Mudar o foco evita o conflito
Quem tem filhos na faixa dos 2-3 anos sabe bem que qualquer coisinha tem o potencial de se transformar em um pesadelo!!
Pequenas regras, ordens, tarefas.....dependendo do dia, essas coisas tão
simples podem transformar uma criança linda e obediente em um serzinho
enfurecido!
Sabem a tática que mais funcionou aqui em casa pra evitar esses momentos de stress? O desvio de foco!
Tão simples e tão eficiente que, no começo, não achei que funcionaria
tão bem..mas acreditem em mim....faz milagres. O milagre está justamente
em tirar o pensamento da criança de um ponto "chato" para uma realidade
mais interessante. Alguns exemplos:
Quando chega a hora do banho
Ao invés de simplesmente chegar no lindão e dizer: "vamos tomar banho"!
Nós falamos coisas como: "chegou a hora de brincar no chuveiro.....que
brinquedos nós vamos levar hoje? O caminhão ou carrinho"? Ou então:
"olha só...o papai está te chamando pra brincar, só que agora a
brincadeira é na água".
Quando chega a hora de guardar os brinquedos
Ao invés de mandar simplesmente guardar, invento a brincadeira: "vamos
ver quem guarda mais brinquedos em menos tempo? Eu ou você"? Ou então:
"vamos dividir? Eu guardo os brinquedos grandes e vocês os pequenos".
Quando chega a hora do remédio
Trocar o "hora do remédio" pelo "vamos mandar essa tosse/febre/alergia embora" tem feito maravilhas com o lindão!
Hora de escovar os dentes
Por aqui, nada resolve melhor esse momento do que dizer que conseguimos
ver tudo o que ele comeu antes e que a escova é uma super máquina de
limpeza. Exemplo: "olha a máquina chegando...deixa ela ver essa
boquinha! Meu Deus! Tô vendo um arroz ali.....e um feijão aqui.....e a
sobremesa ali no cantinho"
Vejam o que os pequenos mais gostam e puxem pra esse lado sempre que
algo deva ser feito....e algo fundamental: avisem antes. Ninguém gosta
de ser retirado de uma atividade prazerosa pra fazer outra, né? Você
gostaria de que, no meio do filme, alguém desligasse a TV porque é hora
de tomar banho? Avise antes, dê um prazo. Aqui, os 5 minutos não falham:
"lindão, daqui a 5 minutos é hora de escovar os dentes, tá"?
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Sobre o filho único
Recebi muitos emails e mensagens bacanas sobre o post de terça-feira, que falava da nossa decisão pelo filho único. Por isso, achei super importante compartilhar com vocês esse texto que li nessa semana.
Para as mamães e papais que decidiram pelo filho único, como nós:
Para as mamães e papais que decidiram pelo filho único, como nós:
Filho único…
Quais são os mitos que circulam na nossa cultura
sobre filho único e o que acontece, de verdade, se eu escolher ter um
filho único? E se eu não quiser ter mais filhos? E se eu não me sentir
preparado para ter mais filhos?
O filho único é visto na nossa cultura
como sendo mais mimado e superprotegido, mas isso pode acontecer com
qualquer filho, não somente com filhos únicos. A questão é que os irmãos
ofertam para nossas vidas quatro habilidades: competir, colaborar,
negociar e dividir. Um filho único não vai ter essas experiências com
irmãos dentro de casa, portanto vai diminuir a forma visceral, contínua e
interminável com que ele teria a oportunidade de conviver com outros
pares para aprender essas quatro habilidades.
Então, o chamado para um
filho único é a socialização. O pai e a mãe de um filho único precisam
se dedicar para que o filho construa uma rede de amigos com idades que
ele possa se sentir íntimo dessas crianças e pertencente ao grupo.
Não
precisa ser um pertencimento fácil, pode ser um pertencimento com
algumas angústias: o outro que não empresta o brinquedo, que quer mandar
na brincadeira, que não quer brincar comigo, quero dividir isso com o
outro e ele não quer… esses pequenos conflitos de crianças quando
acontecem dentro de casa, os pais não têm como sempre proteger…
O pai e a
mãe de filho único precisam ficar atentos para esses momentos em que a
criança pode ficar exposta a situações mais desagradáveis onde nosso
olhar quer sempre proteger… precisam tomar cuidado para não coibi-la de
participar disso, não impedi-las de viver essas coisas que são parte do
processo de amadurecimento relacional dela….é nessas questões que as
crianças vão aprender a se frustrar.
Uma das maiores habilidades da vida
adulta é a tolerância à frustração… Nós precisamos dar aos nossos
filhos o direito de aprender isso. O que a nossa cultura chama de mimo,
nós chamamos de intolerância a frustração. Esse é o processo de
aprendizagem de uma criança, ela ir entendendo que os desejos dela são
limitados diante de determinados contextos e que ela vai precisar
aprender a competir, negociar, dividir e colaborar.
Ter um filho único é
uma alternativa sim, é um direito que você tem de constituir sua
família. Só precisa tomar cuidados para ele ter uma socialização
adequada, que forneça a oportunidade para ele ir aprendendo sobre as
frustrações da vida e os grupos são um grande lugar para isso acontecer.
Alexandre Coimbra Amaral
Para assistir ao vídeo (muuito bom!), acesse o link do Instituto Aripe
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Muito cuidado com o tênis de rodinha
Dia de alerta!
O tênis com rodinhas caiu no gosto dos pequenos, mas deixa muitos pais preocupados, né? Será que ele é seguro?
O tênis passou pela análise da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, que aprovou o produto e afirmou que ele ajuda a criança no
desenvolvimento motor e favorece os reflexos de equilíbrio, mas deve ser
usado com parcimônia!
A fisioterapeuta da Unicamp, Renata di Grazia, conta que já atendeu um menino que sentiu dores pelo uso exagerado do skatênis. “Se a criança anda só um pouquinho com a rodinha no tênis, não tem tanto problema. Mas se ela andar o dia inteiro com aquilo, pode ter uma esporão de calcanho (deformidade no osso do calcanhar)”, explica.‼️
A fisioterapeuta aponta ainda como consequências do uso em excesso, o encurtamento de músculos, dores e alterações posturais, como a hiperlordose (aumento da curvatura da coluna lombar) e a escoliose (quando a coluna faz um "s" ou "c").
A fisioterapeuta da Unicamp, Renata di Grazia, conta que já atendeu um menino que sentiu dores pelo uso exagerado do skatênis. “Se a criança anda só um pouquinho com a rodinha no tênis, não tem tanto problema. Mas se ela andar o dia inteiro com aquilo, pode ter uma esporão de calcanho (deformidade no osso do calcanhar)”, explica.‼️
A fisioterapeuta aponta ainda como consequências do uso em excesso, o encurtamento de músculos, dores e alterações posturais, como a hiperlordose (aumento da curvatura da coluna lombar) e a escoliose (quando a coluna faz um "s" ou "c").
A Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos acaba de lançar um
folheto que alerta para a importância das crianças usarem capacete e
protetores nos pulsos, joelhos e cotovelos sempre que estiverem usando
os tênis com rodinhas.
De acordo com os especialistas, o modismo tem levado cada vez mais crianças para o Pronto Atendimento dos hospitais. "Muitas vezes elas testam os patins longe da assistência dos pais, sem avaliar riscos ambientais como irregularidades no piso e movimento de pedestres ou automóveis, o que pode causar graves acidentes e lesões diversas, principalmente em membros superiores, que são as fraturas mais comuns em crianças".
Já existem escolas proibindo o modelo devido ao grande número de acidentes.
Fonte: G1, Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos.
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Ensinando a criança a parar de chupar o dedo
Dia de atender aos pedidos de vocês!!
Desde que postei sobre como tiramos a chupeta do lindão, muitas leitoras entraram em contato
pedindo dicas de como fazer a criança parar de chupar o dedo. Fui
atrás, conversei com alguns especialistas, pesquisei e trouxe um resumo
das principais. Vamos lá?
Em primeiro lugar, todos foram unânimes ao dizer que esse desafio é
maior que o da retirada da chupeta, já que o dedo está sempre ao alcance
da criança, portanto, é preciso muita calma, paciência e foco dos pais.
Tem data certa?
Se após 2 anos a criança não parou com o hábito, é hora de tirar.
Perceba:
Em que momentos a criança chupa o dedo? É só pra dormir ou sempre que se
sente insegura, ou nervosa, ou irritada? Ao perceber esses sinais, você
pode se adiantar ao momento em que a criança vai colocar o dedo na
boca.
Por exemplo: é quando assiste TV? Então, quando for assistir, já dê um
objeto que mantenha as mãos ocupadas. É quando o sono chega? Então não
permita que a criança fique muito cansada. Aos primeiros sinais de sono,
já coloque-a para dormir. É quando fica irritada? Aos primeiros sinais
de irritação, mude o foco do momento para que a criança desvie a
atenção.
Conversa:
Como tudo na vida, é preciso muita conversa, explicando os malefícios
que o dente provoca (se precisar, mostre fotos de crianças com dentes
tortos, de aparelhos, estragados, e diga que isso pode acontecer se ela
continuar chupando o dedo. O Google tem várias dessas fotos).
Substituição:
Sempre que a criança levar o dedo à boca, dê algum abjeto que
possa substituir essa "muleta", como um bichinho fofo (pra ser
abraçado), um paninho, um brinquedo que ela goste muito.
Se ela estiver chupando o dedo durante o dia, mude o foco oferecendo
brincadeiras, desenhos, jogos ou demais atividades que distraiam a
criança (é interessante que sejam atividades que ocupem as mãos).
Disfarce:
Colocar um adesivo colorido no dedo e explicar que fez "dodói"
de tanto chupar, costuma ajudar muito, pois a criança não sente mais o
prazer do contato direto da boca com a pele.
Exemplos:
Quando a criança começa a frequentar a escola, o exemplo dos amiguinhos,
que não ficam chupando o dedo em sala, costuma ajudar muito na retirada
do hábito.
Ignorar:
Muitas crianças, quando começam a ser repreendidas por chuparem o
dedo, fortalecem ainda mais o hábito por perceberem que é uma forma de
chamar a atenção. Neste caso, ignore. Mude o foco, ofereça objetos para
substituição, mas não comente nada sobre o fato em si.
Elogie:
Sempre que perceber que a criança NÃO está com o dedo na boca nos
momentos em que costumava ficar, elogie seu comportamento. O reforço
positivo é muito importante nas mudanças de hábito.
Quando for ainda bebê:
Se você perceber que seu bebê chupa o dedo ainda na maternidade ou logo
que chegarem em casa, aposte na chupeta para evitar esse hábito. A
chupeta é bem mais fácil de ser retirada.
Ajuda:
Se, mesmo após todas as tentativas, o hábito permanecer após a
criança ter completado 3 anos, pode ser necessário conversar com o
Pediatra e pedir a indicação de um Psicólogo Infantil.
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Tchau, chupeta!
Hoje seria dia de vídeo, mas vou abrir exceção porque sei, por conta dos muitos emails e mensagens, que vocês estão numa ansiedade daquelas pra saber como foi a retirada da chupeta do lindão. Rsrsrsrs.....
Qual tática nós usamos:
A ideia é chegar em uma loja de brinquedos e deixar a criança escolher o
que ela quiser (com certo controle, claro). Na hora de passar pelo
caixa, pedir para a própria criança entregar a chupeta como forma de
pagamento.
Quando a criança pedir a chupeta de novo (porque sempre rola um pequeno
arrependimento), explicar que, pra pegar a chupeta de volta, tem que ir
até a loja e devolver o brinquedo.
Como foi com o lindão:
A nossa ideia inicial era trocar a chupeta pelo presente de Natal, porém
ao mudar do berço para a cama, ele começou a repetir várias vezes que
não era mais bebê e sim um mocinho. No domingo, acordou dizendo que, por
ser mocinho, não queria mais a chupeta. Expliquei que iríamos fazer a
troca no Natal, mas ele disse que a gente podia fazer antes. Resolvemos
levá-lo até uma loja de brinquedos para fazer a troca (aprendi essa dica
com as mães dos amiguinhos de escola dele).
Não quis perder a oportunidade por dois motivos:
1. Porque ideia tinha partido dele
2. Porque adiantar a retirada da chupeta seria maravilhoso.
1. Porque ideia tinha partido dele
2. Porque adiantar a retirada da chupeta seria maravilhoso.
Na loja, ele foi super animado, entregou a chupeta e, pra firmar
bastante a ideia da nossa visita ali, pedimos pra ele se despedir da
chupeta várias vezes. A cada vez, a gente destacava a ideia de que ele
não veria mais a chupeta. Ele se despediu tranquilamente em todas as
vezes.
Pra aumentar o enfoque, dissemos que a chupeta iria para outro bebê em algum lugar de cidade.
Logo que chegou a hora do cochilo, ele entrou em crise quando percebeu
que não teria mais a chupeta. Chorou, ficou bravo e disse que não queria
mais dormir, mas se acalmou depois de uns 10 minutos e dormiu
tranquilo. A noite, ficou bravo de novo e disse pela primeira vez que
queria voltar na loja devolver os brinquedos e pegar a chupeta de volta.
Eu expliquei que ele não veria mais os brinquedos..... Deu para
perceber bem a dúvida na cabecinha dele entre chupeta e brinquedo.
Reclamou um pouquinho e foi deitar. Na cama, pediu a chupeta mas algumas
vezes, fui até lá pra acalmá-lo e quando dormiu, teve uma noite super
tranquila.
Segunda-feira:
No segundo dia, acordou sem falar da chupeta e passou o todo dia bem.
Como era dia de escola, não teve o cochilo da tarde. A noite, voltou a
falar da troca do brinquedo pela chupeta, porém sem grandes reclamações
ou insistência. Depois que mamou, foi para a cama e não tocou mais no
assunto. Pegou no sono sem pedir pela chupeta nenhuma vez.
Terça-feira:
De manhã, não tocou no assunto, mas acordou 2 horas antes do que está acostumado.
À noite, mesmo passando por estresse por ter perdido o direito de brincar com alguns carrinhos depois de fazer birra, não pediu a chupeta. Isso me surpreendeu bastante, pois sempre, ao menor sinal de stress, a primeira coisa que ele fazia era pedir por ela. Dessa vez, conseguiu se acalmar sem a chupeta e foi dormir tranquilo.
À noite, mesmo passando por estresse por ter perdido o direito de brincar com alguns carrinhos depois de fazer birra, não pediu a chupeta. Isso me surpreendeu bastante, pois sempre, ao menor sinal de stress, a primeira coisa que ele fazia era pedir por ela. Dessa vez, conseguiu se acalmar sem a chupeta e foi dormir tranquilo.
Quarta-feira:
Dormiu super bem durante a noite, acordou cedo pedindo o mamá, mas logo
voltou a dormir (como sempre fez) e acordou no horário de costume (ciclo
do sono voltando ao que era quando usava chupeta)
Quinta-feira:
Passou o dia todo sem lembrar da chupeta, mas depois do banho, enquanto
colocava o pijama, pediu pra trocar os brinquedos de novo. Mas logo
depois, se distraiu com uma brincadeira nossa e esqueceu. Mais uma vez,
dormiu a noite toda e acordou no horário de costume.
Sexta-feira:
Foi exatamente igual a quinta, mas só pediu pela chupeta uma vez e já
mudou o foco e esqueceu.....posso dizer que estamos "desmamados" com
sucesso por aqui, graças a Deus!
Algumas dicas:
- elogiamos MUITO a atitude dele. A todo momento, dizíamos o quanto
estávamos orgulhosos, o quanto ele é forte e corajoso por deixar a
chupeta.
- além dos brinquedos que ele escolheu na loja, os avós também presentearam ele por conta da atitude.
- precisamos de uma dose extra de paciência, pois, como estava passando
por um período de crise, tinha rompantes de stress bem mais frequentes
que o normal.
- vínhamos falando sobre largar a chupeta desde junho, pra preparar o emocional dele.
- também falávamos sobre dentes tortos e as dificuldades de quem usa aparelho (usei por 4 anos e pude falar do assunto com propriedade...kkkkk). Às vezes, ele pedia pra ver fotos, daí o amigo Google ajudava bastante.
- também falávamos sobre dentes tortos e as dificuldades de quem usa aparelho (usei por 4 anos e pude falar do assunto com propriedade...kkkkk). Às vezes, ele pedia pra ver fotos, daí o amigo Google ajudava bastante.
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Ritalina e os riscos que ela traz
Fiquei bastante impressionada com esse texto, afinal, se tem uma coisa
que está realmente ficando rotineira, é ver crianças tomando Ritalina.
Assustador!
É uma situação comum. A criança dá trabalho, questiona muito, viaja
nas suas fantasias, se desliga da realidade. Os pais se incomodam e
levam ao médico, um psiquiatra talvez. Ele não hesita: o diagnóstico é
déficit de atenção (ou Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade
– TDAH) e indica ritalina para a criança.
O medicamento é uma bomba. Da família das anfetaminas, a ritalina, ou
metilfenidato, tem o mesmo mecanismo de qualquer estimulante, inclusive
a cocaína, aumentando a concentração de dopamina nas sinapses. A
criança “sossega”: pára de viajar, de questionar e tem o comportamento zombie like,
como a própria medicina define. Ou seja, vira zumbi — um robozinho sem
emoções. É um alívio para os pais, claro, e também para os médicos. Por
esse motivo a droga tem sido indicada indiscriminadamente nos
consultórios, a ponto de o Brasil ser o segundo país que mais
consome ritalina no mundo, só perdendo para os EUA.
A situação é tão grave que inspirou a
pediatra Maria Aparecida
Affonso Moysés, professora titular do Departamento de Pediatria da
Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, a fazer uma declaração
bombástica: “A gente corre o risco de fazer um genocídio do futuro. Quem
está sendo medicado são
as crianças questionadoras, que não se submetem facilmente às regras, e
aquelas que sonham, têm fantasias, utopias e que ‘viajam’. Com isso,
estamos dificultando, senão impedindo, a construção de futuros
diferentes. E isso é terrível”, diz ela.
O fato, no entanto, é que o uso da ritalina reflete muito mais um
problema cultural e social do que médico. A vida contemporânea, que
envolve pais e mães num turbilhão de exigências profissionais, sociais e
financeiras, não deixa espaço para a livre manifestação das crianças.
Elas viram um problema até que cresçam. É preciso colocá-las na escola
logo no primeiro ano de vida, preencher seus horários com “atividades”,
diminuir ao máximo o tempo ocioso, e compensar de alguma forma a lacuna
provocada pela ausência de espaços sociais e públicos. Já não há mais a
rua para a criança conviver e exercer sua “criancice”.
E se nada disso funcionar, a solução é enfiar ritalina goela abaixo.
“Isso não quer dizer que a família seja culpada. É preciso orientá-la a
lidar com essa criança. Fala-se muito que, se a criança não for tratada,
vai se tornar uma dependente química ou delinquente. Nenhum dado
permite dizer isso. Então não tem comprovação de que funciona. Ao
contrário: não funciona. E o que está acontecendo é que o diagnóstico de
TDAH está sendo feito em uma porcentagem muito grande de crianças, de
forma indiscriminada”, diz a médica.
Mas os problemas não param por aí. A ritalina foi retirada do mercado
recentemente, num movimento de especulação comum, normalmente atribuído
ao interesse por aumentar o preço da medicação. E como é uma droga
química que provoca dependência, as consequências foram dramáticas. “As
famílias ficaram muito preocupadas e entraram em pânico, com medo de que
os filhos ficassem sem esse fornecimento”, diz a médica. “Se a criança
já desenvolveu dependência química, ela pode enfrentar a crise de
abstinência. Também pode apresentar surtos de insônia, sonolência, piora
na atenção e na cognição, surtos psicóticos, alucinações e correm o
risco de cometer até o suicídio. São dados registrados no Food and Drug
Administration (FDA)”.
Enquanto isso, a ritalina também entra no mercado dos jovens e das
baladas. A medicação inibe o apetite e, portanto, promove emagrecimento.
Além disso, oferece o efeito “estou podendo” — ou seja, dá a sensação
de raciocínio rápido, capacidade de fazer várias atividades ao mesmo
tempo, muito animação e estímulo sexual — ou, pelo menos, a impressão
disso. “Não há ressaca ou qualquer efeito no dia seguinte e nem é
preciso beber para ficar louco”, diz uma usuária da droga nas suas
incursões noturnas às baladas de São Paulo. “Eu tomo logo umas duas e
saio causando, beijando todo mundo, dançando o tempo todo, curtindo
mesmo”, diz ela.
Para ler o texto na íntegra, clique no link: Psicologias do Brasil
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Nossos filhos precisam de tédio e Ócio
Ficar na fila olhando "pro nada".
Esperar a comida do restaurante chegar enquanto repara no lugar, nas pessoas e conversa.
Assistir aos comerciais da TV.
Deitar na cama ou no sofá, olhar para o teto e curtir um momento "fazendo nada".
Acabar de comer antes de todo mundo e ter de ficar na mesa assistindo a comilança alheia tranquilamente.
Quantas vezes nós já passamos por essas situações? Inúmeras, né? Desde a infância.
Agora eu gostaria de mudar a pergunta: releia os tópicos acima e diga
quantas vezes os seus filhos já estiveram nas mesmas situações.
Creio que, salvo raras exceções, a grande maioria de vocês vai pensar:
"ah, mas as crianças de hoje são diferentes! Elas têm muita energia!
Elas são mais espertas do que nós fomos! Elas não aceitam mais esperar!"
E por aí vai.....
Será mesmo? Será que, por alguma mágica do destino, as crianças foram
perdendo a noção de paciência? Será mesmo que essa transformação toda
existe só porque elas são "mais agitadas" do que nós fomos?
Eu realmente não acredito nisso. Que elas são mais avançadas, mais
espertas e mais "ligeiras" do que nós, eu acredito, até porque, vivo
isso em casa com o lindão. No entanto, acredito também, que saber
esperar, saber "curtir o tédio", aprender a ter paciência, é questão de
ensinamento. Vem de berço.
Hoje, ainda na gravidez, já somos condicionados a pensar que criança
precisa se distração 24h por dia. Que criança entediada faz birra. Que
as crianças de "hoje" não sabem ficar quietas, etc...etc...
As crianças de hoje só são assim porque estão sendo criadas assim. Não
podem mais ficar numa fila sem que se distraiam com o celular. Não podem
mais esperar no restaurante sem que usem o tablet pra "matar tempo".
Não interagem mais porque estão sempre "ocupadas", olhando para alguma
tela. Seu filho está sentado no sofá com a cara emburrada porque não tem
nada pra fazer? Deixe ele ali! Tédio não mata ninguém não!
Creio que nossos filhos PRECISAM do tédio. Eles precisam aprender que
esperar faz parte da vida. Que raríssimas coisas acontecem na hora que a
gente quer que aconteçam. Que o "fazer nada" também é bacana, relaxa e
pode gerar ideias fantásticas.
Com isso em mente, eu e o maridão estamos usando algumas táticas
práticas com o lindão pra ir incorporando esse tipo de comportamento na
vida dele:
- No restaurante, ele espera pela comida junto com a gente (sem celular)
e é responsável por ficar de olho no painel esperando a nossa senha
(quando estamos num shopping, por exemplo).
- Em casa, enquanto eu faço o almoço, ele fica comigo na cozinha,
brincando. Se pede a minha atenção ou quer que eu vá lá no quintal
brincar com ele, explico que agora estou fazendo o almoço e que ele
precisa esperar (às vezes, isso gera crises imensas, com direito a
muitos gritos e protestos, mas eu não dou o braço a torcer e só vou
brincar com ele quando terminar o preparo da comida).
- Na TV, não deixamos ele mudar de canal durante os comerciais....tem
que aprender a esperar.....e fazemos o mesmo no YouTube. Só pulamos
anúncios que sejam impróprios para a idade dele. No mais, tem que
assistir até que o próximo vídeo comece.
- Quando enfrentamos uma fila, não nos apoiamos em nenhum artifício pra
passar o tempo. Enfrentamos a fila e pronto. Conversamos, brincamos com
os itens do carrinho, etc.
- Se ele acaba de comer antes de nós, não pode descer da mesa até que todos tenham comido.
A partir do momento em que tomamos essa decisão, nós mesmos aprendemos
muito, pois percebemos que estávamos iguais a ele...sempre com o celular
em punho, sem paciência nenhuma pra esperar, sempre com pressa.
Creio que não só as crianças, mas todos nós, precisamos dessa calmaria.
Precisamos contemplar o "nada". Precisamos valorizar as esperas.
Precisamos tirar o pé do acelerador. Pelo bem do nossos futuro...pelo
bem da nossa saúde física e mental.
*******
O que eu não quero que o meu filho seja
Lembro que ano passado, eu fiz um post dizendo o que eu sonhava pra minha nora e para o meu filho e hoje, eu gostaria de fazer o inverso.
Vendo notícias e posts sobre comportamentos masculinos nas redes sociais
(e no dia a dia), me veio uma lista facilmente na cabeça sobre o tipo
de homem que eu não quero que meu filho seja:
- Eu não quero que meu filho fique pulando de galho em galho,
experimentando a mulher que for melhor. Acho esse tipo de atitude uma
baita falta de respeito. Não tem nada de "legal, bacana ou másculo"
nisso.
- Eu não quero que meu filho seja um desses homens que, na primeira
dificuldade, pula fora do casamento (ou do emprego, ou do namoro, etc) e
já sai apontando o dedo para todos, menos pra ele.
- Eu não quero que o meu filho seja um desses maridos maravilhosos que,
ao se tornarem pais, fogem do casamento porque a mulher está "diferente"
e o relacionamento não é mais o mesmo (ainda me impressiona a
quantidade de emails que recebo de leitoras que estão passando por essa
situação).
- Eu não quero que o meu filho ache que ser pai e esposo é só colocar
dinheiro dentro de casa e trabalhar feito um condenado. Eu quero que ele
saiba que estar presente, acompanhar cada momento da família, é a
verdadeira riqueza do ser-humano.
- Eu não quero que meu filho ache que os cuidados com a casa e as
crianças são apenas da esposa. Eu quero que ele saiba fazer de tudo um
pouco pra poder participar ativamente de todas as tarefas.
- Eu não quero que meu filho seja desses homens que contam vantagens com
coisas péssimas como cigarro, bebidas, drogas, violência. Eu quero que
ele entenda que vantagem mesmo nessa vida, é ter Deus no coração, ética,
honestidade e ser admirado por todos ao seu redor por ser uma boa
pessoa.
- Eu não quero que meu filho veja o dinheiro como a principal conquista
de uma vida, mas sim, como algo que é importante, mas é apenas a
consequência de muito trabalho.
Sim....a missão de nós, pais e mãe, é grande. Todos esses sonhos que
tenho para o lindão são, em grande parte, responsabilidade minha e do
maridão. Cabe a nós formar essa pessoa bacana. Cabe a nós deixar uma
pessoa melhor para o mundo.
*******
Moral x Personalidade
Algo que vejo com muita frequência hoje em dia, são artigos defendendo o
fato de que é preciso respeitar a individualidade da criança quando
chega a hora da repreensão e da correção. Por exemplo: uma criança muito
tímida não deve ser forçada a cumprimentar as pessoas quando chega a
uma festa.
Outro exemplo: uma criança pequena não deve ser obrigada a pedir
desculpas, pois ela ainda não tem capacidade de entender o que isso
significa.
Eu acho esse tipo de teoria um imenso absurdo. Parece que, hoje em dia,
as crianças não podem mais ser confrontadas, desafiadas, contrariadas.
Parece que vão quebrar se algo acontecer diferente do que elas querem.
Morro de medo ao pensar no que essas crianças vão se transformar no
futuro. Que tipo de adulto serão ao nunca serem confrontadas na
infância?
E por que eu não concordo com essa prática? Porque eu creio piamente que valores morais, nada têm a ver com a personalidade.
Se a criança é muito tímida, você realmente não pode forçá-la a brincar
com várias crianças na festinha de aniversário assim que chegam ao
local, mas cumprimentar os presentes é obrigatório sim, pois envolve
educação e treino para se viver em sociedade.
Se a criança é pequena demais, aí sim é que está na hora de ensinar que
pedir desculpas é fundamental quando se faz algo de errado. Por que
esperar "a hora em que a criança estiver preparada", como dizem
os especialistas? Preparada?! Ninguém está naturalmente preparado para
assumir seus erros e se desculpar por eles. Isso exige treino, isso
exige ir contra a sua natureza egoísta de ser-humano. Sabem quando a
criança estará "preparada"? Quando ela já tiver sido ensinada
exaustivamente sobre a importância de se desculpar e de não voltar a
cometer o mesmo erro. E como ela será ensinada? Desde sempre, com muita
persistência dos pais, pois só assim, quando a percepção dela estiver
mais madura, desculpar-se será natural.
Temperamento, personalidade ou sexo não podem ser usados como desculpa para maus comportamentos. Jamais!
Dois exemplos bem claros sobre o sexo: um menino que é muito violento, nunca ser repreendido porque "meninos são assim mesmo" ou uma menina extremamente fofoqueira nunca ser repreendida porque "meninas falam demais mesmo".
Mau comportamento é mau comportamento e ponto. É fundamental educar a
criança para que ela viva em sociedade. Por mais que os especialistas
digam o contrário hoje em dia, não é a sociedade que "tem que aceitar a natureza da criança". É a criança que tem, sim, que se moldar aos bons comportamentos para que consiga viver em sociedade sem se tornar um fardo.
E esses bons comportamentos NUNCA virão naturalmente! Nunquinha! A
natureza humana é feia, gente! Nossa natureza é egoísta, birrenta,
horrível mesmo! Por que vocês acham que toda criança é igual? É
simplesmente porque elas nascem sem filtros, sem máscaras, nascem cruas,
como o ser-humano é na sua essência. Esperar que essa criança resolva,
por vontade própria, compartilhar seus brinquedos ou pedir desculpas
para o amiguinho, é quase tão absurdo quanto um adulto acreditar em
Papai Noel.
Educação vem de berço....esse ditado diz tudo! Para a criança ser
educada, ter bons comportamentos, não adianta ficar esperando a hora
certa não! A hora é agora! É toda hora! É dando bons exemplos em casa, é
ensinando o que é certo e o que é errado desde sempre. Quem fica
"esperando acontecer", vai é levar um belo susto quando tiver um
adolescente descontrolado em casa e perceber que já é tarde demais pra
passar o que precisava ter sido passado lá atrás.
*******
Não dê a punição de acordo com o seu humor
Veja se essa cena também é familiar pra você como foi pra mim:
Você está em um dia muito bom, cheio de vitórias. Seu humor está lá nas
alturas. Na hora do jantar, seu filho derruba o copo e o suco se espalha
por toda a mesa. Você vira pra ele com todo o amor e diz: sem
problemas...foi sem querer. É só suco...vamos limpar isso juntos!
No dia seguinte, tudo dá errado pra você. Nenhum plano é cumprido. Tudo o
que você tinha planejado vai por água abaixo. Na hora do jantar, seu
filho - novamente - derruba o copo e o suco se espalha por toda a mesa.
Você vira pra ele com fúria: mas que coisa!! Já não te falei pra tomar
cuidado?! Vai ficar sem TV hoje!! Já pro quarto!
Um dia de diferença.....dois comportamentos totalmente opostos......uma
criança sem entender o que é certo e o que é errado. O que ela pode ou
não pode fazer. Quando é "normal" derramar suco na mesa e quando é
"criminoso".
Essa foi uma das lições que mais me tocou no curso que fiz no semestre
passado: "Educando Filhos à Maneira de Deus", pois eu fazia isso com
lindão...inúmera vezes. Mas o fato é que não podemos - não devemos - dar
a punição de acordo com o nosso humor. A punição deve ser sempre a
mesma quando o erro se repete.
Pra vocês, pais, derramar suco na mesa sem querer é algo tranquilo? Então TEM QUE SER SEMPRE TRANQUILO.
Pra vocês, não chegar em casa e guardar o sapato no lugar é muito
errado? Então, TEM QUE SER SEMPRE MUITO ERRADO, mesmo naquele dia em que
o cansaço é tão grande que dá preguiça de lembrar mais uma vez, que a criança não pode deixar o sapato espalhado pela casa.
Pra vocês, repreender a criança quando ela responde malcriadamente é
lei? Então, TEM QUE SER LEI SEMPRE, mesmo quando vocês estiverem
descontraídos em uma festa de família.
Para que a criança aprenda a "ser gente", ela precisa aprender o real
motivo das coisas, por isso, o que é inadmissível hoje, deve ser
inadmissível amanhã. O que é tranquilo hoje, deve ser tranquilo amanhã. O
que é errado hoje, deve ser errado amanhã, e o que é certo hoje, deve
ser certo amanhã. Não importa como foi o dia de vocês. Não importa o
quão cansados vocês estão, não importa se vocês estão mais felizes do
que nunca.
A única exceção, na minha opinião (e sem abuso, claro) é quando os
pequenos estão doentinhos....nesse caso, não tem como deixar de ceder
aqui ou ali...no mais, precisamos mostrar pra eles o que é certo e o que
é errado na nossa família...precisamos transmitir nossos conceitos de
forma clara e objetiva. Eles precisam entender o recado, sem dúvida
nenhuma, com toda a transparência e clareza possíveis.
*******
Será que seu filho não está escolhendo demais?
Ele só toma suco se for no copo amarelo.
Ela só escova os dentes com a escova verde.
Ele só almoça se for no prato do Super Homem.
Ela só sai de casa depois de escolher sua própria roupa.
........
Já viram esse filme? Quem nunca né?
Ela só escova os dentes com a escova verde.
Ele só almoça se for no prato do Super Homem.
Ela só sai de casa depois de escolher sua própria roupa.
........
Já viram esse filme? Quem nunca né?
Ensinar a criança a ter opinião e fazer suas próprias escolhas é
importante? Ninguém duvida disso! Porém, essa onda que toma conta de
vários artigos de especialistas hoje em dia, onde a criança é quem
decide o que ela quer fazer, a criança é que decide o que ela quer
vestir, a criança é que decide o que a família vai fazer, a criança é
que decide a hora de pedir desculpas.... E por aí vai!
Temos que tomar muito cuidado com isso!
Precisamos sim, ensinar nossos filhos a tomar decisões e fazer escolhas,
no entanto - literalmente -, quem manda na casa são os pais. Não
adianta deixar tudo por conta de alguém que ainda não tem discernimento e
esperar que, no fim do dia, a criança aceite tudo o que você quer sem
fazer uma cena de birra.
Mas então, qual é a solução?
Liberdade vigiada e dosada: seu filho pode escolher a cor do copo
que ele vai usar pra tomar suco? Claro! Porém, ele vai escolher entre
as duas cores que você pré escolheu.
Sua filha pode definir com qual roupa ela vai sair de casa? Com certeza!
Mas ela terá que se decidir entre as duas ou três opções que você
escolheu antes.
Já outros detalhes precisam ser impostos pelos pais e pronto... a escova
de dentes é um bom exemplo, afinal, todo mundo vive com apenas uma
escova, não é mesmo? Portanto, vai ser da mesma forma com a criança. Não
existe a necessidade de escolher uma escova de dentes a cada escovada.
Cada um tem a sua e ponto final.
Aprendi essa lição no curso que fiz recentemente, como vocês acompanharam nas minhas redes sociais: Educando Filhos à Maneira de Deus, da Universidade da Família. Nessa aula, os professores deram um exemplo que deixa tudo isso que foi dito bem claro:
"É hora do café da manhã e seu filho de 4 anos entra na cozinha. Você
acabou de colocar suco de laranja no copo vermelho, mas ele te lembra
que o copo dele é o azul com desenho da nave espacial. Você sorri e faz a
troca. Ele também avisa que, nesta manhã, quer suco de uva em vez de
suco de laranja. Você pensa 'não tem problema os dois são saudáveis'.
Quando começa a passar manteiga na torrada, seu filho decide que hoje
ele quer geleia. Tudo bem! A torrada com manteiga pode ficar pra
você..... Então, você põe outra fatia de pão na torradeira e passa
geleia para o seu filho.
Chega a hora do almoço. Você chama seu filho para almoçar, mas ele diz
que está brincando com os caminhões. Você pensa: 'tudo bem, uns
minutinhos a mais não serão problema'. E vocês almoçam 20 minutos mais
tarde nesse dia.
Depois do almoço, é hora do banho. Você prepara tudo e chama seu filho
para o banheiro, mas ele diz que quer brincar mais um pouco. Você
responde que agora é hora de tomar banho e pega seu filho pela mão.....
ele começa a gritar e a se jogar no chão..... e você fica pensando: 'o
que será que aconteceu? Nossa manhã foi tão tranquila! Não tivemos
nenhum atrito até agora'!"
Vendo desta forma fica bem claro, né?
Sim, nossos filhos precisam aprender a fazer suas escolhas, mas, durante
a infância e pré-adolescência, essas escolhas são e sempre serão
supervisionadas por nós, pais.
*******
Ensinando a criança a não interromper
Se tem uma coisa que irrita a gente é aquele famoso "mamãe, mamãe, mamãe"/ "papai, papai, papai" quando estamos conversando, né? É um hábito chato e extremamente inconveniente das crianças e elas só vão aprender a não fazer isso, se forem ensinadas e orientadas por nós.
Aprendi uma técnica recentemente que achei o máximo (está começando a dar certo com o lindão, mas ainda escapam muitos "mamães" e "papais", pois ele tem apenas 3 anos....lá pelos 5 é que poderemos colher os resultados que tanto sonhamos.
A técnica é bem simples:
- ensine a criança a tocar você quando quiser falar alguma coisa (só tocar...não vale ficar chamando).
- explique que, assim que sentir o toque, você irá tocar a mãozinha da criança, mostrando que percebeu que ela está precisando falar com você (não deixe isso passar em branco...assim que a criança te tocar, toque a mão dela: por aqui, já dei esse mico duas vezes. Lindão ali, com a mãozinha em mim, e eu sem colocar a mão nele...daí ele gritou: "mamãe, tô com a mão aqui, tô com a mão aqui"!)
- fique com a mão na mãozinha da criança até terminar o seu assunto e, então, vire para ela e veja o que ela quer.
Esse método é muito eficiente (já vi várias vezes e dá super certo), mas exige calma e paciência de nossa parte, pois demora bastante para a criança assimilar totalmente o passo a passo e, principalmente, a ter a paciência necessária para esperar os pais acabarem o assunto deles.
*é importante começar quando a criança já entende o que é "esperar a vez"
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Se tem uma coisa que irrita a gente é aquele famoso "mamãe, mamãe, mamãe"/ "papai, papai, papai" quando estamos conversando, né? É um hábito chato e extremamente inconveniente das crianças e elas só vão aprender a não fazer isso, se forem ensinadas e orientadas por nós.
Aprendi uma técnica recentemente que achei o máximo (está começando a dar certo com o lindão, mas ainda escapam muitos "mamães" e "papais", pois ele tem apenas 3 anos....lá pelos 5 é que poderemos colher os resultados que tanto sonhamos.
A técnica é bem simples:
- ensine a criança a tocar você quando quiser falar alguma coisa (só tocar...não vale ficar chamando).
- explique que, assim que sentir o toque, você irá tocar a mãozinha da criança, mostrando que percebeu que ela está precisando falar com você (não deixe isso passar em branco...assim que a criança te tocar, toque a mão dela: por aqui, já dei esse mico duas vezes. Lindão ali, com a mãozinha em mim, e eu sem colocar a mão nele...daí ele gritou: "mamãe, tô com a mão aqui, tô com a mão aqui"!)
- fique com a mão na mãozinha da criança até terminar o seu assunto e, então, vire para ela e veja o que ela quer.
Esse método é muito eficiente (já vi várias vezes e dá super certo), mas exige calma e paciência de nossa parte, pois demora bastante para a criança assimilar totalmente o passo a passo e, principalmente, a ter a paciência necessária para esperar os pais acabarem o assunto deles.
*é importante começar quando a criança já entende o que é "esperar a vez"
*é importante começar quando a criança já entende o que é "esperar a vez"
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Estamos explicando os nossos "nãos"?
Eu já falei aqui no blog sobre a importância de economizarmos nossos "nãos", lembram? Mas, às vezes, eles são sim extremamente necessários e importantes. Só que precisamos tomar cuidado com isso também...sabem por quê? Porque dizer "não" sem explicar a razão daquele "não" é como chover no molhado, porque a criança fica perdida, sem saber o motivo daquela proibição e, lá na frente vai fazer o quê? Repetir o mesmo erro mais uma (e mais uma, e mais uma, e mais uma) vez.
E como nós, pais, ficamos nessa? Esgotados, estressados e irritados porque eles nunca aprendem, né?
Pois resolver essa questão é mais simples do que parece (não é rápida, mas é simples e dá efeito de verdade).
O segredo é: EXPLICAR! Simples assim!
* importante lembrar: essa técnica começa a funcionar em crianças a partir de 2 anos e meio...antes disso, é simplesmente "não" mesmo, já que ela não terá maturidade suficiente ainda pra entender sua explicação.
Ao invés de dizer: "desce da cadeira", diga: "desce da cadeira...você pode cair e se machucar".
Ao invés de dizer: "pare de correr pelo shopping", diga: "você não pode ficar correndo pelo shopping, porque pode machucar um bebê ou um vovô ou ainda, pode se perder e nunca mais vai ver a mamãe e o papai. Já pensou que triste?"
Ao invés de dizer: "não pode comer doce antes do almoço", diga: "você não pode comer doce antes do almoço porque vai ficar sem fome. Quando comer sua comida, aí sim merecerá o doce".
Explicar, ajuda a criança a formar uma espécia de "almoxarifado" mental. Claro que as coisas não irão se resolver na primeira explicação, mas aos poucos, você irá precisar menos se explicar e até mesmo dizer o famoso "não", porque o conceito já estará na cabeça da criança.
Depois de ouvir a mesma explicação algumas vezes, ela mesma irá se lembrar, lá na frente, por exemplo, quando for pedir pra comer um doce antes do almoço, que não adianta pedir isso, porque não é permitido. Ou então, quando ela sentir aquela vontade de correr pelo shopping, vai se lembrar do perigo que é machucar alguém ou se perder dos seus pais.
Essa dica está fazendo uma grande diferença aqui em casa. Nossos "nãos" estão diminuindo na mesma proporção que nossa paciência está aumentando....rsrsrsrs.....em alguns pontos, o próprio lindão já se auto explica, como por exemplo, dia desses, quando ele e a prima estavam correndo pelo pátio da igreja, nós chamamos os dois e só perguntamos: "por que vocês não podem correr aqui?" E eles prontamente responderam: "porque não podemos machucar as pessoas!"
E pararam de correr! Da próxima vez, certeza que vai acontecer exatamente a mesma coisa, mas depois de mais algumas explicações, eles vão se lembrar sozinhos de não correrem ali.
Como já disse aí em cima, não é uma técnica rápida. Ela exige paciência extra dos pais, mas estou sentindo na própria pele: vale a pena!
*******
Eu já falei aqui no blog sobre a importância de economizarmos nossos "nãos", lembram? Mas, às vezes, eles são sim extremamente necessários e importantes. Só que precisamos tomar cuidado com isso também...sabem por quê? Porque dizer "não" sem explicar a razão daquele "não" é como chover no molhado, porque a criança fica perdida, sem saber o motivo daquela proibição e, lá na frente vai fazer o quê? Repetir o mesmo erro mais uma (e mais uma, e mais uma, e mais uma) vez.
E como nós, pais, ficamos nessa? Esgotados, estressados e irritados porque eles nunca aprendem, né?
Pois resolver essa questão é mais simples do que parece (não é rápida, mas é simples e dá efeito de verdade).
O segredo é: EXPLICAR! Simples assim!
* importante lembrar: essa técnica começa a funcionar em crianças a partir de 2 anos e meio...antes disso, é simplesmente "não" mesmo, já que ela não terá maturidade suficiente ainda pra entender sua explicação.
Ao invés de dizer: "desce da cadeira", diga: "desce da cadeira...você pode cair e se machucar".
Ao invés de dizer: "pare de correr pelo shopping", diga: "você não pode ficar correndo pelo shopping, porque pode machucar um bebê ou um vovô ou ainda, pode se perder e nunca mais vai ver a mamãe e o papai. Já pensou que triste?"
Ao invés de dizer: "não pode comer doce antes do almoço", diga: "você não pode comer doce antes do almoço porque vai ficar sem fome. Quando comer sua comida, aí sim merecerá o doce".
Explicar, ajuda a criança a formar uma espécia de "almoxarifado" mental. Claro que as coisas não irão se resolver na primeira explicação, mas aos poucos, você irá precisar menos se explicar e até mesmo dizer o famoso "não", porque o conceito já estará na cabeça da criança.
Depois de ouvir a mesma explicação algumas vezes, ela mesma irá se lembrar, lá na frente, por exemplo, quando for pedir pra comer um doce antes do almoço, que não adianta pedir isso, porque não é permitido. Ou então, quando ela sentir aquela vontade de correr pelo shopping, vai se lembrar do perigo que é machucar alguém ou se perder dos seus pais.
Essa dica está fazendo uma grande diferença aqui em casa. Nossos "nãos" estão diminuindo na mesma proporção que nossa paciência está aumentando....rsrsrsrs.....em alguns pontos, o próprio lindão já se auto explica, como por exemplo, dia desses, quando ele e a prima estavam correndo pelo pátio da igreja, nós chamamos os dois e só perguntamos: "por que vocês não podem correr aqui?" E eles prontamente responderam: "porque não podemos machucar as pessoas!"
E pararam de correr! Da próxima vez, certeza que vai acontecer exatamente a mesma coisa, mas depois de mais algumas explicações, eles vão se lembrar sozinhos de não correrem ali.
Como já disse aí em cima, não é uma técnica rápida. Ela exige paciência extra dos pais, mas estou sentindo na própria pele: vale a pena!
*******
Vamos desacelerar? Conheçam o Slow Pareting.
Eu sou uma grande admiradora dessa tendência, pois realmente não aprovo essa "pressa" toda que forçamos as crianças a viverem hoje em dia.
Mais um desses textos que eu gostaria de ter escrito, porque penso exatamente assim:
A infância tem seu próprio ritmo, sua própria maneira de sentir, ver e pensar. Poucas pretensões podem ser tão erradas como tentar substituí-la pela forma como nos sentimos, vemos ou pensamos, porque as crianças nunca serão cópias de seus pais.
Há alguns meses, saiu uma notícia que nos desconcerta e nos convida a refletir. No Reino Unido, muitas famílias preparam suas crianças de 5 anos para que, aos 6, possam fazer um teste que lhes permite ter acesso às melhores escolas. Um suposto “futuro promissor” causa a perda da infância.
Hoje em dia, muitos pais continuam com a ideia de “acelerar” as habilidades de seus filhos, de estimulá-los cognitivamente, colocá-los para dormir ao som de Mozart enquanto ainda estão no útero. Pode ser que essa necessidade de criar filhos aptos para o mundo esteja educando filhos aptos apenas para si mesmos. Criaturas que com apenas 5 ou 6 anos sofrem o stress de um adulto.
Todos sabemos que, nessas sociedades competitivas, são necessárias pessoas capazes de se adaptar a estas exigências. No entanto, também é necessário perguntar …
Terá valido a pena todo o custo emocional? O perder a infância? O seguir as orientações de seus pais desde os 5 anos?
As crianças são feitas de sonhos e devem ser tratadas com cuidado. Se as dermos obrigações de adultos enquanto ainda são apenas as crianças, arrancamos suas asas, fazendo-as perderem a sua infância.
A curiosidade é a maior motivação do cérebro de uma criança, por conseguinte, é conveniente que os pais e educadores sejam facilitadores de aprendizagem, e não agentes de pressão.
O “Slow Parenting” (pais sem pressa) é um verdadeiro reflexo dessa corrente social e filosófica que convida-nos a desacelerarmos, a sermos mais conscientes do que nos rodeia. Portanto, no que se refere à criança, se promove um modelo mais simplificado, de paciência, com respeito aos ritmos da criança em cada fase de desenvolvimento.
Eu sou uma grande admiradora dessa tendência, pois realmente não aprovo essa "pressa" toda que forçamos as crianças a viverem hoje em dia.
Mais um desses textos que eu gostaria de ter escrito, porque penso exatamente assim:
A infância tem seu próprio ritmo, sua própria maneira de sentir, ver e pensar. Poucas pretensões podem ser tão erradas como tentar substituí-la pela forma como nos sentimos, vemos ou pensamos, porque as crianças nunca serão cópias de seus pais.
Há alguns meses, saiu uma notícia que nos desconcerta e nos convida a refletir. No Reino Unido, muitas famílias preparam suas crianças de 5 anos para que, aos 6, possam fazer um teste que lhes permite ter acesso às melhores escolas. Um suposto “futuro promissor” causa a perda da infância.
Hoje em dia, muitos pais continuam com a ideia de “acelerar” as habilidades de seus filhos, de estimulá-los cognitivamente, colocá-los para dormir ao som de Mozart enquanto ainda estão no útero. Pode ser que essa necessidade de criar filhos aptos para o mundo esteja educando filhos aptos apenas para si mesmos. Criaturas que com apenas 5 ou 6 anos sofrem o stress de um adulto.
Todos sabemos que, nessas sociedades competitivas, são necessárias pessoas capazes de se adaptar a estas exigências. No entanto, também é necessário perguntar …
Terá valido a pena todo o custo emocional? O perder a infância? O seguir as orientações de seus pais desde os 5 anos?
As crianças são feitas de sonhos e devem ser tratadas com cuidado. Se as dermos obrigações de adultos enquanto ainda são apenas as crianças, arrancamos suas asas, fazendo-as perderem a sua infância.
A curiosidade é a maior motivação do cérebro de uma criança, por conseguinte, é conveniente que os pais e educadores sejam facilitadores de aprendizagem, e não agentes de pressão.
O “Slow Parenting” (pais sem pressa) é um verdadeiro reflexo dessa corrente social e filosófica que convida-nos a desacelerarmos, a sermos mais conscientes do que nos rodeia. Portanto, no que se refere à criança, se promove um modelo mais simplificado, de paciência, com respeito aos ritmos da criança em cada fase de desenvolvimento.
OS EIXOS BÁSICOS QUE DEFINEM O SLOW PARENTING SERIAM:
- A necessidade básica de uma criança é brincar e descobrir o mundo;
- Nós não somos “amigos” de nossos filhos, somos suas mães e pais. Nosso dever é amá-los, orientá-los, ser seu exemplo;
- Lembre-se sempre de que “menos é mais”. Que a criatividade é a arma dos filhos, um lápis, papel e um campo têm mais poder do que um telefone ou um computador;
- Compartilhe tempo com seus filhos em espaços tranquilos.
Respeitemos sua infância, respeitemos essa etapa que oferece raízes às suas esperanças e asas às suas expectativas. (Luiza Fletcher)
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- A necessidade básica de uma criança é brincar e descobrir o mundo;
- Nós não somos “amigos” de nossos filhos, somos suas mães e pais. Nosso dever é amá-los, orientá-los, ser seu exemplo;
- Lembre-se sempre de que “menos é mais”. Que a criatividade é a arma dos filhos, um lápis, papel e um campo têm mais poder do que um telefone ou um computador;
- Compartilhe tempo com seus filhos em espaços tranquilos.
Respeitemos sua infância, respeitemos essa etapa que oferece raízes às suas esperanças e asas às suas expectativas. (Luiza Fletcher)
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Conversa de adulto também é pra criança
Achei esse texto MUITO bacana e importante pra nós, pais e mães:
Que atire a primeira pedra a mãe que nunca falou: “isso é conversa de adulto”, quando o filho questionou sobre algo polêmico ou delicado. Não condeno essa típica frase, até porque realmente acredito que as crianças podem ser poupadas de alguns diálogos. Porém, acho importante avaliarmos se não estamos usando a desculpa da “conversa de adulto” apenas como uma válvula de escape para não falar sobre assuntos sérios.
Nós precisamos conversar sobre política, bullying, educação, sexo, trabalho e muito mais com crianças. A princípio, isso pode parecer um choque, já que a sociedade não está acostumada a tocar nesses assuntos desde a infância. Mas a verdade é que se trata muito mais sobre como você vai falar do que sobre o que será discutido.
É evidente que você não vai detalhar a complexidade política que vive o país com seu filho de 5 anos, por exemplo. Mas ao explicar que algumas coisas são de todos (públicas) e outras pertencem a alguém (privadas) já estamos falando sobre política. Esse é apenas um exemplo de como podemos simplificar temas que são extremamente importantes de serem introduzidos ainda na infância.
Se mesmo assim você não consegue trazer os temas delicados para o mundo das crianças, vale à pena recorrer a outras possibilidades. A tecnologia pode ser uma ótima aliada nesse sentido: temos aplicativos, desenhos, filmes, jogos e outras plataformas que têm um viés socioeducativo e uma linguagem acessível para crianças. É importante acompanhá-los nessas atividades e verificar que tipo de conteúdo eles têm consumido.
É verdade que é muito mais fácil negligenciar os assuntos polêmicos e postergar ao máximo o momento de falar sobre eles. Mas, dependendo do caso, isso pode gerar consequências sérias às crianças. Por exemplo, é muito mais saudável que elas aprendam com você o que é bullying, ao invés de só entender a gravidade do problema depois de praticar ou sofrer na pele.
Além de evitar futuros desconfortos, conversar sobre tudo com seus filhos só traz benefícios. Certamente você ganhará ainda mais a confiança deles, pois, se vocês está aberta a falar sobre assuntos sérios, eles também estarão dispostos a contar seus problemas. Por fim, tendo contato desde cedo com questões relevantes, é natural que a criança amadureça mais rápido e se torne alguém muito mais consciente.
Não é uma tarefa fácil e o caminho mais simples é deixar a “conversa de adulto” para depois. É difícil apontar o certo e o errado nessa história toda, assim como não existe uma fórmula mágica para tocar em temas delicados. O mais importante é fazer uma reflexão na família e verificar se o que você deixa de contar ao seu filho não pode prejudicá-lo no futuro.
Por Fabiany Lima
(mãe de gêmeas, escritora de livros infantis e criadora o aplicativo Timokids)
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Achei esse texto MUITO bacana e importante pra nós, pais e mães:
Que atire a primeira pedra a mãe que nunca falou: “isso é conversa de adulto”, quando o filho questionou sobre algo polêmico ou delicado. Não condeno essa típica frase, até porque realmente acredito que as crianças podem ser poupadas de alguns diálogos. Porém, acho importante avaliarmos se não estamos usando a desculpa da “conversa de adulto” apenas como uma válvula de escape para não falar sobre assuntos sérios.
Nós precisamos conversar sobre política, bullying, educação, sexo, trabalho e muito mais com crianças. A princípio, isso pode parecer um choque, já que a sociedade não está acostumada a tocar nesses assuntos desde a infância. Mas a verdade é que se trata muito mais sobre como você vai falar do que sobre o que será discutido.
É evidente que você não vai detalhar a complexidade política que vive o país com seu filho de 5 anos, por exemplo. Mas ao explicar que algumas coisas são de todos (públicas) e outras pertencem a alguém (privadas) já estamos falando sobre política. Esse é apenas um exemplo de como podemos simplificar temas que são extremamente importantes de serem introduzidos ainda na infância.
Se mesmo assim você não consegue trazer os temas delicados para o mundo das crianças, vale à pena recorrer a outras possibilidades. A tecnologia pode ser uma ótima aliada nesse sentido: temos aplicativos, desenhos, filmes, jogos e outras plataformas que têm um viés socioeducativo e uma linguagem acessível para crianças. É importante acompanhá-los nessas atividades e verificar que tipo de conteúdo eles têm consumido.
É verdade que é muito mais fácil negligenciar os assuntos polêmicos e postergar ao máximo o momento de falar sobre eles. Mas, dependendo do caso, isso pode gerar consequências sérias às crianças. Por exemplo, é muito mais saudável que elas aprendam com você o que é bullying, ao invés de só entender a gravidade do problema depois de praticar ou sofrer na pele.
Além de evitar futuros desconfortos, conversar sobre tudo com seus filhos só traz benefícios. Certamente você ganhará ainda mais a confiança deles, pois, se vocês está aberta a falar sobre assuntos sérios, eles também estarão dispostos a contar seus problemas. Por fim, tendo contato desde cedo com questões relevantes, é natural que a criança amadureça mais rápido e se torne alguém muito mais consciente.
Não é uma tarefa fácil e o caminho mais simples é deixar a “conversa de adulto” para depois. É difícil apontar o certo e o errado nessa história toda, assim como não existe uma fórmula mágica para tocar em temas delicados. O mais importante é fazer uma reflexão na família e verificar se o que você deixa de contar ao seu filho não pode prejudicá-lo no futuro.
Por Fabiany Lima
(mãe de gêmeas, escritora de livros infantis e criadora o aplicativo Timokids)
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Como estimular seus filhos com jogos educativos
Sim, nós sabemos que não é recomendado que a criança fique em frente a uma tela antes dos 2 anos, mas na prática, a coisa muda de figura. Quem nunca precisou apelar para a tecnologia pra conseguir preparar o almoço, dar um jeito na casa ou mesmo ter uns minutinhos de paz pra comer?
A diferença está em deixar a criança o dia inteiro ali, ou usar o artifício de vez em quando, com limite e qualidade. Optar por jogos educativos é sempre a melhor opção.
Sim, nós sabemos que não é recomendado que a criança fique em frente a uma tela antes dos 2 anos, mas na prática, a coisa muda de figura. Quem nunca precisou apelar para a tecnologia pra conseguir preparar o almoço, dar um jeito na casa ou mesmo ter uns minutinhos de paz pra comer?
A diferença está em deixar a criança o dia inteiro ali, ou usar o artifício de vez em quando, com limite e qualidade. Optar por jogos educativos é sempre a melhor opção.
A diferença está em deixar a criança o dia inteiro ali, ou usar o artifício de vez em quando, com limite e qualidade. Optar por jogos educativos é sempre a melhor opção.
Nós e essa mania de criar regras bobas
Educar um filho já é complicado por si só, né?
Por que então nós temos que ficar inventando regras que não fazem diferença nenhuma, nem nunca farão? Já perceberam?
Será que nós, pais e mães, sabemos diferenciar o que é inegociável e o que é apenas um autoritarismo infundado?
Existem alguns valores morais que precisam ser colocados na cabeça da criança obrigatoriamente, como por exemplo, pedir desculpas, agradecer as pessoas, se colocar no lugar das pessoas, e por aí vai. Mas existem outras coisas que simplesmente não vão fazer diferença alguma!
O que vejo por aí é que esses comportamentos que são sem importância acabam sendo o foco de muitos pais, apenas porque eles querem confirmar a autoridade sobre a vida dos filhos.
Claro que os pais devem ser autoridade na vida dos filhos, mas até que ponto isso é autoridade e até que ponto é apenas teimosia e auto-afirmação?
Por exemplo, brigar com o menino porque ele quer fazer xixi sentado vez ou outra ou discutir com a menina porque ela não quer colocar um laço na cabeça naquele dia.
Um dia que o menino não queira fazer xixi em pé, será que é preciso mesmo se irritar, se cansar, se desgastar por conta disso? Será que não é melhor explicar pra ele que meninos fazem xixi em pé porque é mais prático, mas que quando ele quiser fazer sentado, não existe mal nenhum nisso?
E quando a menina não quiser se enfeitar como você quer que ela se enfeite? Será que é mesmo tão importante assim sair de casa todos os dias com laço na cabeça?
Acho que o foco deve ser o modo como a criança pede. Aí sim, os pais precisam ser firmes. Se o menino pede pra fazer xixi em pé gritando ou fazendo birra, é importante não ceder. Mas se ele só comenta, pede educadamente, qual o problema?
Às vezes, por um motivo bobo, os pais gritam, surtam, batem nos filhos, magoam as crianças....e pra quê? Só pra provar que estão certos?
Não estou defendendo que a educação das crianças fique por conta delas ou que os pais tratem os filhos como mini adultos, que podem decidir tudo o que quiserem por conta própria. Estou apenas dizendo que eu penso que a vida já é complicada demais. Criar uma pessoa é difícil, tem muitas complicações e, muitas dessas complicações, são criadas por nós mesmos e não têm a menor importância no futuro dos nossos filhos como pessoas de bem, éticas, corretas e educadas.
Pra refletir....
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Educar um filho já é complicado por si só, né?
Por que então nós temos que ficar inventando regras que não fazem diferença nenhuma, nem nunca farão? Já perceberam?
Será que nós, pais e mães, sabemos diferenciar o que é inegociável e o que é apenas um autoritarismo infundado?
Existem alguns valores morais que precisam ser colocados na cabeça da criança obrigatoriamente, como por exemplo, pedir desculpas, agradecer as pessoas, se colocar no lugar das pessoas, e por aí vai. Mas existem outras coisas que simplesmente não vão fazer diferença alguma!
O que vejo por aí é que esses comportamentos que são sem importância acabam sendo o foco de muitos pais, apenas porque eles querem confirmar a autoridade sobre a vida dos filhos.
Claro que os pais devem ser autoridade na vida dos filhos, mas até que ponto isso é autoridade e até que ponto é apenas teimosia e auto-afirmação?
Por exemplo, brigar com o menino porque ele quer fazer xixi sentado vez ou outra ou discutir com a menina porque ela não quer colocar um laço na cabeça naquele dia.
Um dia que o menino não queira fazer xixi em pé, será que é preciso mesmo se irritar, se cansar, se desgastar por conta disso? Será que não é melhor explicar pra ele que meninos fazem xixi em pé porque é mais prático, mas que quando ele quiser fazer sentado, não existe mal nenhum nisso?
E quando a menina não quiser se enfeitar como você quer que ela se enfeite? Será que é mesmo tão importante assim sair de casa todos os dias com laço na cabeça?
Acho que o foco deve ser o modo como a criança pede. Aí sim, os pais precisam ser firmes. Se o menino pede pra fazer xixi em pé gritando ou fazendo birra, é importante não ceder. Mas se ele só comenta, pede educadamente, qual o problema?
Às vezes, por um motivo bobo, os pais gritam, surtam, batem nos filhos, magoam as crianças....e pra quê? Só pra provar que estão certos?
Não estou defendendo que a educação das crianças fique por conta delas ou que os pais tratem os filhos como mini adultos, que podem decidir tudo o que quiserem por conta própria. Estou apenas dizendo que eu penso que a vida já é complicada demais. Criar uma pessoa é difícil, tem muitas complicações e, muitas dessas complicações, são criadas por nós mesmos e não têm a menor importância no futuro dos nossos filhos como pessoas de bem, éticas, corretas e educadas.
Pra refletir....
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É a criança que se adapta à família
Como prometi nas redes sociais semana passada, hoje vou falar sobre esse tema tão importante:
O dia-a-dia do casal muda bastante depois que as crianças chegam, mas essa mudança precisa ser dosada, equilibrada e proporcional. Mudar pelos filhos não pode significar dar um giro de 180º na nossa vida. Não pode significar ser outra pessoa.
Muito antes de sermos pai e mãe, somos homem e mulher, somos indivíduos, temos nossa rotina, nossas preferências, nossos costumes. E é nessa família que a criança chega. São esses costumes, rotina e preferências que precisam fazer parte da vida da criança assim que ela chega da maternidade (com as devidas mudanças, claro, mas nunca perdendo totalmente a identidade).
Casais que se anulam 100% com a chegada dos filhos ficam frustrados, sobrecarregados e acabam se desentendendo o tempo todo. O equilíbrio, aqui, é mais importante do que nunca. O casal não pode entrar de cabeça nas necessidades da criança, deixando as suas totalmente de lado. É fundamental manter os princípios e a rotina do lar depois que as crianças chegam. Vou dar alguns exemplos de como funciona aqui em casa pra deixar tudo mais claro antes de continuar:
A hora da refeição:
Antes do lindão: a gente raramente jantava. Era um lanchinho básico ou só uma vitamina ou algo na rua mesmo antes dos compromissos. No fim de semana, o melhor era acordar tarde e tomar um super café-da-manhã na padaria (que já valia como almoço).
Depois do lindão: é preciso comer mais direitinho pra ser exemplo pra ele, né? Mas o horário do jantar não mudou. Sempre comemos por volta das 19h e continuamos assim. Antes desse horário, rola banho, leitura, brincadeiras, TV, passeio, etc (todos juntos). Se ele tiver fome antes da hora, come uma (e só uma) bolachinha. O café-da-manhã continua rolando na padaria de vez em quando, só que mais cedo....rsrsrsrsrs
A hora de dormir:
Antes do lindão: sempre tivemos muitas atividades a noite por conta da igreja (célula, reuniões, eventos) e nunca fomos dormir antes das 22h.
Depois do lindão: claro que os eventos diminuíram bastante, principalmente no primeiro ano, mas alguns são obrigatórios (como a célula e o culto de domingo) e precisaram entrar na rotina dele. Portanto, fomos criando uma rotina desde o primeiro dia em casa pra que ele se acostumasse a ir pra cama sempre entre 21h e 22h. Com isso, conseguimos ir para a célula, por exemplo, sem que ele fique chatinho por conta do sono. E essa rotina acaba nos ajudando bastante quando pinta uma festa, já que a tolerância do lindão para o horário é bem mais longa e ele fica curtindo também até mais tarde.
O relacionamento do casal:
Antes do lindão: sempre curtimos ter um tempinho gostoso no sofá antes de dormir pra colocar nossos seriados em dia ou assistir a um filme bacana.
Depois do lindão: nos primeiros meses, assim que o lindão dormia, a única coisa que a gente queria era dormir também, mas como criamos uma rotina desde sempre, aos poucos as coisas ficaram mais previsíveis e nós pudemos ir retomando nosso momento do sofá. Agora, quando o lindão vai pra cama, nós temos nosso tempinho de novo.
Apenas alguns exemplos pra vocês entenderem o motivo do post. Mudem sim pelos filhos. Sejam pessoas melhores, mas nunca - jamais - se anulem como indivíduos e, principalmente, como casal. A família é formada assim que vocês se casam e não só depois que os filhos nascem. Os filhos chegam pra agregar, não pra formar a família.
A criança precisa se sentir parte de algo, se sentir inserida, e é justamente isso que ela sente quando percebe que existem regras ali que vieram antes dela. Isso vai moldando o caráter dos pequenos, vai ensinando, vai formando a personalidade deles.
Eles é que precisam ser formados e moldados de acordo com os costumes dos pais. Não o contrário.
*******
Como prometi nas redes sociais semana passada, hoje vou falar sobre esse tema tão importante:
O dia-a-dia do casal muda bastante depois que as crianças chegam, mas essa mudança precisa ser dosada, equilibrada e proporcional. Mudar pelos filhos não pode significar dar um giro de 180º na nossa vida. Não pode significar ser outra pessoa.
O dia-a-dia do casal muda bastante depois que as crianças chegam, mas essa mudança precisa ser dosada, equilibrada e proporcional. Mudar pelos filhos não pode significar dar um giro de 180º na nossa vida. Não pode significar ser outra pessoa.
Muito antes de sermos pai e mãe, somos homem e mulher, somos indivíduos, temos nossa rotina, nossas preferências, nossos costumes. E é nessa família que a criança chega. São esses costumes, rotina e preferências que precisam fazer parte da vida da criança assim que ela chega da maternidade (com as devidas mudanças, claro, mas nunca perdendo totalmente a identidade).
Casais que se anulam 100% com a chegada dos filhos ficam frustrados, sobrecarregados e acabam se desentendendo o tempo todo. O equilíbrio, aqui, é mais importante do que nunca. O casal não pode entrar de cabeça nas necessidades da criança, deixando as suas totalmente de lado. É fundamental manter os princípios e a rotina do lar depois que as crianças chegam. Vou dar alguns exemplos de como funciona aqui em casa pra deixar tudo mais claro antes de continuar:
A hora da refeição:
Antes do lindão: a gente raramente jantava. Era um lanchinho básico ou só uma vitamina ou algo na rua mesmo antes dos compromissos. No fim de semana, o melhor era acordar tarde e tomar um super café-da-manhã na padaria (que já valia como almoço).
Depois do lindão: é preciso comer mais direitinho pra ser exemplo pra ele, né? Mas o horário do jantar não mudou. Sempre comemos por volta das 19h e continuamos assim. Antes desse horário, rola banho, leitura, brincadeiras, TV, passeio, etc (todos juntos). Se ele tiver fome antes da hora, come uma (e só uma) bolachinha. O café-da-manhã continua rolando na padaria de vez em quando, só que mais cedo....rsrsrsrsrs
A hora de dormir:
Antes do lindão: sempre tivemos muitas atividades a noite por conta da igreja (célula, reuniões, eventos) e nunca fomos dormir antes das 22h.
Depois do lindão: claro que os eventos diminuíram bastante, principalmente no primeiro ano, mas alguns são obrigatórios (como a célula e o culto de domingo) e precisaram entrar na rotina dele. Portanto, fomos criando uma rotina desde o primeiro dia em casa pra que ele se acostumasse a ir pra cama sempre entre 21h e 22h. Com isso, conseguimos ir para a célula, por exemplo, sem que ele fique chatinho por conta do sono. E essa rotina acaba nos ajudando bastante quando pinta uma festa, já que a tolerância do lindão para o horário é bem mais longa e ele fica curtindo também até mais tarde.
O relacionamento do casal:
Antes do lindão: sempre curtimos ter um tempinho gostoso no sofá antes de dormir pra colocar nossos seriados em dia ou assistir a um filme bacana.
Depois do lindão: nos primeiros meses, assim que o lindão dormia, a única coisa que a gente queria era dormir também, mas como criamos uma rotina desde sempre, aos poucos as coisas ficaram mais previsíveis e nós pudemos ir retomando nosso momento do sofá. Agora, quando o lindão vai pra cama, nós temos nosso tempinho de novo.
Apenas alguns exemplos pra vocês entenderem o motivo do post. Mudem sim pelos filhos. Sejam pessoas melhores, mas nunca - jamais - se anulem como indivíduos e, principalmente, como casal. A família é formada assim que vocês se casam e não só depois que os filhos nascem. Os filhos chegam pra agregar, não pra formar a família.
A criança precisa se sentir parte de algo, se sentir inserida, e é justamente isso que ela sente quando percebe que existem regras ali que vieram antes dela. Isso vai moldando o caráter dos pequenos, vai ensinando, vai formando a personalidade deles.
Eles é que precisam ser formados e moldados de acordo com os costumes dos pais. Não o contrário.
Eles é que precisam ser formados e moldados de acordo com os costumes dos pais. Não o contrário.
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Não podemos criar outra geração "mi-mi-mi"
Antes de começar o post, preciso explicar de onde veio esse meu pedido URGENTE!!
Quarta-feira, fiquei chocada enquanto assistia ao jornal local da minha cidade.
A matéria falava sobre o número ABSURDO de 70% de reprovados (!!!) no exame prático do DETRAN.
Os jovens mostrados na matéria simplesmente não sabiam dirigir! Nem sequer conseguiam virar o volante para o lado certo na hora de estacionar. Atropelavam a "baliza" enquanto tentavam acertar a vaga. Não entendiam os sinais de trânsito....enfim!! Um coquetel de vergonhas!
Mas não foi exatamente isso que me chocou...o que me chocou foi que, na matéria, esses mesmos jovens estavam criticando duramente o DETRAN e a prova que o órgão aplica. Chamavam a prova derígida, complexa e injusta. Como se não bastasse, ainda mostraram a entrevista desastrosa de uma dona de auto-escola dizendo que o exame do DETRAN é incorreto porque "é muito rígido, o percurso tem uma sinalização fraca e muitos buracos na rua".
Aí me pergunto: a não ser que a pessoa esteja tirando carteira pra dirigir na Europa, é exatamente isso que ela vai enfrentar no dia a dia do nosso trânsito: má sinalização e buracos. Além disso, desde quando um teste é injusto e rígido se, claramente, as pessoas é que não sabem o que fazem e estão pessimamente preparadas para o teste em si?
E a cereja do bolo na minha irritação foi ouvir o Diretor do DETRAN desabafando ao dizer que muitos reprovados (acompanhados pelos pais) entram em sua sala pedindo um "jeitinho", pois eles PRECISAM PASSAR NA PROVA!
E foi aí que comecei a pensar na nossa responsabilidade como pais e mães:
É a nossa geração que precisa acabar de vez com esse mi-mi-mi absurdo que vemos hoje em dia.
É a nossa geração que precisa ensinar as crianças que a vida é dura, que os testes são difíceis (e devem ser difíceis), que ser folgado não leva a lugar nenhum, que receber tudo de bandeja só cria vagabundos e preguiçosos.
É a nossa geração que precisa ensinar aos pequenos que nós temos direitos sim, mas antes desses direitos, temos DEVERES. E acima de tudo, que nossos deveres não podem JAMAIS passar por cima nossas responsabilidades.
É a nossa geração que precisa ensinar aos filhos que reclamar de absolutamente tudo não é "colocar nossos direitos em prática", mas que isso é extremamente chato e desnecessário. Se for pra reclamar, que seja do que realmente importa, do que realmente está errado e não reclamar, por exemplo, de não passar em uma prova que você não está apto a fazer.
É a nossa geração que precisa ensinar essa criançada que TER DIREITOS não é sinônimo de SER FOLGADO. Ter direitos não é sinônimo de acomodação, de vitimismo, de drama!
Nós temos que criar pessoas que entendam pontos que parece que a geração atual simplesmente nunca ouviu falar:
- A vida é dura, não perdoa ninguém e bate com força.
- Quem só espera receber as coisas do céu (entenda-se por céu: Governo, escola, pais, instituições, etc) vai acabar mal.
- Defender seus direitos é absolutamente necessário, mas isso não quer dizer que podemos passar por cima de leis, normas e procedimentos.
- Pra cuidar bem do mundo, é preciso primeiro aprender a cuidar bem do seu quarto, depois da sua casa, depois da sua escola, depois da sua empresa, e por aí vai.
- Ficar esperando sempre o outro fazer algo por você é uma grande armadilha pois, além de ser ilusório (cada um é UNICAMENTE responsável pela sua própria vida), uma coisa que você quer, só é bem-feita quando é feita por você mesmo.
Então, gente!! Bora lá ensinar esses pequenos a ajudar em casa, a estudar DURO pra merecer a nota alta. A trabalhar MAIS DURO AINDA pra conseguir crescer profissionalmente. A TREINAR, PRATICAR e REPETIR INCANSAVELMENTE a mesma coisa até estar verdadeiramente preparado para as provas e desafios. A começar de baixo. A correr atrás das coisas e JAMAIS ficar esperando que alguém faça algo por eles.
E por favor!! Não vamos dar continuidade a esse mi-mi-mi ridículo e absurdo que estamos vendo hoje. Precisamos cortar isso logo e é justamente ensinando nossos filhos a serem GENTE que vamos conseguir isso!!
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Antes de começar o post, preciso explicar de onde veio esse meu pedido URGENTE!!
Quarta-feira, fiquei chocada enquanto assistia ao jornal local da minha cidade.
A matéria falava sobre o número ABSURDO de 70% de reprovados (!!!) no exame prático do DETRAN.
Os jovens mostrados na matéria simplesmente não sabiam dirigir! Nem sequer conseguiam virar o volante para o lado certo na hora de estacionar. Atropelavam a "baliza" enquanto tentavam acertar a vaga. Não entendiam os sinais de trânsito....enfim!! Um coquetel de vergonhas!
Mas não foi exatamente isso que me chocou...o que me chocou foi que, na matéria, esses mesmos jovens estavam criticando duramente o DETRAN e a prova que o órgão aplica. Chamavam a prova derígida, complexa e injusta. Como se não bastasse, ainda mostraram a entrevista desastrosa de uma dona de auto-escola dizendo que o exame do DETRAN é incorreto porque "é muito rígido, o percurso tem uma sinalização fraca e muitos buracos na rua".
Aí me pergunto: a não ser que a pessoa esteja tirando carteira pra dirigir na Europa, é exatamente isso que ela vai enfrentar no dia a dia do nosso trânsito: má sinalização e buracos. Além disso, desde quando um teste é injusto e rígido se, claramente, as pessoas é que não sabem o que fazem e estão pessimamente preparadas para o teste em si?
E a cereja do bolo na minha irritação foi ouvir o Diretor do DETRAN desabafando ao dizer que muitos reprovados (acompanhados pelos pais) entram em sua sala pedindo um "jeitinho", pois eles PRECISAM PASSAR NA PROVA!
E foi aí que comecei a pensar na nossa responsabilidade como pais e mães:
É a nossa geração que precisa acabar de vez com esse mi-mi-mi absurdo que vemos hoje em dia.
É a nossa geração que precisa ensinar as crianças que a vida é dura, que os testes são difíceis (e devem ser difíceis), que ser folgado não leva a lugar nenhum, que receber tudo de bandeja só cria vagabundos e preguiçosos.
É a nossa geração que precisa ensinar aos pequenos que nós temos direitos sim, mas antes desses direitos, temos DEVERES. E acima de tudo, que nossos deveres não podem JAMAIS passar por cima nossas responsabilidades.
É a nossa geração que precisa ensinar aos filhos que reclamar de absolutamente tudo não é "colocar nossos direitos em prática", mas que isso é extremamente chato e desnecessário. Se for pra reclamar, que seja do que realmente importa, do que realmente está errado e não reclamar, por exemplo, de não passar em uma prova que você não está apto a fazer.
É a nossa geração que precisa ensinar essa criançada que TER DIREITOS não é sinônimo de SER FOLGADO. Ter direitos não é sinônimo de acomodação, de vitimismo, de drama!
Nós temos que criar pessoas que entendam pontos que parece que a geração atual simplesmente nunca ouviu falar:
- A vida é dura, não perdoa ninguém e bate com força.
- Quem só espera receber as coisas do céu (entenda-se por céu: Governo, escola, pais, instituições, etc) vai acabar mal.
- Defender seus direitos é absolutamente necessário, mas isso não quer dizer que podemos passar por cima de leis, normas e procedimentos.
- Pra cuidar bem do mundo, é preciso primeiro aprender a cuidar bem do seu quarto, depois da sua casa, depois da sua escola, depois da sua empresa, e por aí vai.
- Ficar esperando sempre o outro fazer algo por você é uma grande armadilha pois, além de ser ilusório (cada um é UNICAMENTE responsável pela sua própria vida), uma coisa que você quer, só é bem-feita quando é feita por você mesmo.
Então, gente!! Bora lá ensinar esses pequenos a ajudar em casa, a estudar DURO pra merecer a nota alta. A trabalhar MAIS DURO AINDA pra conseguir crescer profissionalmente. A TREINAR, PRATICAR e REPETIR INCANSAVELMENTE a mesma coisa até estar verdadeiramente preparado para as provas e desafios. A começar de baixo. A correr atrás das coisas e JAMAIS ficar esperando que alguém faça algo por eles.
E por favor!! Não vamos dar continuidade a esse mi-mi-mi ridículo e absurdo que estamos vendo hoje. Precisamos cortar isso logo e é justamente ensinando nossos filhos a serem GENTE que vamos conseguir isso!!
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O futuro dos nossos filhos
Amei esse texto publicado na página no Face do Geração de Valor:
12 IDEIAS PARA AUMENTAR AS CHANCES DE SEU FILHO TER UM FUTURO ACIMA DA MÉDIA
1. Crie um hábito de questionar as convicções dele. Pergunte o porquê das coisas e o estimule a questionar da mesma forma.
2. Evite super-valorizar os erros. Caiu? Não faça estardalhaço. Encoraje-o a se levantar sozinho e continuar adiante. Não alimente o medo. Encoraje mais.
3. Falar inglês é fundamental. Eles aprendem bem rápido e não sofrerão no futuro. Quem fala inglês tem acesso a maiores oportunidades.
4. Pratique falar em público dentro de casa. Crie situações onde ele tenha que fazer alguma apresentação na presença de toda família para conquistar o que deseja. Quer um vídeo game? Marque um dia para ele fazer uma apresentação dando os argumentos, mostrando porque ele merece este presente. Se não for convincente, dê mais uma chance até conseguir.
5. Compaixão e empatia. Ter contato com a pobreza e criar o desejo de ajudar ao próximo. Ensinar o prazer de doar e dividir, além de evitar o consumismo. Ensine a simplicidade a começar pelo seu exemplo.
6. Ensine o valor do dinheiro. Prêmios e multas podem ajudar no reconhecimento da gestão que ele faz de sua mesada.
7. Esporte ajuda a desenvolver o trabalho em equipe, disciplina, além de ser saudável.
8. Converse sobre o mercado, sobre as empresas, sobre bolsa de valores, sucesso, fracasso e crie referenciais a serem seguidos. Fale sobre biografias de pessoas de sucesso desde cedo.
9. Trabalhe por merecimento. Ensine desde pequeno que nada se ganha. Tudo se conquista.
10. Fique de olho nas besteiras que são faladas na escola. Infelizmente, a cada dia, a escola tem se tornado um lugar menos confiável.
11. Falando em escola, se tentarem te convencer que o seu filho é doente e que ele precisa viver a base de Ritalina, porque ele é hiperativo, duvide. 90% dos casos é por pura incompetência ou preguiça da escola por querer padronizar a todos no mesmo formato. Não mate a iniciativa e os questionamentos de seu filho por causa da mediocridade da escola. Ensine-o como lidar com este modelo convencional sem tirar dele o seu lado questionador.
12. Ensine desde cedo o seu filho ter a dignidade de assumir os seus erros e debilidades. Assim, a chance dele crescer e se tornar alguém que criou o hábito de sempre tentar colocar a culpa de seus fracassos no sistema, no governo, em sua classe social, na cor de sua pele ou na sua orientação sexual, será muito menor. Ensine-o desde cedo a ser protagonista e não uma vítima.
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Amei esse texto publicado na página no Face do Geração de Valor:
12 IDEIAS PARA AUMENTAR AS CHANCES DE SEU FILHO TER UM FUTURO ACIMA DA MÉDIA
1. Crie um hábito de questionar as convicções dele. Pergunte o porquê das coisas e o estimule a questionar da mesma forma.
2. Evite super-valorizar os erros. Caiu? Não faça estardalhaço. Encoraje-o a se levantar sozinho e continuar adiante. Não alimente o medo. Encoraje mais.
3. Falar inglês é fundamental. Eles aprendem bem rápido e não sofrerão no futuro. Quem fala inglês tem acesso a maiores oportunidades.
4. Pratique falar em público dentro de casa. Crie situações onde ele tenha que fazer alguma apresentação na presença de toda família para conquistar o que deseja. Quer um vídeo game? Marque um dia para ele fazer uma apresentação dando os argumentos, mostrando porque ele merece este presente. Se não for convincente, dê mais uma chance até conseguir.
5. Compaixão e empatia. Ter contato com a pobreza e criar o desejo de ajudar ao próximo. Ensinar o prazer de doar e dividir, além de evitar o consumismo. Ensine a simplicidade a começar pelo seu exemplo.
6. Ensine o valor do dinheiro. Prêmios e multas podem ajudar no reconhecimento da gestão que ele faz de sua mesada.
7. Esporte ajuda a desenvolver o trabalho em equipe, disciplina, além de ser saudável.
8. Converse sobre o mercado, sobre as empresas, sobre bolsa de valores, sucesso, fracasso e crie referenciais a serem seguidos. Fale sobre biografias de pessoas de sucesso desde cedo.
9. Trabalhe por merecimento. Ensine desde pequeno que nada se ganha. Tudo se conquista.
10. Fique de olho nas besteiras que são faladas na escola. Infelizmente, a cada dia, a escola tem se tornado um lugar menos confiável.
11. Falando em escola, se tentarem te convencer que o seu filho é doente e que ele precisa viver a base de Ritalina, porque ele é hiperativo, duvide. 90% dos casos é por pura incompetência ou preguiça da escola por querer padronizar a todos no mesmo formato. Não mate a iniciativa e os questionamentos de seu filho por causa da mediocridade da escola. Ensine-o como lidar com este modelo convencional sem tirar dele o seu lado questionador.
12. Ensine desde cedo o seu filho ter a dignidade de assumir os seus erros e debilidades. Assim, a chance dele crescer e se tornar alguém que criou o hábito de sempre tentar colocar a culpa de seus fracassos no sistema, no governo, em sua classe social, na cor de sua pele ou na sua orientação sexual, será muito menor. Ensine-o desde cedo a ser protagonista e não uma vítima.
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Cuidado com as persianas
Vídeo forte, dá até um aperto no peito, mas muito importante para alertar. Os perigos que tanto tememos podem estar dentro de casa.
Enquanto a mãe filmava calmamente os seus gêmeos, o filho mais velho se enforcou na persiana de casa. Graças a Deus, o final foi feliz.
Hoje, o menino está com 17 anos e pediu para os pais divulgarem o vídeo para que ele sirva de alerta às famílias do mundo todo.
Quem tem persianas em casa, não deixe as cordas penduradas. Eleve o máximo que puderem (aqui em casa, elas ficam por cima do trilho da persiana, totalmente fora do alcance do lindão e do nosso também.
*******
Vídeo forte, dá até um aperto no peito, mas muito importante para alertar. Os perigos que tanto tememos podem estar dentro de casa.
Enquanto a mãe filmava calmamente os seus gêmeos, o filho mais velho se enforcou na persiana de casa. Graças a Deus, o final foi feliz.
Hoje, o menino está com 17 anos e pediu para os pais divulgarem o vídeo para que ele sirva de alerta às famílias do mundo todo.
Quem tem persianas em casa, não deixe as cordas penduradas. Eleve o máximo que puderem (aqui em casa, elas ficam por cima do trilho da persiana, totalmente fora do alcance do lindão e do nosso também.
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Como estamos contornando a fase dos Terrible Twos
Dia de responder as dúvidas de vocês. E é incrível a quantidade de leitoras que entram em contato me perguntando se também estou enfrentando essa fase tão difícil com o lindão e como estou conseguindo contornar a situação.
Como vocês leram nesse post, o terrible twos acontece principalmente entre 1 ano e meio e 3 anos e meio, ou seja, o lindão está bem no meio do processo e só posso dizer uma coisa: SÓ POR DEUS!!!! Só por Deus meeeeeeeesmo pra gente levar essa fase sem ter um treco de nervoso, né?
Maaaaaaas, dá pra contornar a situação. Não vou dizer pra vocês que o lindão parou com as birras, mas posso dizer que nunca mais armou cena (aquelas de se jogar no chão berrando) e que começamos a perceber um maior controle emocional dele nos últimos meses.
Mas vamos ao que vocês me pediram, né? Como estamos contornando essa fase?
Desde a primeira birra, sempre tivemos firme em nossa mente que jamais cederíamos ao que ele pedisse aos berros....e conseguimos isso. Tudo o que ele apronta pra pedir, fica sem! Não ganha mesmo!! E a nossa frase é sempre a mesma: "quando você pede desse jeito, não ganha nada"!!
Ao todo, foram 3 cenas de birra e, em todas elas, nosso comportamento foi o mesmo: ignorar! Como diz o nossos Pediatra, "show precisa de plateia pra acontecer". Sempre que ele começava o surto, a gente ignorava. Nenhuma das cenas durou mais do que 2 minutos.
Desde então, até chega a ameaçar a cena, mas nós dizemos: "nem começa, porque você já sabe que não ganha nada"!! E ele pára.
Apesar das cenas terem parado, os berros e choros descontrolados continuam quando ele é contrariado e, principalmente, quando está cansado ou com sono.
Pra isso, quando percebemos os primeiros sinais de sono dele, fazemos de tuuuuudo pra que ele tire a soneca ou vá para o berço (se já for perto da hora de dormir).
E o que dá mais certo por aqui: quando ele chora, berra ou se descontrola, paramos tudo, ficamos na mesma altura que ele e pedimos calma. Sem gritar, falando baixinho mesmo. Demora um pouco, mas ele pára o choro. Quando pára, nós explicamos (pela milésima vez, diga-se de passagem), que ele nunca irá ganhar nada no grito nem chorando!
Geralmente, depois que fazemos isso, ele se acalma e pede novamente o que estava querendo, só que baixinho e pedindo por favor. Daí sim, ganha.
Porém, existem casos em que ele não ganha nem pedindo com toda a educação do mundo, né? Exemplo: semana passada ele fez a maior birra porque não queria tomar banho. Gritava sem parar: "QUERO DORMIR SUJO!! NÃO QUERO TOMAR BANHO"!
Pedimos pra ele se acalmar e explicamos que não havia escolha. Banho é banho e tem que tomar todos os dias......resultado? Ele parava a gritaria pra ouvir nossa explicação, mas retomava o choro assim que percebia que não existia negociação....foi para o chuveiro esperneando e berrando.....5 segundo depois, esqueceu de tudo e ficou feliz da vida como costuma ficar na água.
E pronto!! Quando não existe a possibilidade de ceder, não cedemos e aguentamos o chororô sem mudar a dinâmica da casa e da família.
Aos poucos, ele está aprendendo. Dia desses mesmo, me surpreendeu ao ameaçar berrar porque queria assistir desenho no horário em que vemos jornal e ele mesmo parou, respirou e disse: "não ganho nada se falar bravo, né"? E foi brincar.....
Então é isso, gente!!! Não estamos conseguindo 100% de sucesso, mas acho que estamos conquistando um bom patamar dia a dia.
Como posso resumir esse post em uma só frase? NÃO CEDAM!! JAMAIS!!! Pediu aos berros? Dançou! Pediu com calma e educação? Daí pode ser que ganhe o que quer.
*******
Dia de responder as dúvidas de vocês. E é incrível a quantidade de leitoras que entram em contato me perguntando se também estou enfrentando essa fase tão difícil com o lindão e como estou conseguindo contornar a situação.
Como vocês leram nesse post, o terrible twos acontece principalmente entre 1 ano e meio e 3 anos e meio, ou seja, o lindão está bem no meio do processo e só posso dizer uma coisa: SÓ POR DEUS!!!! Só por Deus meeeeeeeesmo pra gente levar essa fase sem ter um treco de nervoso, né?
Maaaaaaas, dá pra contornar a situação. Não vou dizer pra vocês que o lindão parou com as birras, mas posso dizer que nunca mais armou cena (aquelas de se jogar no chão berrando) e que começamos a perceber um maior controle emocional dele nos últimos meses.
Mas vamos ao que vocês me pediram, né? Como estamos contornando essa fase?
Desde a primeira birra, sempre tivemos firme em nossa mente que jamais cederíamos ao que ele pedisse aos berros....e conseguimos isso. Tudo o que ele apronta pra pedir, fica sem! Não ganha mesmo!! E a nossa frase é sempre a mesma: "quando você pede desse jeito, não ganha nada"!!
Ao todo, foram 3 cenas de birra e, em todas elas, nosso comportamento foi o mesmo: ignorar! Como diz o nossos Pediatra, "show precisa de plateia pra acontecer". Sempre que ele começava o surto, a gente ignorava. Nenhuma das cenas durou mais do que 2 minutos.
Desde então, até chega a ameaçar a cena, mas nós dizemos: "nem começa, porque você já sabe que não ganha nada"!! E ele pára.
Apesar das cenas terem parado, os berros e choros descontrolados continuam quando ele é contrariado e, principalmente, quando está cansado ou com sono.
Pra isso, quando percebemos os primeiros sinais de sono dele, fazemos de tuuuuudo pra que ele tire a soneca ou vá para o berço (se já for perto da hora de dormir).
E o que dá mais certo por aqui: quando ele chora, berra ou se descontrola, paramos tudo, ficamos na mesma altura que ele e pedimos calma. Sem gritar, falando baixinho mesmo. Demora um pouco, mas ele pára o choro. Quando pára, nós explicamos (pela milésima vez, diga-se de passagem), que ele nunca irá ganhar nada no grito nem chorando!
Geralmente, depois que fazemos isso, ele se acalma e pede novamente o que estava querendo, só que baixinho e pedindo por favor. Daí sim, ganha.
Porém, existem casos em que ele não ganha nem pedindo com toda a educação do mundo, né? Exemplo: semana passada ele fez a maior birra porque não queria tomar banho. Gritava sem parar: "QUERO DORMIR SUJO!! NÃO QUERO TOMAR BANHO"!
Pedimos pra ele se acalmar e explicamos que não havia escolha. Banho é banho e tem que tomar todos os dias......resultado? Ele parava a gritaria pra ouvir nossa explicação, mas retomava o choro assim que percebia que não existia negociação....foi para o chuveiro esperneando e berrando.....5 segundo depois, esqueceu de tudo e ficou feliz da vida como costuma ficar na água.
E pronto!! Quando não existe a possibilidade de ceder, não cedemos e aguentamos o chororô sem mudar a dinâmica da casa e da família.
Aos poucos, ele está aprendendo. Dia desses mesmo, me surpreendeu ao ameaçar berrar porque queria assistir desenho no horário em que vemos jornal e ele mesmo parou, respirou e disse: "não ganho nada se falar bravo, né"? E foi brincar.....
Então é isso, gente!!! Não estamos conseguindo 100% de sucesso, mas acho que estamos conquistando um bom patamar dia a dia.
Como posso resumir esse post em uma só frase? NÃO CEDAM!! JAMAIS!!! Pediu aos berros? Dançou! Pediu com calma e educação? Daí pode ser que ganhe o que quer.
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Revendo o termo "com apego"
Antes de mais nada, esse não é um post contra a criação com apego...pelo contrário!!!
O post de hoje pode ser um pouco polêmico, mas andei pensando bastante sobre isso depois que uma leitora entrou em contato pedindo para que eu desse a minha opinião aqui e achei bacana falar sobre esse tema, afinal, se tem um termo que está em alta no mundo materno é o da criação com apego ou sem apego.
Mas que história é essa de com apego? Por que esse termo tão injusto? Pra me explicar, vou começar do básico:
Criar uma criança com apego significa usar um conjunto de ferramentas para que os pais criem vínculos com seus filhos por meio de atendimento rápido, consciente e amoroso à criança. As necessidades da criança estão em primeiríssimo lugar.
Alguns exemplos práticos:
. priorizar o parto natural (a criança decide a hora e o dia que quer nascer)
. dar colo sempre que ela pedir e, o máximo possível (uso do sling)
. dar o peito sempre que ela pedir
. praticar cama compartilhada ou pelo menos dormir com a criança no quarto dos pais
. desmamar o mais tarde possível e somente quando a criança quiser
. amamentação em livre demanda
. evitar ao máximo o uso de bicos artificiais (mamadeira e chupeta)
. fazer o possível para que o bebê não chore, pois o choro provoca alto nível de stress
. a disciplina deve ser feita de forma tranquila e o castigo físico nunca deve ser aplicado.
Para o melhor resumo que li a respeito da criação com apego, acessem esse link.
Não vejo nada de errado com os pontos da criação com apego - inclusive, praticamos alguns com o lindão aqui em casa. Mas pra mim, o que está errado...MUITO ERRADO...é o termo com apego.
Será mesmo que não praticar todos esses pontos me transforma em uma mãe sem apego pelo meu filho?
- será que uma mãe que escolhe amamentar de 2h em 2h está criando seu filho sem apego?
- será que os pais que ensinam o bebê a dormir no seu próprio quarto desde sempre estão criando a criança sem apego?
- será que a mulher que optou pela mamadeira cria seu filho sem apego?
- será que um bebê que foi acostumado a não passar o tempo todo no sling é um bebê sem apego?
Acho que esse termo deveria ser revisto, porque não vejo nada de sem apego nas famílias que optam por formas "diferentes" das pregadas pelo método do apego.
Apego??
Apego é cuidar, dar carinho, alimentar, dar colo, amar, gerar, acariciar, fazer cafuné, dar limites, fazer o impossível para ver aquela pessoinha feliz.....e não vejo relação nenhuma em dizer que os pais que - por exemplo - gostam de deixar o bebê no bouncer ao invés de dar colo o tempo todo, estejam criando essa criança sem apego.
Pode parecer frescura o meu ponto de vista, mas é extremamente sincero e real, como tudo o que eu escrevo aqui.....criar uma criança com apego é dar amor e carinho pra ela...com a dose certa de limites e assistência. Não consigo entender como esse termo pode fazer algum sentido pra alguém.
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Antes de mais nada, esse não é um post contra a criação com apego...pelo contrário!!!
O post de hoje pode ser um pouco polêmico, mas andei pensando bastante sobre isso depois que uma leitora entrou em contato pedindo para que eu desse a minha opinião aqui e achei bacana falar sobre esse tema, afinal, se tem um termo que está em alta no mundo materno é o da criação com apego ou sem apego.
Mas que história é essa de com apego? Por que esse termo tão injusto? Pra me explicar, vou começar do básico:
Criar uma criança com apego significa usar um conjunto de ferramentas para que os pais criem vínculos com seus filhos por meio de atendimento rápido, consciente e amoroso à criança. As necessidades da criança estão em primeiríssimo lugar.
Alguns exemplos práticos:
. priorizar o parto natural (a criança decide a hora e o dia que quer nascer)
. dar colo sempre que ela pedir e, o máximo possível (uso do sling)
. dar o peito sempre que ela pedir
. praticar cama compartilhada ou pelo menos dormir com a criança no quarto dos pais
. desmamar o mais tarde possível e somente quando a criança quiser
. amamentação em livre demanda
. evitar ao máximo o uso de bicos artificiais (mamadeira e chupeta)
. fazer o possível para que o bebê não chore, pois o choro provoca alto nível de stress
. a disciplina deve ser feita de forma tranquila e o castigo físico nunca deve ser aplicado.
Para o melhor resumo que li a respeito da criação com apego, acessem esse link.
Não vejo nada de errado com os pontos da criação com apego - inclusive, praticamos alguns com o lindão aqui em casa. Mas pra mim, o que está errado...MUITO ERRADO...é o termo com apego.
Será mesmo que não praticar todos esses pontos me transforma em uma mãe sem apego pelo meu filho?
- será que uma mãe que escolhe amamentar de 2h em 2h está criando seu filho sem apego?
- será que os pais que ensinam o bebê a dormir no seu próprio quarto desde sempre estão criando a criança sem apego?
- será que a mulher que optou pela mamadeira cria seu filho sem apego?
- será que um bebê que foi acostumado a não passar o tempo todo no sling é um bebê sem apego?
Acho que esse termo deveria ser revisto, porque não vejo nada de sem apego nas famílias que optam por formas "diferentes" das pregadas pelo método do apego.
Apego??
Apego é cuidar, dar carinho, alimentar, dar colo, amar, gerar, acariciar, fazer cafuné, dar limites, fazer o impossível para ver aquela pessoinha feliz.....e não vejo relação nenhuma em dizer que os pais que - por exemplo - gostam de deixar o bebê no bouncer ao invés de dar colo o tempo todo, estejam criando essa criança sem apego.
Pode parecer frescura o meu ponto de vista, mas é extremamente sincero e real, como tudo o que eu escrevo aqui.....criar uma criança com apego é dar amor e carinho pra ela...com a dose certa de limites e assistência. Não consigo entender como esse termo pode fazer algum sentido pra alguém.
Não vejo nada de errado com os pontos da criação com apego - inclusive, praticamos alguns com o lindão aqui em casa. Mas pra mim, o que está errado...MUITO ERRADO...é o termo com apego.
Será mesmo que não praticar todos esses pontos me transforma em uma mãe sem apego pelo meu filho?
- será que uma mãe que escolhe amamentar de 2h em 2h está criando seu filho sem apego?
- será que os pais que ensinam o bebê a dormir no seu próprio quarto desde sempre estão criando a criança sem apego?
- será que a mulher que optou pela mamadeira cria seu filho sem apego?
- será que um bebê que foi acostumado a não passar o tempo todo no sling é um bebê sem apego?
Acho que esse termo deveria ser revisto, porque não vejo nada de sem apego nas famílias que optam por formas "diferentes" das pregadas pelo método do apego.
Apego??
Apego é cuidar, dar carinho, alimentar, dar colo, amar, gerar, acariciar, fazer cafuné, dar limites, fazer o impossível para ver aquela pessoinha feliz.....e não vejo relação nenhuma em dizer que os pais que - por exemplo - gostam de deixar o bebê no bouncer ao invés de dar colo o tempo todo, estejam criando essa criança sem apego.
Pode parecer frescura o meu ponto de vista, mas é extremamente sincero e real, como tudo o que eu escrevo aqui.....criar uma criança com apego é dar amor e carinho pra ela...com a dose certa de limites e assistência. Não consigo entender como esse termo pode fazer algum sentido pra alguém.
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Crianças não podem mais ser crianças?
Depois que li esse absurdo que aconteceu nos EUA, não consegui parar de pensar nisso: a sociedade de hoje parece não querer mais que crianças sejam crianças.
Não pode chorar
Não pode falar alto
Não pode fazer birra
Não pode fazer bagunça enquanto come
Não pode usar fralda
Não pode mexer nas coisas
Não pode correr
Não pode reclamar de ficar parado no restaurante ou na igreja
Já pararam pra pensar nisso?
Comportamentos altamente normais são considerados proibidos hoje em dia. Pra tudo, os pais precisam ficar se justificando.
Tá chorando? Ah, é sono!
Tá gritando? Ah, é uma fase!
Tá mexendo nas coisas? Nossa! Tá difícil tirar essa mania dele!
Que mania?! De ser criança? De ter curiosidade em conhecer o mundo que está à sua volta?
E birra então? Claro que ela não deve ser vista como algo positivo e cabe aos pais cortar esse mal, mas ela existe! Criança não tem máscara, não sabe controlar suas emoções ainda! Nem que seja raro, ela vai acabar fazendo birra!
Para a sociedade atual, parece que a criança tem que nascer já pronta, como se fosse produzida em série (tipo naquele filme "Inteligência Artificial", sabem?). Com meses de vida, já tem que ser independente, já precisa saber se comportar socialmente, sentar, ser capaz de ficar horas e horas quietinho em um restaurante ou na igreja, comer perfeitamente (sem derrubar nadinha), controlar suas emoções!!
Pensem bem no tipo de cobrança que existe hoje pra eles:
- tem que saber mexer nos eletrônicos
- tem que falar inglês
- tem que ter aula de musicalização
- tem que saber nadar desde que nasce
- tem que se vestir como adulto (e gostar disso)
- festas infantis? Pra quê? Legal mesmo é comemorar o aniversário no salão de beleza com as amigas!
E por aí vai!!
Que coisa mais chata isso!!!
Criança é o ser humano na sua mais crua essência. Sem as máscaras que aprendemos a usar ano após ano, sem o controle emocional que ganhamos com o passar do tempo, sem a falsidade do adulto, sem a capacidade de esconder as emoções.......porque vamos assumir, né? Quem nunca quis - internamente - fazer uma birra ao ser contrariado?
Estamos vivendo em um mundo onde muito se exige respeito e pouco se respeita. Onde muito se fala em direitos, mas pouco se dá o direito.
Vamos deixar os pequenos serem pequenos!! A infância passa rápido demais e precisa ser aproveitada ao máximo! Disciplina sim! Educação sim! Aprendizado sim! Mas sem neuras, sem ilusões, sem absurdos. A nova geração agradece!
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Depois que li esse absurdo que aconteceu nos EUA, não consegui parar de pensar nisso: a sociedade de hoje parece não querer mais que crianças sejam crianças.
Não pode chorar
Não pode falar alto
Não pode fazer birra
Não pode fazer bagunça enquanto come
Não pode usar fralda
Não pode mexer nas coisas
Não pode correr
Não pode reclamar de ficar parado no restaurante ou na igreja
Já pararam pra pensar nisso?
Comportamentos altamente normais são considerados proibidos hoje em dia. Pra tudo, os pais precisam ficar se justificando.
Tá chorando? Ah, é sono!
Tá gritando? Ah, é uma fase!
Tá mexendo nas coisas? Nossa! Tá difícil tirar essa mania dele!
Que mania?! De ser criança? De ter curiosidade em conhecer o mundo que está à sua volta?
E birra então? Claro que ela não deve ser vista como algo positivo e cabe aos pais cortar esse mal, mas ela existe! Criança não tem máscara, não sabe controlar suas emoções ainda! Nem que seja raro, ela vai acabar fazendo birra!
Para a sociedade atual, parece que a criança tem que nascer já pronta, como se fosse produzida em série (tipo naquele filme "Inteligência Artificial", sabem?). Com meses de vida, já tem que ser independente, já precisa saber se comportar socialmente, sentar, ser capaz de ficar horas e horas quietinho em um restaurante ou na igreja, comer perfeitamente (sem derrubar nadinha), controlar suas emoções!!
Pensem bem no tipo de cobrança que existe hoje pra eles:
- tem que saber mexer nos eletrônicos
- tem que falar inglês
- tem que ter aula de musicalização
- tem que saber nadar desde que nasce
- tem que se vestir como adulto (e gostar disso)
- festas infantis? Pra quê? Legal mesmo é comemorar o aniversário no salão de beleza com as amigas!
E por aí vai!!
Que coisa mais chata isso!!!
Criança é o ser humano na sua mais crua essência. Sem as máscaras que aprendemos a usar ano após ano, sem o controle emocional que ganhamos com o passar do tempo, sem a falsidade do adulto, sem a capacidade de esconder as emoções.......porque vamos assumir, né? Quem nunca quis - internamente - fazer uma birra ao ser contrariado?
Estamos vivendo em um mundo onde muito se exige respeito e pouco se respeita. Onde muito se fala em direitos, mas pouco se dá o direito.
Vamos deixar os pequenos serem pequenos!! A infância passa rápido demais e precisa ser aproveitada ao máximo! Disciplina sim! Educação sim! Aprendizado sim! Mas sem neuras, sem ilusões, sem absurdos. A nova geração agradece!
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Por que tantos nãos?
Dia desses, me peguei fazendo algo que sempre achei péssimo: dizendo não a toa para o lindão! Não estou dizendo que dar limites é errado...pelo contrário, sou mega a favor!! Mas já pararam pra pensar como a gente pode estar exagerando na dose?
Meu exemplo: na hora de dormir, sempre colocamos uma música de ninar pra ele ouvir enquanto mama. Isso, desde os 2 meses de idade. Dia desses, na hora do cochilo da tarde, coloquei ele no berço e ele me pediu: mamãe, música!
E qual foi a minha resposta? Não, lindão! Música, só a noite, pra mamar! Ele esboçou um choro, mas não chorou....mesmo assim, aquilo me cortou o coração e me fez mudar de ideia. Sentei ao lado do berço, peguei a mãozinha dele e coloquei uma música pra tocar. Ele ficou feliz da vida e pegou no sono rápido, antes mesmo do fim da faixa.
E eu fiquei lá pensando: por que é que a primeira resposta nossa é quase sempre o NÃO? Qual o problema de sair um pouco da rotina? De mudar os padrões? De ajustar as coisas?
Muitas vezes, dizemos NÃO apenas pra facilitar a nossa vida: pra manter a rotina, pra não sujar a casa ou a criança, pra não ter trabalho depois......mas será que o NÃO é mesmo sempre tão necessário?
Depois desse dia, percebi que ele é importante demais pra ser desperdiçado em momentos tão pequenos. Que mal tem em querer ouvir uma musiquinha gostosa antes do cochilo da tarde? Que mal tem em, por exemplo, querer comer com as mãos mesmo depois de aprender a comer com a colher? Que mal tem em ficar com sono mais cedo e ir para a cama 1h antes do normal? E por aí vai!!
Precisamos pensar melhor antes de darmos nossos preciosos NÃOS aos pequenos. Essa palavra é muito importante e precisa ser valorizada por eles como tal.....e tudo o que é desperdiçado, perde o valor.
Por isso, fica a dica (pra mim, inclusive): da próxima vez, deixem o NÃO para quando ele for realmente necessário e importante. Não vamos desperdiçá-lo! Vai precisar sair um pouco da rotina? Saia! Vai sujar a casa? Depois limpa! Vai sujar a criança? Banho resolve!
Vamos dizer NÃO para o que realmente precisa do NÃO. Para o que oferece risco, para o que é de extrema falta de educação, para o que ensinará a criança a ser uma pessoa melhor no futuro!
Frases como:
- só dessa vez
- está bem, vamos tentar
- vamos ver se funciona assim
- vamos experimentar
Podem fazer uma grande diferença na vida de vocês, tornando o relacionamento (e a maternidade e paternidade) bem mais leve! Dê um tempo ao NÃO e veja como isso valerá a pena!
Meu exemplo: na hora de dormir, sempre colocamos uma música de ninar pra ele ouvir enquanto mama. Isso, desde os 2 meses de idade. Dia desses, na hora do cochilo da tarde, coloquei ele no berço e ele me pediu: mamãe, música!
E qual foi a minha resposta? Não, lindão! Música, só a noite, pra mamar! Ele esboçou um choro, mas não chorou....mesmo assim, aquilo me cortou o coração e me fez mudar de ideia. Sentei ao lado do berço, peguei a mãozinha dele e coloquei uma música pra tocar. Ele ficou feliz da vida e pegou no sono rápido, antes mesmo do fim da faixa.
E eu fiquei lá pensando: por que é que a primeira resposta nossa é quase sempre o NÃO? Qual o problema de sair um pouco da rotina? De mudar os padrões? De ajustar as coisas?
Muitas vezes, dizemos NÃO apenas pra facilitar a nossa vida: pra manter a rotina, pra não sujar a casa ou a criança, pra não ter trabalho depois......mas será que o NÃO é mesmo sempre tão necessário?
Depois desse dia, percebi que ele é importante demais pra ser desperdiçado em momentos tão pequenos. Que mal tem em querer ouvir uma musiquinha gostosa antes do cochilo da tarde? Que mal tem em, por exemplo, querer comer com as mãos mesmo depois de aprender a comer com a colher? Que mal tem em ficar com sono mais cedo e ir para a cama 1h antes do normal? E por aí vai!!
Precisamos pensar melhor antes de darmos nossos preciosos NÃOS aos pequenos. Essa palavra é muito importante e precisa ser valorizada por eles como tal.....e tudo o que é desperdiçado, perde o valor.
Por isso, fica a dica (pra mim, inclusive): da próxima vez, deixem o NÃO para quando ele for realmente necessário e importante. Não vamos desperdiçá-lo! Vai precisar sair um pouco da rotina? Saia! Vai sujar a casa? Depois limpa! Vai sujar a criança? Banho resolve!
Vamos dizer NÃO para o que realmente precisa do NÃO. Para o que oferece risco, para o que é de extrema falta de educação, para o que ensinará a criança a ser uma pessoa melhor no futuro!
Frases como:
- só dessa vez
- está bem, vamos tentar
- vamos ver se funciona assim
- vamos experimentar
Podem fazer uma grande diferença na vida de vocês, tornando o relacionamento (e a maternidade e paternidade) bem mais leve! Dê um tempo ao NÃO e veja como isso valerá a pena!
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