crianças e jovens a esse destino, sabendo que, após a puberdade, cerca de 88% das meninas e 98% dos meninos vão acabar aceitando a realidade com boa saúde física e mental?
8. É abuso infantil condicionar crianças a acreditarem que uma vida inteira de personificação química e cirúrgica do sexo oposto seja normal e saudável. Endossar a discordância de gênero como normal através da rede pública de educação e de políticas legais servirá para confundir as crianças e os pais, levando mais crianças a serem apresentadas às “clínicas de gênero” e aos medicamentos bloqueadores da puberdade. Isto, por sua vez, praticamente garante que essas crianças e adolescentes vão “escolher” uma vida inteira de hormônios cancerígenos e tóxicos do sexo oposto, além pensarem na possibilidade da mutilação cirúrgica desnecessária de partes saudáveis do seu corpo quando forem jovens adultos.
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Estamos enlouquecendo nossas crianças

Lembram do Slow Parenting, que eu tanto amo? Texto ultra importante que li lá no Pais que Educam:

Vivemos tempos frenéticos. A cada década que passa, o modo de vida de dez anos atrás parece ficar mais distante: dez anos viraram trinta, e logo teremos a sensação de ter se passado cinquenta anos a cada cinco. E o mundo infantil foi atingido em cheio por essas mudanças: já não se educa (ou brinca, alimenta, veste, entretém, cuida, consola, protege, ampara e satisfaz) crianças como antigamente:

O iPad, por exemplo, já é companheiro imprescindível nas refeições de milhares de crianças. Em muitas casas a(s) TV(s) fica(m) ligada(s) o tempo todo na programação infantil – naqueles canais cujo volume aumenta consideravelmente durante os comerciais – mesmo quando elas estão comendo com o iPad  à mesa.

Muitas e muitas crianças têm atividades extra curriculares pelo menos três vezes por semana, algumas somam mais de 50 horas semanais de atividades, entre escola, cursos, esportes e reforços escolares.

Existe em quase todas as casas uma profusão de brinquedos, aparelhos, recursos e pessoas disponíveis o tempo todo para garantir que a criança “aprenda coisas” e não “morra de tédio”.

Tudo está sendo feito para que, no final, possamos ocupar, aproveitar, espremer, sugar, potencializar, otimizar e, finalmente, capitalizar todo o tempo disponível para impor às nossas crianças uma preparação praticamente militar, visando seu “sucesso”. O ar nas casas onde essa preocupação é latente chega a ser denso, tamanha a pressão que as crianças sofrem por desenvolver uma boa competitividade.

Porém, o excesso de estímulos sonoros, visuais, físicos e informativos impede que a criança organize seus pensamentos e atitudes, de verdade: fica tudo muito confuso e nebuloso, e as próprias informações se misturam fazendo com que a criança mal saiba descrever o que acabou de ouvir, ver ou fazer.

Além disso, aptidões que devem ser estimuladas estão sendo deixadas de lado: crianças não sabem conversar, não olham nos olhos de seus interlocutores, não conseguem focar em uma brincadeira ou atividade de cada vez (na verdade a maioria sequer sabe brincar sem a orientação de um adulto!), não conseguem ler um livro, por menor que seja, não aceitam regras, não sabem o que é autoridade.......pior e principalmente: não sabem esperar.

Todas essas qualidades são fundamentais na construção de um ser humano íntegroindependente e pleno, e devem ser aprendidas em casa, em suas rotinas.

Precisamos pausar. Parar e olhar em volta. Colocar a mão na consciência, tirá-la um pouco da carteira, do telefone e do volante: estamos enlouquecendo nossas crianças, e as estamos impedindo de entender e saber lidar com seus tempos, seus desejos, suas qualidades e talentos. Estamos roubando o tempo precioso que nossos filhos tanto precisam para processar a quantidade enorme de informações e estímulos que nós e o mundo estamos lhes dando.

Calma, gente. Muita calma. Não corramos para cima da criança com um iPad na mão a cada vez que ela reclama ou achamos que ela está sofrendo de “tédio”. Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo. O “tédio” nada mais é que a oportunidade de estarmos em contato conosco, de estimular o pensamento, a fantasia e a concentração.

Nossas crianças não leem mais. Muitos livros infantis estão disponíveis para tablets e iPads, cuja resposta é imediata ao menor estímulo e descaracteriza a principal função do livro: parar para ler, para fazer a mente respirar, aprender a juntar uma palavra com outra, paulatinamente formando frases e sentenças, e, finalmente, concluir um raciocínio ou uma estória.

Cerquem suas crianças de livros e leiam com elas, por amor. Deixem que se esparramem em almofadas e façam sua imaginação voar. O clima da casa também agradece,


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A mãe da mãe

Texto lindo que está rolando no Face essa semana....homenagem mais do que merecida às pessoas maravilhosas que entendem o quanto uma mãe precisa de apoio durante o puerpério.

Enquanto os olhos do mundo estão no bebê que acaba de nascer, a mãe da mãe enxerga a filha, recém-parida. O papel de avó pode esperar, pois é a sua menina que chora, com os seios a vazar.

A mãe da mãe esfrega roupinhas manchadas de cocô, varre o chão, garante o almoço. Compra pijamas de botão, lava lençóis sujos de leite e sangue. Ela sabe como é duro se tornar mãe. 

No silêncio da madrugada, pensa na filha, acordada. Quantas vezes será que foi? Aguentará a manhã com um sorriso? Leva canjica quentinha e seu bolo favorito.


Atarefada, a mãe da mãe sofre em silêncio. Em cada escolha da filha, relembra suas próprias. Diante de nova mãe, novo bebê, muito leite e tanto colo, questiona tudo o que fez, tempos atrás. Tempo que não volta mais. 

Se hoje é o que se tem, então hoje é o que é. Olha nos olhos, traz pão e café. Esse é o colo, esse é o leite. Aqui e agora, presente. 

A mãe da mãe ajuda a filha a voar. Cuida de tudo o que está às mãos para que ela se reconstrua, descubra sua nova identidade. Ela agora é mãe, mas será sempre filha.


Toda mãe recém-nascida precisa dos cuidados de outra mulher que entenda o quanto esse momento é frágil. A mãe da mãe pode ser uma irmã, sogra, amiga, doula, vizinha, tia, avó, cunhada, conhecida. 

O fato é que o puerpério necessita de união feminina, dessa compreensão que só outra mãe consegue ter. O pai é um cuidador fundamental, comanda a casa e se desdobra entre mãe e filho, mas é preciso lembrar que ele também acaba de se tornar pai, ainda que pela segunda ou terceira vez.

(Marcela Feriani)


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Quando os filhos voam

Texto simplesmente perfeito do Rubem Alves...chorei e choro toda vez que leio, porque o verdadeiro amor é isso aí mesmo:

"Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho.
Eu mesmo sempre os empurrei para fora.

Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas.

Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira…Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…

Existem muitos jeitos de voar. 
Até mesmo o vôo dos filhos ocorre por etapas. 

O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem…

Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. 

Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade.

Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. 

É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma.

É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós.

É chegado então o tempo de recolher nossas asas. 

Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe.

Isso é amor.

Muitas vezes, confundimos amor com dependência. 
Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. 

Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. 
Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.

Muitas vezes confundimos amor com segurança. 
Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos.
Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos.

Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que impede-os de navegar nas ondas de seu próprio destino.

Muitas vezes confundimos amor com apego.
Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. 
Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida. 
Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.

Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes eu me confunda. 

Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado.

Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. 

Cada fim venta um começo.
Cada ponto final abre espaço para uma nova frase.

Aprendo que tudo passa, menos o movimento. 
É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno.

Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos, se assusta por não saber o que fazer.

Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível.

Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar voar.
E não há estrada mais bela do que essa."


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A infância deles passa rápido demais

Texto lindo de um dos meus perfis preferidos no Instagram. O @blogdamaemoderna. Ando pensando muito nisso ultimamente e tentando ao máximo estar com o lindão de corpo e alma quando estamos juntos. Sem distrações. Pra não perder nadinha e não me arrepender depois.

Quem nunca se pegou lavando louça, entretida com algo banal ou atarefada com a casa ou trabalho e falando para o filho: "Agora estou ocupada". "Agora não posso". "Vá brincar!" Quem não teve seu coração partido ao terminar a tarefa e ver o filho brincando sozinho, triste em seu canto? Precisamos entender que filhos crescem rápido demais e que temos que aproveitar sua infância.

Algumas pessoas falavam que depois da maternidade eu iria me arrepender de muita coisa. Que me arrependeria de não ter viajado para vários lugares do mundo, que me arrependeria por não ter estudado mais, me arrependeria de não ter curtido "direito" a vida.

E hoje eu vivo arrependida, mas não é de nada disso que disseram: eu estou arrependida pelas vezes que deixei meus filhos chamando diversas vezes "mamãe" antes de atende-los. Arrependida quando me chamam pra brincar e eu falei que estava ocupada ou cansada demais. Arrependida pelas vezes que falei "só um pouquinho" e fiquei horas no celular, na internet ou nas redes sociais

Eu estou arrependida pelas vezes que meus filhos pediram colo e eu disse "a mamãe pega já" e não peguei na hora. Tudo isso porque o dia foi cheio demais e eu queria dar conta de tudo, queria ser a tal "mulher empoderada", bem-sucedida, no controle de tudo

Eu lembro dos meus filhos ainda bebês, parece que foi ontem que nasceram e hoje os vejo já tão crescidos, cheios de atitude. Gela o coração perceber que estou perdendo o nosso tão curto tempo por bobagens, preocupando-me com outros afazeres

A casa sempre será a mesma, os amigos virtuais estarão lá cuidando de suas vidas, mas nosso tempo com nossos filhos, suas infâncias estarão passando como um cometa e não podemos perder isso. Não podemos mais perder tempo! Devemos fazer o que tiver que fazer depois que forem dormir. E quando nos perguntarem o que estamos fazendo da vida, vamos responder: "Vendo meus filhos crescerem!"


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Tenha filhos

Mas um texto desses que eu gostaria de ter escrito:


Se eu pudesse dar só um conselho para os meus amigos, seria esse: tenham filhos. Pelo menos um. 

Mas se possível, tenham 2, 3, 4... Irmãos são a nossa ponte com o passado e o porto seguro para o futuro. Mas tenham filhos.



Filhos nos fazem seres humanos melhores. O que um filho faz por você nenhuma outra experiência faz. Viajar o mundo te transforma, uma carreira de sucesso é gratificante, independência é delicioso. 



Ainda assim, nada te modificará de forma tão permanente como um filho.



Esqueça aquela história de que filhos são gastos. Filhos te tornam uma pessoa com consumo consciente e econômica: você passa a comprar roupas na Renner e não na Calvin Klein, porque no fim, são só roupas. E o tênis do ano passado, que ainda tá novinho e confortável, dura 5 anos... Você tem outras prioridades e só um par de pés.



Você passa a trabalhar com mais vontade e dedicação, afinal, existe um pequeno ser totalmente dependente de você, e isso te torna um profissional com uma garra que nenhuma outra situação te daria. Filhos nos fazem superar todos os limites.



Você começa a se preocupar em fazer algo pelo mundo. Separar o lixo, trabalho comunitário, produtos que usam menos plástico... Você é o exemplo de ser humano do seu filho, e nada pode ser mais grandioso que isso.



Sua alimentação passa a importar. Não dá pra comer chocolate com coca-cola e oferecer banana e água pra ele. Você passa a cuidar melhor da sua saúde: come o resto das frutas do prato dele, planta uma horta pra ter temperos frescos, extermina o refrigerante durante a semana. Um filho te dá uns 25 anos a mais de longevidade.



Você passa a acreditar em Deus e aprende como orar. Na primeira doença do seu filho você, quase como instinto, dobra os joelhos e pede a Deus que olhe por ele. E assim, seu filho te ensina sobre fé e gratidão como nenhum padre/pastor/líder religioso jamais foi capaz.



Você confronta sua sombra. Um filho traz a tona seu pior lado quando ele se joga no chão do mercado porque quer um pacote de biscoito. Você tem vontade de gritar, de bater, de sair correndo. 



Você se vê agressivo, impaciente e autoritário. E assim você descobre que é só pelo amor e com amor que se educa. Você aprende a respirar fundo, se agachar, estender a mão para o seu filho e ver a situação através de seus pequenos olhinhos.



Um filho faz você ser uma pessoa mais prudente. Você nunca mais irá dirigir sem cinto, ultrapassar de forma arriscada ou beber e assumir a direção, pelo simples fato de que você não pode morrer (não tão cedo)... Quem é que criaria e amaria seus filhos da mesma forma na sua ausência?! Um filho te faz mais do que nunca querer estar vivo.



Mas, se ainda assim, você não achar que esses motivos valem a pena, que seja pelo indecifrável que os filhos têm.



Tenha filhos para sentir o cheiro dos seus cabelos sempre perfumados, para ter o prazer de pequenos bracinhos ao redor do seu pescoço, para ouvir seu nome (que passará a ser mãmã ou pápá) sendo falado cantado naquela vozinha estridente.



Tenha filhos para receber aquele sorriso e abraço apertado quando você chegar em casa e sentir que você é a pessoa mais importante do mundo inteirinho pra aquele pequeno ser. Tenha filhos para ganhar beijos babados com um hálito que listerine nenhum proporciona. Tenha filhos para vê-los sorrirem como você e caminharem como o pai, e entenda a preciosidade de se ter uma parte sua solta pelo mundo. Tenha filhos para re-aprender a delícia de um banho cheio de espuma, de uma bacia de água no calor, de rolar com o cachorro, de comer manga sem se limpar.



Tenha filhos. Sabendo que muito pouco você ensinará. Tenha filhos justamente porque você tem muito a aprender. Tenha filhos porque o mundo precisa que nós sejamos pessoas melhores ainda nessa vida.



(Bruna Estrela)





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Não precisamos ser uma fortaleza

Até hoje me dói o coração quando lembro da primeira vez que o lindão me viu doente.

Eu peguei a virose dele e, em uma noite, fiquei muito mal, de uma hora pra outra. Fui me deitar e ele veio ficar do meu lado na cama. Eu lá deitada e ele brincando com o pai....do nada, me veio um mal-estar horrível e tive que levantar de supetão para "chamar o Ugo".....não esqueço o som da vozinha dele me chamando. Mesmo tão pequeno, com pouco mais de 2 aninhos, já tinha um mix de susto e preocupação na voz.

Do banheiro, eu escutava o pai explicando que a mamãe estava dodói, que ia melhorar, que logo tudo ficaria bem......

Bom, depois de melhorar, de ser acudida pelo marido, fui tomar banho e me senti extremamente culpada por aquilo. Culpada por ter assustado meu pequeno, culpada por estar doente e não conseguir cuidar dele direito, culpada, culpada, culpada.....

Mas horas depois, já com todos dormindo, me dei conta de que não havia motivo algum para culpa.
Sou humana, é claro que ele me verá doente mais vezes e até, mais pra frente, ajudará o pai a cuidar de mim.

E, junto com essa "luz", pensei:
Nós, pais e mães, não podemos ter essa imagem heroica, indestrutível, perfeita para nossos filhos. Eles precisam saber que somos humanos, que ficamos doentes, que erramos, que nos arrependemos.

Eles precisam saber que temos fraquezas, que somos imperfeitos.

E por que eles precisam saber isso? Pra não se decepcionarem lá na frente e pra saberem lidar com uma mãe ou um pai adoentados. Pra não acharem que têm os piores pais do mundo ao primeiro erro nosso. Pra não acharem sempre um fardo ver um dos pais doentes. Pra entenderem que, uma hora nós somos cuidados, mas em outra, precisamos cuidar.

Se mostrar sempre invencível, vai só mostrar para seus filhos que, em se tratando de você, só a perfeição pode ser aceita....e vamos combinar, né? Perfeito, só Deus.

Então, vamos sim ser fortes e invencíveis, quando eles precisarem que assim sejamos, mas vamos mostrar nossas fragilidades quando quem estiver precisando de carinho e cuidado formos nós.


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Eu sei

Não sei quem escreveu esse texto, mas ele é muito verdadeiro!

Sim, eu sei!

Eu sei que você acha que podia ter feito mais.
Eu sei que você acha que devia ter tido mais paciência.
Eu sei que você acha que devia brincar mais com eles.
Eu sei que você acha que não dá conta.
Eu sei que você acha que erra demais.
Eu sei que você está cansada.
Eu sei que você sente falta de muitas coisas da época em que não era mãe... E se sente culpada por isso.
Eu sei que você quer sempre dar o seu melhor.
Eu sei que você coloca todo mundo antes de você mesma.

EU SEI!
Mas também sei, tenho certeza de que, se alguém perguntar para os seus filhos: o que você acha da sua mãe? A resposta será: ELA É A MELHOR MÃE DO MUNDO. ELA ME AMA MUITO. ELA ESTÁ SEMPRE DO MEU LADO. ELA SEMPRE SABE DO QUE EU PRECISO.......


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Conversa de adulto também é pra criança

Achei esse texto MUITO bacana e importante pra nós, pais e mães:

Que atire a primeira pedra a mãe que nunca falou: “isso é conversa de adulto”, quando o filho questionou sobre algo polêmico ou delicado. Não condeno essa típica frase, até porque realmente acredito que as crianças podem ser poupadas de alguns diálogos. Porém, acho importante avaliarmos se não estamos usando a desculpa da “conversa de adulto” apenas como uma válvula de escape para não falar sobre assuntos sérios.

Nós precisamos conversar sobre política, bullying, educação, sexo, trabalho e muito mais com crianças. A princípio, isso pode parecer um choque, já que a sociedade não está acostumada a tocar nesses assuntos desde a infância. Mas a verdade é que se trata muito mais sobre como você vai falar do que sobre o que será discutido.

É evidente que você não vai detalhar a complexidade política que vive o país com seu filho de 5 anos, por exemplo. Mas ao explicar que algumas coisas são de todos (públicas) e outras pertencem a alguém (privadas) já estamos falando sobre política. Esse é apenas um exemplo de como podemos simplificar temas que são extremamente importantes de serem introduzidos ainda na infância.

Se mesmo assim você não consegue trazer os temas delicados para o mundo das crianças, vale à pena recorrer a outras possibilidades. A tecnologia pode ser uma ótima aliada nesse sentido: temos aplicativos, desenhos, filmes, jogos e outras plataformas que têm um viés socioeducativo e uma linguagem acessível para crianças. É importante acompanhá-los nessas atividades e verificar que tipo de conteúdo eles têm consumido.

É verdade que é muito mais fácil negligenciar os assuntos polêmicos e postergar ao máximo o momento de falar sobre eles. Mas, dependendo do caso, isso pode gerar consequências sérias às crianças. Por exemplo, é muito mais saudável que elas aprendam com você o que é bullying, ao invés de só entender a gravidade do problema depois de praticar ou sofrer na pele.

Além de evitar futuros desconfortos, conversar sobre tudo com seus filhos só traz benefícios. Certamente você ganhará ainda mais a confiança deles, pois, se vocês está aberta a falar sobre assuntos sérios, eles também estarão dispostos a contar seus problemas. Por fim, tendo contato desde cedo com questões relevantes, é natural que a criança amadureça mais rápido e se torne alguém muito mais consciente.

Não é uma tarefa fácil e o caminho mais simples é deixar a “conversa de adulto” para depois. É difícil apontar o certo e o errado nessa história toda, assim como não existe uma fórmula mágica para tocar em temas delicados. O mais importante é fazer uma reflexão na família e verificar se o que você deixa de contar ao seu filho não pode prejudicá-lo no futuro.

Por Fabiany Lima
(mãe de gêmeas, escritora de livros infantis e criadora o aplicativo Timokids)


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Texto fantástico sobre a maternidade

Não tem como não se identificar com esse texto! Simplesmente perfeito!

Por Hayley Hengsta do austin.citymomsblog.com
"Essa fase da vida. Como é difícil, gente.
Eu estou falando com você, mãe por volta dos 30. Você tem filhos. Provavelmente dois, três, talvez quatro deles. Eles provavelmente estão na faixa etária que vai de recém-nascidos até 7 ou 8 anos de idade. (Tirando aqui e ali, em todas as estatísticas acima mencionadas).
Nessa fase da vida você está lidando com exaustão. Mental, física e emocional.
Nessa fase da vida, você está lidando com dentes nascendo. Com infecções de ouvido. Com viroses. Você está fazendo malabarismos para encaixar os horários das sonecas com os horários das refeições e as aulinhas de futebol. Tentando equilibrar um milhão de bolas nesse malabarismo diário, e provavelmente sentindo como se estivesse deixando cair a maioria delas.
Nessa fase da vida, você está lidando com a culpa. Culpa por ter uma carreira e não passar tempo suficiente com seus filhos. Ou culpa por ficar em casa com seus filhos e não fazer o suficiente para contribuir financeiramente. Culpa por estar sendo muito dura com seus filhos. Ou demasiadamente maleável. Culpa porque sua casa está limpa, mas os seus filhos foram ignorados o dia todo. Ou culpa porque você curtiu seus filhos durante todo o dia mas agora seu marido está voltando do trabalho e encontrará uma casa suja. CULPA.
Nessa fase da vida, você é bombardeada diariamente por uma série de decisões. Algumas delas possuem a capacidade de mudar o percurso da sua vida, outras não. Para nenhuma delas existem respostas únicas e bem definidas. Vacino meus filhos? Ou não? Os mando para a escola pública? Escola privada? Os ensino em casa? Continuo a amamentar? Aperto ainda mais o orçamento para que eu possa comprar apenas comida orgânica? Posso forçar meu filho a pedir desculpas, mesmo que o pedido de desculpas será insincero? Você não tem as respostas para tudo, mas você sente uma pressão constante para tomar decisões acertadas.
Essa fase da vida é cada vez menos sobre ver seus amigos casando e tendo filhos, e mais e mais sobre testemunhar seus amigos lutando para salvar um casamento, e às vezes se divorciando. É uma fase em que você mesma tem que investir tempo, esforço, trabalho e energia para se certificar de que seu próprio casamento permaneça saudável. E isso é bom, mas é difícil também. Nesse estágio da vida, você ou alguém que você conhece já lidou com infertilidade. Abortos espontâneos. Perda de um filho.
É uma fase em que você está comprando casas, vendendo casas, reformando, se mudando. Apenas para, daqui a alguns anos, fazer tudo novamente.
É uma fase em que seus hormônios estão enlouquecidos. E com razão. Você basicamente esteve grávida, no pós-parto, ou amamentando pelos últimos anos, certo?
É uma fase em que você está sofrendo para estabelecer uma identidade. Minha identidade inteira se resume a “mamãe”? Existe alguma coisa que ainda resta de mim que não seja sobre a maternidade? Existe algo mais glamoroso que eu poderia ou deveria ter feito com a minha vida? Eu já pareço uma mãe agora, não é? Sei que sim.
É uma fase em que você está em uma busca constante por equilíbrio, e nunca consegue alcança-lo.
É uma fase da vida onde você está sobrecarregada. Constantemente. Você está sobrecarregada de perguntas. Seus filhos nunca param de fazer perguntas. Você está sobrecarregada de tanto toque. Você está constantemente carregando alguém ou alguém está constantemente segurando você, pendurado em você, tocando você. Você está sobrecarregada de afazeres. Há muito a fazer. A lista nunca acaba. Você está sobrecarregada de preocupação. Você está sobrecarregada de coisas. Como os muitos brinquedos que seus filhos têm. Você está sobrecarregada de atividades. Você está sobrecarregada de pensamentos (ideias sobre como não estar sempre tão sobrecarregada, talvez?).
É difícil.
Então… o que você precisa fazer para sobreviver tudo isso?
Você precisa pedir ajuda.
Você precisa aceitar ajuda quando te for ofertada.
Você precisa não negligenciar o seu casamento. Você precisa colocar seus filhos na cama cedo. Sentar na varanda com o seu marido, beber uma taça de vinho e ter uma conversa agradável.
Você precisa de amigas.
Você precisa da sua mãe.
Você precisa de amigas mais velhas, que já passaram por isso. Que podem te assegurar que você não está fazendo tudo errado assim como você pensa que está.
Você precisa não se sentir mal em usar o tempo da soneca dos filhos para fazer algo para você, inclusive descansar também.
Você precisa ajustar as suas expectativas… E depois provavelmente ajusta-las novamente.
Você precisa simplificar. Simplifique cada parte da sua vida, tanto quanto possa ser simplificada.
Você precisa aprender a dizer “não”.
Você precisa praticar o contentamento.
Você precisa ficar bem em deixar seus filhos durante a noite, e ir à algum lugar. Qualquer lugar.
Você precisa fazer algo que você gosta, todos os dias, mesmo que seja por não mais de 15 minutos.
Você precisa rezar. Colega, como você precisa rezar.
Você precisa de um café que você ame, um vinho que você ame, e um banho de espuma que você ame.
Finalmente, e talvez mais importante, você precisa lembrar que…
Essa fase da vida é bonita também. Realmente muito bonita. Essa é a fase da vida sobre a qual cada pessoa mais velha com quem você encontrar lhe dirá sempre que “você vai sentir saudades.” E você já sabe que é verdade. É a fase em que seus filhos mais te amam. Nunca mais, por toda sua vida, seus filhos te amarão assim de novo. É a fase em que eles encaixam corpinhos inteiros no seu colo buscando aconchego… Enquanto eles ainda conseguem, e o mais importante, enquanto ainda querem. É a fase em que seus maiores problemas são apenas infecções de ouvido e dentes nascendo e viroses, e você não está tendo que lidar ainda com coisas como corações partidos ou vício ou bullying. É a fase em que você está aprendendo a amar o seu parceiro de uma maneira cmente diferente. Mais difícil mas também melhor. A fase em que vocês estão aprendendo juntos, crescendo juntos, sendo testados, tendo o egoísmo dissipado, e realmente se transformado em “um”. É a fase em que você começa a enxergar o Natal, Halloween, a Páscoa através dos olhos dos seus filhos e é muito mais divertido e mágico do que seria apenas através de seus próprios olhos. É a fase em que você vivencia seus pais como avós… e eles são ainda melhores. É a fase da vida cheia de excursões escolares, festinhas de aniversario, fantasias, aulinhas de natação, banhos de espuma, dentes soltos e primeiros passos. E essas coisas são tão divertidas. É a fase em que você é jovem o suficiente para se divertir, mas tem idade suficiente para ter obtido pelo menos um pouco de sabedoria. É tão linda e divertida essa fase.
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Está preparando seus filhos para o fracasso?

Geeeeente!! Que texto fantástico do Augusto Cury.
Será que estamos preparando nossos filhos para serem realmente felizes? Será que estamos ensinando nossos pequenos a entenderem e aceitarem o fracasso? Será que somos pais que sabem admitir seus erros?

Hoje em dia, vemos uma neura tão grande pela excelência, pela perfeição, pela busca da riqueza, que acho um perigo bem real os pais esquecerem de mostrar que o erro faz parte do processo e que a busca pelo topo envolve muitos tropeços.

Os grupos de maternidade do Facebook

Desses textos que eu queria ter escrito! Rsrsrsrs....muuuuuuuuuito bom e engraçado!

Sobre ser uma péssima mãe

"Se você é mãe e quiser acabar com sua paz, tenho uma dica: faça parte de grupos de mães no Facebook. Juro, eu saí de todos, minutos antes de ligar o gás e enfiar minha cabeça no forno.

Pra começar, lá você será chamada de mom, mamy, mamis, mamãe...Gente, eu já passo o dia ouvindo "mãaaaae", não dou conta.

Lá, você vai descobrir a porcaria de mãe que você é. Se você não mandou fazer etiquetas personalizadas no site "Etiquetas Chiques Moms", você será considerada um E.T. e seu filho voltará pelado da escola. Vai perder tudo, uniforme, lancheira, lápis, cabeça...

Lá, você verá mil fotos de mesas de festas de crianças que foram feitas pelas próprias mamis e ficaram muito mais bonitas do que a mesa que você contratou na "Mesas de Isopor da Tia Dulce" porque era a única que cabia no seu bolso e que entregava de última hora. Ah, vai descobrir que uma festa infantil começa a ser organizada 8 meses antes. Nem meu casamento foi planejado com tanto tempo. Sou péssima mãe, não é possível!

Lá, você vai descobrir que existe uma bolsa/mochila específica para cada idade do bebê/criança. Aquela sacola que veio junto com a kit bebê da maternidade é uma vergonha de se usar. Se você encontrar por acaso com uma integrante do grupo no Shopping, esconda a bolsa no fundo do carrinho. Ah, tem encontro de mães também, porque né? Não tem assunto melhor pra se falar naquele momento relax que você sai de casa pra respirar. Ainda mais quando, no encontro, te falam que deixar o bebê dormindo de barriga para baixo é morte na certa. Aí você inventa uma diarreia súbita e sai correndo salvar seu filho que está prestes a morrer.

Lá, tratam Parto normal e Cesária como "Fora Dilma" e "Não vai ter golpe". Essa parte é bem engraçada, às vezes.

Lá, você vai se sentir realmente deprimida quando descobrir que mães fazem bolos integrais, funcionais, com óleo de coco para o lanche da escola dos filhos. Você lembra que mandou bolo de supermercado e simplesmente chora. E quando descobre que o "Suco da Criança Saudável", pra não citar marcas, é, na verdade, um veneno, uma enganação? Corre pro Pediatra pedindo exames, marcadores tumorais.

Pra mim, o que mais doeu, foi descobrir a culpa de certos problemas que enfrento como mãe. Vocês acreditam que eu não montei um quarto Montessoriano pro meu filho? Nem usei as técnicas do Feng Shui? Gente, a cama dele sempre foi virada pro Oeste e está lá, no grupo, que deve ser virada para o Leste. É por isso que ele demorou pra engatinhar, por isso que ainda confunde um pouco o "O" com o "U". Tudo culpa minha.

Agora, o pioooooor de tudo, foi não ter feito o ensaio fotográfico "Smash the Cake" com meu filho. Todas as moms fizeram, to-das. Agora ele já tem 6 anos, tipo, um erro sem conserto que terei que carregar comigo, para sempre!"
(Maria Alice Raya)


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Nós e essa mania de criar regras bobas

Educar um filho já é complicado por si só, né?

Por que então nós temos que ficar inventando regras que não fazem diferença nenhuma, nem nunca farão? Já perceberam?

Será que nós, pais e mães, sabemos diferenciar o que é inegociável e o que é apenas um autoritarismo infundado?

Existem alguns valores morais que precisam ser colocados na cabeça da criança obrigatoriamente, como por exemplo, pedir desculpas, agradecer as pessoas, se colocar no lugar das pessoas, e por aí vai. Mas existem outras coisas que simplesmente não vão fazer diferença alguma!

O que vejo por aí é que esses comportamentos que são sem importância acabam sendo o foco de muitos pais, apenas porque eles querem confirmar a autoridade sobre a vida dos filhos.

Claro que os pais devem ser autoridade na vida dos filhos, mas até que ponto isso é autoridade e até que ponto é apenas teimosia e auto-afirmação?

Por exemplo, brigar com o menino porque ele quer fazer xixi sentado vez ou outra ou discutir com a menina porque ela não quer colocar um laço na cabeça naquele dia.

Um dia que o menino não queira fazer xixi em pé, será que é preciso mesmo se irritar, se cansar, se desgastar por conta disso? Será que não é melhor explicar pra ele que meninos fazem xixi em pé porque é mais prático, mas que quando ele quiser fazer sentado, não existe mal nenhum nisso?

E quando a menina não quiser se enfeitar como você quer que ela se enfeite? Será que é mesmo tão importante assim sair de casa todos os dias com laço na cabeça?

Acho que o foco deve ser o modo como a criança pede. Aí sim, os pais precisam ser firmes. Se o menino pede pra fazer xixi em pé gritando ou fazendo birra, é importante não ceder. Mas se ele só comenta, pede educadamente, qual o problema?

Pra refletir

Gostei muito dessaa reflexão que recebi pelo Whats e queria muito compartilhar com vocês, pois é exatamente o que eu acho e vejo nos dias de hoje...não poderia concordar mais com a autora:

Merthiolate

Quem tem um pouco mais de “experiência”, para não dizer idade, ainda é capaz  de lembrar do ardor causado pelo Merthiolate.

Eu, moleca que era, vivia ralando os joelhos, cotovelos e o que mais conseguisse, e não sei o que era pior: a dor do ferimento ou o ardor do Merthiolate. (...) Enfim, primeiro doía e depois ardia. 

Com o tempo, o Merthiolate criou uma fórmula que não arde.

Com o tempo, não permitimos que nossos filhos sintam nem o ardor do Merthiolate, nem os ardores da vida.

Estamos criando uma geração que não sabe o que é ardor, fome, sede, espera, paciência.

Carregamos um kit completo anti “pitis” na bolsa, com água, bolachas, celular, tablet, caderno, lápis, analgésico. Nossos filhos não podem esperar.

Esperar meia hora, quarenta minutos por uma comida? Jamais! Dez minutos por uma água? Não! 

Não podem ir a restaurantes sem espaço para crianças porque não suportarão a permanência no local.

O que estamos criando?

Nossas esperas foram boas e até hoje a vida nos ensina a esperar. 

Certamente, nesse exato momento, você está esperando por algo: uma cura, uma promoção, uma ligação, comprar uma casa, um carro, uma viagem, engravidar, um namorado, qualquer coisa. Você está esperando. E sua mãe não tem a solução de seus problemas na bolsa dela...

As crianças devem e podem esperar. 

Nós, como pais, temos a obrigação de ensiná-los a esperar porque temos que prepará-los para a vida como ela é.

A criança tem uma necessidade, fica chata, não temos paciência e damos o que ela quiser. Qualquer coisa.

Ferrari? Paris? Gucci? Qualquer coisa, mas pare de birra!

E assim, nossa baixa resistência aos apelos dos filhos nos levam ao erro. 

Nada mais arde. Nem Merthiolate.

Na verdade, tudo continua ardendo, apenas damos-lhes a falsa sensação de que nada mais arde, de que tudo é imediato.

É isso que queremos ensinar?



*******Às vezes, por um motivo bobo, os pais gritam, surtam, batem nos filhos, magoam as crianças....e pra
provar que estão certos?

Não estou defendendo que a educação das crianças fique por conta delas ou que os pais tratem os filhos como mini adultos, que podem decidir tudo o que quiserem por conta própria. Estou apenas dizendo que eu penso que a vida já é complicada demais. Criar uma pessoa é difícil, tem muitas complicações e, muitas dessas complicações, são criadas por nós mesmos e não têm a menor importância no futuro dos nossos filhos como pessoas de bem, éticas, corretas e educadas.

Pra refletir....


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Fatos sobre a vida com filhos

Coisas que só quem tem filhos entende....

- em algum momento, você vai machucar seu filho acidentalmente (tanto física quanto emocionalmente) e vai se sentir a pior pessoa do mundo.

- você saberá muito menos sobre os acontecimentos do Brasil e do mundo.

- sua conta no Netflix, YouTube, etc, passará a apresentar inúmeras sugestões de desenhos.

- o banco de trás do seu carro nunca mais será o mesmo.

- você vai passar a comer muito rápido ou com apenas uma mão (com as duas coisas ao mesmo tempo).

- você se torna um ninja quando precisa entrar no quarto em que a criança está dormindo.

- você aprende a lidar com doces, refrigerantes e café como se eles fossem uma mercadoria ilegal.

- você vai rir mais do que nunca riu na vida....mesmo sem motivo algum.

- você vai ver muito de si mesmo nos seus filhos (e nem sempre vai gostar desse reflexo).

- cuidar de roupas pequenas é uma tortura (dobrar, passar....afffffff)

- muitos amigos vão sumir...e depois, você vai perceber que, na verdade, esses não eram tão amigos assim. OS verdadeiros, permanecem.

- você irá se surpreender com as conversas bacanas que terá com seus filhos (uma criança de 2 anos pode ser beeeeeeem mais interessante que um adulto).

- você vai se tornar seus pais (em muitos comportamentos, em muitas frases, em muitos conceitos)

- você não consegue mais assistir filmes ou notícias em que crianças sofrem, morrem ou são sequestradas.

- comprar algo para os seus filhos te deixa infinitamente mais feliz do que comprar algo pra você.

- com crianças pequenas, qualquer saidinha de casa parece a preparação para uma viagem.

- você vai amar os filmes infantis (às vezes, se divertirá mais do que os pequenos).

- toda a sua vida de adulto caberá naquele pequeno espaço entre a hora que as crianças vão pra cama e a hora em que você vai pra cama.

- por um bom tempo, só você entenderá o que eles dizem.

**você entenderá o que significa amar alguém mais do que a si mesmo


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Pérolas do lindão - palavras

Continuando com os posts pra comemorar os 3 anos do lindão, hoje é dia de se divertir com as palavras que ele descobriu durante esse ano que passou...

Essa fase de descobertas é muito bacana, né? Fofura master e diversão garantida....

Macolujá = maracujá 
Hipotoctomo = hipopótamo 
Pelilombo = pernilongo
Abosoluta = absoluta
Helicoptolom = helicóptero 
Dilisguei = desliguei
Estafamento = congestionamento
Cutivelo = cotovelo 
Povamente = provavelmente 
Cocoiati = chocolate
Gandonda = grandona
Mordei, batei, correi = mordi, bati, corri


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Pérolas do lindão


Ontem o lindão completou 3 aninhos! Pra comemorar essa delícia, registrei as maiores pérolas que ele soltou nesse ano que se passou. Uma pena eu só ter pensado nesse post a partir de junho, pois perdi uma boa parte das tiradas dele.....rsrsrsrsrsrs....divirtam-se:

2 anos

Depois de fazer alguma arte, antes da bronca:
"Mamãe, eu perdi o direito. Vou lá no cantinho sentar tá bom"?

Ao passarmos por um quebra-molas grande:
"Meu Deus do céu! Que quebra-mola enorme, mamãe"!

Ao conseguir fazer cocô no vaso pela primeira vez, interrompeu minha comemoração com a pergunta:
"Mamãe, cadê os fogos (de artifício) pra gente fazer festa"?

Indo embora da escola:
"Mas mamãe, a tia Alê vai ficar sozinha!
-Não vai não, lindão. Ela vai pra casinha dela também.
(E ele com a cara fechada)
Mamãe, a tia Alê mora na escola. Ela dorme na sala do soninho"!

Correndo pela casa da avó:
"Nossa!! Eu corri tão rápido que até saiu fumaça de mim"!

Andando de carro:
"Sabia que os carros são os melhores amigos de toooodo o mundo"?

Ao encontrar um amiguinho da escola no shopping:
"Mamãe, ele é igual o Davi da escola"!
-Mas ele é o Davi, filho!
"Não, mamãe! O Davi usa uniforme".

Chegando em casa depois de passarmos o dia todo fora, ele corre até a caixa onde ficam seus carrinhos e diz:
"Oi, pessoal! Tudo bem com vocês? Fiquei com saudades"!

Assistindo a um episódio de O Show da Luna, ele teve ataque de riso. Quando a risada começou a acalmar, ele tentou rir mais, mas não conseguiu. Daí veio até nós com a cara preocupada dizendo:
"Mamãe, papai! Minha risada acabou! Quando que ela volta"?

Ao chegar ao consultório do Pediatra, olhou bem para o médico e disse:
"Mamãe, eu tô preocupado"!

Assim que terminou o exame dessa consulta, começou a bater palmas muuuuito forte e disse:
"Acabooooou!!!! Parabéns, titio Edson!! Muito obrigado"!

Depois de inventar muitas e muitas desculpas para atrasar o banho, ele correu para o banheiro dizendo que precisava fazer xixi, mas nós sabíamos que não era isso, pois ele tinha acabado de fazer. O papai foi lá e disse a que ele não, pois era hora de tomar banho. Ele, todo sério, virou para o pai e disse:
"Papai, você está me desobedecendo! Eu quero fazer xixi"!

Ele costuma tomar banho depois da Peppa, às 21h, mas um dia, achei que poderíamos adiantar as coisas. Daí perguntei:
Lindão, que tal tomar banho antes da Peppa hoje?
E ele:
"Não gostaria, mamãe"!

Estávamos na casa da minha mãe e ele foi para a varanda com o pai. Quando cheguei perto dele (que estava no balanço), ele soltou essa:
"Mamãe, vai lá no quarto da vovó conversar com ela. Eu e o papai vamos ficar aqui batendo um papinho".

Na saída da escola, o amiguinho deu um abraço nele. Depois de uns 3 segundos, ele deu um leve empurrão no amigo.
Eu falei: mas é gostoso ganhar abraço. Você não gosta de abraço?
E ele:
"Gosto, mas não por muito tempo".

Logo depois do almoço, eu disse pra ele que era hora de por o uniforme e ele aceitou na hora. Quando estávamos trocando, ele me disse:
"Eu obedeci a mamãe"
E eu: obedeceu mesmo! Parabéns!
E ele veio com essa:
"Não é fácil obedecer, né"?

Ele estava pronto pra escola e quis saber se era o dia do brinquedo. Daí perguntou:
"Que feira é hoje?"
Não entendi a pergunta e ele de novo:
"Que feira é hoje, mamãe? É feira de levar brinquedo"?
Daí que eu entendi que ele estava querendo saber se era sexta-FEIRA.

Ele ama mandar áudios no Whats. Foi enviar um para o priminho caçula e me veio com essa:
"E aí Beni? E aí, cara"?

Estávamos em um parquinho ao ar livre quando ele olhou para o céu e disse:
" Mamãe, esse parquinho não tem teto....ele é conversível" 


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Mas por que eu achei o texto tão legal?

Depois que postei o texto do @eupapai sobre a visão da paternidade hoje em dia, choveram mensagens aqui no blog. Muitas concordando e me entendendo. E outras, discordando também.

As pessoas que discordaram (uma minoria, graças a Deus), praticamente mandaram o pessoal da /federal aqui em casa me condenando de machista e traidora. Parece piada, né? Mas infelizmente não é.

Bom....pra facilitar a leitura, vou enumerar as razões em tópicos:

porque é verdade e eu digo que é verdade porque vejo isso com meus próprios olhos. Não falo apenas do meu marido, já que uma amostragem descente precisa de muito mais do que apenas um exemplo, né? Absolutamente TODOS os pais que eu conheço (pessoalmente ou por meio dos relatos que recebo diariamente nos atendimentos e aqui no blog) são presentes e dão todo o apoio necessário para a esposa.

- porque eu acho que, para ser uma boa mãe, a mulher não precisa ficar se auto-afirmando o tempo inteiro ao denegrir o trabalho do pai com os pequenos. E isso vale para todas as áreas da vida: profissional, familiar, estudos, etc....."quem precisa diminuir o outro pra conseguir mostrar suas habilidades, não tem habilidade nenhuma".

- porque taxar TODO PAI como ausente é preconceito (não adianta sair por aí gritando que as mulheres sofrem preconceito e fazer a mesma coisa com os homens).

- porque as críticas aos homens são - muitas vezes - folclóricas. É quase que um vício. "Se todo mundo fala mal, tenho que falar também".

- porque só falar mal dos homens, como se nada o que eles fazem fosse bom, é a pior parte do feminismo. Aliás, nem dá pra considerar isso feminismo. As feministas originais se envergonhariam desse comportamento. Defender os direitos da mulher não é o mesmo que denegrir e odiar os homens.

- porque esperar que o pai tenha o mesmo comportamento que a mãe é, no mínimo, ridículo. Eles são homens, nós somos mulheres. Isso, por si só, já é motivo suficiente pra termos diferenças de comportamento.

- as feministas que me consideram machista, saibam que SOU MESMO. Se ser machista significa admirar as qualidades dos homens (que são muitas), amar as diferenças entre homem e mulher (graças a Deus por elas, porque o mundo seria chato demaaaaais se todo mundo fosse realmente idêntico) então, me considero machista sim...com orgulho. Desse feminismo radical e violento que vemos hoje em dia, só quero distância!


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Sobre ser pai hoje em dia....

Pra quem não conhece o IG do @eupapai no Instagram, suuuuper indico! É muito bom poder ver o lado dos pais nessa maratona louca que é a vida com filhos!

E semana passada ele postou esse texto tão lindo, sincero e real...porque vamos combinar, né? As piadinhas, o preconceito, as provocações, os rótulos....tudo isso é muito chato e injusto com uma enorme parcela dos pais de hoje em dia....

Ando incomodado com uma coisa e preciso dividir com meus amigos barbados: a maioria de vocês deve seguir perfis de carros, esportes, restaurantes, e por aí vai. Eu, quase que por ofício, sigo basicamente perfis maternos. Pior, leio textos e comentários. E isso tem me angustiado. Nada contra nenhuma delas, são ótimas! Podem entrar aí nos perfis e seguir todas.
Agora uma coisa é fato: nós homens somos tão ruins assim? Você aí do outro lado, é esse bunda mole imprestável todo? O que acontece, de fato? A gente não dá conta de ser pai? Ou na verdade não dá conta de ser mãe? Porque são coisas diferentes, complementares, certo? Ou não? Não sei... Fato é que somos esculachados como muitas minorias deste país. E olha que nem somos tão minoria assim... arredondando a grosso modo, é mais ou menos 50% pra cada lado. Pai e mãe.

Tô um pouco cansado das piadas sobre pai. Tô um pouco cansado de não poder reagir, que é machismo.
Eu acredito na paternidade, acredito em homens do bem, que amam seus filhos de verdade, que têm numa troca de olhares com eles toda a sensibilidade e cumplicidade possível.

Acredito também que muita mulher casou mal. Mas isso não é necessariamente um problema de um ou do outro.

Conheço muitos bons pais. Vejo nas ruas, nos parques, nos shoppings, cada vez mais. Não é aparência. Dá pra sentir a tal cumplicidade. Somos aos montes e precisamos ser percebidos.

Enfim, não sei onde foi parar nossa autoestima. Porque aceitamos todos esses rótulos. Acho que por preguiça mesmo... afinal, temos preguiça até de trocar fraldas. É o que dizem.



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Cada coisa que mãe escuta!

Ser mãe é receber um milhão de conselhos e palpites, né? No post de hoje, resumo o que ouvi de mais estranho e bizarro até hoje:

Na gravidez:
- se você não engordar bem, o bebê também não vai ganhar peso (em pleno século 21, ainda tem gente que acredita que grávida tem que engordar bastante e comer por 2 pra ter um bebê saudável).
- é menino? Não fique triste...na próxima vem menina! (de onde será que as pessoas tiram que toda mulher sonha em ser mãe de menina?)
- mas tem que tentar parto normal. Cesárea não é parto...é cirurgia! (não importa se o Ortopedista me proibiu de tentar o normal...importante mesmo é ter um "parto"....absurdo demais ouvir ainda!!)

Durante o primeiro ano do lindão:
- se quiser que ele pegue a chupeta, passe açúcar nela (oi?!?!?!)
- tem que preparar o paladar dele pra aceitar tudo. Não ligue para o que o médico fala...já pode dar de tudo assim que ele fizer 6 meses (ouvir o Pediatra pra que, né?)
- Pediatras de hoje em dia não sabem de nada (gente!!!)
- fiz isso com meus filhos e ninguém morreu (o tema variava muito, mas sempre fiquei pensando onde está a lógica desse pensamento sem noção!)
- credo! Mas pra que levar uma criança tão saudável no Pediatra todo mês? Isso é uma grande bobagem! (acho que as pessoas imaginam que o Pediatra é só um enfeite que a gente passa pra ver de vez em quando...pelo amor!)
- tem que por roupa quentinha nele. Recém-nascido sente muito frio! (quando ele nasceu, a média era de 35 graus na sombra. Ele ficava só de body, feliz da vida!)
- vixi!! Ele fica o dia inteiro só com você e o pai?! Vai ficar muito grudado desse jeito! (detalhe: morávamos a mais de mil km da família...éramos só nós 3 mesmo...sem outra possibilidade. Pra que as pessoas se achavam no direito de soltar essa pérola?!)

Desde os 12 meses:
- agora que ele fez 1 aninho, TEM QUE começar a andar. Se não andar nos próximos 30 dias, pode ter algum problema (quando será que as crianças passaram a ter etiquetas com prazo de validade, né?)
- dá logo refrigerante pro menino!! Ele vai tomar na escola mesmo! (juro que não entendo tanta pressa!! Até hoje, ele nunca tomou refri - nem mesmo na escola. Se for tomar, que seja o mais tarde possível).
- ele já tem 1 aninho, hein? Tem que começar a treinar pra encomendar o próximo! (prefiro nem comentar essa....ZzzzZzzzZzzz)


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Não podemos criar outra geração "mi-mi-mi"

Antes de começar o post, preciso explicar de onde veio esse meu pedido URGENTE!!

Quarta-feira, fiquei chocada enquanto assistia ao jornal local da minha cidade.

A matéria falava sobre o número ABSURDO de 70% de reprovados (!!!) no exame prático do DETRAN.

Os jovens mostrados na matéria simplesmente não sabiam dirigir! Nem sequer conseguiam virar o volante para o lado certo na hora de estacionar. Atropelavam a "baliza" enquanto tentavam acertar a vaga. Não entendiam os sinais de trânsito....enfim!! Um coquetel de vergonhas!

Mas não foi exatamente isso que me chocou...o que me chocou foi que, na matéria, esses mesmos jovens estavam criticando duramente o DETRAN e a prova que o órgão aplica. Chamavam a prova derígidacomplexa e injusta. Como se não bastasse, ainda mostraram a entrevista desastrosa de uma dona de auto-escola dizendo que o exame do DETRAN é incorreto porque "é muito rígido, o percurso tem uma sinalização fraca e muitos buracos na rua".

Aí me pergunto: a não ser que a pessoa esteja tirando carteira pra dirigir na Europa, é exatamente isso que ela vai enfrentar no dia a dia do nosso trânsito: má sinalização e buracos. Além disso, desde quando um teste é injusto e rígido se, claramente, as pessoas é que não sabem o que fazem e estão pessimamente preparadas para o teste em si?

E a cereja do bolo na minha irritação foi ouvir o Diretor do DETRAN desabafando ao dizer que muitos reprovados (acompanhados pelos pais) entram em sua sala pedindo um "jeitinho", pois eles PRECISAM PASSAR NA PROVA!

E foi aí que comecei a pensar na nossa responsabilidade como pais e mães:

É a nossa geração que precisa acabar de vez com esse mi-mi-mi absurdo que vemos hoje em dia.

É a nossa geração que precisa ensinar as crianças que a vida é dura, que os testes são difíceis (e devem ser difíceis), que ser folgado não leva a lugar nenhum, que receber tudo de bandeja só cria vagabundos e preguiçosos.

É a nossa geração que precisa ensinar aos pequenos que nós temos direitos sim, mas antes desses direitos, temos DEVERES. E acima de tudo, que nossos deveres não podem JAMAIS passar por cima nossas responsabilidades.

É a nossa geração que precisa ensinar aos filhos que reclamar de absolutamente tudo não é "colocar nossos direitos em prática", mas que isso é extremamente chato e desnecessário. Se for pra reclamar, que seja do que realmente importa, do que realmente está errado e não reclamar, por exemplo, de não passar em uma prova que você não está apto a fazer.

É a nossa geração que precisa ensinar essa criançada que TER DIREITOS não é sinônimo de SER FOLGADO. Ter direitos não é sinônimo de acomodação, de vitimismo, de drama!

Nós temos que criar pessoas que entendam pontos que parece que a geração atual simplesmente nunca ouviu falar:

- A vida é dura, não perdoa ninguém e bate com força.
- Quem só espera receber as coisas do céu (entenda-se por céu: Governo, escola, pais, instituições, etc) vai acabar mal.
- Defender seus direitos é absolutamente necessário, mas isso não quer dizer que podemos passar por cima de leis, normas e procedimentos.
- Pra cuidar bem do mundo, é preciso primeiro aprender a cuidar bem do seu quarto, depois da sua casa, depois da sua escola, depois da sua empresa, e por aí vai.
- Ficar esperando sempre o outro fazer algo por você é uma grande armadilha pois, além de ser ilusório (cada um é UNICAMENTE responsável pela sua própria vida), uma coisa que você quer, só é bem-feita quando é feita por você mesmo.

Então, gente!! Bora lá ensinar esses pequenos a ajudar em casa, a estudar DURO pra merecer a nota alta. A trabalhar MAIS DURO AINDA pra conseguir crescer profissionalmente. A TREINAR, PRATICAR e REPETIR INCANSAVELMENTE a mesma coisa até estar verdadeiramente preparado para as provas e desafios. A começar de baixo. A correr atrás das coisas e JAMAIS ficar esperando que alguém faça algo por eles.

E por favor!! Não vamos dar continuidade a esse mi-mi-mi ridículo e absurdo que estamos vendo hoje. Precisamos cortar isso logo e é justamente ensinando nossos filhos a serem GENTE que vamos conseguir isso!!


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Não crie neuras que não existem!

A maternidade, por si só, já é um mar de neuras. Por isso, faço um pedido a todas as mamães do Drops:do fundo do meu coração....por favor, não criem neuras que não existem!

Alguns exemplos pra vocês me entenderem:

Parto

Sonhava com o parto normal, mas teve que passar por uma cesárea? Pra que se martirizar? Pra que se culpar? Pra que se sentir inferior? O importante é ter seu bebê nos braços, saudável, vivo....todo o resto...é resto! A hora do parto é simplesmente a hora de trazer seu maior amors ao mundo. A forma como isso acontece é o que menos importa. Lembram quando postei o texto "O bebê é a estrela do parto – e não a mãe" ? Pois vale reler pra entender o que eu estou dizendo.

Seja feliz com o que Deus te deu. Seja feliz por estar com seu tesouro nos braços neste momento. Não importa de onde esse tesouro saiu (como dizem popularmente, de que "buraco") o que importa é trazer ao mundo um bebê saudável.

Alimentação

Precisou dar papinha industrializada? Dê!! E dê sem remorso, sem culpa, sem NEURAS! O mundo exige flexibilidade, mudanças constantes. Nem sempre - aliás, quase nunca - as coisas acontecem como o planejado....e, quando não sair como você queria, é preciso ter a mente aberta pra optar por aquilo que você não aprova tanto assim, mas sabe que dá uma mão de vez em quando.

Não consegue preparar a papinha todos os dias pra servi-la fresquinha ao bebê? E daí? O congelador está aí pra isso mesmo e você não será menos mãe por servir comida congelada.

Sono

Acha lindo fazer cama compartilhada, mas não consegue dormir com o seu bebê por perto? Pra que sacrificar o sono de toda a família? Coloque a fofura pra dormir no seu próprio quarto e se adapte a isso.

Sempre defendeu que lugar de bebê dormir é no quartinho dele, mas se sente extremamente culpada por deixar o pequeno lá sozinho? MUDE! Coloque o bebê no bercinho do seu lado e....seja feliz!

Desfralde

Chegou a idade indicada para o desfralde, mas seu pequeno não dá nenhum sinal? Espere mais um pouco, respeite o tempo da criança e...SEJA FELIZ!

Está muito cedo ainda, mas seu pequeno já se mostra incomodado com a fralda? Bora adiantar o processo sem medo!

O seu corpo

O mundo pede uma mãe fit, em forma, com a barriga chapada apenas dias depois do parto? Isso só é possível se a genética for muuuuuito abençoada ou com intervenção cirúrgica. Aceite o ritmo do seu corpo e, principalmente, RESPEITE esse ritmo. Não seja eternamente infeliz porque perdeu todo o peso da gravidez, mas continua com a barriguinha pós-parto. Tome as providências certas pra acabar com ela e respeite seu ritmo.

Trabalho

Todo mundo te olha torto quando você diz que abandonou a carreira pra ficar em casa com o bebê? Ignore!! Ninguém, além de você e o maridão têm a responsabilidade de decidir o que é melhor para a família DE VOCÊS.

Todo mundo te olha torto quando você volta para o trabalho depois que a licença termina? Ignore!! E siga o que eu disse aí em cima.

Amamentação

Não teve leite suficiente? Não conseguiu suportar as dificuldades da amamentação? Seu leite não desceu? A mamadeira está aí pra isso, menina!! O amor de mãe não vem do leite não, viu? Vem aí do seu coração! O "olho-no-olho" também acontece com a mamadeira. O chamego, o carinho.....não acredite em quem te diz o contrário!

Seu leite vaza, seu bebê mama bem, você já superou todas as dificuldades, mas não sente aquela plenitude e todo aquele encanto com a amamentação? E daí? Isso é mais comum do que você pensa e não te faz uma péssima mãe!

Enfim, pessoas lindas do meu coração....bora ser feliz, porque a vida já tem suas próprias dificuldades e crises. Nós não precisamos criar novas! Combinado? Ser feliz não é ter uma vida livre de problemas (até porque, só está sem problemas quem morreu) é saber tirar o melhor de cada dificuldade que enfrentamos.


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Carta para a mãe que não amamentou

Foi impressionante a quantidade de mensagens e emails que recebi depois que compartilhei o relato da Fernanda Gentil nas minhas redes sociais no fim de semana (sobre o relato, cliquem nesse link para o Facebook e nesse link para o Instagram).

Muitas mães abrindo o coração, desabafando sobre como é difícil não conseguir amamentar. Como é difícil ser julgada pelos outros cada vez que tira a mamadeira da bolsa em público. Como é difícil se aceitar e se perdoar por não ter conseguido fazer algo que a mulher "é programada pra fazer".....dentre outras frases.

Depois de ler e reler esses relatos, tenho algo muito importante a dizer a você, mãe que não amamentou seu bebê:

Em primeiro lugar, parabéns!
Parabéns por ter tentado de tudo para seguir com a amamentação.
Parabéns por ter acreditado em si mesma.
Parabéns pela sabedoria de entender que, se não deu, a mamadeira salva.
Parabéns por entender que não dar o peito não significa amar menos o seu filho.
Parabéns por entender que, com a mamadeira, também é possível estabelecer um vínculo fortíssimo com seu bebê.
Parabéns por ser uma mãe maravilhosa.

Em segundo lugar, não acredite!
Não acredite nos olhares de condenação que você recebe ao ser vista dando a mamadeira em público.
Não acredite quando ouvir que criança que não mama no peito terá problemas de saúde no futuro.
Não acredite que você é menos mãe por estar amamentando seu filho com a mamadeira.
Não acredite que você é uma pessoa fraca, incapaz ou "com defeito".
Não acredite que seu filho ficará traumatizado por não ter recebido o carinho do seu peito.
Não acredite na frase ridiculamente repetida atualmente de que, só quem amamenta, é uma mulher verdadeiramente "empoderada".
Não acredite em nenhuma dessas besteiras....absolutamente nenhuma delas, pois isso é o que elas são. Grandes, imensas e absurdas besteiras.

As pessoas que ousam dizer isso pra você não sabem de nada, não entendem nada, não conhecem suas lutas nem sua história. As pessoas que dizem isso se acham superiores mas, na verdade, são muito inferiores a você, pois não têm o que de mais importante deveria existir no ser-humano: compaixão, empatia, generosidade.

Amor de mãe não vem do leite não!!
Amor de mãe vem do coração.
Amor de mãe vem da alma.
Amor de mãe está sim na mamadeira, pois é ela quem está alimentando o seu filho.
Amor de mãe vem sim da mamadeira, pois é você quem está ali dando colo, calor, carinho, toque, olhar, abraço e alimento para o seu filho.

A amamentação é muito mais difícil do que as campanhas e as "super mães" querem te fazer acreditar que é.

Nunca diga: não consigo me perdoar por não ter amamentado, pois não há nada a ser perdoado. Perdoar o quê? Ter preocupação com o bem estar da criança? Ficar desesperada ao ver o bebê chorando de fome? Se preocupar com o fato do seu filho não ganhar peso? Não há o que ser perdoado.

Amamentar não faz de ninguém uma boa mãe. Se fosse assim, como estariam as mães adotivas maravilhosas que temos pelo mundo?

E, por último, para essas pessoas que tanto te incomodam, que tanto te julgam, que tanto te condenam, tenha apenas uma frase na ponta da língua:

"Amor de mãe não vem do leite! Vem do coração"


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Como será a minha nora (e o marido dela)?

Dia desses, eu e uma mãe batemos um super papo enquanto nossos pequenos brincavam no parquinho aqui do prédio e falamos muuuuito sobre esse tema: como gostaríamos que fossem nossas noras.

Claro que não tenho a ilusão de que ela será perfeita, sem defeitos (já que ninguém é), mas acima de tudo, sonho com alguém que faça o lindão muito feliz e que seja muito feliz ao lado dele.

E, pensando nas qualidades dela, acabei vendo que isso é o que desejo para todas as meninas de hoje que, logo mais, serão mulheres. E junto, o que desejo para o lindão e todos os futuros homens desse mundo:

Como eu gostaria que ela fosse:

Espero que ela tenha uma infância muito feliz.
Uma infância de muita brincadeira, muitos tombos, muita alegria, muita inocência, muito carinho e muito amor....bem como deve ser!

Espero que ela tenha equilíbrio entre ser uma mulher moderna e uma mulher à moda antiga.
Sim, ela será independente, provavelmente irá trabalhar fora e terá uma vida muito corrida, mas que isso não seja impedimento pra ela saber curtir a casa deles, preparar uma comidinha gostosa vez ou outra, cuidar pessoalmente das coisas dos filhos, ficar feliz com um agrado como receber flores ou ter a porta do carro aberta pra ela.

Espero que ela entenda o que é realmente ser submissa ao marido.
Uma pena que tantas pessoas entendam errado essa missão feminina, porque não tem nada a ver com ser feita de escrava, mas sim, significa estar sob a mesma missão que o marido. Juntos, lado a lado, em comum acordo, tendo sempre tudo conversado, sem segredos, sem briguinhas bobas....todas as decisões da casa e da vida do casal devem estar de acordo com a vontade dos dois. E sempre depois de muita conversa e diálogo aberto. Essa é a verdadeira submissão.

Espero que ela entenda que tem um lugar no coração do lindão e que eu tenho o meu como mãe.
O grande problema de sogras e noras é justamente uma não entender a posição da outra. Não existe a possibilidade de uma tomar o lugar da outra, de uma sair do coração do homem para a outra entrar. Uma é mãe. Outra é esposa. Cada uma tem seu lugar e, tentar mudar isso, é ficar dando murro em ponta de faca.

Espero que ela se ame como ela é.
Que seja magra, gorda, loira, morena, negra, japonesa, ruiva, de cabelo liso, de cabelo cacheado, não me importo. Mas espero que, até lá, o mundo tenha caído em si e parado de vez com essa neura absurda que temos hoje quanto à imagem da mulher.

Espero que ela seja realizada, não importam suas decisões.
Se quiser filhos. Se não quiser filhos. Se trabalhar fora. Se decidir ficar em casa pra cuidar da família. Se for médica. Se for advogada. Se for autônoma. Se for empreendedora. Se for bailarina. Se for atriz. Só desejo que ela seja feliz, muuuuuuito feliz com suas decisões. Que jamais se sinta culpada, rejeitada ou diminuída.

E para o lindão ( e todos os nossos futuros homens):

Espero que ele seja um cavalheiro.
Essa conversa de que "mulher moderna não quer saber dessas frescuras" não me pega não. Vou ensinar a abrir a porta, a dar presentes fora de hora, a elogiar sempre, a admirar, a respeitar, a ajudar e a estar sempre pronto para fazer uma gentileza.

Espero que ele não fique pulando de galho em galho.
Homem que está cada hora com uma mulher não tem nenhum respeito pelas mulheres.

Espero que ele entenda o que é ser um bom marido, de acordo com a Palavra de Deus.
O bom marido é aquele que ama a sua esposa. E, quem conhece a Bíblia, sabe bem o tipo de amor que Deus exige, né (1 Coríntios 13: 4-13)?

Espero que ele seja ativo em casa.
Que sempre ajude sua esposa. Que se preocupe com ela, buscando sempre o bem-estar dela. Que saiba (e goste) de cozinhar, que lave a louça, ajude com as roupas,....

Espero que ele também entenda o espaço que tem no coração da sua esposa.
Que nunca tente tomar o espaço que é do seu sogro e de mais ninguém. E que, com isso, ele e o sogro tenham um relacionamento muito bacana!

E para os dois: espero que eles entendam que, no casamento, não casamos para ser felizes. Casamos para fazer o outro feliz.


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Como vemos as crianças antes e depois dos filhos

Dia desses, estava com o lindão aqui no parquinho do prédio e, vendo ele brincando com as outras crianças, comecei a pensar sobre isso: como muda a nossa ideia sobre as crianças depois que temos filhos, né? Olhem só:

Antes: se uma criança chega perto de você, sua vontade é correr pra longe dela, já que você não faz a menor ideia do que fazer.
Depois: você já senta e bate o maior papo com a criança. Sabe o que dizer, como brincar, como tirar um sorriso daquela carinha séria.

Antes: você acha que lugares como parquinho, brinquedoteca, casinha de boneca, etc, são extremamente desnecessários e ocupam um lugar precioso no seu prédio ou condomínio.
Depois: você percebe que esses lugares são indispensáveis.

Antes: você acha que toda criança é chata, birrenta e barulhenta.
Depois: você aprende que criança também tem seus dias de mau-humor, de chatisse e de descontrole emocional (exatamente como você). Assim como, toda criança tem seus dias de doçura e bom comportamento.

Antes: você acha que ter filhos é se privar de muita coisa boa.
Depois: você entende que ter filhos é se privar de muita coisa boa pra viver algo muuuito melhor!

Antes: você acha que criança atrapalha em festas.
Depois: você dá graças a Deus quando está em uma festa cheia de crianças, pois assim, seus pequenos brincam tranquilos e te deixam comer, conversar e socializar.


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Tristes mulheres poderosas

Depois que vi a matéria de sexta-feira no JH sobre o perfil da mulher brasileira, fiquei tão chocada com o resultado que fiz alguns Snaps sobre o tema. Depois disso, muitas seguidoras me pediram um texto sobre isso aqui no blog (já que os posts do Snap duram apenas 24 horas):

De acordo com a pesquisa, a maioria das mulheres entre 25 e 35 anos querem uma existência extraordinária e, para ter essa existência extraordinária, estão dispostas a adiar a felicidade.

Gente!! Fiquei muuuuito chocada e triste com esse resultado! Querer uma existência extraordinária não é nada de errado, mas como assim? Adiar a felicidade? Como é possível viver uma vida extraordinária infeliz? Viver extraordinariamente - pra mim - é ser feliz!

No caso da pesquisa, essa vida extraordinária significa muitas conquistas profissionais, viagens, cursos, promoções, cargos de chefia, etc....nenhum problema com isso, mas eu sempre achei que as pessoas buscam isso tudo porque é o que faz elas serem felizes.....me chocou saber que estava enganada.

Porque, pensem comigo: a geração atual - todo mundo sabe - é extremamente capitalista, corre o dia todo atrás de dinheiro, conquistas, posição social. Todos trabalham sem parar, perdendo tempo precioso com a família, prejudicando a própria saúde e, em casos mais extremos, até mesmo perdendo a sanidade.

Mas se alcançar esse tal patamar extraordinário não é a felicidade dessas pessoas, então, pra que e por que correr atrás disso? Qual o propósito? Qual a razão de ficar doente por conta do stress, de se afastar da família, de nem sequer conseguir formar uma família porque a carreira vem em primeiro lugar, se é pra ser infeliz (e reconhecer isso). Sinceramente, não entendo!

Tinha absoluta certeza de que essa ambição toda, essa correria desenfreada, era o motivo da felicidade e o sonho dessas pessoas.

Mas se não é, então por que isso tudo? Só pra dizer que pode? Só pra mostrar para os outros? Só pra poder consumir o que quiser sem pensar no dia de amanhã?

E o prêmio de tudo é o que (já que não é a felicidade)? Acabar a vida sozinha, chorando ao pensar na vida que podiam ter tido?

Quem assistiu à matéria vai se lembrar da moça que foi a personagem principal da entrevista afirmando que é muito feliz com a vida que escolheu, mesmo que a ambição pelo trabalho tenha acabado com o seu casamento (o marido ficava sozinho a maior parte do tempo por causa das constantes viagens da esposa). E daí, com os olhos cheios de lágrimas, veio ela com o texto-padrão:

- Mas estou feliz. Viajo pra onde eu quero, compro o que eu quero, tenho uma posição de destaque na empresa, vim de uma família pobre e posso dizer que venci na vida".

Será que venceu mesmo? Será?!

Por que essa dificuldade em aceitar que dá pra ter as duas coisas? Que dá pra ser uma profissional feliz e ter uma família? Claro que, em muitos casos, focar também na vida pessoal vai sim frear o crescimento profissional, mas se estar hiper bem sucedida na carreira não é ser feliz, essas mulheres deveriam ser felizes alcançando a posição que for possível pra elas e tendo a família que irá completar essa felicidade.

A não ser que ser uma profissional de altíssimo padrão faça delas as mulheres mais felizes e realizadas do mundo, não vejo razão pra buscar essa posição.


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Quando algo que acontece no seu dia a dia faz você rever seus conceitos

Dia desses, passei por uma situação que me fez repensar muitos dos meus próprios conceitos e gerou em mim uma necessidade de alertar as pessoas para a importância de não julgarmos antes de conhecer melhor a situação do próximo. E hoje, não vou escrever um post específico sobre a vida de pai e mãe, mas para todos......para quem quer ser um ser-humano melhor.

Explicando:

Quem me segue lá no Snap, sabe bem que, uma das minhas atividades enquanto o lindão está na escolinha é malhar de 30 a 60 minutos. É um compromisso que fiz comigo mesma para melhorar minha saúde e disposição. Falei bem detalhadamente sobre isso nesse post.

Pois bem! Depois de arrumar as coisas aqui em casa, desci como de costume. Quando fui até a portaria para buscar a chave da academia, o porteiro comentou: "é isso aí!! Essa chuva toda e com frio e você está animada pra malhar"!

E eu disse: "É difícil, né? Porque a vontade mesmo era ficar em casa"!

Peguei a chave e segui rumo à academia. Duas diaristas estavam ao lado da portaria (imagino que esperando a chuva diminuir pra poderem ir embora) e, assim que estava a uma certa distância, elas começaram a falar com o porteiro (tenho uma audição acima da média....rsrsrs...ouço muuuuito bem e a distâncias consideradas impossíveis):

"A gente queria ter essa vida dura das madames, né"?
"Passa o dia inteiro a toa e ainda reclama de ter que fazer ginástica".
"Queria ver ter essa vontade toda de malhar se tivesse que cuidar da casa".

Falaram mais coisas, mas só ouvi até aí e percebi que o porteiro começou a me defender (poucas pessoas conhecem tão bem a sua rotina quanto os porteiros do seu prédio/condomínio).

Nem cheguei a ficar com raiva delas, porque imediatamente comecei a pensar nesse post. Como somos rápidos pra julgar alguém, né? E sempre negativamente!! Nunca julgamos alguém pensando em algo positivo! Incrível como é forte essa nossa natureza feia!

Vamos levar como exemplo isso que aconteceu comigo:

As duas, com a mais absoluta certeza, têm uma vida bem mais dura que a minha, no entanto, elas falaram tudo isso sem ter a menor ideia de que, naquele momento, quando desci para a academia, já tinha feito muitas coisas:

- acordei às 7h
- preparei o café da manhã da família
- lavei a louça do café
- dei um jeito na casa
- passei pano no chão
- coloquei a roupa pra lavar
- estendi a roupa
- coloquei o post do blog no ar
- preparei o almoço
- cuidei e brinquei com o lindão
- dei o almoço para o lindão
- arrumei o lindão para a escola
- lavei a louça do almoço
- passei novamente o pano no chão (depois do almoço sempre sobra comida no chão, né? Rsrsrs....)

E, só então, fui lá ter aquela horinha sagrada do meu dia só pra mim.

E elas também não imaginavam que, depois da malhação, cheguei em casa e:

- coloquei mais roupa pra lavar
- estendi a roupa
- atendi minhas clientes da Consultoria via email
- tomei banho, me vesti e foi buscar o lindão na escola
- brinquei com o lindão
- dei o jantar pra ele
- dei banho no lindão (nesse dia, o papai trabalhou a noite)
- coloquei o lindão pra dormir
- fui passar roupa e só parei às 23h, hora que o maridão chegou do trabalho e fomos dormir.

Não estou querendo mostrar que trabalho mais do que ninguém ou querendo mostrar que sou uma coitada......rsrsrsrsrs.....só detalhei minha rotina pra vocês verem quão erradas as moças estavam.

E nós? Quantas vezes não cometemos o mesmo erro?

Quantas vezes não condenamos alguém sem a menor noção de como é ou de como está a vida dessa pessoa?

Alguns exemplos que vieram à minha mente:

"Nossa!!! Coitada dessa criança!! Fica com os avós o dia inteiro e só vê os pais a noite"!
Ninguém quer saber se o casal trabalha o dia todo fora pra ter o que comer em casa. A criança fica com os avós porque a família não tem condições de colocar na escolinha e não conseguiu vaga na creche.

"Nossa! Chegando do trabalho às 15h? Que vida boa"!
Ninguém sabe que a pessoa estava trabalhando há 36 horas em um plantão no hospital.

"Queria essa vida! Na piscina do prédio às 14h em plena terça-feira"?
Ninguém sabe que a pessoa trabalha a noite inteira em um restaurante.

E os exemplos são infinitos.....então, da próxima vez que pensarmos em criticar alguém pelo que esse alguém parece ser ou fazer, vamos controlar a nossa língua e segurar nossos pensamentos?

Eu me lancei esse auto-desafio? Vamos comigo?


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Especialistas em alimentação não sabem nada!

**Você vão entender o título depois que lerem o texto todo.

Ontem, passei por mais um episódio chato da alimentação infantil (quem me segue no SnapChat viu meu desabafo - rsrsrsrs) ao tentar inovar e trocar o purê de todo dia pela batata-frita falsa, ou seja, cortada em palitos, temperada e assada no forno (ele AMA comer batata frita quando comemos fora e achei que iria amar em casa também, mas nem sequer quis provar).

Como sempre ouvimos dos médicos e lemos nos livros, revistas, sites e blogs especializados em alimentação infantil, é mega importante para a criança ter acesso a diferentes sabores, texturas, cheiros, cores e preparos.......

Concordo que seja extremamente importante, mas sabem o que é mais importante do que toda essa teoria?? É ver a criança comendo bem.

Nós sabemos o que é recomendado, o que é indicado, mas também sabemos - como mães - do que nossos filhos gostam, do que eles precisam.

Portanto, mesmo conhecendo e tentando seguir todas as indicações dos especialistas que acredito e confio, me declaro livre dessa neura alimentar.

Se precisar fazer purê por anos e anos, faço!
Se precisar disfarçar o brócolis no meio da comida pro lindão não perceber que está comendo, misturo!
Se tiver que ralar a cenoura no meio do arroz pra que ele coma sem perceber, vou ralar!
Se ele quiser comer sozinho, vai comer!
Se ele quiser que eu dê a comida na boca dele, vou dar.
Se ele estiver em um lugar amplo e estiver mais preocupado em correr do que em comer, vou correr atrás dele dando as colheradas necessárias.
Se ele quiser assistir aos vídeos de carrinhos toda vez que se senta pra comer, vai assistir!
Se ele quiser comer com algum brinquedo na mão, vai comer.
Se ele se recusar a engolir carnes mais firmes, vou continuar preparando, mas vou diminuir drasticamente a frequência e, proporcionalmente, aumentar a quantidade de refeições com carne moída e suas muitas possibilidades.

E é isso aí, gente!!! Me sinto até mais leve! E convido vocês a fazerem o mesmo! Sem neuras, sem padrões pré-estabelecidos, sem regras que nem sempre vão funcionar com os nossos pequenos.

Não estou dizendo que a partir de agora, ele come a hora que quiser, que vai poder comer doces a vontade, ficar sem legumes e verduras....nada disso!! Só estou dizendo que, seguindo uma alimentação saudável, não quero mais me irritar ou ver meu filho ficar sem comer só porque ele "precisa aprender a sentir a textura da carne mais firme", por exemplo. Se, pra comer bem, ele prefere a carne moída, assim seja!

Quanto aos especialistas? Eles podem entender tudo de alimentação infantil, mas não entendem nada do meu filho, das suas preferências e das suas necessidades.


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O bebê é a estrela do parto – e não a mãe

Recebi esse texto recentemente no Facebook e só posso dizer uma coisa: parece que foi escrito por mim! A autora conseguiu resumir bem o que sempre defendi: não importa o tipo de parto....a prioridade deve ser sempre o bebê, sua segurança, saúde e bem estar.

Vou postar aqui alguns trechos, ok?

O momento do parto nada tem a ver com heroísmo materno ou com se tornar uma mulher mais poderosa. Engravidar e, depois, dar à luz, por qualquer via, é e deve ser um evento simples e seguro. 

O desafio da maternidade não está aí. Mas na doação e na dedicação que um filho exige pela vida toda. O parto não é um espetáculo, não é um circo, não é um evento social. O nascimento de um bebê é, sim, um momento lindo. Por isso o tipo de parto importa pouco perto da grandeza de se tornar mãe, perto da grandeza de gerar uma nova vida para o mundo.

Quem precisa parir por uma via específica, quem faz questão de sentir dor para se sentir mais mulher, realmente não precisa de obstetra – precisa de terapia. A mulher que não consegue manter uma relação saudável com seu marido, ou consigo mesma, depois do parto, porque não teve o parto sonhado ou porque ficou com uma cicatriz, precisa rever seus valores. O parto não pode ser uma arena para resolver (ou para criar novas) frustrações. Não é disso que se trata. Temos que tirar o foco do parto e colocar o foco no nascimentoO bebê é a estrela do parto – e não a mãe. A mãe está ali, tanto quanto o pai, tanto quanto a equipe médica, para fazer todo o possível para que aquela nova vida chegue da melhor maneira possível ao mundo. O bebê não é um mero coadjuvante do momento maior da vida da sua mãe – é exatamente o contrário. O exercício da maternidade começa por essa compreensão. (...) O nascimento de um filho não é evento para autopromoção, para panfletarismo, para empoderamento da mulher ou para ativismo feminista. O parto é um evento médico. Não pode ser usado como arma ou como laboratório para lutar por ideais que não representam o melhor que a ciência conseguiu produzir até hoje em termos de segurança e de conforto.

O parto nada mais é que a chegada de uma nova vida ao mundo. Eis o que é importante: dar à luz uma criança que nasça saudável e sem sequelas evitáveis. Com amparo competente e com o menor nível de sofrimento possível para todos os envolvidos. Portanto, escolha o tipo de parto que você deseja. (...) Não se deixe influenciar por opiniões leigas ou por crenças em que há mais romantismo do que conhecimento. O parto é só um dos inúmeros desafios que temos na vida. O que nos faz fortes são as nossas muitas experiências somadas. Suas qualidades como mulher e como mãe estão muito além do esforço dispendido nesse momento. Um parto, de verdade, é um evento mais técnico do que conceitual. Ele não prova nada. Você se provará, ou não, depois, na vida que segue. (...) O que é ideal para uma, pode ser insuportável para outra. E essas diferenças devem ser respeitadas. A discussão sobre o parto é muito ruidosa. E há muitas vozes que se elevam sem conhecimento médico, sem amparo técnico, e que se ocupam de disseminar o sectarismo, a partir de uma posição leiga. E há dinheiro circulando a partir de inverdades e de difamações. Será que qualquer um pode, sem esforço, fazer o papel de médicos que dedicam a sua vida ao estudo e à prática da saúde? Será que a obstetrícia é uma área de conhecimento tão óbvia que qualquer um, sem o menor preparo, pode praticar?

(...) O parto é um evento natural, mas não isento de riscos. Existem complicações imprevisíveis que precisam ser imediatamente revertidas por médicos capacitados, em ambientes com recursos como centro cirúrgico, banco de sangue, profissionais de saúde, medicamentos adequados. (...) Os desfechos desfavoráveis na gestação e no parto são muitas vezes evitáveis e relacionados à qualidade da assistência e do ambiente oferecido ao bebê e à mãe. (...) Muitas  teses que preconizam o retrocesso estão em voga. Mas não se engane: elas não têm qualquer respaldo técnico. Vivem de ideologia, e não de conhecimento específico. Há atrocidades sendo ditas por aí. E, apesar disso, há quem aplauda. Enquanto isso, médicos e enfermeiros se dedicam a estudar e a salvar vidas, em silêncio, todos os dias.

Para ler o texto na íntegra, acessem esse link.


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Precisa mesmo ser tão chato assim?

Quem me acompanha lá no SnapChat sabe bem do custo que a hora de comer se transformou aqui em casa! Da noite para o dia, o lindão passou a ficar muuuuito chato pra comer. Ele, que costumava raspar pratadas e pratadas, agora mal come 4-5 colheradas por refeição (e isso, depois de passar 1 hora sentado na mesa pra comer). Mastiga infinitamente devagar, fica com aquele bolinho de comida parado no canto da boca e às vezes engole, mas na maioria das vezes, cospe fora.

Mas tente dar chocolate, pão ou bolacha pra ele.....não tem frecura, não tem embromação, come direitinho....pura sem-vergonhice....hunf!

E o que acontece com a mãe aqui? Fico louca! Sem paciência, me sinto de castigo, me irrito com ele, com o mundo, com tudo!! Respiro fundo um milhão de vezes pra não estourar, mas por dentro, tô querendo sair correndo, gritando de nervoso!

E hoje, depois de passar de novo por essa situação na hora do almoço, me deu vontade de fazer um desabafo aqui no blog.....acho que vou escrever por muitas mães e pais, né?

Porque, gente!!! Muitas coisas são difíceis na maternidade e na paternidade, mas pelo menos pra mim, nada se compara à chatice que é a alimentação infantil e tudo o que é relacionado com ela!!

Trocar fralda cheia de cocô
Cocô sujando até o pescoço do bebê
Birras
Mão-de-obra que dá sair de casa com os pequenos
Noites em claro
Etc.....

Nada é tão chato quanto alimentar uma criança.

Já começa na amamentação, né? Com aqueles milhões de problemas e dificuldades que nós temos que enfrentar na fase inicial. Daí, quando as coisas se ajeitam, os dentes nascem e as mordidas começam.

E daí vem a introdução alimentar, que como li num texto genial certa vez, pode ser comparada a tentar colocar uma colher de comida dentro de uma melancia que está pendurada no teto só por uma cordinha.......

Quando a criança enfim aprende a comer, eis que tudo muda de novo:

- um dia, resolvem que querem comer sozinhos
- outro dia, passam a pedir que a gente dê a comida
- daí os dentes atrapalham
- daí resolvem que não querem mais comer nada
- daí enjoam da comida em pedaços
- daí enjoam da comida mais pastosa
- daí resolvem que mastigar eternamente é legal
- daí resolvem que ficar com a comida na boca por horas é legal
- daí você faz o prato preferido da criança e ela decide que aquele não é mais o seu prato preferido.
- daí ficam doentinhos e param de comer
- daí querem comer com o garfinho
- daí querem comer com a mão
- daí voltam ao normal
- e daí todas as fases se repetem aleatoriamente

Pelo amor, né? Nunca fica bom! Sempre tem uma novidade, sempre tem uma "exigência" do paladar.

E o mais desesperador é que as dificuldades com a alimentação infantil vão até os 7 anos em média.......SETE ANOOOOOS!!!!!!!

Definitivamente, a alimentação é o único ponto da maternidade que eu terceirizaria com prazer e sem nenhum arrependimento!

Mais alguém como eu?


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Pérolas que mãe de menina escuta

Em primeiro lugar, muuuuito obrigada pela chuva de emails e mensagens que vocês enviaram ontem pra contribuir com esse post.......mães que meninas também sofrem bastante com as pessoas que insistem em falar demais (morri de rir com as ideias de respostas que vocês enviaram - as melhores estão aí embaixo):

- Mas o seu marido vai sentir falta de ter um filho homem!
Meu Deus!! Alguém que ainda vive na idade da pedra.

- Cuidado, hein? O pai pode ir procurar outra que dê um filho homem pra ele.
Será que você podia explodir agora??

- Ah, mas você precisa tentar o menininho pra poder ter um casal!
Não, não preciso!

- Mas não vai nem tentar o menino?
Vou, se você ajudar com as contas!

- Mas é tranquilo! Menino é beeeeeem mais econômico que menina!
E por acaso ter filho é a mesma coisa que procurar uma liquidação?

- Menina precisa ter um irmão, se não fica toda fresca!
Sério!!! De onde você tirou essa ideia absurda?!

- Ah! Mas viver só no mundo rosa é muito chato! Sem novidade pra você.
Não vejo problema nenhum em não ter novidade no meu mundo.

- Prefere só meninas, né? Criar menino dá muito trabalho!
Então ter filha mulher é sinal de preguiça???


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Pérolas que mãe de menino escuta

Post especial para as mães que vivem no delicioso mundo azul....as pérolas que a gente é obrigada a escutar........e o que dá vontade de responder (aquelas respostas que chegam até a ponta da língua, mas que não soltamos por educação):

- Nossa!!!! Mas não vai tentar a menininha?
E você vai ajudar a cuidar e a pagar as contas?

- Ah, mas ser mãe de menina é muito mais gostoso!!
Oi???????

- Afe! Menino é muito agitado! Ser mãe de menina é bem mais fácil!
Gosto de coisas difíceis!

- Você vai se arrepender de não ter tido filha mulher!
Qualquer coisa eu te aviso, tá?

- E quem vai te fazer companhia depois??
E desde quando ter filha mulher é garantia de companhia?

- Você só vai ser feliz DE VERDADE sendo mãe de menina!!
Socorro!!! Me salvem dessa pessoa louca!!!


Por favor! Deixem as mães de meninos em paz, gente!! Nós amamos e somos extremamente felizes com o mundo azul! Carrinhos, agito, bolas.....quando temos um menino em nossas vidas, descobrimos um mundo novo e muuuuuito bacana! Particularmente, costumo dizer que a infância masculina é mais gostosa que a nossa, pois enquanto a menina é treinada para ser mãe, o menino realmente é criança! Eu tô voltando a ser criança todos os dias e amandoooooo!!!!

** E vocês, mamães de meninas? O que escutam? Sei que devem ter boas pérolas pra compartilhar, né? Contem pra mim pelo email dropsdemae@gmail.com ou pelas redes sociais......vou fazer um resumo e postar aqui também.


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Revendo o termo "com apego"

Antes de mais nada, esse não é um post contra a criação com apego...pelo contrário!!!

O post de hoje pode ser um pouco polêmico, mas andei pensando bastante sobre isso depois que uma leitora entrou em contato pedindo para que eu desse a minha opinião aqui e achei bacana falar sobre esse tema, afinal, se tem um termo que está em alta no mundo materno é o da criação com apego ou sem apego.

Mas que história é essa de com apego? Por que esse termo tão injusto? Pra me explicar, vou começar do básico:

Criar uma criança com apego significa usar um conjunto de ferramentas para que os pais criem vínculos com seus filhos por meio de atendimento rápido, consciente e amoroso à criança. As necessidades da criança estão em primeiríssimo lugar.

Alguns exemplos práticos:

. priorizar o parto natural (a criança decide a hora e o dia que quer nascer)
. dar colo sempre que ela pedir e, o máximo possível (uso do sling)
. dar o peito sempre que ela pedir
. praticar cama compartilhada ou  pelo menos dormir com a criança no quarto dos pais
. desmamar o mais tarde possível e somente quando a criança quiser
. amamentação em livre demanda
. evitar ao máximo o uso de bicos artificiais (mamadeira e chupeta)
. fazer o possível para que o bebê não chore, pois o choro provoca alto nível de stress
. a disciplina deve ser feita de forma tranquila e o castigo físico nunca deve ser aplicado.

Para o melhor resumo que li a respeito da criação com apego, acessem esse link.

Não vejo nada de errado com os pontos da criação com apego - inclusive, praticamos alguns com o lindão aqui em casa. Mas pra mim, o que está errado...MUITO ERRADO...é o termo com apego.

Será mesmo que não praticar todos esses pontos me transforma em uma mãe sem apego pelo meu filho?

- será que uma mãe que escolhe amamentar de 2h em 2h está criando seu filho sem apego?
- será que os pais que ensinam o bebê a dormir no seu próprio quarto desde sempre estão criando a criança sem apego?
- será que a mulher que optou pela mamadeira cria seu filho sem apego?
- será que um bebê que foi acostumado a não passar o tempo todo no sling é um bebê sem apego?

Acho que esse termo deveria ser revisto, porque não vejo nada de sem apego nas famílias que optam por formas "diferentes" das pregadas pelo método do apego.

Apego??

Apego é cuidar, dar carinho, alimentar, dar colo, amar, gerar, acariciar, fazer cafuné, dar limites, fazer o impossível para ver aquela pessoinha feliz.....e não vejo relação nenhuma em dizer que os pais que - por exemplo - gostam de deixar o bebê no bouncer ao invés de dar colo o tempo todo, estejam criando essa criança sem apego.

Pode parecer frescura o meu ponto de vista, mas é extremamente sincero e real, como tudo o que eu escrevo aqui.....criar uma criança com apego é dar amor e carinho pra ela...com a dose certa de limites e assistência. Não consigo entender como esse termo pode fazer algum sentido pra alguém.


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#SomosTodasMães

Um post contra essa absurda Guerra Materna que vemos hoje em dia, afinal:

- Quem amamenta é mãe
- Quem não amamenta é mãe.

- Quem trabalha em casa é mãe.
- Quem trabalha fora é mãe.

- Quem faz cesárea é mãe.
- Quem tem parto normal é mãe.

- Quem dá chupeta é mãe.
- Quem não dá chupeta é mãe.

- Quem é a favor da mamadeira é mãe.
- Quem é contra a mamadeira é mãe.

- Quem dá papinha industrializada para o bebê é mãe.
- Quem só serve comida caseira para o bebê é mãe.

- Quem cozinha para a família é mãe.
- Quem não cozinha para a família é mãe.

- Quem coloca o filho pra dormir no seu quartinho é mãe.
- Quem dorme junto com o filho no quarto do casal é mãe.

- Quem pratica cama compartilhada é mãe.
- Quem é contra a cama compartilhada é mãe.

- Quem ama ficar com o bebê no colo é mãe.
- Quem não fica o tempo todo com o bebê no colo é mãe.

- Quem evita TV e computador é mãe.
- Quem conta com uma ajudinha da TV e do computador de vez em quando é mãe.

- Quem cria sozinha é mãe.
- Quem conta com babá, creche ou avós pra ajudar a criar é mãe.

- Quem deixa o berço no quartinho da criança é mãe.
- Quem deixa o berço ao lado da cama do casal é mãe.

- Quem tem o marido do lado é mãe.
- Quem cuida de tudo sozinha é mãe.

- Quem engravida com planejamento é mãe.
- Quem engravida no susto é mãe.

- Quem dá açúcar de vez em quando para a criança é mãe.
- Quem nunca dá açúcar para a criança é mãe.

- Quem leva a vida com leveza é mãe.
- Quem não leva a vida com leveza é mãe.

- Quem passa o dia todo com a criança é mãe.
- Quem só vê a criança no fim do dia é mãe.

- Quem está sempre com a família é mãe.
- Quem viaja muito a trabalho é mãe.

- Quem é a favor do bebê chupar o dedo é mãe.
- Quem é contra o bebê chupar o dedo é mãe.

- Quem se apaixonou pelo bebê à primeira vista é mãe.
- Quem foi se apaixonando aos poucos também é mãe.

- Quem ama amamentar é mãe.
- Quem só amamenta por saber que é importante é mãe.

- Quem conseguiu amamentar é mãe.
- Quem não conseguiu amamentar é mãe.

- Quem deixou a criança desmamar quando ela quis é mãe.
- Quem fez a criança desmamar porque precisava é mãe.

- Quem amamentou em livre demanda é mãe.
- Quem amamentou com horário estipulado é mãe.

- Quem deixa a criança mamar quanto tempo quiser é mãe.
- Quem marca o tempo da mamada é mãe.

- Quem usa sling é mãe.
- Quem usa carrinho é mãe

- Quem carrega no colo é mãe.
- Quem usa canguru é mãe.

- Quem amamenta em público é mãe.
- Quem prefere amamentar em um lugar reservado é mãe.

- Quem usa fralda descartável é mãe.
- Quem usa fralda de pano é mãe.

- Quem espera o tempo da criança para o desfralde é mãe.
- Quem desfralda a criança quando a idade considerada ideal chega é mãe.

E pra finalizar, um vídeo que resume tudo isso e nem precisa de legenda (é só clicar no link): MotherHood

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O pai ajuda?

O post de hoje foi pedido de uma leitora e do maridão dela, mas posso dizer também que é quase um desabafo.....rsrsrs....porque, vamos combinar, né? Que perguntinha irritante é essa?!

O pai que: troca fralda, dá mamadeira, dá comida, brinca, dá banho, leva e busca na escola, fica com os pequenos no colo, leva pra passear,....................ele não ajuda! Ele simplesmente FAZ!

Ele é o PAI. Junto com a mãe, forma o time de pessoas diretamente responsáveis pela vida, sustento, bem-estar, segurança e saúde das crianças.

Essa história de AJUDAR, soa como uma obrigação ou pior! Muitas vezes, a pergunta vem como um julgamento, como se te perguntassem: o pai te faz esse favor?

E não sou só eu que reclamo disso não. Olhem só as pérolas que o papai que pediu esse post já ouviu:

O pai vai buscar o filho na escola. Daí começa um papo com alguém e a pessoa vem com essa: "então hojesobrou pra você buscar a criança"? 

Ou então o pai está com o filho na aula de natação: "A mãe não pôde vir hoje"?

E uma vez que o pai estava sozinho no Pediatra então? (a mãe estava no banheiro): "Poxa!! E vc saiu do trabalho só pra trazer o bebê no médico"?

O que é isso, minha gente? Se é pai, É PAI!! Tem responsabilidades com o filho da mesma forma que a mãe. Claro que a mãe sempre acaba fazendo mais, pois é ela quem passa mais tempo com a criança, mas essa cultura de que pai ajuda precisa ser revista. PAI NÃO DEVE AJUDAR. PAI DEVE SER PAI, DEVE FAZER, PARTICIPAR, QUERER ESTAR PERTO, QUERER FAZER PARTE DA VIDA DOS FILHOS.

Claro que ainda vivemos um pouco do "erro" que foi a geração anterior, onde o pai era aquela figura distante, que chegava em casa, sentava no sofá e era servido por todos, inclusive pelas crianças. Nem falava com os filhos, mal sabia em que série eles estavam na escola. Isso era errado, mas era o costume daquela época. Ninguém questionava.....o estranho era ver uma pai presente, ativo!!

Só que os tempos são outros, a ideia de pai é totalmente outra e nós precisamos vencer essa barreira e começar a ver as coisas como elas são. Nada de ver a participação do pai como um erro ou um lapso da mãe.

Portanto, sociedade: é hora de rever seus conceitos e entender que pai não ajuda a mãe.....PAI É PAI!

E atenção, papais que acham que "ajudar" é coisa de "frutinha".......bora tomar as rédeas desse negócio, porque ser pai é participar de tuuuuuuuudo!!! Nada referente aos seus filhos vai "sobrar" pra você. Tudo o que se refere aos seus filhos é de única e total responsabilidade SUA E DA SUA MULHER.....DOS DOIS, JUNTOS! Juntos mesmo! De mãos dadas, lutando, trabalhando e, principalmente, sendo felizes juntos, criando juntos pessoas melhores para esse mundo!


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Crianças terceirizadas

Quando se toca neste assunto, as mães que trabalham fora costumam se magoar, mas essa não é nem nunca será a intenção do post, ok? Trabalhar fora não é sinônimo de terceirizar o filho, assim como largar tudo pra cuidar do filho 24h não é sinônimo de dedicação total e cuidado.

Mas então, o que é a tal terceirização?

Não é deixar a criança aos cuidados de uma babá (ou dos avós, ou da creche, ou da escolinha), é deixar a criança sob total responsabilidade de outras pessoas, mesmo quando os pais estão em casa.

Três exemplos que vi recentemente:

1) Uma blogueira, após ser duramente criticada por deixar o bebê de dois meses em casa para ir a um casamento, se justificou com a seguinte frase: "Sei que sou boa mãe. Estou sempre ao lado da babáenquanto ela troca a fralda, dá banho, dá a mamadeira ou veste a bebê".

2) Uma grande executiva, que trabalha cerca de 15 horas por dia, quando consegue sair do escritório mais cedo, liga para a babá e pede pra ela avisar quando a criança estiver dormindo. Enquanto isso não acontece, ela fica dirigindo pela cidade ou vai para o happy hour com os amigos. Só vai pra casa quando o filho dorme (e sai bem antes dele acordar).

3) A mãe trabalha em um restaurante - das 16h às 24h. Chega em casa por volta das 2h da manhã. Dorme até 12h, dá o almoço para a filha, que vai para a escolinha e só volta a ver a mãe às 12h do dia seguinte. A criança fica com a avó.

Esse tipo de atitude me choca e sempre me faz pensar: mas então, por que essa pessoa teve um filho? Pra provar que consegue? Pra mostrar que é alguém "normal"?

Porque vejam bem:

1) Alguém é realmente capaz de se sentir bem como mãe mesmo sem praticamente tocar na criança?
2) A criança é alguém tão estranho pra ela que a mãe tem medo da convivência.
3) Precisa mesmo acordar tão tarde? Deitou às 2h? Acorde às 9h (daria muito mais tempo de sono do que milhares de pessoas têm hoje em dia), brinque muuuuito com sua filha, dê o almoço pra ela e vá trabalhar.

Ter filhos PRECISA significar cuidar, zelar, se preocupar, querer estar perto, AMAR ESTAR PERTO.

Andei pesquisando o que essa terceirização pode causar e fiquei ainda mais preocupada com o futuro dessas crianças:

Quebra de vínculos: o vínculo, principalmente no primeiro ano de vida do bebê, é fundamental e é maior com a pessoa que cuida, que fica junto. Portanto, se o bebê passa 90% do tempo com algum outro cuidador, o vínculo será maior com ele.
Falta de limites: crianças terceirizadas, na grande maioria das vezes, não têm limites. Isso porque os pais chegam em casa tarde da noite e não querem brigar com os filhos, então eles acabam cedendo a tudo o que os filhos exigem.
Prioridade invertida: o que é realmente prioridade na vida dos pais? A presença do pai ou da mãe é fundamental nos momentos de troca de fralda, quando a criança está adoecida, quando está num momento de birra… Não apenas quando está sorrindo e brincando.
A não valorização do outro: diversos casos de delinquência juvenil, quando observados de perto, mostram crianças que foram totalmente solitárias, criadas sem vínculos razoáveis e, por viverem sob um abandono dilacerante, não aprenderam a valorizar “o outro” e não pensam que as pessoas devam ser respeitadas.
Problemas com figuras de autoridade: crianças verdadeiramente terceirizadas, ou seja, as que possuem vínculos enfraquecidos com seus pais, provavelmente terão uma relação complicada com figuras de autoridade.
Baixa autoestima: é muito importante que os pais estejam presentes nos eventos escolares, nas entrevistas com os professores, nos jogos de futebol do colégio e qualquer outro compromisso em que elas solicitem sua presença. A “falta” dos pais nessas ocasiões, mexe muito mais com os filhos do que você imagina. Principalmente, no momento de ir aos consultórios médicos (hoje em dia muitos pais delegam essa “função” para as babás e avós).
Problemas comportamentais: por exemplo, uma criança que vive em um lar com pais totalmente ausentes, tem mais chances de desenvolver uma atitude negligente com um ar de superioridade arrogante para esconder o fato de que ela realmente os quer em sua vida.
Sensação de falta de afeto: crianças precisam se sentir amadas, precisam saber que são prioridade!
Pra concluir, assistam a esse vídeo....ele é muito importante e esclarecedor...

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Crianças não podem mais ser crianças?

Depois que li esse absurdo que aconteceu nos EUA, não consegui parar de pensar nisso: a sociedade de hoje parece não querer mais que crianças sejam crianças.

Não pode chorar
Não pode falar alto
Não pode fazer birra
Não pode fazer bagunça enquanto come
Não pode usar fralda
Não pode mexer nas coisas
Não pode correr
Não pode reclamar de ficar parado no restaurante ou na igreja

Já pararam pra pensar nisso?

Comportamentos altamente normais são considerados proibidos hoje em dia. Pra tudo, os pais precisam ficar se justificando.

Tá chorando? Ah, é sono!
Tá gritando? Ah, é uma fase!
Tá mexendo nas coisas? Nossa! Tá difícil tirar essa mania dele!

Que mania?! De ser criança? De ter curiosidade em conhecer o mundo que está à sua volta?

E birra então? Claro que ela não deve ser vista como algo positivo e cabe aos pais cortar esse mal, mas ela existe! Criança não tem máscara, não sabe controlar suas emoções ainda! Nem que seja raro, ela vai acabar fazendo birra!

Para a sociedade atual, parece que a criança tem que nascer já pronta, como se fosse produzida em série (tipo naquele filme "Inteligência Artificial", sabem?). Com meses de vida, já tem que ser independente, já precisa saber se comportar socialmente, sentar, ser capaz de ficar horas e horas quietinho em um restaurante ou na igreja, comer perfeitamente (sem derrubar nadinha), controlar suas emoções!!

Pensem bem no tipo de cobrança que existe hoje pra eles:

- tem que saber mexer nos eletrônicos
- tem que falar inglês
- tem que ter aula de musicalização
- tem que saber nadar desde que nasce
- tem que se vestir como adulto (e gostar disso)
- festas infantis? Pra quê? Legal mesmo é comemorar o aniversário no salão de beleza com as amigas!
E por aí vai!!

Que coisa mais chata isso!!!

Criança é o ser humano na sua mais crua essência. Sem as máscaras que aprendemos a usar ano após ano, sem o controle emocional que ganhamos com o passar do tempo, sem a falsidade do adulto, sem a capacidade de esconder as emoções.......porque vamos assumir, né? Quem nunca quis - internamente - fazer uma birra ao ser contrariado?

Estamos vivendo em um mundo onde muito se exige respeito e pouco se respeita. Onde muito se fala em direitos, mas pouco se dá o direito.

Vamos deixar os pequenos serem pequenos!! A infância passa rápido demais e precisa ser aproveitada ao máximo! Disciplina sim! Educação sim! Aprendizado sim! Mas sem neuras, sem ilusões, sem absurdos. A nova geração agradece!


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Surpresas dos bebês

Quando estamos grávidas, fazemos o possível pra ler, ouvir e pesquisar tudo o que podemos sobre a vida e os cuidados com o recém nascido, mas na hora do "vamos ver", sempre somos pegas (e pegos) de surpresa por algumas peculiaridades comuns à grande maioria dos bebês:

A maioria das roupinhas não vai servir (ou será pouco usada): roupas RN são importantes, mas muitas vezes, quando o baby nasce, percebemos que boa parte já não cabe e a outra parte, vai caber no máximo duas vezes....

Unha de bebê cresce muito rápido: mas muuuuuuuuuito rápido!!

Nem sempre rola o amor à primeira vista pelo bebê: muitas mães se desesperam porque não sentem aquele amor louco logo de cara, mas isso é absolutamente normal. Demora um pouco pra se apaixonar pelo baby (e esse amor só aumenta).

Amamentar nem sempre é fácil: na verdade, é bem difícil. Tanto a mãe quanto o bebê precisam aprender. Mas vale a pena.

O choro é um mistério: demora um pouco pra gente conseguir interpretar o choro do baby. Até lá, muuuuuitos momentos de pura adivinhação e soluções por eliminação (será que é cólica? sono? dor? frio? calor?).

Acompanhar os dias da vacinação é uma verdadeira tortura para os pais: nosso coração fica apertado com aquele choro sentido e aquela carinha de indignação. Mas é para o bem deles.

Cansaço é pouco: você nunca se sentiu tão cansada e esgotada na vida....nunca meeeeeesmo!! Nunquinha. Exaustão é a palavra mais realista.

As roupas ainda não servem: é comum as mamães de primeira viagem acharem que sairão da maternidade já podendo usar as roupas de antes da gravidez - ledo engano!! As roupas da gravidez continuam sendo usadas nos meses seguintes (por causa da barriga ainda grande principalmente).

Passar 30 dias sem poder sair com o bebê de casa assusta: parece fácil e rápido, mas cansa tanto que dura uma eternidade!! Uma simples ida ao Pediatra ou à clinica de vacinação vira uma grande aventura.

O relacionamento do casal muda: não vejam isso como uma surpresa negativa, mas que muda, isso muda! O tempo não é o mesmo, muito menos a disposição!! Principalmente nos primeiros meses, o relacionamento muda demais!! Até porque, vocês mudam!

O tempo simplesmente some: a gente não consegue mais lembrar o que fazia antes com tanto tempo disponível. É impressionante como as 24h do dia passam, de uma hora para a outra, a parecerem 2h.

Seu corpo vai mudar: os pés aumentam, o quadril fica mais largo. Até a fisionomia muda depois que temos filhos.

Vocês descobrem uma força que nem sabiam que tinham: ela vem lá de dentro várias vezes por dia e, depois que a situação passa, nem acreditamos que fomos capazes de resolver tudo tão rápido e bem.

Você paga a língua: umas 6685339553843598345 vezes por dia! Incrível!

Muitos amigos vão sumir: ou pelo menos a amizade vai mudar bastante. Pessoas sem filhos dificilmente entenderão as mudanças que ocorreram na sua vida. Até que chegue a vez deles, é normal que se afastem, já que as realidades são imensamente diferentes agora.

Mesmo muito feliz, você terá vontade de fugir: têm dias muito difíceis. Horas que parecem intermináveis. Momentos inimagináveis! Mesmo cheios de amor no coração, felizes por aquela pessoinha tão linda e especial, vocês vão pensar em simplesmente sumir vez ou outra.

O bebê começa a se afastar de nós bem antes do que imaginávamos: a cada conquista, a cada sinal de desenvolvimento, o bebê se torna mais independente e passa a não querer mais tanto colo ou ajuda dos pais. Ao mesmo tempo em que ficamos cheios de orgulho, dá uma pontinha de tristeza e saudades.

Sua cabeça não será mais a mesma: a ciência já comprovou que o cérebro da mulher chega a encolher nos últimos meses de gestação, mas tenho minha dúvidas se ele volta ao normal, hein? Incrível como ficamos mais esquecidas e confusas.

Vocês não se sentirão tão maduros quanto imaginavam: parece que ter filhos é o TOP da maturidade, né? Pois não é bem assim! Muitas coisas continuam exatamente como eram antes.

Não dá pra imaginar mais a vida sem aquela pessoinha: incrível como, mesmo tendo vivido tanto tempo sem seus filhos, assim que eles nascem, não dá mais pra pensar em como foi possível viver sem eles por perto!


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São duas crianças?

Gente, alguém me explica o que acontece com as crianças na escolinha?!?! Porque, vamos combinar, né? Eles são totalmente diferente lá!!

É como se fossem duas crianças! Queria saber qual é a mágica:

Será a presença dos amiguinhos?
Será a autoridade de pessoas diferentes?
Será a distância dos pais?
Será a grande quantidade de estímulos oferecidos ali?

Ao certo, eu não sei, mas queria!! Porque é incrível como eles mudam assim que voltam pra casa.

O lindão, por exemplo, como vocês sabem, não aceita frutas há alguns meses. Mesmo comigo comendo sempre na frente dele, preparando das mais diversas formas, oferecendo sem parar.....nada!!!

Pois não é que, dia após dia, a agenda dele vem com a informação de que ele comeu o lanche super bem, INCLUSIVE a fruta?!?!?! E detalhe, lá na escola, vem especificada a quantidade (pouco, na média, muito) que a criança comeu e ele sempre come muito (frutas, inclusive).

Daí fui perguntar pra professora quais as frutas que eles servem (vai que estou esquecendo de alguma que ele gosta, né?) e qual foi a resposta?

- maçã
- pera
- melancia
- banana
- saladinha de frutas

Tuuuuuuuudo o que já cansei de oferecer aqui em casa...............sem o mínimo sucesso!!! Pera então!! NUNCA comeu!! Desde a Introdução Alimentar.....sempre detestou!! Como pode, né?

E não é só isso não!! Ouço sempre de amigas e leitoras que a criança é uma santa na escolinha, super elogiada pelos professores, super obediente, mas assim que entra em casa vira "o bicho". Faz manha, só chora, se joga no chão........e por aí vai!!

Minha mãe sempre diz que existem duas crianças: uma com os pais e outra longe deles.....tô começando a achar que é isso mesmo!!

#OREMOS!


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Peça ajuda! Você precisa SIM!

Uma coisa que é muito comum às mães de recém nascidos de hoje em dia é o fato de que a imensa maioria delas fica parecendo um zumbi nos primeiros meses. Claro que é normal sentir muuuuito sono e ficar exausta com tantas novidades (nem sempre fáceis de lidar), mas algo que percebo muito sempre que converso com pessoas mais velhas é que as coisas foram piorando demais nesse sentido nas últimas décadas.

Toda essa revolução feminina criou uma espécie muito diferente de mulheres se comparadas às gerações das nossas mães, avós, etc. Claro que trouxe muitas coisas boas, mas trouxe também, uma quase neura pela independência. As mulheres de hoje têm vergonha de pedir ajuda. Precisam provar constantemente que são capazes, que são fortes, que são melhores, que "se viram" muito bem sozinhas, que não precisam de mais ninguém pra dar conta das coisas, etc.....

Será?

Pensem comigo: como era a vida das mães de recém nascidos antigamente? Conversem com suas mães e avós e confirmem....

Quando a mulher tinha um bebê, ficava de resguardo 40 dias (nós também ficamos, mas aquilo era resguardo de verdade), deitadinha na cama. As amigas mais próximas e as mulheres da família praticamente moravam na casa dela e ajudavam em tudo o que fosse possível (com o bebê, com a casa, com a comida, com as visitas, etc).

Ou seja, as mulheres tinham.................ajuda!!

Mas hoje, a mulher vai pra casa com seu pacotinho e, além de se dedicar à nova tarefa da maternidade, precisa dar conta da casa, das compras, das visitas, das roupas, da comida.....e claro, não pode demonstrar nenhuma "fraqueza" pedindo uma mãozinha a ninguém!

Fraqueza?! Jamais vejo um pedido de ajuda como fraqueza. Creio, com todas as minhas forças, que a maternidade do século 21 seria bem mais fácil, leve e feliz se as mães nunca tivessem tido contato com essa história de mulher-maravilha-que-não-precisa-de-mais-ninguém.

Mulher é guerreira? É! Mulher é muuuuito forte? É! Mulher dá conta de um milhão de coisas ao mesmo tempo? Dá! Mas não precisa provar isso o tempo todo pra todo mundo enquanto sofre calada, ou enquanto se esconde na hora do banho pra chorar embaixo do chuveiro.

PEÇA AJUDA!! Por favor! Pelo seu bem, pelo bem do seu bebê, pelo bem da sua família. Conte com pessoas (ou pelo menos 1 pessoa) de confiança e deixe-se receber ajuda. Quer ficar grudada no bebê? Ótimo!! A ajuda será com a casa e as visitas. Não sabe o que fazer com o baby recém-nascido? Peça ajuda também. Ouça os conselhos dessa pessoa, aprenda com ela, peça pra ela ficar com o bebê pra você poder tomar um banho mais demorado ou mesmo pra dar um cochilo.

Eu passei por isso e posso dizer que fez toda a diferença. Como morava muito longe da família, minha mãe foi pra lá ficar com a gente durante 40 dias quando o lindão nasceu. Foi uma maravilha! Ela me ajudou com tudo!! Ensinou várias coisas sobre ele (banho, como prevenir as cólicas, banho de sol, etc) e deu todo o apoio que eu precisava com a casa, a comida, o mercado e as visitas. Não sei o que teria feito sem esse apoio. Depois que ela foi embora, minha sogra chegou e passou 15 dias conosco. De novo, uma grande bênção e pude contar com uma mão durante duas semanas.

Quando ela foi embora, tive até crise de choro, pois a partir dali, estava sozinha mesmo! Tudo seria comigo! Ao contrário do que muitas amigas "moderninhas" me diziam constantemente, não me sentia nada poderosa por poder, enfim, cuidar de tudo do meu jeito. Me sentia apavorada!

No fim das contas, deu tudo certo, graças a Deus, e aprendi muito durante essa jornada, mas, se morasse perto da família naquela época, não negaria ajuda de jeito nenhum! Ficaria feliz da vida em ter umas mãozinhas extras ao meu lado sempre que precisasse.

Não tenha medo de pedir ajuda. Peça, grite, chore, bote pra fora tudo o que estiver te incomodando. Fale o que precisa que aquela pessoa faça e entregue essa área pra ela. O peso nos ombros diminui muuuito, assim como a sensação de "mãe-zumbi".

Confie em mim....pedir ajuda é a melhor coisa que você pode fazer nesse momento tão delicado.

** Algumas mulheres podem estar pensando: "mas e o pai? É dele essa obrigação de ajudar a esposa". Claro que o pai precisa ajudar, mas vamos combinar, né? Ele está tão ou mais perdido que a mãe nessa hora. Não dá pra exigir que ele seja o único da casa que não pode estar confuso, apreensivo e com medo. Ele tem que ajudar, mas no que estiver ao seu alcance, ou seja, troca de fraldas, banho, fazer o bebê arrotar, arrumar a mesa, preparar o ambiente para as visitas, essas coisas....


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Não tenha filhos...

*Post escrito a partir dos muitos emails que recebo de tentantes, gravidinhas e mães (principalmente mães frustradas com a nova realidade, decepcionadas com a nova vida):

Por favor! Não tenha filhos:

...se você só quer tê-los devido à pressão da sociedade!
Ninguém é obrigado a ter filhos, pessoal! Além disso, ninguém é obrigado a nascer. A criança que vem aí não pediu pra nascer, não fez pressão nenhuma, mas é ela quem sofre todas as consequências dessa decisão.

...se você não quer ver sua vida virada de ponta-cabeça:
Não é no sentido negativo que eu digo que a vida vida de ponta-cabeça! É uma aventura incrível! Mas não dá pra dizer que dá pra manter as coisas como sempre foram....isso seria uma baita mentira.

...se tem um apego excessivo ao seu corpo perfeito:
As coisas podem até voltar ao normal para algumas pessoas, mas na real, a mulher ganha novas medidas (o quadril, os pés, a cintura - tudo aumenta). Além disso, o tempo é outro. Se vocês são esses casais que passam horas na academia, essas horas serão cada vez mais difíceis de serem conseguidas.....se conseguirem malhar por 1h, já vão soltar rojão na rua!!

...se não querem abrir mão das viagens do fim de semana:
Um dia elas vão voltar, mas pelo menos nos primeiros anos, ficarão suspensas.

...se você não está preparada(o) para se dedicar:
Ter um filho e tercerizá-lo a uma babá ou à escola é errado...muito errado!

...se vocês não querem mudanças no orçamento:
As finanças mudam....mudam MUITO!!

...se sua necessidade de organização é quase crônica:
Crianças bagunçam tudo! Não adianta se estressar ou gritar com os coitadinhos o dia todo. Essa é a natureza deles...eles exploram, são curiosos, querem "ver com as mãos".

...se vocês pensam em tê-los porque o casamento está em crise:
Sem um casamento bem consolidado, dificilmente um filho irá melhorar as coisas. Pelo contrário. Eles trazem algumas crises novas e desafios nunca antes imaginados. Definitivamente, não são - nem de longe - a solução pra arrumar a situação.

...se você acha que abrir mão da manicure, do salão ou até mesmo de ir ao banheiro com tranquilidade é impensável...
Isso acontece - e muito - quando temos filhos...

...se você não gosta de ser referência na vida de alguém, de ser exemplo...
Quem tem filhos é avaliado o tempo todo. Tudo o que você faz é visto como exemplo e será sim a referência de comportamento de uma pessoa para o resto da vida dela.

...se você quer alguém pra cuidar de você na velhice:
Por favor, esse não pode ser o motivo! Nascer já com essa carga sobre os ombros é muito injusto.

...porque todos os seus amigos estão engravidando.
Se todos os casais que convivem com você estão "grávidos" ou querendo ficar, ótimo pra eles, mas esse não pode ser - nem de longe - o motivo pra vocês fazerem o mesmo.

...porque você quer mudar a sua vida.
Recebo muitos emails de mulheres solteiras que acham que ter um filho vai salvar a vida delas, pois passarão a ter uma companhia eterna. De novo, nascer com uma carga dessas nos ombros não é justo pra ninguém. Além do mais, quem garante que seu filho será seu companheiro, né?

...porque você não aguenta mais a sua rotina.
Que os filhos mudam toda a rotina da família, isso é certo, mas o "tédio" não deve ser o motivo para essa decisão.

Em resumo, se você vê a vida com filhos como algo em que estará recebendo, está se iludindo.

- Ter filhos é infinitamente mais DAR do que RECEBER. Infinitamente!
- O seu EU some em vários momentos.
- As suas vontades são postas de lado todos os dias.
- Você passa a amar alguém muito mais do que jamais se amou.
- Você abre mão de suas convicções e certezas várias vezes por dia (paga a língua mesmo).
- Você passa noites e mais noites em claro e precisa de energia para cuidar daquele serzinho o dia todo sem pausa.
- Você passa a se preocupar mais....com tudo e todos....com o futuro, com o presente, com o ontem, o amanhã.

Então......ter filhos por quê?

Antes de mais nada, tenha filhos POR ELES, nunca por você.

Tenha filhos porque você quer muito dar amor (não porque quer receber).

Tenha filhos porque você está disposta(o) a dar tudo de si sem esperar nada em troca.

Tenha filhos porque você sente que ainda tem muito o que aprender com a vida!

Tenha filhos porque você e seu cônjuge perceberam que falta uma peça nesse jogo já tão bacana.


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PN ou PC?

Já perdi as contas de quantos emails recebi (e continuo recebendo diariamente) sobre o tema PARTO! Demorei tanto assim pra falar sobre isso porque sei que é um tema polêmico e onde muitas pessoas são radicais.....acho até que o termo "radicais" é muito suave para certas pessoas hoje em dia.

Quando relatei o meu parto, por exemplo, foi assustador o número de leitoras me condenando por ter feito PC (parto cesárea), mesmo eu tendo explicado que foi ordem médica (e não de um Ginecologista aproveitador, como tantas disseram, mas sim, de um Ortopedista, que nada tem a ganhar ao me aconselhar a fugir do PN - parto normal).

Ontem, recebi mais um desses emails. Nele, a leitora afirmava que havia conhecido o Drops essa semana e que mergulhou na leitura, mas se decepcionou ao ver que sou favorável ao PC e que, por isso, não acessaria mais o blog.

Acessar ou não o blog é uma escolha dela, assim como, de cada leitora que vem até aqui, mas achei o fim da picada....MESMO!! Daí não aguentei e tive que fazer esse post.

O fato é que não é a luta pelo PN que me incomoda. O que me incomoda é a luta por menosprezar a mulher que opta por PC....e não estou falando de casos necessários não, mas também, de casos em que a mulher simplesmente opta por isso....por livre e espontânea vontade. Se quem precisa de uma cesárea já é crucificada, o que dizer de quem opta por ela sem motivo nenhum?

Acontece que o motivo é um só gente: ela é dona do próprio corpo e decide o que quer fazer com ele.

Não sou contra nem a favor de nenhum dos dois partos. Sou a favor da vontade da mulher ser respeitada e sou ABSOLUTAMENTE contra radicalismos.

Às militantes do PN, só digo uma coisa: não é atacando que se consegue as coisas, ok? Querem mostrar às pessoas que o PN é melhor? Mostrem, mas sem ofensas, sem ataques totalmente desnecessários, sem esse papo ABSURDO de que mulher que faz cesárea não pode ser chamada de mãe porque não pariu.

Hoje em dia, o que vejo não é um movimento a favor do parto normal. O que vejo não é um movimento contra a cesárea.................O que realmente vejo é um movimento de ataque pessoal à mulher que passou por um PC. Depois do meu relato, já fui chamada de coisas que nem posso publicar aqui....a troco de quê?! Graças a Deus, sou muito bem resolvida quanto a isso, mas e se não fosse? Será que essas radicais não pensam no mal que podem fazer a uma mãe que ouve esses absurdos? Alguém que seja mais sensível, que já se sinta mal por não ter conseguido o PN....e ainda lê ou ouve um comentário com esse nível de maldade e preconceito....gente, isso é muito perigoso! E absurdo!!

Não estou dizendo que não existam as radicais da cesárea (ah, porque existem, viu?). Elas são tão perigosas quanto as do PN. Tão enlouquecidas em estarem sempre certas quanto. Costumam dizer que quem faz PN é louca, que não há nada de NORMAL "naquilo", que quem faz PN escolhe isso pra se mostrar, pra provar que é MULHER e, com isso, passa por cima até mesmo do bem estar do próprio bebê.....pois é!! Já recebi emails assim também (teoricamente, estavam comemorando o fato de eu ter passado por uma cesárea e, com isso, ser um ser superior).

Os dois lados estão errados!! Os dois lados são chatos.....muuuuuuuuuuuuito chatos!!

Quer defender seu ponto de vista? Você tem todo o direito de fazê-lo, mas como tudo nesse mundo, não pode humilhar, julgar, condenar ou banir pra conseguir isso.

Se você é defensora do PN, defenda-o com unhas e dentes, mas defenda o PARTO NORMAL. O método, a natureza do corpo da mulher, as vantagens para o bebê e para a mãe, as facilidades do pós-parto, etc.......não jogue pedras em quem fez PC. 

Se você é defensora do PC, defenda-o também com unhas e dentes, mas defenda o PARTO CESÁREA. O método, as vantagens para o bebê e para a mãe, a necessidade de se informar a respeito dos possíveis efeitos (já que é uma cirurgia que envolve riscos, como qualquer outra), etc.......não jogue pedras em quem fez PN. 

O mundo já está feio o suficiente pra gente ainda ter de aguentar essa guerra infundada e, vamos ser claras, ridícula.

Ninguém é menos mãe por causa do tipo de parto que escolheu. Se fosse assim, esse monte de "mãe" que, assim que coloca um bebê no mundo simplesmente o descarta numa lata de lixo deveria ser exaltada pelo simples fato de terem tido PN? Não, né? Da mesma forma, quem fez PC não precisa ficar gritando aos quatro ventos que é uma mulher muito melhor, mais resolvida, mais moderna, mas inteligente, blá, blá, blá!

Cada uma viva feliz com suas escolhas e deixe a outra ser feliz com as dela também, por favor!!


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Como a vida muda, né?

Ontem estava conversando com uma amiga pelo Whats sobre filhos. Ela está passando por aquele conhecido dilema (quem nunca?): "ter ou não ter?" e me perguntou como é essa nova vida. Lá pelo meio da conversa, começamos a nos divertir com as comparação de como era e como é a vida agora. Aposto que vocês vão se identificar:

**O que falei pra minha amiga sobre ter ou não filhos? Tá lá no final do post....

Ao chegar em casa
Antes: tomar um belo banho, namorar ou dar aquela esticada no sofá.
Depois: brincar com carrinhos e bolas, rolar no chão, sentar no chão e esquecer o sofá, dar uma bronca aqui, outra ali, começar o ritual do soninho (desenho, banho, oração, mamadeira, berço). Só então pode rolar um banho (rápido, que é pra dar tempo de matar as saudades do sofá e poder curtir um tempinho de adulto com o amor.

Na TV
Antes: filmes e nossos seriados preferidos (nossa!! eram tantos!!)
Depois: desenhos.....muuuuitos desenhos!! Episódios da Peppa já decorados. Seriados? Só depois que o baby dorme e, hoje em dia, ficaram apenas os mais queridos, porque definitivamente não dá tempo de assistir a todos aqueles que amávamos.

Passeios
Antes: deu vontade? Pega a bolsa e vamos lá!
Depois: deu vontade? Pensa se vale a pena.....vale mesmo?.....então pega a bolsa, o suco, a papinha, o babador, o jogo de fraldas, a muda extra de roupa, os brinquedos, a chupeta, o casaquinho, o carrinho...............e vamos lá!

Balada e festinhas
Antes: claro!!!
Depois: idem ao item aí em cima e ainda tem a preocupação com a hora.....será que vale a pena? vamos dormir tarde e o horário pra acordar será o de sempre, ou seja, cedo!!

Verba
Antes: dinheiro na poupança e em investimentos.
Depois: poupança diminuindo e gastos dobrados na farmácia e triplicados no mercado.

Finais de semana
Antes: passeios pelas cidades próximas, academia sábado de manhã, jantares a dois ou com os amigos, cineminha, soninho a tarde, namoro, refeições meio loucas (café da manhã e almoço costumavam ser a mesma coisa).
Depois: passeios pelos parques e praças da cidade, shopping (por causa do parquinho), soninho enquanto o baby dorme (e no resto do dia, muuuita vontade de dormir), almoço e jantar regradinhos (já que a criança precisa comer direito e nós somos o exemplo), piscina com o pequeno, casa dos avós.

Férias
Antes: nordeste, resorts, praias paradisíacas
Depois: quando tiver a sorte de poder curtir as férias fora de casa, a preocupação passa a ser se o hotel tem ou não estrutura para os pequenos.

Carro
Antes: impecável e pronto pra todo tipo de passeio
Depois: cheio de brinquedos e com espaço reduzido (alguém me explica por que essas cadeirinhas precisam ser tão gigantescas?!).

Amigos
Antes: altos papos e muuuita bobagem com amigos de longa data.
Depois: papo sobre filhos com amigos de longa data (que também tenham filhos), distanciamento dos amigos sem filhos e muuuuitos amigos instantâneos (e com filhos) na fila do supermercado, do banco, no parquinho, no shopping, etc

Preocupação maior dos nossos pais
Antes: e aí? como vocês estão?
Depois: e aí? como vai o pequeno?

Compras
Antes: com tempo, tranquilidade pra escolher o melhor produto, a melhor roupa, o sapato mais confortável.
Depois: correndo, um dos pais em casa com o pequeno (ou os dois nas compras enquanto o pequeno fica com os avós), provando roupas e sapatos com o pequeno irritado no carrinho (ou pior, correndo pela loja), "preciso de uma camisa............ao entrar no shopping.............nossa!!! que sapatinho lindo! ele está precisando.....vou levar......compro a camisa mês que vem, não preciso tanto assim"!

Refeições
Antes: tranquilas e calmas, com um bom papo entre uma garfada e outra.
Depois: corridas e com muitas colheradas, cuspidas, broncas e limpadas entre uma garfada e outra.

Conversas
Antes: fluíam com facilidade
Depois: não acontecem mais sem muuuuuuuuuuuitas interrupções.

Palavras mais usadas
Antes: são tantas que nem sei!!
Depois: NÃO! NÃO PODE! CUIDADO! NÃÃÃÃÃO!!!!!

Perguntas mais ouvidas
Antes: e quando chega o bebê?
Depois: E quando chega o segundo? Não vão tentar a menininha (ou o menininho)? Ele dorme bem? Ele come bem? Ele mamou no peito até quantos meses?

Corpitcho
Antes: academia pesada diariamente, dieta equilibrada.
Depois: academia?!?!?! O maior exercício é correr atrás dessas pessoinhas, andar de carrinho, pegar os lindinhos no colo, brincar muuuito entre um agachamento e outro e, se sobrar uns minutinhos, correr pra academia do prédio ou pra rua e fazer o que der tempo. Comida? O mesmo que o baby e o que der menos trabalho pra gente.

Antes de dormir
Antes: um banho, creminhos e cama.
Depois: guarda os brinquedos, arruma a casa, lava a louça, estende a roupa no varal, organiza o almoço do dia seguinte, banho, creminhos (com sorte) e cama

Papo
Antes: de tudo um pouco
Depois: filhos, bebês, dicas pra criança dormir bem, reclamações porque a criança não come direito,....

Noticiário
Antes: tem que saber de tudo o que rola no Brasil e no mundo.
Depois: se conseguir assistir alguma coisa, já está bom. E por favor, não mostrem cenas de crianças sofrendo!

E depois de tudo isso...o que falei pra minha amiga?!

Vai fundo, colega!!! É difícil e dá muuuuuuuito trabalho! Sua vida vai virar de ponta cabeça, mas você vai descobrir que ela pode ser muito melhor do que era. Passar pela vida sem conhecer esse amor é uma grande pena.


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Sexo pós parto - parte 2

Ontem recebi alguns emails comentando que não respondi a todas as questões que coloquei no post como sendo as mais enviadas para o dropsdemae@gmail.com. Esse não era mesmo o ponto do post, maaaaas, os pedidos de vocês são uma ordem...hehehehehe...vamos lá?

Mamães:

Poxa vida, será que ele não percebe o quanto eu estou esgotada?
Nem sempre percebe, meninas. Homens são naturalmente mais desligados. Se está insatisfeita com alguma coisa, é preciso sentar e conversar.....com carinho...sempre!
É tanta correria que a última coisa que quero fazer no fim do dia é sexo.
Como comentei no post de ontem, é correria sim, mas temos que nos divertir e merecemos uma dose de carinho, beijo na boca e calor do nosso amor.
Ainda sinto muita dor na relação e acabo fugindo do meu marido por causa disso.
É comum sentir essa dor, pois a prolactina, responsável pela amamentação, está a mil por hora e atrapalha a lubrificação. Conversem, encontrem um horário bom para os dois, sem pressa, sem obrigações e, se sentir necessidade, sem penetração para ir ganhando confiança novamente. Brinquem, façam massagem, carinho um no outro.
Ele é egoísta demais! Pensar em sexo num momento tão sensível como este?
Não, ele não é egoísta. Ele é homem.....e não no sentido negativo não. Homem é mais prático e realista do que a gente. Ele sabe que é um momento novo e diferente, mas também entende que o casal continua sendo um casal e que a intimidade precisa ser mantida para a saúde do relacionamento.

Estou me sentindo tão feia que não tenho mais desejo nenhum.
A não ser que seu companheiro seja alguém muuuuito fútil, ele jamais vai te olhar e te achar feia. Seu corpo acabou de dar pra ele o maior presente que alguém pode receber nesse mundo. Se for muito difícil mesmo pra você tirar a roupa, invista em lingeries bacanas, que disfarcem o que te incomoda e ainda fazem você se sentir poderosa. O que não pode é namorar se preocupando em murchar a barriga ou em disfarçar as pernas mais grossas (pleeeeease!).
Morro de vergonha de tirar a roupa na frente do meu marido. O que ele vai pensar dessa barriga grande e flácida?
Mesma resposta aí de cima.
Mas e se a gente começar e o bebê chorar?
E se o bebê chorar? O que é que tem? Faz parte do pacote.....rsrsrs......parem onde estiverem e recomecem mais tarde ou no dia seguinte.....divirtam-se com a situação. Levando as coisas com leveza, a vida fica beeeem mais fácil.

Papais

Ela não relaxa mais. Vive estressada.
Converse com ela (realmente ouça a sua companheira), sem nenhuma distração por perto. Nada de TV, celular, crianças ou qualquer outra distração. Conversem de verdade. Olho no olho. Veja do que ela está precisando. Pergunte como pode ajudá-la (se oferecer pra lavar a louça do jantar, por exemplo, pode fazer uma super diferença).

Ela só quer saber de dormir.
De novo, converse com ela. Pode ser que ela esteja realmente cansada demais por estar sobre-carregada com o bebê, a casa e o trabalho. Ofereça ajuda. Ajude com boa vontade. Participe da vida do bebê. Crie vínculo com seu filho desde o primeiro dia de vida dele. Dê banho, troque fralda, faça arrotar, leve pra passear de carrinho pelo bairro, faça massagem, dê comida (qdo já for maior de 6 meses), etc. E fique atento. Se essa vontade louca de dormir for exagerada e logo após o parto, pode ser sinal de depressão pós-parto e precisa ser olhada mais de perto.

Depois que nosso filho nasceu, fiquei em segundo plano.
Se abra com sua companheira sobre esse sentimento. Sem egoísmo, apenas mostre porque está se sentindo assim. Ela pode nem ter percebido essa mudança. O bebê exige muito tempo e energia, principalmente da mãe, mas com o tempo a rotina vai se restabelecendo e vocês começarão a ter mais tempo um para o outro.

Ela está mais preocupada com a organização da casa do que com o nosso casamento.
Isso é realmente um mal feminino.....a gente fica preocupada demais com a organização da casa e esquece de relaxar. Mais uma vez, conversem! Ajude o máximo que conseguir pra diminuir a carga de trabalho dela e fazer o tempo render mais. Com vocês dois trabalhando juntos, vai sobrar mais tempo no fim do dia pra um momento a dois.

Me sinto sozinho.
Sua companheira precisa saber que você se sente assim. Converse com ela. Como o bebê exige muita atenção e cuidados, podemos sim deixar o marido um pouco de lado, mesmo sendo a última coisa que gostaríamos de fazer.

Como vocês podem ver, independente da situação, o mais importante é manter um diálogo aberto e sincero um com o outro. Conversem sempre que se sentirem mal ou que estiverem insatisfeitos. Não deixem as coisas se acumularem, pois quando explodirem, será péssimo.


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Sexo pós parto

Depois de alimentação e sono do bebê, o assunto que mais chega até a caixa de emails aqui do Drops é esse. Impressionante como os casais começam a passar por dificuldades sexuais no pós parto....bem mais as mamães do que os papais, vamos admitir. Mas por que será? O que há de tão diferente no sexo depois que temos filhos?

As frases que mais chegam por aqui são essas:

Mamães:

Poxa vida, será que ele não percebe o quanto eu estou esgotada?
É tanta correria que a última coisa que quero fazer no fim do dia é sexo.
Ainda sinto muita dor na relação e acabo fugindo do meu marido por causa disso.
Ele é egoísta demais! Pensar em sexo num momento tão sensível como este?
Estou me sentindo tão feia que não tenho mais desejo nenhum.
Morro de vergonha de tirar a roupa na frente do meu marido. O que ele vai pensar dessa barriga grande e flácida?
Mas e se a gente começar e o bebê chorar?

Papais

Ela não relaxa mais. Vive estressada.
Ela só quer saber de dormir.
Depois que nosso filho nasceu, fiquei em segundo plano.
Ela está mais preocupada com a organização da casa do que com o nosso casamento.
Me sinto sozinho.

Quem está certo? Quem está errado? Ninguém!! Os dois lados têm razão, mas ao mesmo tempo, os dois lados precisam ceder um pouco.

Vamos começar pelas mamães:

Amigas queridas do meu coração, tenho somente uma palavra pra vocês RELAXEM!!!!

Eu sei que o dia é corrido. Eu sei que ter crianças em casa nos deixa exaustas. Eu sei que cuidar de uma casa é imensamente desgastante. Eu sei que o trabalho nos consome uma energia imensa. Eu sei que a gente se sente muito feia, inchada, desajeitada e gorda depois do baby. Eu sei que a nossa vontade depois de colocar a criançada pra dormir é se esticar na cama ou no sofá e simplesmente não fazer nada.

Mas eu também sei que a gente precisa relaxar. A gente precisa se divertir. A gente precisa deixar o lado mãe de lado e lembrar do lado MULHER. A gente precisa se permitir o prazer. E principalmente, precisamos do carinho, do aconchego e do calor do nosso companheiro.

Dá preguiça só de pensar em começar? Às vezes dá sim! Mas vai lá, toma um banho caprichado, fique bem perfumada, coloque uma roupa bacana, passe um batom e.......se joga!! VOCÊ MERECE ESSE MOMENTO!! A vida não pode ser só trabalho, filhos e casa não. Vocês precisam se tocar, se curtir, namorar. Tem louça na pia? Vamos lavar juntos depois ou no dia seguinte. A casa precisa de uma limpeza? Isso pode esperar. O que precisa estar impecável é o casamento de vocês. Tendo isso em ordem, tudo fica mais leve e feliz. E, acreditem em mim, a disposição só melhora!

A gente ouve muito o conselho: "cuidado, menina!! Tem que dar atenção ao marido pra ele não procurar lá fora." Tá, tudo bem! Tem seu lado de verdade, mas fazer sexo só por causa dessa "obrigação"? Ninguém merece, né? Tem que namorar o maridão sim, claro que porque ele precisa, mas antes de mais nada, porque VOCÊ precisa. Porque VOCÊ vai se sentir bem.

Tem coisa melhor do que carinho, abraço, beijo na boca? Se sentir amada? NÃO!!!!! É disso que a gente precisa. É isso que renova nossa energia. E é isso que temos que querer sempre.

E nada de hora marcada como se fosse um compromisso de trabalho, hein? É pra curtir um ao outro mesmo. Sem ter hora pra acabar.

Agora, os papais:

É preciso sim entender que a maternidade muda muuuuito uma mulher! É cansativo pra caramba. Estressante pra caramba. Não é frescura dela não!

Por mais que você não enxergue, ela está incomodada com cada mudança - por menor que seja - no corpo. A gente não se reconhece mais. A barriga incomoda, o quadril aumenta, o seio é outro (na fase da amamentação então!!), a disposição parece ter sumido.

Você precisa ter muito mais dedicação, queridão!! Não é só chegar e bater ponto não, tá? Sua mulher precisa de carinho, de preliminares caprichadas (muuuuito caprichadas), de conversa, de namoro. 

Uma vez, ouvi uma comparação que não poderia ser mais adequada: homens são microondas. Mulheres são forno à lenha.

Para o homem, basta um toque e pronto! Ele esquece tudo o que o deixou cansado e estressado e curte o momento. Já a mulher, precisa ser cortejada desde a hora em que sai da cama. Um carinho, um beijo, mãos dadas, olho no olho, um elogio, uma paquera......quando é assim, será muito mais fácil encontrá-la animada para o namoro a noite.

Não adianta mal olhar pra cara dela o dia todo e virar o príncipe encantado só depois que as crianças foram dormir, viu?

E bora botar a mão na massa também, ok? Ajudar com a casa e as crianças vai deixar sua companheira com menos carga e, consequentemente, mais tempo (e vontade) pra curtir os momentos a dois.

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E um ponto crucial para os papais e mamães de recém-nascidos: logo que acaba o período de dieta, não se cobrem o retorno às, digamos, atividades. Vão com calma e carinho. A mulher sente dor de verdade. A lubrificação praticamente some devido à ação da prolactina, o hormônio responsável pela amamentação. Ela vai precisar se carinho como se fosse a primeira vez (e isso, durante bastante tempo). Vale a pena contar com a ajuda de um gel lubrificante.

Se preferir, converse com o maridão para, no início, a penetração ficar de lado.....brinquem um com o outro até que sua confiança volte e o medo diminua.

Aliás, tudo é conversa, gente! TUDO!! Vocês precisam se abrir um com o outro. Dizer do que precisam, ouvir a opinião do outro.

Ah!! E nada de se retrair só porque o baby pode acordar e atrapalhar tudo. Muitos casais nem começam por medo de serem interrompidos.....e se forem? O jeito é parar tudo e recomeçar depois ou no dia seguinte......deem boas risadas da situação e......bola pra frente!

E bora ser feliz!!!!


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As alegrias (nojentas) da maternidade

Só quem é mãe entende como essas coisas tão nojentas se tornam motivo de alegria extrema:

Cocô: não só o cocô em si, mas a consistência, a cor, o formato, a periodicidade.....quando tudo isso funciona direitinho, é sorriso garantido! E quando a criança fica dias sem funcionar? O cocô chega até a ser anunciado para os parentes e amigos via WhatsApp!! Ah....e espere o Pediatra receitar vermífugo pra festejar a cada "busca" o fato de não ter encontrado nenhum ser estranho ali no meio da sujeita.

Caca de nariz: mãe vive de olho no nariz dos pequenos. Se tiver alteração de cor na meleca, pode ser sinal de gripe ou infecção. Se estiver muito seco, pode irritar a mucosa. Se estiver escorrendo, a gripe já chegou, etc.....

Aspirador nasal: ver o bebê com dificuldades pra respirar é uma agonia tão grande que usar aquele aparelhinho nojento se torna um alívio imediato.

Pum: ouvir um punzinho saindo do seu bebê quando ele está com cólica é melhor do que escutar sua música favorita!

O primeiro cocô no vaso: o desfralde é um momento complicado, portanto, nada como escutar aquele som aquático pra saber que as coisas estão começando a funcionar.

Vencer o esmegma: as mães de meninos vão me entender! Que alegria quando, enfim, aquele cisto se desfaz!

Beijo melecado: o bebê ali, recém saído da barriga, todo coberto de gosmas, e a mãe não tem o menor medo de beijar a pessoinha.

Rsrsrsrsrsrsrs..............será que me esqueci de alguma coisa?


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A maternidade não tem glamour....

...e não é um mar de rosas!

Acho que a vida das nossas mães e avós foi bem mais fácil nesse sentido. Naquela época, todo mundo sabia como era uma mãe, mas hoje, criou-se essa imagem falsa de que mãe é sinônimo de glamour (é aquela mulher magra, linda, bem penteada e maquiada, que trabalha fora, está sempre de salto agulha, é ultra bem sucedida em todas as áreas de sua vida, não se frustra, não se decepciona, dá atenção integral aos filhos - mesmo trabalhando fora o dia inteiro -, malha, é uma amante incansável, e por aí vai).
Quando vemos aquelas fotos das famosas (geralmente usando salto 15) com suas crianças lindas, bem vestidas, limpinhas, penteadas, sorrindo para as câmeras, somos automaticamente levadas para um mundo de fantasia.....um mundo onde aquela cena é o padrão, e não a exceção.
Porque vamos combinar, né? É exatamente como aquela cena do parquinho no filme "Plano B" (quem ainda não assistiu, precisa assistir....é muito engraçado e bacana) onde o futuro papai pergunta ao amigo (já pai de 3) como é a vida com filhos. A resposta?

Horrível...horrível...horrível......
daí algo mágico acontece.......
horrível...horrível...horrível........
daí algo mágico acontece.........
horrível...............

Pode ser mais claro do que isso? Rsrsrsrsrs.....sim, porque pense bem no seu dia a dia: entre fraldas sujas, melecas de nariz, birras, greves na hora de comer, febre, tosse, mau humor, gorfadas, vomitadas, tapas..............acontecem momentos mágicos que fazem tudo valer a pena:

- o sorriso do filho pra você
- as primeiras palavras
- as primeiras frases
- o carinho do filho no seu rosto
- aquele olhar apaixonado que eles dão pra gente
- as caretinhas
- as coisas que eles aprendem com a gente e nos enchem de orgulho
- as novas conquistas na escolinha
- os primeiros passos
- a primeira engatinhada
- a primeira noite de sono ininterrupto
- o primeiro "eu te amo"

Coisas maravilhosas!!!! Que estão aí justamente pra nos darem novo ânimo. Nova motivação pra seguir adiante.

Mas então, por que é que o título desse post é tão ....... pessimista!? Rsrsrsrs....porque é a mais absoluta verdade! Têm mães sofrendo horrores por aí porque estão imensamente decepcionadas com a maternidade. Amam os filhos mais do que tudo na vida, mas não entendem como é que aquele sonho lindo se transformou em um verdadeiro desastre!

Não, queridas!! Não é um desastre! É apenas a realidade das coisas! Realidade essa, que muitas mães se negam a aceitar e, com isso, enganam inúmeras futuras mamães por aí.

Algumas das mentiras que me contaram (e as verdades por trás delas):

"Nossa!! Espere pra ver! Assim que você bater os olhos no seu bebê, sentirá o maior amor do mundo!" Não!! Não é bem assim!! Esse amor imenso, que parece que vai explodir nosso coração, vai surgindo aos poucos, com a convivência.

"Amamentar é a melhor coisa que existe! É divino! Você vai amar cada segundo"!Vai amar sim, mas antes disso, sofrerá horrores, sentirá dores que nem sabia que eram possíveis, achará muuuuito estranho ver seu peito vazando leite, vai olhar seu bebê mamando e sentirá uma imensa vontade de chorar.....de tanta dor! Vai perceber que o bebê não nasce sabendo mamar (e demora pra aprender). Quando essa fase passar, aí sim, você vai curtir esse momento, mas pra chegar nesse ponto, será preciso muita força de vontade e determinação.

"É só amamentar que logo seu corpo volta ao que era antes da gravidez, já que a amamentação faz o útero contrair". Amamentar realmente emagrece.......e só! Fora isso, é preciso muuuuito esforço, malhação, dieta e determinação pra perder a barriga (e mesmo assim, às vezes ela simplesmente não vai embora). Ah....ou contar com a genética, né? Porque algumas mulheres são realmente abençoadas por ela e praticamente já saem da maternidade sem barriga nenhuma...rsrsrs....

"Você se sentirá linda e poderosa como nunca logo nos primeiros dias". Pode ter sido só comigo, mas me senti tudo...menos isso!! Me sentia gorda, inchada, extremamente esgotada. Não tinha ânimo nem pra passar um batonzinho, quem dirá me arrumar. Só queria dormir e colocar gelo nos bicos dos seios. É a coisa mais comum do mundo a mãe simplesmente esquecer que existe salão de beleza e manicure nos primeiros meses do baby. Ficamos mesmo em segundo plano.

"Sua casa ficará linda! Cheia de coisinhas fofas espalhadas" Que ela fica cheia de coisinhas fofas espalhadas.....isso é verdade! Mas dizer que a casa vai ficar linda......é muita viagem, né? É bagunça mesmo e precisamos aceitar isso. Não dá mais tempo de ver cada detalhe como víamos antes. Não dá mais tempo de deixar tudo impecável e brilhando como antes. Quanto antes aceitarmos isso, mais feliz seremos.

"Acordar de madrugada é difícil, mas você vai ver: basta um sorriso do seu filho para o sono simplesmente sumir". Acho que essa foi a maior de todas as mentiras que ouvi!! Sorriso?! Que sorriso?! Nos primeiros dias, a criança simplesmente não sorri (a não ser por pequenos espasmos) e quando finalmente aprende essa lindeza, o seu sono será tanto que nem vai reparar de verdade se o baby está sorrindo. Até porque, até abocanhar seu peito, ele estará mesmo é chorando desesperadamente de fome. E o sono é tão grande, mas tão grande, que enquanto o baby mama, a gente não consegue pensar em nada mais interessante e prazeroso do que fechar um pouquinho os olhos.

"Olhar para o seu bebê renova todas as forças" Essa é uma semi mentira, já que realmente eles nos dão uma força que vem não sei de onde para, por exemplo, pegar nosso filho no colo mesmo estando com as costas travadas, ou levantar no meio da noite pra oferecer colo ao pequeno que teve um pesadelo quando se está caindo de febre. Mas é um renovo momentâneo...aquela vontade de ficar jogada na cama até sarar é a mesma antes e depois dos filhos.

"O bebê chora muito no começo, mas logo passa". Mais uma baita mentira que me contaram!! Tive a imensa sorte do meu baby não ter tido nenhum dia sequer de cólica, portanto, ele só chorava mesmo pra mamar. Mas em compensação, conforme foi ficando maiorzinho, foi aprendendo a tirar cada vez mais proveito dessa arma....com 1 aninho, ele chorava infinitamente mais do que nos primeiros meses. Na verdade, não sei ainda até quando, mas o fato é que não passamos mais um dia sequer sem ouvir no mínimo 4 choros por motivos diversos (manha, tombos, birras, sonhos ruins, fome, cansaço, e por aí vai)

"Cocô de recém-nascido não fede". Fede sim!! A nossa percepção é que muda, porque nada se compara ao susto que é abrir uma fralda depois da introdução alimentar....kkkkkkk.....mas que fede, fede!! E dá altos sustos também, já que os jatos são frequentes e nada agradáveis!

"Dá pra levar a vida normalmente com as crianças. Vocês não precisam se anular".Em termos. Claro que não é preciso se anular, mas o fato é que os programas mudam. Vocês vão buscar lugares com parquinho, espaço kids, trocador e cadeiras para crianças. Ao invés de simplesmente sentar e desfrutar uma refeição, vocês vão comer entre um senta-levanta infinito. Entre uma garfada e outra suas, estarão dezenas de colheradas para o pequeno...e entre essas colheradas, tapas que fazem a comida voar longe, cuspidas que sujam a sua roupa e seu cabelo, broncas pra tentar acalmar os pequenos etc, etc, etc....

"Bebê é igual video-game...uma fase é sempre mais difícil que a outra". Não meeeeeeesmo!!!! Pra mim, a cada mês as coisas foram melhorando. A criança passa a interagir, depois a se comunicar, daí vem a fala, as frases.....de forma alguma acho a fase atual mais difícil do que o começo de tudo.

"Mãe é um ser iluminado. Nosso amor por eles é tão grande que conseguimos manter a paciência inabalável". Mentira enooooooooooooorme!!!!! A gente perde a paciência sim....e muito!

"Seu amor por eles vai crescer infinitamente a cada dia" Crescer é muito pouco!! Não cresce não.....se multiplica por milhões a cada dia! É algo inexplicavelmente lindo e acho que nenhum ser-humano deveria passar pela vida sem conhecer esse amor verdadeiramente Divino.

Moral desse post: agora que somos mães, nada de mentir para as amigas, ok? A grande verdade é que a maternidade muda tudo. É um papel extremamente difícil, mas que, verdadeiramente, tem muitos lados que fazem tudo valer a pena!!


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Um verdadeiro absurdo!!!!!

As companhias aéreas estão querendo começar a cobrar passagem de crianças menores de 2 anos!! Agora me expliquem? A criança fica no colo, não ocupa assento. A criança não come os lanches oferecidos pelas empresas. A criança não usa o banheiro (no máximo, o trocador se precisar trocar a fralda)....por que cargas d'água esse pessoal quer começar a cobrar?!?!?!

Fiquei revoltada com isso!! É muita sacanagem!! Eles já cobram um valor absurdo da gente! Agora querem dificultar ainda mais a viagem?!

O pior é a justificativa dada pela ANAC: o preço das passagens está desatualizado.

Tá!! E por isso vão cobrar de alguém que não utiliza nenhum serviço?

Na minha opinião, se esse absurdo for aprovado (não duvido nada, já que esse nosso País é uma zona mesmo), o mínimo que as empresas precisam fornecer são serviços voltados para este público, ou seja:

- possibilidade de esquentar a mamadeira da criança
- berço/bebê conforto para que a criança fique no assento
- brinquedos para a distração da criança
- produtos de higiene nos banheiros, como lenço umedecido e fraldas
- papinha para a criança

Claro que isso não será feito, né? Já que estamos no Brasil, onde o único objetivo é sugar o nosso dinheiro sem que possamos ver nenhum benefício em troca, mas essa seria a única forma dessa lei não parecer tão absurda!


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Ter um menino em casa

Coisas que só acontecem com mães e pais de meninos:

- É normal se preocupar com o jato de cocô que, volta e meia, nos surpreende durante a troca de fraldas, mas quando somos mães e pais de meninos, essa preocupação é dobrada, já que um jato de xixi é pra lá de comum...rsrsrs (pra evitar, é sempre bom fazer a troca com um paninho sobre o pipi).

- O tal do Esmegma é uma desagradável (e preocupante) surpresa.

- O bebê já nasce com o saco escrotal (claro), mas a surpresa é que os testículos podem levar até um ano pra descerem e tomarem o seu lugar.

- O pipi é sagrado: pois é!! Desde sempre!! A partir de 1 aninho, eles começam a reclamar quando a gente mexe ali. No banho, na hora da troca de fralda....se sentem invadidos e reclamam. Mas quando estão pelados, acham o máximo ficar mexendo no pipi...é praticamente um brinquedo novo e particular.

- Nossa preocupação com a vida adulta é muito grande, afinal, o HOMEM tem que ser bem-sucedido, bonito, responsável, ético, provedor da família, bom pai, viril, delicado (mas sem perder o lado "bruto"), cavalheiro, ufa!!! Não digo que a mulher não tenha esse tipo de carga, mas a sociedade poe um peso a mais no homem...isso é fato.

- Meninos não são cheios de amor, mas quando eles resolvem te dar um abraço, prepare-se para ganhar AQUELE abraço. É forte, apertado, delicioso!!!

- Eles amam puns! Pois é.....quer ver seu filho morrer de rir? Espere ele soltar um pum bem barulhento.....kkkkkkkkk

- Tudo vira uma arma ou um carro: incrível como tudo o que eles pegam se transforma automaticamente em espada ou carro.

- Eles são extremamente físicos: correm, pulam, escalam tudo o que vêm pela frente, usam o corpo dos pais como pista para os carrinhos, abraçam você e, logo depois, estão puxando seu cabelo.

- Quadrinhos e personagens de aventura: assim que descobrir que está grávida de um menino, comece a pesquisar sobre Marvel, Star Wars, Star Trek.....logo seu lindão estará fissurado por isso e vai querer dividir as opiniões com você. O mesmo vale para o mundo dos carros e motos (já acho normal ler a Quatro Rodas todos os dias com meu pequeno).

- Roupas e sapatos são uma moleza: é muuuuuuuuito prático ser mãe de menino. Acessórios? Só um sapato bacana e, no máximo, um cinto. No mais, duas peças são mais do que suficientes pra deixar seu príncipe irresistível. A desvantagem é que eles acabam com tudo o que vestem. Furos, manchas que simplesmente não saem, sapatos esfolados......é isso aí!

- O pai é o modelo deles e a mãe, uma princesa que precisa de cuidados.

- Eles já nascem fazendo uma coisa de cada vez: essa é a natureza masculina e não adianta forçar seu pequeno a ser diferente. Portanto, se ele está brincando, nada de querer dar bronca...ele simplesmente não vai te escutar.

- Joelhos ralados, hematomas, galos, cicatrizes: tudo isso vai fazer parte da sua vida assim que o pequeno começar a engatinhar.

- Meninos são extremamente práticos e racionais: isso mesmo!! Desde sempre! Não querem saber de conversas longas ou grandes preocupações com a roupa. Tudo é resolvido com rapidez e sem frescura.

- E o último tópico não poderia ser diferente: VOCÊ VAI AMAR CADA SEGUNDO!! É incrível ser mãe de menino! Nossa vida ganha novas cores, novo ritmo, nova linguagem. Para o pai, as novidades não são assim tão grandes (obviamente), mas para a mãe, é um universo novinho em folha que se abre a cada dia. AMO DE PAIXÃO!!!


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O que mudou?

Sempre ouvi mães comentando das mudanças que ocorrem no corpo, no paladar, no organismo, etc depois que nossos pequenos nascem. Algumas coisas, achava bacanas, já outras, via como exagero. Mas como tudo na vida, muitos desses "exageros" aconteceram comigo e agora entendo bem o que elas me contavam:

- Paladar: passei a gostar de cebola e café. Ambos passavam longe de mim até o nascimento do baby. Hoje em dia, só me considero acordada depois de uma bela xícara de café com leite. Cebola? Fundamental em qualquer prato (e até crua, na salada). Vai entender, né?
- Calçava 37 e passei a calçar 38 (muitos pares de sapatos perdidos)
- A cabeça nunca mais foi a mesma. Fiquei mega esquecida. Se não anoto TUUUDO, esqueço. Até coisas básicas, como comprar legumes no mercado, por exemplo.
- Roupas: agora, o fundamental é ter conforto e mobilidade. Com tanto corre-agacha-corre-abaixa-corre-pega no colo-corre.................não dá pra usar peças decotadas, por exemplo. Ou saias acima dos joelhos. Fazer tudo isso preocupada se vai ou não mostra demais realmente não rola!!! Atualmente, vivo de saia longa, calça ou bermuda. E salto - no máximo - médio, mas as flats são as queridinhas mesmo!
- Calor: desde a gravidez e amamentação, passei a sofrer mais com o calor. Parece que sinto umas quatro vezes mais calor do que as outras pessoas.....rsrsrsrs....
- Rapidez: tudo é feito correndo (mesmo quando não preciso de pressa): comer, tomar banho, cuidar da casa, trabalhar......faço tudo como se fosse perder o trem.
- Consumo: não sei se é porque uso a bolsa do baby para guardar as minhas coisas também, mas o fato é que nunca mais voltei a babar em alguma bolsa exposta nas lojas. Não vejo mais graça....rsrsrs...


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Texto lindo!

Esse texto me emocionou muito na época em que meu bebê era recém nascido. Os primeiros meses são muito difíceis. A gente chega ao extremo cansaço e é difícil pensar direito e colocar as ideias no lugar. Volta e meia, relia esse texto e recuperava a calma, pois pensava do ponto de vista do lindão....tão pequeno e com tanta novidade ao seu redor!!

Espero que vocês também curtam:

“Querida mamãe,

Esta noite acordei estranhando o silêncio. Não havia barulho algum e pensei que o mundo tinha até acabado e você esquecido de mim. Coloquei a boca no trombone e você veio. Ainda bem! 

Fiquei tão feliz no calor do seu peito que acabei pegando no sono antes de mamar tudo o que precisava. Quando percebi que você ia me colocar no berço, chorei de novo, mas não tente negar: você estava com pressa para ir dormir outra vez.

Você me deu de mamar novamente, assim, meio apressadinha e depois resolveu trocar a minha fralda. Estava tudo tão calmo, um silêncio, nós dois juntinhos. Estava legal e eu perdi o sono. Você até que foi compreensiva, mas começou a bocejar e resolveu me fazer dormir. 

Eu não queria dormir. Talvez eu precisasse de mais dez minutos, meia hora. Mas você estava mesmo decidida a dormir. Foi ficando bem nervosa e até chamou o papai. Eu não queria o papai e todos fomos ficando muito irritados. No final das contas acordei a casa inteira cinco vezes. De manhã nossa família estava com cara de quem saiu do baile. Acho que estraguei tudo.

Imagina, você chegou a dizer para o papai que eu estou com problema de sono. Eu não! Você é que vem me dar de mamar com pressa e daí eu sinto que você não quer mais ficar comigo. Os adultos tem hora certa para tudo mas eu ainda não entendi essas de relógio e tarefas estafantes que as pessoas grandes precisam fazer. 

Quando meu corpo está com o seu, quero ficar do seu lado sem me separar nunquinha. Do alto dos meus três meses ainda não descobri direito que você é uma pessoa e eu sou outra. Um dia, eu vou sair por aí, vou saber telefonar e posso lhe deixar doida para saber o que ando fazendo e então você vai entender como me sinto agora. Mas não precisamos dessa guerra mamãe. Até lá já poderemos nos entender inclusive através das palavras. 

Sinto a angústia da separação, pois terminei de viver uma das grandes. Você também, mas vive tudo isso como adulta consciente. Eu ainda vivo no inconsciente. Por enquanto nossa comunicação direta fica restrita aos nossos sentimentos inconscientes. Eu não sei nada, tudo é novo para mim. Você pode até achar que não sabe nada e que tudo é novo para você, mas eu vou aprender o que você me ensinar através da sua sensibilidade, dos seus sentimentos em relação a mim.

Sabe, mamãe, se você quer um conselho, vou dar: quando eu chorar à noite, não salta logo para meu berço desesperada, como se o mundo fosse acabar. Espere um pouquinho, respire profundamente, ouça o meu choro até que ele atinja o seu coração. Sinta seu tempo, realmente acorde e venha me pegar. Me abrace devagar, não acenda a luz, fale bem baixinho e me dê o seu peito para eu mamar. Depois que eu arrotar, mais um pouco só de paciência, pois nós, bebês, somos muito sensíveis aos sentimentos dos adultos, especialmente os da mamãe. Se eu sentir que você está com pressa, sou capaz de armar o maior barraco, mas se você esperar até o meu segundo suspiro, quando meus olhos ficarem bem fechados, minhas mãos e pernas bem molenguinhas, aí sim pode me colocar de volta no berço que eu não acordo antes de sentir fome outra vez.

Conforme você for desenvolvendo sua paciência mamãe, eu estarei desenvolvendo minha tranqüilidade e nós não teremos mais noites infernais; apenas noites de mamãe/bebê, que um dia passam, como tudo na vida.

Sempre seu, Gu-gu dá-dá!”

Texto de Cláudia Rodrigues, jornalista e educadora somática

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Dá saudades

Vamos ser sinceros, né? Amamos nossos pequenos mais do que tudo no mundo, mas é inevitável! Depois que viramos mães e pais, volta e meia sentimos saudades desses pequenos prazeres:

- Acordar tarde nos fins de semana (feriados, férias)
- Chegar em casa e simplesmente se jogar no sofá
- Comer com tranquilidade, sem precisar parar a todo instante
- Curtir mais tempo a dois com o maridão
- Sair completamente da rotina (antes do baby, por exemplo, era comum a gente tomar um belo café da manhã lá pelas 11h e passar o sábado sem almoçar.....hoje em dia isso é impossível)
- Passear pelo shopping sem pressa ou tempo pra voltar
- Passar horas na academia malhando
- Usar salto alto (quando o seu baby começar a engatinhar e andar você vai me entender....rs)
- Passar horas e horas batendo papo com as amigas
- Ir a festas despreocupada, curtir até tarde por saber que ia dormir até a hora que quisesse no dia seguinte
- Sair de casa quando der vontade, sem ter de se planejar antes
- De ficar sozinha, sem fazer nada
- De planejar alguma coisa.........e conseguir seguir o planejamento à risca
- Poder viajar sem precisar levar praticamente a casa inteira na bagagem
- Namorar a qualquer hora do dia, sem medo de serem interrompidos pelo choro do baby
- Sair pra jantar sem ter hora pra ir embora do restaurante
- Assistir aos nossos programas de TV preferidos sem interrupção (e sem concorrer com o Discovery Kids)
- Tirar férias de verdade, sem precisar se preocupar com a rotina dos pequenos


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Meu parto

Depois que publiquei os posts com o relato sobre meu parto (aqui e aqui), recebi muitas perguntas das leitoras sobre maiores detalhes. Uni as perguntas e transformei em post novo:

Com quantos kg o bebê nasceu?
3.750kg

Com quantos cm?
52cm

Em quanto tempo você retomou a atividade física?
4 meses após o parto o médico liberou caminhada. 5 meses depois do parto, atividade física normal.

Teve dor de cabeça pós-cesárea?
Não. Tive muito cuidado para me manter totalmente deitada durante todo o tempo exigido pelo médico.

Teve gazes pós-cesárea?
Não. Pra evitar o problema - bem comum - o médico me pediu que falasse o mínimo possível enquanto estivesse deitada.

Teve problema com prisão de ventre no pós parto?
Graças a Deus, não tive esse problema. É bem comum, principalmente porque muitas mulheres ficam com receio de ir ao banheiro, mas comigo foi tudo tranquilo.

Quanto tempo demorou para o seu leite descer?
O colostro apareceu logo após o parto. Já o leite, desceu no dia 23 (ele nasceu dia 21).

Quais foram as maiores dificuldades na amamentação?
Tive muita dor, sangramento e ele era um pouco preguiçoso. Quando chegava no leite grosso, chorava e não queria mais mamar. Resolvi o problema depois de consultar uma especialista em amamentação, que me ensinou a técnica dacompressão das mamas. Só consegui amamentar com tranquilidade mesmo depois dos 3 meses.

Seu bebê teve amarelão?
Sim! E muito forte! O icterícia dele foi muito feia! Até os olhos ficaram amarelos e ele perdeu bastante peso. Graças a Deus, não chegou a precisar de internação para o banho de luz. Tomava sol por 10 minutos.....duas vezes ao dia.

Vi que seu bebê pegou a chupeta ainda na maternidade. Por quê?
Quando ele chegou do primeiro banho, não parava de colocar o dedo na boca. Entre ter que tirar a chupeta depois ou o dedo, prefiro a chupeta, que é bem mais fácil. E ela é uma ajuda e tanto!!

Vai repetir a experiência? Por quê?
Não terei mais filhos. Não tem nada a ver com o parto (se fosse por isso, teria logo dez - rsrsrsrs - foi muito tranquilo), mas é uma opção mesmo, tanto minha quanto do maridão.

O que sentiu quando ouviu o choro pela primeira vez?
Um mix de emoção, medo e responsabilidade! Não parava de pensar: "nossa! ele chegou! agora ele é uma pessoa e precisa 100% de mim pra sobreviver!"

Você chorou no parto?
Justamente por causa desse mix todo, não chorei. Fui chorar só na sala de recuperação, quando ouvi minha mãe se emocionando ao conhecer o neto.

Como preparou a mala da maternidade?
Detalhei bem a malinha do bebê e a minha nesse post.

A amamentação realmente emagrece?
Sim! E muito! Mas também dá muita fome! É preciso se controlar e dar prioridade a alimentos de qualidade, como as frutas. Perdi todo o peso da gravidez 20 dias após o parto.

Como foi sua alimentação durante a gravidez?
Tem um post bem detalhado sobre isso aqui.

Você usou cinta pós parto?
Usei sim...e super indico. Fiz um post sobre isso aqui.

Mudou sua dieta durante a amamentação?
Não muito! Mais detalhes nesse post.

O que mais te incomodou na gravidez?
Os enjoos, que duraram os 9 meses! Sem tréguas.

Ficou muito ansiosa na véspera do parto? Como se preparou?
Por incrível que pareça, não fiquei ansiosa. Dormi super bem! A preparação foi básica: depilação e jejum de 12 horas.

Quanto tempo ficou sem sair de casa com o bebê?
30 dias

Demorou pra tomar coragem de sair sozinha com ele?
Não tinha como ter medo. Éramos só eu e o maridão. Sempre tive de sair sozinha com ele durante o dia.

O que foi mais difícil?
As noites em claro.

O que foi mais fácil do que você esperava?
Dar banho e trocar as fraldas.

Seu cabelo caiu muito?
MUUUUUUUUITO!!!! Dos 3 aos 6 meses do bebê. Achei que ficaria careca! Mas énormal essa queda!

Teve momentos de tristeza?
Sim....chorava embaixo do chuveiro e, às vezes, do nada durante o dia.


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Crianças esquecidas dentro dos carros

É chocante a quantidade de notícias que vemos sobre crianças que são esquecidas dentro do carro pelos pais ou cuidadores. Fico chocada!!! E não digo chocada pelo comportamento dos pais não.....fico chocada com a realidade que a nossa sociedade vive. É tanta loucura! Tanta correria! Tanta pressão, que as pessoas estão simplesmente enlouquecendo.

É comum ver as pessoas julgando os pais nesses casos. "Mas como é que pode esquecer do próprio filho?!" Claro que isso vem à cabeça, mas não é sinal de maus tratos ou displicência dos pais não.

Conheci um casal imensamente dedicado aos filhos. Pais exemplares. E no ano passado, o caçula faleceu depois de passar 5 horas no carro enquanto o pai trabalhava. Na hora de buscar a criança na escolinha, ele foi como de costume e só percebeu o que havia ocorrido ao chegar na portaria e ouvir da professora que o filho não tinha ido naquele dia. Um pai altamente dedicado, carinhoso e amável. Pois é....aconteceu com ele.....e pode acontecer com qualquer um. Cada um desses pais e mães que vemos nas reportagens já pensaram "Imagina!! Eu nunca esqueceria meu filho no carro"!

Temos que estar sempre atentos e conscientes de que somos falhos.

Por isso, achei importante dar algumas dicas práticas pra evitar tragédias como essas:

- deixem tudo no banco de trás, ao lado da criança (sacolas, pastas, mochilas, bolsas, etc). Assim, além de ser mais seguro (pra evitar assaltos), quando chegar ao destino, você será obrigado(a) a abrir a porta de trás pra pegar os itens. Se o carro for de duas portas, ajuda da mesma forma, já que será preciso virar pra trás pra pegar os itens. Caso não tenha o costume de andar com algo no carro, faça o contrário: quando estiver com a criança, deixe a mochila e lancheira dela no banco da frente. Bem visíveis!
- combinem entre si de se falarem 15 minutos depois que a criança sair de casa. Por exemplo: a mãe sempre leva a criança para a escola, mas hoje essa foi a tarefa do pai? Espere 15 minutos depois que eles saírem de casa e ligue para o pai perguntando se foi tudo bem. Se a criança ficou bem na escolinha. Combinando isso, vocês garantem um checada a mais (todos os casos que vemos na TV foram causados pela mudança na rotina).
- vale também criar o hábito de se avisarem sobre o passo a passo durante o dia. Exemplo: via WhatsApp mandem notificações um para o outro referente à criança como: acabei de deixar o João na escolinha....ou....Indo pegar o João na escolinha.....
- coloque músicas infantis no carro quando estiver com a criança.
- peça para que a escola ligue pra vocês caso percebam que a criança não chegou.

Todo cuidado é pouco e ninguém pode se considerar imune a esse risco horrível!


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Relato - Parte 1

Hoje é dia de atender a mais pedidos das leitoras.

Muitas me escrevem perguntando como foi meu parto, qual parto escolhi, por que escolhi, o que achei, etc. Na imensa maioria dos casos, são gravidinhas que estão pra enfrentar esse momento de grande ansiedade que é a hora do nascimento dos nossos babies. Fiz um apanhado com todas as perguntas que já me enviaram sobre o tema e transformei em post, mas vou dividir em duas partes para que não fique longo demais, ok? Uma hoje e a outra amanhã:

Qual foi o seu parto?
Cesárea

Por que você escolheu a cesárea?
No primeiro ano de faculdade, levei um tombo que trincou meu cóccix. Ao verificar o meu raio-x, o Ortopedista me avisou que era prudente descartar o parto normal quando eu fosse ter filhos. Então, nunca tive que decidir entre as opções na verdade. Sempre soube que precisaria fazer a cesárea e, por isso, o parto normal nunca passou pela minha cabeça.

Do que tinha mais medo?
Pode parecer estranho, mas a cesárea em si não me dava medo. O que me dava verdadeiro pavor era a anestesia...rsrsrs...tinha medo de que fosse doer, de que não ia pegar, dos efeitos colaterais, etc.

Como foi o seu parto?
Super tranquilo e rápido. Para o meu enorme alívio, a anestesia não dói nadinha e pegou super rápido. Me colocaram em posição fetal, com as costas bem dobradas (essa foi a parte ruim, pois a barriga incomodou muito), mas logo que me pediram pra relaxar, já comecei a perceber minhas pernas sem controle.

Meu médico me deixou tranquila criando um ambiente bem descontraído no Centro Cirúrgico. Toda a equipe estava no mesmo clima e dei altas risadas enquanto me preparavam. O maridão estava lá comigo e também se divertiu.

Não senti absolutamente nada, mas o médico ia descrevendo tudo o que estava pra acontecer e isso me deu muita segurança. Quando avisou que estava na hora do bebê nascer, senti um frio na barriga e, segundos depois, ouvimos aquele choro forte e alto que me deixou surpresa!

Enquanto o médico e a equipe faziam os procedimentos-padrão (pontos, limpeza, etc), o Pediatra estava com o baby fazendo os testes necessários e aplicando vacina, colírio e demais itens que são de praxe.

Quando ele chegou, estava chorando bastante (chora muito alto e com muitas força até hoje), mas assim que o Pediatra colocou o rostinho dele colado no meu e comecei a falar com ele, o choro parou. A primeira frase que disse para o meu filho foi: Oi, lindão! É a mamãe!

Ficamos assim um tempão...tiramos fotos, o pai segurou no colo, curtimos mesmo!

Ainda no colo do pai, ele foi para o espaço da pediatria para colocar a fraldinha, fazer a impressão do pezinho na ficha e essas coisas. Meu marido ficou ao lado dele o tempo inteiro, filmando e fotografando tudo.

Enquanto isso, me levaram para a sala de recuperação.

Para a minha surpresa, ao sair do Centro Cirúrgico, já conseguia mexer a perna direita. Na sala de recuperação, a enfermeira mediu minha pressão e me aconselhou a descansar (mas não consegui....estava muito ansiosa pra poder dormir). Nisso, ouvi a voz da minha mãe e do maridão (a área reservada para que a família visse o bebê era relativamente perto da sala de recuperação. Não via nada, mas dava pra ouvir minha mãe chorando e dizendo o quanto ele era lindo - me emocionei!).

30 minutos depois e já estava liberada para ir para o quarto.

Amanhã tem mais!

Família reunida!

Batendo um papinho com o lindão pela primeira vez!

Tranquilão no berço aquecido.

Indo conhecer a vovó.

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Peço desculpas a quem foi mãe antes de mim

Antes de ser mãe, é impossível imaginar o que é a vida com filhos. A gente julga tanto, mas tanto, que assim que o bebê nasce (e até mesmo durante a gravidez), começamos a pagar a língua praticamente todos os dias. Por isso, peço desculpas MESMO por:

- criticar as grávidas que reclamavam do mal-estar (lembro que costumava dizer: frescura!! gravidez não é doença não!): passei um mês inteiro praticamente de cama por causa dos enjoos e paguei a língua rapidinho.

- achar um absurdo as mães que usavam os filhos como desculpa quando chegavam atrasadas: não é desculpa! É sempre na hora de sair que a criança resolve fazer cocô, vomitar na roupa nova ou simplesmente fazer birra.

- criticar as mães que, após o nascimento do baby, deixavam o salto alto de lado (achava um absurdo a mulher se esquecer de ser mulher, feminina, só porque se tornou mãe): mal sabia eu que não é deixar de ser feminina!! É ter mais segurança pra andar com o bebê no colo. É ter mais conforto pra ficar horas e horas correndo atrás da criança durante uma festa (já que eles não param quietos depois que aprendem a andar). Ah...e o mesmo vale para saias e vestidos mais curtos.

- não entender que a vida social muda: eu achava que era óbvio continuar com a vida normalmente depois dos filhos. Quer sair? Deixa com a babá e vai! Mas sentir a realidade na pele é outra conversa! E quem disse que acha uma babá confiável? E quem disse que temos pique pra sair depois de noites e noites em claro?

- achar um absurdo a falta de planejamento de quem tinha filhos: não era falta de planejamento. O fato é que, mesmo com tudo planejado, uma febre, uma dor de barriga ou simplesmente um bebê com sono colocam seus planos por água abaixo.

- não entender quando elas me contavam que passaram o dia todo de pijama ou que demoraram horas pra conseguir escovar os dentes: agora eu entendo, queridas! E como entendo!

- criticar quem levava os filhos a festas de adultos: não parava pra pensar que aquele casal não tinha com quem deixar o bebê. Ou simplesmente não queria se separar dos filhos pra curtir a noite (até porque, depois dos filhos, a gente não consegue mais curtir meeeesmo os lugares sem eles por perto).

- ter certeza de que os pais eram sempre os culpados pela birra dos filhos: não!!! Nem sempre a culpa é dos pais!

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O que essa geração não entenderá sobre a nossa?

Sempre me pego pensando nisso quando olho meu filho. O que será que essa geração vai achar da nossa geração? Será que eles vão conseguir entender alguns rituais que nós tínhamos? Será que vão conseguir pelo menos imaginar o que era viver em um mundo sem computador, celular ou internet? Por exemplo:

- Ficar horas e horas ao lado do rádio esperando pra gravar aquela música especial na fita K7 (e, vez e outra, conseguir a gravação com um "presente" da rádio - a vinheta)
- Esperar muitos meses pelo lançamento de um filme na locadora.
- Brincar na rua até tarde tendo medo só de bicho-papão ou do "homem do saco"
- Não ter coragem de ir ao banheiro sem um amigo por perto (vai que a gente cruzava com a "loira do banheiro", né?).
- Jogar video-game onde o máximo de violência era o pac-man comer os fantasminhas.
- Acordar cedo no fim de semana pra aproveitar a programação infantil da TV aberta (muitos e muitos desenhos da Disney).
- Esperar ansiosamente pelo domingo para assistir Os Trapalhões.
- Ter programas infantis cheios de desenhos todos os dias de manhã (e não precisava de TV a cabo para isso....era só ligar a TV e lá estavam Xuxa, Angelica, Balcão Mágico, ...)
- Achar o Aquaplay o que havia de mais bacana nesse mundo!
- Ser fã do Murphy Monkey
- Ter festas de aniversário na sala de casa mesmo, onde o máximo era ter bala de coco na mesa de guloseimas.
- O máximo de tecnologia que tínhamos para a previsão do tempo era a galinha que mudava de cor quando estava pra chover.
- Não saber o que vinha a seguir (cruzeiro, cruzeiro-novo, cruzado, cruzado-novo, etc)
- Consultar a enciclopédia pra fazer um trabalho.
- Ir à Biblioteca pra fazer trabalho com a turma
- Usar passe de ônibus
- Sonhar em ter uma mobilete
- Tentar fazer "jornada nas estrelas" durante o jogo de vôlei.
- Assistir ao "Qual é a Música" e fazer o maior esforço pra responder antes dos participantes do programa.
- Ligar para a mãe do orelhão.


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Cama compartilhada: sim ou não?

Dia de responder a mais uma dúvida das leitoras: muitas me escreveram (dropsdemae@gmail.com) perguntando o que acho da Cama Compartilhada (CC). Virou post!

Não sou nem um pouco a favor. E são vários os motivos:

- risco de vida para o bebê: por maiores que sejam os cuidados, os pais podem sim rolar sobre a criança e sufocá-la.
- intimidade dos pais: e não estou falando só de sexo não. Estou falando de dormir abracadinho, de bater papo na cama antes de dormir, de assistir TV juntos, etc.....momentos de intimidade vão muuuuito além do sexo em um casamento.
- independência da criança: claro que eles são dependentes de nós por muitos anos, mas precisam ir conquistando pequenos espaços aos poucos e dormir, é um desses espaços. Dormir no seu bercinho, com todo o espaço do mundo. Poder se virar pra cá e pra lá sem bater em ninguém.
- limite: a criança precisa saber que existem limites na vida. Por exemplo: na hora de dormir, você tem a sua caminha e a mamãe e o papai têm a cama deles.
- qualidade do sono: pode dizer um zilhão de vezes que dorme melhor com o filho junto na cama que eu nunca vou acreditar. A criança se mexe muuuuitas vezes a mais do que nós. São chutes, socos, cotoveladas nos pais o tempo inteiro. Ninguém dorme bem assim. Se fizer questão de ficar de olho na criança durante a noite, coloque o berço ao lado da cama do casal, mas na mesma cama, não mesmo!

Faço CC de vez em quando sim, mas nas sonecas da tarde. Quando, por exemplo, estou na casa da minha mãe, durmo com meu baby na cama dela quando ele vai cochilar. Não fico em paz sabendo que ele pode cair, então, cerco um dos lados com almofadas altas (ou encosto a cama na parede) e fico do outro lado, servindo de barreira (rsrs). Não é um grande cochilo pra mim, já que acordo o tempo todo com os chutinhos e socos dele enquanto dorme, mas curto ficar ali sentindo o cheirinho e simplesmente vendo meu baby dormir.


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As mães de hoje sabem se divertir?

Não digo se divertir longe de casa não, naqueles momentos pra curtir o maridão ou numa saidinha com as amigas pra matar as saudades. Digo no dia a dia mesmo.....na vida de mãe!

Essa pergunta vem à minha mente quase todos os dias, pois é praticamente impossível não ver a mesma situação todos os dias, com mães diferentes.....em cidades diferentes......com idades diferentes......com 1 filho.......com 2 filhos........com muitos filhos.......

É tanto stress, tanta cobrança, que as mães estão basicamente se esquecendo de que, ser mãe, também é (ou deveria ser) divertido.

Sim, nós temos uma imensa responsabilidade nos ombros: a de criar um filho e transformá-lo em uma pessoa decente, honesta, esforçada, ética e responsável. Mas peraí, gente!! Isso não significa ficar 100% do tempo cheia de neuras, sem relaxar nenhum segundo sequer!

A criança está ali, na frente da mãe, e ela fica pesquisando enlouquecidamente na internet sobre os métodos de criação, sobre como fazer o filho dormir mais, sobre como alimentar a criança, sobre como falar e se relacionar com o filho! Estuda, estuda, estuda!! E a criança? Ela está ali na frente da mãe, cheia de informações que só a convivência direta vai dar. Pesquisar, ler, procurar.....tudo isso é bom, mas nada substitui o olho no olho, o toque de pele com pele.

A criança não pode nem passar perto de um docinho. Só pode comer frutas frescas, orgânicas, praticamente tiradas na hora do pé. Legumes e vegetais? Só vão para o prato depois de um criterioso processo seletivo, afinal, é preciso calcular exatamente a quantidade de vitamina A, B, C............, V, X e z que estarão no prato naquele dia. Carne vermelha? Só 2x na semana.....e se a criança não gosta de carne branca? Stress total na hora da refeição, afinal, não se pode mudar o plano.

Os dentes estão nascendo e a criança parou de aceitar comida sólida?! Nossa!! É o fim do mundo, afinal, já estava tudo pronto, Deus me livre de ter que mudar o almoço para, por exemplo, a papinha amassada com o garfo.

A criança não toma água.....mas não tem outro jeito! Vai ter que aprender, pois não pode tomar suco ou chá! Só a água hidrata de verdade!

A Mãe não conseguiu amamentar! Então bora lá se unir para apedrejar essa desnaturada, que não tentou se esforçar nadinha pra ser mãe de verdade. Ou então, vamos nos unir contra aquela mãe que ousou reclamar um pouquinho do fato de ter acordado trocentas vezes de madrugada.

Olha! É cada absurdo que fico chocada!

Atualmente, participo de apenas 2 grupos de maternidade no Face. Todos os dias sinto vontade de sair de ambos, mas prefiro ficar, pois os temas me ajudam muito aqui no Drops. Mas para me preservar, passei a ler só as dúvidas das mães. Não me preocupo mais com as respostas. É tanta condenação, tanto julgamento, tanto dedo na cara que simplesmente não dá.

Mas o pior é que não adianta sair dos grupos.....esse stress está aqui, ao nosso redor, cara a cara mesmo, dia a pós dia. Não se pode mais jogar conversa fora sobre filhos, fazer uma brincadeira, comentar que deixou a avó dar um pedacinho de chocolate para a criança, dizer que, na pressa, apelou para a papinha Nestlé (e sem peso na consciência). Tudo gera uma enoooooorme discussão sobre saúde bucal, obesidade, glúten, lactose e blá, blá, blá!

Pelo amooooor!!! Vamos relaxar, gente!! Vamos curtir a melhor fase dos nossos filhos com leveza de coração e de alma! Vamos errar e rir dos nossos erros! Vamos aprender com nossos erros! E vamos, POR FAVOR, deixar nossos filhos serem crianças! Eles precisam de liberdade, flexibilidade e leveza pra viverem bem a melhor fase da vida.

É preciso ter disciplina? Claro que é!
É preciso ter limites? Claro que é!
É preciso ter cuidado? Claro que é!
É preciso ensinar a comer direitinho? Claro que é!

Mas é preciso também:

Se sujar
Brincar
Perceber que dá pra comer de tudo nessa vida, desde que com equilíbrio
Curtir cada etapa da infância sem as neuras dos adultos

E, acima de tudo, é preciso ensinar as crianças a serem adultos do bem, leves, flexíveis e que a vida é muito mais fácil quando aprendemos a não fazer tempestade em um copo d'água.


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A arte de trocar fraldas...

...nos lugares mais estranhos!

Pois é! Se tem uma coisa na qual ficamos craques depois que nos tornamos mães e pais é a tal da troca de fraldas, né?

O que parecia impossível nos primeiros dias, se torna algo tão comum que nem achamos estranho tocar no assunto, por exemplo, em plena mesa do restaurante.

Só que, mais do que falar sobre isso, nos tornamos peritos em fazer a troca nos lugares mais estranhos.....precisou, é só trocar! E nessas horas, vale de tudo:

- porta-malas do carro
- colo de alguém
- banheiros
- chão
- mesa
- rede
- etc....

Até agora, o lugar mais inusitado pra mim foi no banheiro do avião (olhem a foto aí embaixo pra provar - rsrsrsrsrsrsrs). Tudo balançando, aquele aperto e eu lá, trocando o baby. Coloquei o trocador (daqueles que vêm junto com a bolsa) e fui em frente.....o baby não curtiu muito a experiência não (dá pra ver pela carinha dele, né?), mas foi até relax e rendeu boas risadas depois......e por aí? Onde foi o lugar mais estranho que vocês trocaram fraldas até hoje?


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O primeiro trimestre do bebê

Quem já passou por ele, sabe bem como é difícil...quem está grávida, vai entender logo, logo. O fato é que os primeiros 90 dias da vida de um bebê não são nada fáceis - nem pra ele, nem para a família. Há mais ou menos 1 ano, fiz esse post em um Portal para o qual eu escrevia e as leitoras gostaram muito (talvez, justamente por se identificarem tanto). Achei bacana postar aqui no blog também:

Desde que engravidamos e começamos a nos interessar por tudo o que diz respeito à gravidez e ao bebê, passamos, também, a ser enganadas pelos meios de comunicação, já que – verdade seja dita – eles nos mostram uma vida de mãe pra lá de irreal, né? Tudo é calmo, funciona do jeitinho que a gente quer, exatamente como planejado.

Mas aí o bebê nasce e a mãe se vê em meio a um turbilhão de emoções: o corpo está inchado; a barriga continua lá mesmo sem o bebê (rsrs); por mais que acerte a pega na hora de amamentar, os seios ficam doloridos; o bebê chora muito e não interage em nada; aquele imenso amor de mãe não aparece de imediato; e por aí vai!

O normal nessa fase é sentir culpa....muita culpa!
“Mas gente!! Desejei tanto essa criança! Como posso estar me sentindo mal desse jeito”?!

Sabem por que sentimos tanta culpa? Porque as pessoas e a mídia não falam a verdade! É isso mesmo! Respire, querida! Não é só você que está se sentindo ou que se sentiu assim nos primeiros meses de vida do seu bebê.

A imensa verdade é que todas as mães se sentem assim um dia ou outro (ou todos os dias). Essa é a realidade, e não a exceção.

E teria como ser diferente? Tudo é novo. Sentimos uns dez tipos de medos diferentes por dia. Não sabemos nem pegar nosso bebê no colo direito, pois parece que eles vão quebrar. Agora, não tem mais pra quem devolver a criança quando ela começa a chorar, pois é VOCÊ que ela quer e precisa. 

Até o dia em que chegamos em casa com nosso presentinho nos braços, tínhamos contato com bebês apenas felizes e animados......se começassem a chorar, era só dar para a mãe ou para o pai que eles se acalmavam.

Às vezes chega a passar um arrependimento pela nossa cabeça nessa fase. Mas graças a Deus passa assim que sentimos o cheirinho deles quando estão no nosso colo. E é exatamente disso que se trata esse primeiro trimestre do bebê: um mix de sentimentos que nos dão a sensação de que vamos enlouquecer e, pior, de que somos péssimas mães.

Mas o fato é que não somos péssimas mães não. Somos mães normais. Pra lá de normais. E é justamente esse turbilhão de emoções que nos faz mães. É exatamente esse turbilhão de emoções que nos treina, que nos capacita. O problema é a sociedade fingir que ser mãe não muda nada. MUDA TUDO! E quando nosso bebê completa 3 meses e tudo começa a melhorar (acreditem...melhora muuuuuuito), percebemos que todas essas mudanças foram, na verdade, para a melhor e já não conseguimos mais imaginar nossa vida sem aquele pequeno presente que Deus nos enviou.


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O papai pediu ajuda

Semanas atrás, recebi o email de um papai aqui do Drops. No email, ele comentava que estava com medo de perder sua esposa depois que o primeiro filho do casal nasceu. Reclamava do fato da esposa estar sempre cansada e sem disposição. Não queria mais sair de casa, não demonstrava interesse sexual e estava sempre de cara fechada. Na época, o baby estava com 5 meses.

Fomos conversando e verificando todas as possibilidades (ele estava com medo da temida Depressão Pós-Parto). Até que um dia, ele escreveu algo que me chamou a atenção:

Não entendo como ela fica tão cansada o tempo inteiro. Diz que trabalha muito, mas ela deixou de trabalhar fora para ficar em casa só cuidando do bebê. Eu chego em casa do trabalho acabado e nem por isso vivo emburrado.

Nesse dia, perguntei a ele como funcionava o dia a dia da casa.....como eram dividas as tarefas entre o casal. E a resposta não me surpreendeu:

Ela faz todas as tarefas de casa e cuida do bebê. Quando eu chego a noite, fico brincando com ele para que ela faça o jantar.

No fim de nossa conversa naquele dia, o resumo foi chocante (inclusive pra ele):

A esposa:
- lava
- passa
- limpa
- cozinha
- cuida do bebê (amamenta, troca fraldas, dá banho, etc)

O marido:
- trabalha fora
- brinca com o bebê enquanto a esposa prepara o jantar (e é esse o único cuidado dele com o filho)

Quando terminei o resumo, ele se disse (usando suas próprias palavras) abobado. Nunca tinha se dado conta da carga de trabalho que estava sobre a esposa. Percebeu que, por trabalhar fora o dia todo, via a vida da esposa (que ficava em casa), como um mar de rosas. Sem stress, sem pressão, sem metas, sem grandes responsabilidades.

A partir dessa percepção, encontramos fácil a solução: ele passaria a ajudar em casa. Naquele dia, conversou com a esposa e fizeram - juntos - a divisão de tarefas. E agora - com a autorização dele, claro - copio parte de seu email aqui pra você lerem:

Agora tenho tarefas específicas durante a semana: lavo a louça do jantar, passo pano no chão e dou banho no bebê.
Aos finais de semana, ajudo com praticamente tudo: almoço, banho do bebê, troca de fraldas, estendo as roupas no varal e ganhei uma nova responsabilidade. Sou responsável pelos passeios da família. Passo a semana pesquisando programas que possamos fazer juntos e esse é nosso compromisso inadiável dos sábados a tarde.

Estou impressionado com as mudanças. Meu casamento voltou a ser como antes. Minha esposa está feliz, mais disposta e bem humorada. Meu filho parece até gostar mais de mim. Nosso vínculo aumentou bastante.

Por que pedi pra falar sobre este caso aqui no blog? Porque vejo muuuuuito esse tipo de comportamento nas famílias.

Assim como boa parte da sociedade acredita, alguns maridos também acham que deixar de trabalhar fora para cuidar da casa e do bebê significa "fazer nada". É puxado, pessoal! A mulher precisa de colaboração!

E o recado não é só para as que decidiram ficar em casa depois do nascimento dos filhos não. As mulheres que trabalham fora também sofrem - às vezes até mais - por terem de chegar em casa depois de um dia longo de trabalho e resolverem tudo sozinhas (limpeza, roupas, crianças, jantar). É preciso participação de todos. Mãe, pai e crianças (quando já tiverem idade, precisam ter pequenas responsabilidades dentro do lar). Assim, ninguém fica sobre-carregado e cansado além da conta. Com todo mundo envolvido e ajudando, sobra - inclusive - mais tempo pra se curtir, brincar com os filhos, namorar, ver um filminho depois que os pequenos vão dormir, ..............


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Mitos X Verdades

Tudo o que envolve a maternidade é cercado de palpites e crenças populares. É só a gente anunciar a gravidez que eles começam. Comigo não foi diferente e resolvi dividir essas pérolas com vocês. Algumas foram incrivelmente acertadas pra mim.....já outras....

Gravidez

Grávida de menina passa muito mal
Mito: enquanto eu, grávida de menino, passei a gestação inteira com enjoos, amigas que estavam esperando meninas passaram pela gravidez sem nem sentir uma "aziazinha" sequer.

Gestação de menino provoca espinhas na mãe
Verdade: fiquei com a pele do rosto e das costas bem feia, principalmente no primeiro trimestre.

Toda grávida fica inchada e anda como patinha
Mito: ouvi muito isso durante a gravides, mas não inchei quase nada e minha postura ficou exatamente a mesma durante todo o processo.

Grávida sente um sono sem fim
Verdade: meu Deus!! Que sono era aquele? Parecia que se passasse o dia todo dormindo, ainda não seria suficiente!

Grávida não tem poder sobre a própria bexiga
Verdade: a partir do sexto mês, meu baby achava que brincar com a bexiga da mamãe era suuuper legal! Andar a pé passou a ser um desafio, pois a gravidade agia e o peso do bebê apertando a bexiga fazia com que eu quisesse ir ao banheiro a cada 10 minutos.

Grávida tem desejos doidos
Verdade: não tive muitos. Na verdade foi só um, durante o 7o mês. Nunca gostei de goma, mas num determinado dia, acordei já sonhando com um pacote de goma e não sosseguei enquanto não comi um inteiro. No dia seguinte, passei muuuuuuuuito mal!

Grávida tem sonhos estranhos
Verdade: era cada coisa!!!! Cheguei a sonhar com pessoas que não via há mais de 5 anos.

Grávida fica com mais vontade de namorar
Mito: pelo menos pra mim, não alterou em nada....e na reta final, só por Deus pra conseguir namorar com aquele barrigão no meio do caminho, né?

A gravidez é um turbilhão de emoções
Verdade: no mesmo minuto, a gente fica em estado de graça e passa para uma enorme tristeza.

O cabelo fica lindo durante a gravidez
Verdade: impressionante!!!!

Grávida precisa se mexer
Verdade: incrível como a atividade física faz bem. Claro que com o acompanhamento do seu médico, né?

Grávida tem que comer por dois
Mito: com o acompanhamento nutricional, a gente percebe que não existe essa máxima. O importante é se alimentar com qualidade.....não quantidade.

Grávida fica meio esquecida
Verdade: nossa cabeça nunca mais será a mesma....rsrsrsrs.....

O formato da barriga indica o sexo do bebê
Mito: minha barriga ficou bem redonda, mesmo estando grávida de menino.

Maternidade

O bebê já nasce sabendo mamar
Mito: pode até acontecer em alguns casos, mas comigo foi beeeeeem diferente!!

O bebê mama a toda hora, essa história de horário pra mamar não existe
Mito: ouvi muito isso, mas quando meu baby nasceu, foi exatamente o oposto. Ele mamava a cada 2h30...parecia um reloginho.

Criança é como videogame, cada fase é mais difícil
Mito: pode ser que, em alguns anos, concorde com isso, mas até o momento, as coisas vêm se facilitando com o passar do tempo. Achava muuuuuito mais complicada a vida com um bebê de 3-4 meses do que é agora com um bebê de 19 meses.

Todo bebê tem cólica nos primeiros meses de vida
Mito: meu baby passou ileso. Claro que segui a orientação familiar de tomar chá de hortelã depois de cada refeição. Pode ter sido isso ou não, mas a boa notícia é que não sabemos o que é ter um bebê com cólica em casa....graças a Deus!

Chupeta atrapalha a amamentação
Mito: no meu caso pelo menos, não atrapalhou em nada!

Depois de ter um filho, você nunca mais vai dormir uma noite inteira na vida
Mito: entre os 3 e os 11 meses do meu baby, já estava acreditando nisso, mas foi só tomar as medidas certas pra ensinar o pequeno a dormir pra nunca mais ter problemas com isso.

Você se sentirá plena assim que pegar seu bebê no colo pela primeira vez
Mito: comigo não funcionou não. O que senti foi uma imensa responsabilidade e preocupação por ter uma vida tão dependente de mim. O amor e a plenitude foram chegando com o tempo.....o amor, principalmente, aumenta a cada dia! É incrível!

Passa muito rápido
Verdade: o primeiro ano de vida de um bebê é algo impressionante!! 12 meses se transformam em 2. Simplesmente não vemos passar! Passa muito rápido meeeeeesmo!!

Você nunca mais será a mesma depois de ser mãe
Verdade: imeeeeensa verdade. Como ser a mesma depois de tamanha transformação, né?

O casamento nunca mais volta ao normal
Mito: claro que muda, mas esse sentido negativo que as pessoas tanto falam, não rolou aqui não. É difícil, existem momentos duros, mas se o casal realmente se empenhar, dá sim pra continuar se curtindo e sendo muito feliz.

Sua vida social vai acabar
Verdade: não dá pra negar que as prioridades mudam. O horário é outro, o ambiente precisa ter área infantil, a turma muda, etc.

Seus amigos vão te abandonar depois dos filhos
Mito: acho que isso é questão de fase da vida e idade. Como já tive meu baby perto dos 40 anos, não tive nenhuma mudança no círculo de amizades. Aliás, tive sim....o círculo aumentou.

Você será capaz de ficar horas e horas só olhando seu bebê
Verdade: verdade absoluta!! A gente perde a noção de tempo vendo eles dormindo, brincando, descobrindo o mundo.

Você só aprenderá a ser filha quando for mãe
Verdade: impressionante como nossa visão com relação aos pais muda da noite para o dia. Passamos a entendê-los e respeitá-los como nunca!

Você vai ter saudades da gravidez
Verdade: enquanto passamos por ela, não imaginamos como isso será possível com tanto enjoo, incômodos e mudanças, mas é só o bebê nascer pra gente valorizar cada segundo da delícia que era tê-lo ali dentro, protegido e seguro.

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Mamãe também precisa se cuidar

Tenho recebido muitos pedidos das mamães do blog pra falar aqui sobre os cuidados com a beleza depois do nascimentos do baby. Muitas comentam que se sentem cansadas demais pra malhar, que não conseguem mais passar aquele coquetel de cremes antes de dormir por estarem morrendo de sono o tempo todo ou por falta de motivação mesmo, já que é triste se olhar no espelho depois do parto (vamos combinar, né?).


A barriguinha, antes charmosa, agora está lá, mole e inchada. Os kg a mais vão sumindo com a amamentação, mas volta e meia ficam alguns pra trás. Algumas mulheres, têm de lidar com as estrias na barriga e quadril. O cabelo começa a cair, a gente fica usando aqueles sutiãs horríveis de amamentação, .... , e por aí vai!

Bom, na minha opinião, o mais importante é aceitar que as coisas mudaram. Vejo pelo emails e mensagens que recebo, que muitas mães têm bastante dificuldade em aceitar isso. Aceitar, por exemplo, que não dá mais pra passar horas e horas malhando na academia. Que não temos meeeeesmo a mesma disposição para os cremes. Que fazer uma máscara de hidratação nos cabelos que precise agir por 20 minutos pode ser um enorme desafio.


Quando aceitamos as mudanças, começamos a ver as novas possibilidades. Possibilidades que nos ajudam a encaixar os cuidados na rotina puxada e a conseguir brechas aqui e ali. Por exemplo:

- No lugar dos mil cremes antes de dormir, aposte em um único (mais poderoso) para o corpo todo. Pra mim, as melhores opções são os que podem ser aplicados no banho, como comentei nesse post. Super práticos, fazem a gente economizar um senhor tempo!

- Para os cabelos, vale o mesmo princípio. Hoje em dia, não é preciso mais ficar muito tempo com o produto agindo. Investir nas ampolas que fazem uma super hidratação em apenas 3 minutos é o que há de prático! O resultado é incrível e você hidrata os fios enquanto lava o corpo.

- Não dá mais pra passar horas e horas malhando, afinal, temos um baby pra cuidar, mas existem soluções! Se matricule em academias como a Curves, que possibilitam treinos de 30 minutos e resultados comprovados. Dedique 1h do seu dia a você e à sua atividade física preferida (vale caminhar, correr, malhar, dançar, etc). Se feita com intensidade, a malhação não precisa de mais do que isso pra fazer efeito.

- Mude o foco: acho importante mudar o foco para a nova realidade. Se antes você conseguia malhar 3 horas por dia e agora só consegue 30 minutos, fique feliz com essa possibilidade, e não frustrada porque nunca mais conseguirá aquele ritmo. Aceitar a mudança de rotina faz tudo ficar mais leve e, inclusive, faz os resultados aparecerem mais rápido. Quando lamentamos e desanimamos, não temos disposição ou motivação pra encarar esse tempinho de atividade com foco e força.

- Tenha tempo pra você: passar 1 hora no salão 1 vez por semana não é nada demais, mamães. Não se culpem. É bom ter um tempo só nosso, pra fazer as unhas, cuidar do cabelo, fazer uma massagem, manter a depilação em dia, enfim.......você aproveita pra descansar a cabeça e o papai aproveita pra ganhar tempo de qualidade com o pequeno em casa.

- Pense na sua saúde: quando você se cuida, tudo fica mais leve. Você fica mais feliz e mais disposta e toda a família ganha com isso. Malhar, mesmo que apenas 30 minutos por dia, vai te dar a agilidade e o ânimo que você precisa pra deitar e rolar nas brincadeiras com os pequenos, afinal, tem que participar, né? Deitar no chão, jogar os baixinhos lá pra cima, correr, ......

- Dê tempo ao tempo: nos primeiros meses pós nascimento, é difícil mesmo voltar a se cuidar. Calma!! Não se cobre tanto. Aproveite esse tempo pra mergulhar no mundo do seu pequeno, pra ficar com ele, pra dormir sempre que conseguir, pra amamentar, enfim, pra ser mãe. Conforme a rotina vai se acomodando, você se sentirá mais disposta e passará a ter horários mais certos pra ir encaixando as atividades no dia a dia progressivamente.

- Alimente-se bem: não só pela saúde do pequeno, que praticamente come o que a mãe come durante a amamentação, mas pela sua saúde também. Pelo que tenho visto, alimentação é tão importante quanto os exercícios pra ganhar um corpo bacana e emagrecer. Está sem tempo pra malhar (ou sem disposição)? Coma bem. Capriche nas frutas, tenha cuidado com os carboidratos e doces e se hidrate o dia todo.


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Confissões de uma mãe

Faço o possível pra ser a melhor mãe que puder, mas confesso que já pisei muuuuuito na bola - hehehehehehe. Por exemplo:

:: Deixei meu baby cair da cama (e não estava dormindo nem nada. Estava ali cuidando dele mesmo!),
:: Dei papinha Nestlé por pura preguiça ou falta de tempo,
:: Saí de casa sem fralda na malinha dele,
:: Deixei o coitado assando de tanto calor por colocar roupa demais,
:: Já gritei com ele pra explicar que ele tinha que parar de gritar,
:: Já desejei enviar meu lindo pra China por algumas horas,
:: Já induzi meu baby a dormir um pouco mais no fim de semana,
:: Deixei ele ficar praticamente o dia inteiro de chupeta só pra não ter que ouvir o choro interminável,
:: Perdi muuuuuuuuito a paciência durante a introdução alimentar,
:: Tem dias que me esqueço de dar as vitaminas,
:: Já esqueci de dar o lanche da tarde pra ele quando estávamos na rua,
:: E tem dias que dá preguiça e dou o mais fácil mesmo, tipo, uma fatia de pãp integral ou uma bisnaguinha,
:: Já coloquei ele pra dormir sem escovar os dentes - quando me lembrei, já era!
:: Ele já jantou salgadinho de festa,
:: Tem dias que deixo ele assistir a toda Galinha Pintadinha e demais vídeos que ele quiser, só pra ter tempo de arrumar as coisas ou simplesmente, descansar um pouco,
:: Ainda não tive coragem de fazer ele parar de assistir a vídeos durante as refeições....por preguiça de enfrentar o processo mesmo.

Tenho certeza de que tem muuuuuuuitos outros micos, mas só me lembrei desses hoje. E sabem de uma coisa? Isso não me torna uma péssima mãe (apesar de que, em cada um desses momentos, me senti pior do que pulga de cachorro), me torna apenas uma mãe que, entre tanto erros, está sempre tentando acertar e fazer o melhor pelo meu pequeno.

Errar é humano, assim como a imperfeição. Buscar ser perfeita só me deixaria frustrada e irritada.

E vocês? Como vai a lista dos micos por aí?


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O que nunca dizer a uma mãe

Como o post de ontem agradou em cheio a vocês, achei bacana fazer mais um na linha "o que não dizer...". Agora, é hora de falar sobre os absurdos que dizem às mães hoje em dia:

- Nossa, mas seu filho AINDA NÃO........
Qualquer coisa que venha depois desse AINDA NÃO (anda, engatinha, fala), é extremamente irritante. Parece que vivemos em uma constante corrida contra o tempo.

- Ele está com dor!
É só o bebê começar a chorar que lá vem alguém sempre disposto a dizer que ele está sentindo alguma dor. A mãe sabe que é birra, por exemplo, ou cansaço, mas os palpiteiros não aceitam....a única possibilidade - pra eles - é dor!

- Nossa!! Que cara de cansada!
A gente ouve muito isso quando está com um recém-nascido em casa! É claro que ficamos cansadas, né? Não é só cara! Só que comentar isso é o mesmo que dizer: nossa! Como você está acabada!

- Como seu bebê chora!
Tradução: seu bebê é chato e está me incomodando.

- Não reclame ainda! As coisas só pioram!
Os pais estão naquela tensão com a chegada do bebê! Não dormem direito, não comem direito, vivem cansados.....daí vão desabafar com alguém e ouvem essa pérola suuuuuper reconfortante!

- Quando você volta ao trabalho?
Isso só interessa ao pai e à mãe.

- Não vai tentar uma menininha?
Pergunta ultra comum para as mães de dois meninos. Extremamente sem noção!

- Ah!! Mas ele vai ficar muito chato e egoísta!
Também bem comum, só que para os casais que decidem ter um filho só. Coisa mais sem noção dizer isso!

- Ele está com fome!
Variação igualmente irritante do segundo item. As pessoas insistem que bebês só choram por dor ou fome. Não, queridos! Existem "N" razões para o choro deles!!

- Ele fica com você o dia todo?
 Toda vez que o bebê demonstra qualquer crise de apego à mãe, vem essa frase....e acompanhada de um olhar que fica entre condenação e piedade. Afinal, coitada da criança, né? Ficar junto com a mãe o dia inteiro?! Hunf...

- Nossa, mas você ainda está com a barriguinha de grávida?
Qualquer referência ao peso é desagradável! A Mãe sabe que está gordinha ou que ficou com a barriga saliente (ou os dois). Não precisa de alguém apontando isso o tempo todo! Cobrar que ela volte logo ao peso de antes é péssimo e só gera ansiedade e baixa auto-estima.

- Mas como ele é magro/gordinho
Não é nada agradável ouvir estranhos comentando sobre o peso do seu filho. Sempre tem ar de crítica!


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Cuidado com o que fala

Algo que levo muito a sério - não só na maternidade, mas em tudo na vida - é o fato de que o que falamos tem poder!

Já pararam pra pensar no quanto nossas palavras podem mudar uma realidade? No quanto elas podem interferir em nossa vida e na dos que nos cercam?

Sempre tenho isso em mente quando ouço pais dizerem coisas como:

- mas essa criança é muito preguiçosa!
- o que você está fazendo? tem problema na cabeça!
- esse não vai gostar de estudar!
- essa menina vai namorar todo mundo quando crescer!
- não quero que meu filho cresça!

E por aí vai!

Nem sempre essas coisas são ditas com intenção, claro! Mas mesmo assim, pedem cuidado! Ficar repetindo que seu filho é preguiçoso toda hora pode gerar esse comportamento nele lá na frente. Declarar do nada que a criança não vai gostar de estudar porque, por exemplo, não gosta de livros, é um erro imenso.

Pensem bem no que falam perto da criança e, principalmente, sobre a criança.

Temos que declarar palavras de vitória na vida deles. Dizer que amamos, que admiramos, que eles serão imensamente felizes e abençoados, que viverão muitos anos, que terão saúde, que encontrarão o amor de suas vidas, .......


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Saudades do quê?

Sempre que alguém comenta comigo que morre de saudades da época em que o filho era recém nascido, me pego pensando: mas saudades do que será?

Penso isso porque, sinceramente, achei os primeiros 3 meses muito sofridos - mesmo tendo a bênção de ter um bebê que dormia a noite inteira nessa época (desaprendeu ao completar 3 meses). Mas no resto, foi muito difícil! A dificuldade que foi amamentar, ficar adivinhando os motivos de tanto choro (cada hora é uma coisa diferente), a agonia de simplesmente não saber o que fazer em 99% das situações (já que, antes de ser mãe, praticamente fugia de tudo o que era relacionado a bebês e crianças), enfim......foi difícil! Muuuuuuito difícil!!

Quando vejo um casal com um recém nascido, minha vontade é dizer: calma, gente! Isso vai passar!

Mas daí comecei a me perguntar: será que não tem nada de legal mesmo? É impossível que todo mundo esteja louco, né? E daí veio essa lista:

Tenho saudades...

...do cheirinho gostoso de leite que fica na boquinha deles
...do cheirinho de bebê
...do cocô que não tinha cheiro (rsrs)
...de ter a certeza de que ele estava seguro, já que, quando são recém nascidos, praticamente não se mexem e ficam exatamente onde e como nós os deixamos, né?
...de curtir colo (hoje em dia, meu baby quer passar é longe! Só quer saber de chão!)
...da época em que meu pequeno não sabia o que era fazer birra (rs)
...das salas de amamentação dos shoppings (como são gostosas!)
...dos passeios de carrinho com ele olhando pra mim (hoje em dia, só quer ver a rua)
...daquele olhinho curioso me encarando depois de mamar
...do sossego que era sair com ele, que ficava quietinho dormindo no bebê conforto

Essas coisinhas são bem gostosas, não dá pra negar, mas ainda prefiro a fase de agora - 1 aninho! Delicioso participar das descobertas e do desenvolvimento dele! Tô amando!!


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Como se sente o irmão mais velho?

Todo mundo sabe que, quando chega o irmãozinho, o mais velho entra em crise, afinal, há até pouco tempo atrás, ele era o centro das atenções, não precisava dividir o pai ou a mão com ninguém e tinha os avós e tios ao seu total dispor.

Mesmo preparados para isso, os pais entram numa roda viva de ansiedade e medo quando se deparam com as crises que o mais velho tem. Nada mais normal.

Dia desses, ouvi uma descrição que, para mim, foi a melhor até hoje. E acho que ela vai ajudar bastante os pais que estão passando (ou estão pensando em passar) por essa fase:

Quando seu filho mais velho tiver algum comportamento extremo devido ao ciúme do caçula, lembre-se desse exemplo:

Você está em sua casa quando, do nada, seu cônjuge chega de mãos dadas com o(a) amante dizendo:
- Olha só, a partir de hoje, ele(a) vai morar aqui com a gente e você precisa aceitar isso, ok? Nesse início, ele(a) vai precisar de uma atenção especial, mas fique em paz.....nada vai mudar entre nós.

Muito difícil, né? Então, na próxima crise de ciúmes do seu mais velho, respire fundo e pense nesse comparativo. Você vai se lembrar de que ele está apenas sofrendo, não entendendo muito bem o que está acontecendo e com medo de perder o amor que tinha em casa.

Mostre que o amor não se dividiu, apenas se multiplicou e que ele é amado da mesma forma como sempre foi. Dê atenção ao mais velho - não passe o tempo inteiro com o caçula no colo. Dê de mamar e, na hora em que ele estiver dormindo (que é maior parte do tempo nos primeiros meses, né?), curta o mais velho.


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Você tem medo de quê?

Medo é algo que faz parte da vida, mas depois que nossos pequenos nascem, a gente passa a sentir um monte de tipos diferentes de medo, perceberam? Eu, por exemplo:


Medo da morte: a gente passa a se cuidar mais, faz mais check ups, não dá nem pra imaginar deixar esse mundo sem que nossos pequenos estejam já resolvidos na vida. Incrível como o medo de morrer é enorme depois que nos tornamos mães e pais.
Medo de doenças: só de ver algo na TV ou no cinema, dá um aperto no coração. Uma simples gripe é capaz de tirar nosso chão, quanto mais imaginar que doenças mais graves podem ocorrer. Antes de ser mãe, nunca havia pedido tanto em oração pela saúde de outra pessoa como peço pela saúde do meu pequeno.
Violência: reportagens mostrando abuso, tortura ou violência com crianças despertam uma fúria assassina nos pais. Isso acontece porque a gente imagina "e se fosse o meu filho"? E só de imaginar isso, já dói fundo na alma.
Adolescência: não sei vocês, mas morro de medo antecipado dessa fase. Sempre vi o sexo masculino como o mais competidor....e na adolescência, essa vontade é elevada à máxima potência. Tem que correr mais com o carro do que os outros. Tem que aguentar beber tanto ou mais do que os outros. Tem que ser o maior "pegador" da turma. Tem que fumar pra parecer cool. Como sou absurdamente contra todas essas coisas, sinto medo dessa fase. Sei que ele entrar nela ou achar tudo isso muito ridículo, depende - em grande parte - da criação que daremos a ele e espero, do fundo do meu coração, ser capaz de mantê-lo muito, mas muuuuuuuuuito longe dessas bobagens todas. Quero que ele seja esportista, como eu e o pai dele fomos. Que tenha senso de responsabilidade e zelo pela saúde. Que não se deixe levar por esses comportamentos ridículos e que perceba que bacana mesmo é ter juízo e se cuidar.
Medo de ver ele sofrendo: não podemos evitar, né? Por nós, eles viveriam protegidos por uma bolha gigante e nunca se machucariam. E não digo só fisicamente não. Tenho medo do dia em que ele terá seu coração partido com a primeira decepção amorosa. Tenho medo do dia em que alguém irá magoá-lo com alguma ofensa boba, tão comum na infância.....enfim....medo bobo de mãe, mas que tenho....ah tenho!!
Acidentes: tenho verdadeiro pânico de acidentes. De carro, dentro de casa, .......as possibilidades são inúmeras e é justamente por isso que elas me apavoram tanto.
Do futuro: nunca tive medo do futuro, mas agora que tenho meu baby, temo pelo amanhã. Será que teremos condições pra criá-lo da melhor forma possível? Será que o mundo estará ainda pior do que está agora? Como será que ele será como adulto com tanta coisa feia acontecendo por aí bem diante dos seus olhos? E por aí vai....

E vocês? Têm medo do que, mamães e papais?

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Preguiçosos?

Incrível como a cada domingo que passo no berçário da igreja acabo colhendo conteúdo aqui para o blog. Dessa vez, infelizmente, não é coisa boa!

Acho que posso dizer que esse post é mais do que um texto. É um desabafo!

Fiquei indignada ontem com duas mães. Uma de um bebê de 7 meses e outra de uma menininha de 9 meses. 

Enquanto seus pequenos brincavam pelo espaço do berçário, elas só sabiam gritar para as outras mães o quanto as crianças eram preguiçosas por ainda não andarem.

- Nossa!! Mais esse menino é preguiçoso demais!! Já tem 7 meses e ainda não anda?
- Pelo amor de Deus!! Essa menina é lesa! Como pode só engatinhar com 9 meses?
- Com quantos meses seu filho andou? Já estou perdendo as esperanças com esse daí!
- Como pode não saber andar ainda, gente? Já engatinha há 1 mês! Desse jeito, nunca vai estar andando no aniversário!

Peraí!!!!

Preguiçoso?! Lesa?! Como alguém pode lançar palavras desse tipo para alguém? E pior: para alguém tão pequeno?! Seu próprio filho (ou filha, no caso).

Como é que alguém pode achar que um bebê de apenas 7 meses deveria já estar andando? Como é que uma mãe que viu a filha começar a engatinhar há apenas 30 dias já pode estar reclamando que ela não anda?

Realmente não entendo tanta pressa!! Tanta neura!! Tantos rótulos!! Quem foi que inventou essa bobagem de que criança tem que andar antes de completar 1 ano? Quem foi que disse que é fundamental o bebê estar andando sem apoios na festinha de 1 ano? Quem acha normal a criança começar a andar com apenas 1 mês engatinhando?

Pelo amor de Deus, né? Ser criança já é duro o suficiente com dentes nascendo, introdução alimentar, passar do peito para a mamadeira e da mamadeira para o copinho, desfralde, etc......ainda vêm essas pessoas colocando um peso desse tamanho neles?

Rótulos, datas pré-agendadas, isso não rola com crianças não!! Só gera ansiedade (na criança e nos pais) e não muda em nada o fato de que CADA CRIANÇA TEM SEU TEMPO. 

Ela vai engatinhar quando se sentir segura para engatinhar. Ela vai andar quando se sentir segura para andar. Ela vai falar quando se sentir segura para falar.....e por aí vai. Deixem as crianças serem crianças, por favor!!

Deixem as neuras com prazos, datas e metas para o ambiente profissional e entre os adultos. A infância passa rápido demais e não pode ser estragada por essas coisas sem o menor fundamento!


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Baby Blues

Quem já teve seu baby, sabe muito bem o que é isso - mesmo que não conheça o nome. Quem está esperando seu primeiro baby, vai passar por isso e, se não souber o que é, pode se sentir muito...................mas muuuuuuuuuuito mal!

O fato é que os primeiros dias da vida de um bebê são extremamente difíceis e estressantes! EXTREMAMENTE! A mãe passa por uma revolução que nunca imaginou sentir na vida: hormonal, mental, sensorial, tudo muda! Tudo fica assustadoramente diferente quando chegamos em casa com um bebê recém nascido nos braços.

Tudo é muito novo....e intenso! Nossa!! Como é intenso! Por mais que a gente estude, faça cursos de gestante, pesquise na internet, treine, ouça conselhos da mãe, de parentes, de amigas.....nada nos prepara para a realidade que são aqueles primeiros dias!

- o bebê chora muito!
- mama o tempo todo (e a gente não sabe fazer isso direito)!
- os seios ficam tão machucados que até a água do chuveiro dói!
- a gente sente tanto sono que parece que nunca dormimos antes!
- a sensação de cansaço é imensa (não só físico, mas mental e emocional também)!
- a vontade de chorar vem do nada.....e toda hora!
- aquele super amor materno não está tão forte ainda nesse momento....ele vai crescendo com o tempo!
- a sensação é de que o sonho de ter um filho virou um baita pesadelo!
- temos vontade de sumir da face da Terra de vez em quando!
- aqueles primeiros 30 dias sem poder sair com o bebê de casa são agoniantes!
- nos sentimos extremamente sozinhas!
- nossa irritabilidade é impressionante!
- pelo menos no meu caso, o apetite simplesmente some.
- temos muita vontade de ficar sozinhas.

Pois é.....assustador, né? Totalmente!! A boa notícia é que essa fase passa, mas pra que ela realmente passe, é preciso entendê-la:

Todo esse mix de emoções é chamado do Baby Blues, traduzindo: tristeza do bebê, mais precisamente, a tristeza que toma conta da mãe quando o bebê nasce.

A gente passa a gravidez inteira ouvindo as mulheres dizerem do quando saíram do hospital se sentindo plenas, realizadas, extremamente felizes.....e é muito estranho não sentir isso quando o nosso baby nasce.

Na verdade, a gente sente alegria sim...muita! Mas, junto com ela vem esse turbilhão de emoções que deixam a gente sem chão. Cheias de culpa e nos sentindo péssimas mães.

Não...não somos péssimas mães! Somos humanas!

É super normal se sentir assim, mamães! Mas não é porque é normal que não precisa de ajuda e atenção:

- fale com as pessoas mais próximas sobre o que está sentindo (marido, mãe, melhor amiga, etc). Não fique guardando tudo pra si.
- analise seu grau de tristeza (se, por exemplo, você se recusar a cuidar do bebê ou não aceitar pegá-lo no colo, pode estar desenvolvendo um quadro de depressão pós-parto, que vai além do baby blues).
- se essa tristeza durar mais do que 2 semanas, é melhor consultar um especialista.
- não se culpe.....essa fase acontece com praticamente todas as mulheres (ouso dizer que com todas. A diferença é que umas admitem, outras não).

Se sentir assim não é motivo de vergonha ou de culpa. Faz parte do processo da maternidade e precisa acontecer.....mas passa!! A boa notícia é que passa!

* Esse post fala especificamente sobre o Baby Blues, não sobre Depressão Pós-parto. Falarei sobre isso em outro momento.


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O pai precisa participar

Como já dizia a clássica propaganda, "não basta ser pai, tem que participar". No entanto, tenho visto muitos casos onde o pai quer ajudar e não consegue. Parece mentira? Pois não é!

O que acontece é que a mãe simplesmente não consegue relaxar, delegar. Tudo tem que ser feito por ela pra que saia bem feito e qualquer errinho que o pai cometa já é motivo de stress.

Exemplos:

A troca de fralda: como a mãe passa muito tempo com o baby, troca inúmeras fraldas a mais do que o pai. Isso gera prática, portanto, nós trocamos a fralda do bebê muito mais rapidamente do que eles. Até aí, normal. Mas quando o pai está em casa, pode muito bem trocar a fralda também, né? E lá vai ele para o quartinho.....e demora......e demora.....e demora! E erra.....e poe a fralda ao contrário....tira de novo....esquece a pomada contra assaduras.....tira a fralda de novo.....passa a pomada....fecha a fralda errado....abre de novo.....etc.....etc....etc.....enquanto isso, a mãe vai perdendo a paciência e, quando percebe, já dá uma "sai pra lá" no pai e acaba trocando a fralda ela mesma.
Mas gente! Pra que tanta pressa, né? O pai está em casa e foi trocar a fralda do baby? Aproveite pra descansar. Fique na sala, deixe que ele demore (essa demora é um tempo de curtição pra ele também). Deite no sofá, brinque com o filho mais velho, ligue pra uma amiga, dê uma passeada pela internet.....relaxe e aproveite a ajuda.

Banho: quando chegamos em casa com o bebê, um dos momentos mais tensos é a hora do banho. A gente não sabe como ou onde pegar. Dá o maior medo deles escorregarem ou se machucarem....e pra piorar, ainda choram como se alguém estivesse matando, né? Essas sensações valem tanto para a mãe quanto para o pai. Então, por que reclamar se ele faz algo errado? A mãe também faz!
*** Inclusive, acho que o último banho do dia, aquele logo antes de dormir, deve ser dado sempre pelo pai. É uma conexão tão bacana entre ele e o baby. A mãe tem a amamentação, tem a licença maternidade mais extensa pra curtir o baby de perto. O pai, mal acostuma com ideia de ter um filho e já volta ao batente....passa o dia todo fora.....quando chega em casa, nada mais justo (e bacana) do que curtir o bebê, né? No banho rola contato, pele com pele, respiração, carinho.....o vínculo entre pai e filho irá se estreitar cada vez mais.....vale a pena!

A mãe dar um tempo: todo mundo precisa de um tempo pra cabeça....e mãe não foge à regra. Pra isso, é preciso confiar no pai para, por exemplo, ir ao salão fazer as unhas. Mas vejo mãe desesperadas, porque simplesmente não confiam no pai: "mas ele vai dar comida que não pode dar"....."mas ele não vai vestir direito"....."mas ele não vai agasalhar o suficiente"....etc....geeeeente!!! Deixem o pai se virar!! Só errando é que ele vai acertar! Deixem que ele aprenda a conviver com o filho convivendo com o filho. E vá arejar a cabeça um pouco.

E um conselho que dou a todas as mamães aqui do Drops: peças ajuda. Isso mesmo....peça ajuda ao pai do seu filho. Ele é seu marido, seu companheiro, a pessoa que você escolheu pra estar ao seu lado pelo resto da vida. Ele PRECISA participar de tudo o que se refere aos filhos de vocês.

Não queira ser a mulher-maravilha, aquela que faz tudo sozinha porque sabe que dá conta e acha que nada sai bem feito se não for feito por ela. Uma hora, você explode, porque ninguém aguenta isso tudo.

Só que homem não tem bola de cristal....homem precisa de clareza, de objetividade, de cartas na mesa. Quer que ele ajude? Diga isso (eu já disse antes de ficar grávida: filho? Só com sua total participação. E é assim mesmo! Ele é um paizão!). Quer que ele fique mais perto do filho? Faça isso acontecer. Não fique só esperando que ele tome a iniciativa, até porque, provavelmente não tomará (eles são desligados mesmo pra isso....é da natureza deles e não adianta ir contra....tem é que trabalhar pra acertar as coisas). Abra o coração! Diga se está pesado demais, se está cansada demais, se está triste, depressiva.....o que for! Fale com seu companheiro. Quando o casal vira pai e mãe, precisa de mais conversa e compreensão ainda! Companheirismo e amizade são fundamentais para as coisas darem certo.


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Ser mãe é ter culpa

Por que será, né? É impressionante! Até a mais tranquila das mulheres entra em crise quando vira mãe e tem seus momentos críticos de culpa...........muita culpa.

Eu me considero até boa nessa área, mas tem dias que a coisa pega. Sexta-feira mesmo, meu baby se recusou a jantar. Até abria aquele bocão bonito pra colher, mas era só pra cuspir tudo logo em seguida. Aquilo me irritou profundamente. Depois da 5a cuspida, tirei ele da cadeirinha e não dei nada no lugar da comida.....ficou sem mesmo....até a hora da mamadeira pra dormir.

Por mais que essa seja o orientação do Pediatra, fiquei me sentindo péssima! Tanto por ter me irritado daquele jeito (mesmo sem ter descontado nele, me senti mal por me sentir tão irritada) quanto por deixar meu pequeno sem comida.

E logo que ele foi para o berço, comecei a pensar no por quê de tanta culpa! Por que nos deixamos levar por ela? E foi quando sentei em frente ao computador e escrevi esse texto que vem logo aí embaixo:

Nós sentimos essa culpa toda porque nos cobramos demais.

Tem que ser a esposa perfeita, a mulher perfeita, a profissional perfeita, a filha perfeita, a amiga perfeita.....mas quando viramos mães....perfeição parece ser pouco. Parece que, a partir daquele momento, não podemos mais dar nenhum passo em falso. Não podemos desviar nadinha. Pisar fora da linha?! De jeito nenhum!!

Mas afinal: que passo pode ser considerado em falso? Que caminho é esse do qual não podemos desviar nadinha? E essa tal linha? Será que ela existe mesmo?

Pois é.....é exatamente nessas últimas questões que mora toda a nossa culpa. Nesses preconceitos impostos pela sociedade e por nós mesmas. A gente impõe uma meta - totalmente irreal, diga-se de passagem - sobre o que é ser mãe. E seguimos adiante com essa meta absurda na cabeça....cegas pela necessidade angustiante de acertar sempre.

Acho que uma boa parte dessa meta se dá pelo fato de ainda termos um pouco daquela visão infantil de que nossa mãe é perfeita. Se ela é, como é que podemos não ser, né? A verdade é que nossa mãe não é perfeita - looooonge disso!! E, assim como ela, nós também não somos perfeitas.

Outra boa parte (quase 80% na minha opinião), se dá pelo fato do que vemos e ouvimos por aí - em época de redes sociais então!! Haja paciência e cabeça no lugar pra não ficar se sentindo mal, né?

Ninguém vai para o Facebook ou Instagram postar a foto da madrugada em claro. Ninguém lembra de tirar foto na hora em que o filho está fazendo birra. Ninguém posta no status que está de saco cheio do choro que não pára por causa das cólicas....ou da birra.....ou do sono....etc.
Ali, tudo é lindo! E não tem nada de errado nisso, afinal, esse tipo de coisa é pra relaxar mesmo. Os problemas? Ficam em casa!

Tem mãe que faz tudo virar um lindo poema de amor. Tudo é belo! Cor-de-rosa! Calmo! Tranquilo! Um verdadeiro comercial de margarina! Mesmo quando perguntada sobre as dificuldades da maternidade, jamais admitirá essas dificuldades. Essas mães, ou como eu gosto de chamá-las, super mães, fazem muitas mães se sentirem um lixo....e com isso vem a culpa.

Pra elas:

- acordar "trocentas" vezes durante a madrugada é lindo (é uma chance a mais de ficar grudadinha no bebê).
- a introdução alimentar é sempre um sonho (o baby come tudo desde a primeiríssima vez, sem nunca dar um pingo de trabalho).
- não existe essa tal de birra (afinal, criança não sabe fazer essas coisas antes de ter 3 ou 4 anos. Qualquer coisa antes disso, precisa ser imediatamente aceita pelos pais ou cuidadores, afinal, é apenas uma criança).
- o casamento pode ficar em segundo plano (o bebê é a prioridade suprema na vida da super mãe).
- se cuidar então! (vai passar no salão os minutos preciosos que poderia estar com seu bebê?).
- trabalhar fora é um pecado tão grande que com certeza garante lugar no inferno.
- se não mantiver a amamentação até a criança praticamente chegar ao ensino médio, não cumpriu seu papel de mãe.
- se não teve parto normal (de preferência sem anestesia, em casa, assistida única e exclusivamente pelo marido e pela Doula) não sabe o que é amor de verdade.
- E o número de besteiras só cresce!!

Conheci muitas dessas mães nos grupos que participava no Facebook. É...participava, porque me irritei tanto que achei melhor largar mão mesmo. Mas foram coisas tão absurdas que chegava a temer pela saúde (física e mental) daquelas crianças.

Dois exemplos:
- Uma mãe com câncer pediu orientação de como proceder com o desmame (já que tomaria medicação fortíssima e não poderia mais amamentar seu bebê de 4 meses, de forma não traumática para o pequeno). A resposta do grupo? JAMAIS interromper a amamentação. Os médicos não sabem o que dizem. Ela poderia esperar tranquilamente pelo dia em que seu bebê parasse de mamar por conta própria pra só então, começar o tratamento. OI?!?!?!?!?! Acho que, mais do que leite materno, a criança precisa da mãe vida por perto, né?

- Em uma madrugada dificílima, desabafei com as "amigas" do grupo. Fui praticamente linchada, afinal, como pude reclamar de estar há dias sem dormir? O fato de reclamar disso, segundo uma das super-mães do grupo, mostrava que eu não tinha o menor dom materno. Não merecia ser mãe. POSSO COM ISSO, MINHA GENTE?

E ainda uma outra parte, é por culpa da sociedade mesmo. Dessa cobrança sem fim que todas as mães recebem dia após dia.

Seu filho é educado? Dorme a noite toda? Respeita os mais velhos? QUE SORTE A SUA!!!

Seu filho é mal-educado? Faz birra em público? Acorda a noite inteira? Não respeita ninguém? A CULPA É SUA!

Será mesmo que a mãe do primeiro exemplo só tem sorte? Será que ela não é a "culpada" por ter um filho assim, exemplar? Então, quando dá certo, é sorte, obra do acaso. Quando dá errado, é culpa da mãe.

Não, né? O fato é que toda criança tem qualidades e defeitos. E ambos são "culpa" da mãe. Dos pais, na verdade. Uma criança exemplar não é obra do acaso. É obra da criação que recebe em casa.

Mas então o que quero dizer com essa "carta"?! 

Quero dizer que sentir culpa é normal! Que sentir culpa nos ajuda a manter o foco, mas que sentir culpa não pode ser devido a esses padrões erradíssimos que são jogados na nossa cara todos os dias.

- Não queira ser perfeita! Somos humanas.....o ser humano é falho.....e pronto! Você vai errar com seu filho, assim como vai errar com todas as pessoas à sua volta.

- Não acredite em tudo o que lê ou vê nas redes sociais e no seu dia a dia. Grande parte do que é postado e dito é uma enorme mentira. Maquiagem da vida real.

- Não aceite julgamentos das super-mães. Elas não existem! Não querem mostrar e jamais admitirão, mas erram tanto ou até mais do que nós.

- Esqueça os julgamentos (inclusive os seus) e viva sua vida de acordo com o que VOCÊ acredita ser o melhor para a sua família. O seu dom materno é SEU e foi dado por Deus para que você cuide da SUA família. Só você sabe o que rola dentro de casa. Só você sabe até onde vai o seu limite. Só você sabe o que faz pelo seu filho. O resto......é resto.

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Momentos marcantes

Ontem, passei a tarde com minha cunhada linda e seu mais novo presente de Deus! Ficar aquelas horas todas junto ao baby me fez relembrar todo o processo de gravidez, parto e vida inicial de mãe.

Já em casa, enquanto fazia meu baby dormir, me peguei fazendo uma lista mental dos momentos mais marcantes de toda essa jornada. Achei bacana compartilhar aqui com vocês, afinal, acho que temos muitos momentos em comum, né?

- o dia em que fiz o teste de gravidez (ainda lembro nossa cara de bobos com aqueles dois risquinhos na mão....rsrsrs)
- a sensação que tive quando confirmei a gravidez no exame de sangue
- a primeira consulta do pré-natal (Meu Deus!! Quantas dúvidas! Levei tudo anotado pra não esquecer de nada. Meu médico deve ter achado que eu era doida.)
- o primeiro ultrassom pra ouvir o coração e ver o baby (estava com 8 semanas e ele parecia um amendoizinho...hehe)
- a primeira vez que senti que minha barriga estava crescendo (não dava pra ver nada ainda, mas fui pular do banco do passageiro para o do motorista e, quando a bermuda apertou a barriga, senti uma dorzinha chata e tomei um susto).
- a primeira roupa de grávida (foi justamente uma bermuda jeans).
- o início dos enjoos (ui!!!)
- quando percebi que a barriguinha já estava ali (acho que foi com 12 semanas)
- quando completei o primeiro trimestre (que alívio é essa data, né?)
- quando descobrimos que era um menino
- a primeira vez que conseguimos ver o rostinho dele no ultrassom (bocejando inclusive)
- quando senti o bebê mexer pela primeira vez (estava em pleno mercado e senti aquele tremor na barriga. Quando chegamos em casa, deitei com as mãos sobre a barriga fazendo uma leve compressão e ele me deu um chutinho certeiro na mão direita).
- quando compramos a primeira roupinha
- quando compramos os móveis do quartinho
- quando estranhos passaram a ser gentis comigo
- quando acordei de madrugada levando muitos chutes na barriga porque virei de bruços dormindo
- o mix de sensações que tive nos minutos antes dele nascer
- quando ouvimos o choro pela primeira vez (que nos impressionou pela força)
- a forma como ele parou de chorar imediatamente ao ouvir a minha voz
- quando o peguei no colo pela primeira vez
- quando ele mamou pela primeira vez
- a dor que a amamentação dava
- o choro por achar que não daria conta
- quando chegamos em casa com aquele pacotinho lindo
- a primeira troca de fralda
- o primeiro banho que dei nele
- a primeira vez que precisei encarar (e dar conta) o choro
- a primeira vez que ele ficou me olhando fixo
- o primeiro sorriso
- quando ele conseguiu segurar um objeto pela primeira vez
- quando ele disse "mamã"
- quando ele rolou pela primeira vez
- a introdução alimentar (Céus!! Como é difícil ensinar alguém a comer!)
- quando ele começou a engatinhar
- a primeira vez que ele andou sozinho sem apoio
- o primeiro tombo (e o primeiro galo)
- a comemoração do primeiro Dia das Mães
- quando acordei de manhã e percebi que, enfim, havíamos dormido uma noite inteira novamente!

E vocês? Têm mais algo a acrescentar? Esqueci de alguma coisa?

Como é bom recordar, né?


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Mãe zumbi

Você já deve ter ouvido esse termo, né?

Quem está grávida, cansa de ouvir a frase: "dorme bastante agora, porque depois...."e quem já teve seu bebê, morre de inveja das grávidas que podem dormir e, principalmente, se arrependem de não terem obedecido fielmente esse conselho (tantas ótimas oportunidade de sono desperdiçadas, meus Deus!).

Pois é!! A mãe zumbi nasce assim que vai para casa com seu tesouro! Ela nasce assim que o pequeno começa a trocar o dia pela noite. Ou passa a sofrer com as terríveis cólicas. Ou acorda de 2h em 2h pra mamar. Ou simplesmente se recusa a dormir. Ou tudo isso junto (o que costuma ser o mais comum).



Enfim....é uma infinidade de razões, mas o fato é que toda mãe de recém nascido se torna uma mãe zumbi. Os principais sintomas:

- olheiras
- tonturas
- bocejos a todo momento
- sono o tempo inteiro
- dores de cabeça
- você não dorme mais, desmaia
- não dá coragem nem de trocar de roupa
- você sente que sua vida se resume a dar o peito e trocar fraldas

Se você se identificou com pelo menos 3 características citadas acima, bem vinda ao clube das mães zumbis.

É sofrido, é mega cansativo, chega a doer (tanto no coração quanto no corpo, literalmente), mas tem um lado bom: passa!!

Isso mesmo! Essa fase passa! Claro que, vez ou outra, a mãe zumbi ressurge (quando o filho está doente, por exemplo), mas a constância vai diminuindo dia após dia (ou melhor, noite após noite).

Eu tive sorte no início....meu baby dormia a noite inteirinha desde que nasceu! Parecia um sonho.........e era! Pena que durou só 3 meses. Exatamente no dia em que fez 3 meses, ele passou a acordar pra mamar.....e a coisa foi piorando....e piorando....e piorando...até que, entre 7 e 10 meses, passei simplesmente a não dormir mais. Ele acordava não mais pra mamar, mas porque não queria mesmo dormir. Queria brincar, ficava agitado, chorava sem parar - cada noite era um "repertório" diferente.

Foram meses duros!! Várias vezes, passei a noite chorando com ele no colo.

Até que, aos 11 meses, realmente cheguei ao meu limite (e o maridão junto). Não tinha mais condições de continuar daquela maneira. Precisava dormir, do contrário, iria realmente enlouquecer.

Foi quando resolvemos tentar a última das alternativas - justamente aquela que éramos contra: deixar chorar. Foi difícil. Doeu muito, mas foi a solução dos nossos problemas.

Decidimos em uma noite em que fiquei tentando fazer ele dormir das 3h às 5h da manhã sem sucesso. Ele só queria ficar no colo, sem dormir. Conversamos e aplicamos a técnica assim:

- colocamos ele no berço com a chupeta (ficou bravo e começou a chorar)
- saímos do quarto
- voltamos depois de 15 minutos (deitamos ele novamente com a chupeta, dissemos que o amávamos, fizemos carinho e saímos novamente)
- voltamos depois de 15 minutos e repetimos o ritual
- o processo todo durou 40 minutos....e então ele dormiu por 5 horas seguidas

Na noite seguinte, mesmo processo, mas dessa vez, ele chorou por 15 minutos. E na outra noite, de novo, mas ele chorou apenas por 5 minutos.

A partir de então, nunca mais deu trabalho pra dormir e, hoje em dia, dorme sozinho do berço, com sua chupeta e seu paninho.

Me arrependi de não ter tentado o método antes (aprendi no livro Nana Nenê), pois foi o único que realmente funcionou. Sofremos demais....chorei junto, mas era a única alternativa restante.

Não dormir não pode ser uma rotina familiar. Todo mundo fica mal e a família acaba adoecendo. Pra cuidar bem dos pequenos, os pais precisam estar bem e o sono é parte fundamental desse bem-estar.

Só que é preciso moderação, né? Não dá pra aplicar algo assim antes dos 6 meses, por exemplo. Ou deixar a criança chorando no berço quando ela está com dor ou algum incômodo (como dentes). Só aceitamos aplicar a técnica porque era claramente mau comportamento (causado por nós mesmos, inclusive).

O fato é que ser mãe (e pai) zumbi faz parte da vida de quem tem filho. Não adianta surtar ou arrancar os cabelos. É a parte mais difícil desse início da vida a 3 (ou a 4, ou a 5....)............e passa!! Graças a Deus, passa! Mas é fundamental saber equilibrar as coisas e saber a hora em que é preciso tentar algo novo. A hora em que o limite chegou ao máximo. A hora de admitir que algo está errado e é preciso tomar uma atitude.

Algumas atitudes que podem ajudar:

deixe a casa pra lá: quando seu baby dormir, corra e vá dormir também. Se tem louça pra lavar, pano pra passar ou o que for, fica pra depois. Nessa fase, a prioridade é dormir. Sempre que puder, durma. A falta do sono da noite nunca é compensada, mas esses cochilam te ajudam a ganhar energia pra encarar o dia a dia.
tome um banho gostoso: espere o papai chegar e deixe o baby com ele. Vá para o banho despreocupada, relaxe, use seus produtos preferidos....sinta-se bem.
saia de casa: não adianta ficar trancada em casa se sentindo acabada. Isso só piora as coisas. Se arrume, se perfume e saia com seu pequeno. Vale uma caminhada pelo bairro ou pelo seu condomínio, um passeio pelo shopping ou até uma ida ao mercado. O importante é circular.
não se culpe: é comum ter pensamentos não muito bacanas durante uma noite agitada. Não se culpe por eles. Toda mãe (e pai) passa por isso e essas ideias não significam que você não ame seu filho. É só irritação, esgotamento e exaustão.
chore: está acordada há horas, não sabe mais o que fazer, bateu aquele pânico e uma vontade imensa de chorar? Pois chore!! Chore muuuuuuuuito!! Isso faz bem e lava a alma. Se não quiser chorar perto do bebê, peça para o maridão segurar as pontas e vá para onde você se sentir mais confortável. E chore......


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Competição materna

Será que nossas mães e avós também sofriam toda essa pressão por parte das outras mães? Ou será que essa neura toda vem apenas da nossa geração, já tão acostumada a competir por tudo nessa vida?
Porque, gente!! A coisa tá difícil, hein?

Depois que nosso baby nasce, é comum conseguir puxar papo com a maior facilidade do mundo. Seja na fila do supermercado, seja no Espaço Família dos shoppings, seja na loja, no banco, ......onde quer que você esteja, se estiver acompanhada do seu fofinho, vai acabar batendo papo com outra mãe (ou avó, ou tia). Isso é gostoso!

Mas tem gente que anda perdendo totalmente a noção do que é simplesmente bater papo, trocar experiências......a conversa, que deveria ser agradável, vira um grande interrogatório.

Dois exemplos que aconteceram comigo recentemente:

1) Estava chegando à casa da minha cunhada com meu baby (que tinha 9 meses na época). Enquanto esperava o maridão pegar as coisas e fechar o carro, fiquei na calçada com ele no colo. Então chegou uma senhora. Primeiramente, me perguntou a idade dele. Respondi.
Ela: meu netinho tem 8 meses
Eu: que fofo!
Até aí tudo bem! Mas logo começou:
Ela: ele já anda?
Eu: não
Ela: meu neto anda desde os 6 meses (tá bom!)
Ela: quantos dentes ele tem?
Eu: 4
Ela: meu neto já tem 8
Ela: ele já fala?
Eu: coisas de bebê
Ela: meu neto já fala mamãe, papai, nenê e au-au
Nessa hora (graaaaças a Deus), meu marido chegou e me salvou da louca.

Agora, me respondam!! Como é que a pessoa pode achar normal chegar do nada para uma total desconhecida e vomitar esse monte de perguntas? Vomitar mesmo, porque ela não me dava tempo nem de responder direito e já vinha contando as vantagens do seu super neto (porque vamos combinar, né? Pela descrição, o menino será o próximo Einstein).

2) Estava eu no berçário da igreja com meu baby. Como ele estava feliz da vida brincando com as outras crianças, me sentei tranquilamente em uma das poltronas e fiquei olhando o que rolava.

Fiquei chocada com o papo das mães. No lugar de trocarem experiências saudáveis entre si, competiam fervorosamente umas com as outras se gabando do quanto:
- a festa de aniversário tinha sido maior e melhor
- o comportamento da criança era infinitamente melhor do que o de todas as crianças do mundo
- a vida era muito melhor do que as das demais mães
- e por aí foi!

Fiquei literalmente chocada. Não só por essa neura de competição, mas pelo nível de mentiras contadas apenas pra nunca ficar por baixo. Por exemplo: a mãe dizer que, em 1 ano de vida, o bebê NUNCA chorou, só resmungou. Ou que NUNCA fez birra, obedece a tudo logo no primeiro não......por favor, né?

Toda criança tem características melhores e piores que as demais....assim como todo ser vivente nesse mundo! Ninguém é melhor do que ninguém e, definitivamente, ninguém merece crescer com esse peso de ser o melhor em tudo nos ombrinhos.

E vamos ser sinceros: essas mães (e avós, e tias) enlouquecidas não querem mostrar o quanto os filhos são melhores.....a grande verdade é que elas usam os filhos pra se auto-afirmarem. E isso é feio! Muito feio!


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O que eu faria de novo...

"Ser mãe é ter culpa"

Quem nunca ouviu essa frase antes? Afinal, a partir do momento em que o bebê nasce, a gente passa a conhecer um monte de coisas novas. Sensações, emoções, frustrações, medos,..., tudo novo. E o que acontece quando a gente tenta o novo? A gente erra, né? Faz parte do processo.

Mas a gente também acerta!

E é sobre isso que quero falar no post de hoje. O que eu fiz com meu filho e não me arrependo nenhum pouco. Algumas coisas foram estudadas antes - em livros e sites, ainda durante a gravidez. Outra, deram certo por pura sorte (ou instinto). Aqui estão:



:: Sempre quis a participação ativa do pai: desde a gravidez, o maridão foi a todo ultrassom, sentiu o máximo de chutinhos na barriga, leu e conversou muuuito com a minha barriga. Ele esteve ao meu lado no parto, deu o primeiro banho em casa (e continua dando o banho antes de dormir até hoje). Troca fraldas, veste, brinca, brinca, brinca....curte horrores o nosso pequeno. Resultado? Ele tem um mini fã totalmente apaixonado! É lindo ver a reação do nosso pequeno quando ele chega em casa depois de um dia de trabalho. Ver uma relação tão intima assim entre pai e filho não tem preço.

:: Amamentei: e insisti muito! Foi difícil, foi dolorido, foi desgastante....mas valeu a pena. Me senti vitoriosa por ter conseguido. E agradeço imensamente a minha cunhada linda, que teve bebê antes de mim e me incentivou explicando o lado bom e o lado ruim, me preparando para a "vida real" desse momento. Afinal, se dependesse das campanhas, acharia que seria tudo apenas um mar de rosas e acabaria desistindo logo.

:: Dei de mamar a cada 3 horas: a livre demanda não me conquistou...rsrsrs...meu baby mamou de 3h em 3h desde que nasceu. Mas também, não posso dizer que foi uma tarefa difícil, porque ele era praticamente um reloginho. Com esse hábito, conseguimos implantar a rotina dele antes mesmo de completar seu primeiro mês.

:: Ensinei meu bebê a dormir sozinho: hoje em dia, colho os frutos de ter insistido em deixá-lo no bercinho no seu próprio quarto. Não vou negar que, a cada madrugada que precisava sair da minha cama e ir até o quarto dele, batia uma vontade imensa de levá-lo para a nossa cama, mas ter resistido compensou!

:: Chupeta: amo essa querida!! Rsrsrsrsrs.....me salvou (e continua salvando) a vida nos momentos de aperto.

:: Mamadeira: conforme meu leite passou a não ser mais suficiente para o meu bebê, ela foi entrando em cena com calma e progressivamente. E hoje é uma companheira fiel.

:: Dar colo: não sou dessas mães que amam ficar o dia todo com o baby no colo (nada contra, só não é mesmo meu estilo), mas quando meu pequeno precisou (e precisa), meu colo estava prontinho pra ele. É uma delícia de momento e quando eles começam a se soltar (engatinhar, andar) e não querem mais saber de colo, bate sim uma saudade! É bom saber que aproveitei essa fase.

:: Ser fiel a mim mesma: a gente ouve 1 milhão de palpites quando vira mãe, né? Pois ouvi cada um deles, mas só aceitei mesmo aqueles que combinavam com o que acreditamos aqui em casa. No fim das contas, valeu de verdade o que eu e o maridão queríamos e achávamos o melhor. Até agora vem funcionando muito bem.

:: Fazer as papinhas: deu um trabalhão!! Fiquei mega perdida no começo, mas acabei me saindo bem nessa aventura culinária e descobri que, no fim das contas, sei (e curto) cozinhar.

:: Registrei cada momento: esse foi um conselho que segui à risca....fotografei e filmei cada movimento dele. Cada preguicinha, cada sorriso dormindo, cada caretinha ao provar as comidinhas sólidas, etc.....e a saga continua - rsrsrs....

:: Assumi tudo com o pequeno: não por opção, mas por necessidade, já que morávamos longe da família no primeiro ano dele. Eu e o maridão tivemos que fazer tudo sem ajuda. Foi duro, mas hoje em dia, não existe nada que a gente não enfrente. Ficamos mais práticos e corajosos em relação à vida materna e paterna.

:: Sem neuras: toda mãe tem as suas, claro, mas me esforço ao máximo pra pegar leve. Precisa comer papinha Nestlé? Come sem problemas. Brinca no chão e fica todo sujo? Se sujar faz bem! Recém nascido tem que ficar coberto? Quando ele nasceu, o calor ficava entre 30 e 35 graus - não cobria meeeeeesmo!!! Vivia de body e só! E aí por diante.....tem que ser leve, né? Se não a gente endoida de vez!

:: Tempo mamando: apesar das indicações da Pediatra e de vários palpiteiros, deixava meu bebê mamar o tempo que ele quisesse em cada seio. Até os 3 meses eram 45 minutos mamando.....depois foi diminuindo progressivamente até que ele ganhou força e prática o suficiente pra mamar apenas 5 minutos em cada um e ficar totalmente saciado. Valeu a pena. Ele ganhava peso e altura super bem e sempre teve uma saúde de ferro.

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Por que a gente se irrita com os pequenos?

Hoje me deu vontade de escrever....rsrsrs....faz tempo que não faço um textinho aqui, né?

Acordei com esse tema na cabeça hoje. Isso, porque ontem foi um dia altamente irritante, estressante e frustrante aqui em casa. (quem nunca?)

Durante o cochilo da tarde, meu baby levou um baita susto com um barulho na obra aqui na frente (um estrondo fora do comum - muito alto e forte meeeeesmo!). Resultado: no lugar das típicas 3 horas de sono, dormiu apenas 1h e, por ter acordado assustado, simplesmente se recusou a dormir de novo. E a gente sabe o que essa combinação provoca, né? EFEITO VULCÃO! Pelo amor!! A tarde foi regada a choros, muuuuuitos choros, birras, gritos, mau humor (meu e dele) e frustração. Nossa! Quanta frustração!

Depois que ele finalmente dormiu (já a noite, no horário de sempre), comecei a pensar nisso: por que essas fofurinhas conseguem nos tirar do sério de uma forma tão forte e intensa?

A resposta é muito simples: porque eles nos frustram!

Já pararam pra pensar como crianças nos frustram?

- não querem comer, mesmo depois de termos passado o maior tempão cozinhando pra eles com o maior carinho e cuidado.
- ficam irritado bem naquela dia em que combinamos de dar uma saidinha.
- resolvem fazer cena justo quando estamos cheios de gente por perto
- nos dão uns tapas doídos na cara quando se irritam
- ouvem um milhão de nãos e fingem que nada está acontecendo

E por aí vai!

Eles nos desafiam o tempo inteiro....e fazem isso como ninguém!

E o que podemos fazer quanto a isso? Absolutamente nada!! Nosso papel é corrigir, ensinar, dar bronca (mesmo que eles finjam ignorar) e amar essas lindezas! E o que aprendemos sobre o amor? Que amar alguém é aceitar esse alguém mesmo cheio de defeitos e imperfeições. Como é que isso seria diferente com nossos filhos?

A diferença entre as frustrações antes e depois dos filhos é nosso comportamento: antes do filhos, basta fugir das frustrações.
- Irritou? É só se afastar.
- Frustrou? É só dar um tempo.
- Se decepcionou? Manda passear!
- Se magoou? Nunca mais fale com a pessoa novamente.

Mas com os filhos é diferente, né?
- Irritou? Respire fundo e mantenha a calma.
- Frustrou? Respire fundo e mantenha a calma.
- Se decepcionou? Respire fundo e mantenha a calma.
- Se magoou? Respire fundo e mantenha a calma.

E é justamente por isso que ficamos tão irritadas(os). Não dá pra mandar passear, pra desistir, pra "deixar pra lá". Eles são nossos pequenos, nossos amores. Precisam de nós pra se tornarem pessoas decentes nessa vida.

Por isso, mesmo que a vontade seja de sair correndo quando, por exemplo, a colher de comida voa longe depois que aquela mãozinha dá um tapa incrivelmente bem dado durante o almoço, temos que continuar tentando. Mesmo com esse sentimento de "puts! perdi". E isso é irritante! Querendo ou não, é irritante!

Somos humanas(os), não gostamos de perder, não gostamos de nos sentir frustradas(os), não gostamos de ver nossas vontades serem atropeladas todos os dias.....mas tudo isso faz parte do "ser mãe e pai". é preciso aceitar isso - pelo nosso bem e pelo bem dos pequenos.

A vontade é surtar? Vá para o banheiro e grite com a cara enfiada na toalha - rsrsrsrs.....seja qual for a sua válvula de escape, use-a!

Ceder às emoções e surtar só vai piorar a situação. A criança não entende aquilo e irá se assustar. A mãe ou o pai vai sentir muuuuita culpa e se corroer por dias. Não vai mudar em nada a situação: os desafios estarão lá do mesmo jeito, assim como as frustrações.

Pois é.....ser mãe e pai é muito mais do que colocar alguém no mundo e cuidar desse alguém! É uma verdadeira aula de auto-conhecimento. É aprender a ser uma pessoa melhor dia a dia. É resolver mudar aquele defeitinho que você achava impossível mudar em você. É buscar o melhor a cada dia e correr muito atrás disso.

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