Introdução Alimentar

Fase 1

Como é difícil ensinar alguém a comer, não é verdade?

Tudo é estranho - o sabor, a consistência, a colher, a cadeira de alimentação. Lembro até hoje da carinha do meu bebê pra mim enquanto provava as frutinhas. Parecia me dizer:mas, mãe, cadê meu leite? era tão mais fácil? por que essa novidade toda agora? rsrsrsrsrsrsrs.....

Mas apesar de todas as dificuldades, a gente consegue vencer essa fase. 

Pensando em quem está passando por esse momento (ou está prestes a iniciar o processo), hoje começo a contar aqui no Drops como foi que rolou a introdução alimentar (IA) aqui em casa. Espero, com isso, poder ajudar as mamães nessa fase difícil e cheia de dúvidas e questionamentos.

Pra começar, vamos ver o que rolou no primeiro mês de IA:

- Durante 7 dias, dei apenas suco de uma laranja lima pra ele duas vezes ao dia (como se fosse o lanche da manhã e o lanche da tarde. No mais, era leite materno.) Nos primeiros 2 dias foi péssimo!! Rsrsrsrs....ele nunca tinha tomado nada além de leite e, pra piorar, não sabia o que era a mamadeira até aquele momento. Resultado: mordia o bico da mamadeira e não tomava nada.....acabava se irritando com aquilo e chorava.
     No terceiro dia, a coisa começou a melhorar, mas não muito. Ele percebeu que podia sugar o bico da mamadeira, mas detestou o gosto do suco. E assim foi durante toda aquela semana. Não importava quão doce era a laranja.....parecia que ele estava tomando suco de limão. Foi um stress pra nós dois (três, né? Já que o pai sofreu também).
- A partir dessa semana, comecei com as frutas. Tentava o suco várias vezes, mas nunca tive sucesso (e ele detesta laranja até hoje. Acho que - no final das contas - simplesmente não curte a fruta mesmo, tadinho...rsrsrs). A primeira foi a banana. Para o meu alívio, foi um baita sucesso! Ele amou tanto que comeu uma banana nanica inteira logo de cara.
       Fui dando a banana durante 3 dias seguidos (a Pediatra deu essa dica porque, dando o mesmo alimento 3 dias seguidos na fase da IA, podemos avaliar as reações do organismo do bebê àquele alimento. Fazendo isso, descobri - por exemplo - que banana nanica trava o intestino do meu filho.) Ah....dava a banana bem amassadinha com o garfo.
       A partir daí, comecei a variar da seguinte forma:
mamão: picava bem e passava na peneira
maçã: fazia em forma de papinha (Coloca 3 maçãs pequenas com casca e tudo em uma panela e enche de água até quase cobri-las. Tampe a panela e espere a água ferver. Daí, abaixe o fogo e deixe até que as cascas se soltem ou as maçãs fiquem bem molinhas. Corte as maçãs e passe na peneira.
ameixa: também oferecia em forma de papinha (5 ameixas secas grandes e sem caroço na água - uns 3 dedos acima delas. Espere ferver, abaixe o fogo e, com a panela tampada, ferva até que fiquem beeeeeeem macias - uns 20 minutos. Daí é só passar na peneira). Vira um creme delicioso.
pera: ofereci de todas as formas possíveis - e tento até hoje! Ele não come de jeito nenhum!
melancia: dava em forma de suco, com um pouquinho de água.
bananas maçã e prata: bem amassadinhas com o garfo sempre. Como todos os tipos trancam o intestino dele, passei a servir com farinha de aveia. Além de ficar ainda mais gostosa, faz o intestino funcionar super bem.

Obs: durante essa fase das frutas, mantinha o ritmo do suco, ou seja, frutas 2 vezes ao dia e, no restante das refeições, leite.
Obs2: essa fase é ótima pra tirar muuuuuuuuuitas fotos, pois as caretinhas que eles fazem são impagáveis!!

No próximo post, conto como foi o segundo mês, quando começaram as papinhas salgadas.

Fase 2

A vantagem desse segundo mês foi que meu baby já estava acostumado com as novidades (novos sabores, mamadeira pra suco, cadeirinha pra comer, colher, babador, etc), mas ainda assim, foi sofrido.


Seguindo a orientação da Pediatra, fazia a papinha da seguinte forma:
- caldo de carne
- 2 tipos de legumes
- 1 tipo de carboidrato

Como preparava:
- refogava a carne (frango, músculo ou osso buco) no azeite com cebola e alho.
- acrescentava os demais ingredientes picados e completava com água até cobrir.
- esperava a água ferver.
- abaixava o fogo e tampava a panela
- deixava assim até que os legumes estivessem beeeeeem molinhos (cerca de 20 minutos).
- retirava a carne (nessa fase inicial, só o caldo importa)
- batia metade da papinha no liquidificador e a outra metade, amassava bem com aqueles amassadores de batata. Só usar o liquidificador é ruim, pois não estimula a mastigação dos pequenos.
- dá pra ser feito todos os dias, mas eu fazia uma quantidade maior e congelava. Ao todo, dava pra 3 dias (um dia era fresca, recém preparada, e nos outros dois, era congelada).

Depois de duas semanas nesse esquema, passei a só amassar a papinha - sem passar a metade no liquidificador. Assim, ele já estava acostumado com pequenos pedaços e não engasgou.

Pra facilitar, eu fazia pela cor. Por exemplo:

Papinha laranja:
. carne
. cenoura
. abóbora
. batata

Papinha verde:
. carne
. espinafre
. brócolis
. mandioquinha

Papinha neutra:
. carne
. couve-flor
. berinjela
. batata-doce

No próximo post falo do terceiro mês de IA aqui em casa....


Fase 3

Como comentei no post anterior, ele começou a conhecer as papinhas salgadas bem amassadinhas. Quando se passaram os 30 dias de adaptação, a pediatra liberou pedaços de carne e legumes.

Lembram que estava amassando a papinha com o amassador de batatas, né? Amassava bem, mas deixando pedacinhos beeeem pequenos pra ir treinando a mastigação.

Bom, como agora ele já estava liberado pela Pediatra, comecei as mudanças.

O esquema mudou um pouco. Agora eram:

- 2 tipos de carboidratos
- 2 tipos de legumes
- carne (não mais somente o caldo, mas a carne mesmo).

Continuei fazendo porções maiores, pra congelar. Quando ia pra cozinha, fazia dois tipos de papinha, já que variar o sabor é super importante para o baby não acabar cansando da comida. Uma com frango e outra com músculo (muito rico em ferro).

Como fazia a papinha de frango:

- refogava o filezinho de frango no azeite com cebola e alho.
- acrescentava os demais ingredientes picados (picava bem pequeno, já que ele iria começar a mastigar de verdade) e completava com água até cobrir.
- esperava a água ferver.
- abaixava o fogo e tampava a panela.
- deixava assim até que os legumes estivessem beeeeeem molinhos (cerca de 20 minutos).
- desfiava o frango (primeiro cortava bem pequeno - tipo metade da unha do dedinho da mão - e só depois desfiava, pois o frango pode enroscar na garganta).

Como fazia a papinha de carne:

- comprava o músculo moído.
- refogava no azeite com cebola e alho.
Em outra panela:
- acrescentava os demais ingredientes picados e completava com água até cobrir.
- esperava a água ferver.
- abaixava o fogo e tampava a panela.
- deixava assim até que os legumes estivessem beeeeeem molinhos (cerca de 20 minutos).
- acrescentava a carne moída à papinha já pronta.

A partir desse ponto, fazia a mesma coisa nos dois tipos de papinhas:

- amassava metade da papinha com o amassador de batata. A outra metade, deixava como estava.

Depois de duas semanas nesse esquema, passei a não mais amassar a papinha.

Hoje em dia, ele come o que a gente come. Só separo na hora de temperar, pois pra ele é praticamente sem sal (eu coloco um pouquinho - ninguém merece aquela comida sem gosto!! Uso sal light, que tem metade do sódio.).

Algumas receitas que fazem sucesso (Na hora de servir, sempre coloco azeite e quinoa em flocos):

Obs: as fotos são da época em que fazia metade amassada e metade sem amassar.


Macarrão cabelo de anjo
Feijão
Cenoura
Couve flor
Frango
Mandioquinha

Cará
Músculo
Lentilha
Couve flor
Espinafre

Batata
Mandioquinha
Frango
Tomate
Vagem
Grão de bico
Brócolis

Mandioquinha
Cenoura
Tomate
Brócolis
Carne moída (músculo)

Carne moída (músculo)
Batata
Cenoura
Abóbora
Brócolis

Batata doce
Chuchu
Abobrinha
Espinafre
Frango


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