quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Toxoplasmose na gestação

Atenção gravidinhas: folhas, só em casa!!

Mas como assim? Pois é, gente! Muito se fala sobre a proibição de comer carne crua na gestação, mas pouco se fala sobre as folhas. Eu mesma, só fui tomar conhecimento disso aos 2 meses, na minha primeira consulta com a Nutricionista.

A carne crua é proibida devido ao risco da presença do mercúrio em alguns peixes e pela contaminação da toxoplasmose.

Mas ficar sem comer carne crua não garante que a gestante fique longe dessa doença. É preciso passar longe das folhas também, principalmente em restaurantes. Isso porque, se as folhas não forem lavadas corretamente, elas se transformam em um enorme risco para a saúde do bebê. Em casa, você mesma vai lavar suas folhas e fará isso da forma correta, mas na rua, como garantir, né?

E sabem o que é pior? A Nutricionista me relatou que conhecia vários restaurantes que nem sequer lavavam as folhas. Não era lavar de forma errada. Era NÃO LAVAR mesmo. Confesso que até hoje evito as folhas nos restaurantes. Fiquei com essa má impressão. Só como em casa e onde sei que foram lavadas (casa de amigos, parentes, etc).

Por isso, só consuma alimentos cozidos durante a gestação. Como dizia minha Nutricionista: "passou pelo fogo, pode comer".

O cuidado também vale para as frutas e os legumes crus. Muito capricho na hora de lavar, ok?

Outro fator de risco quanto a toxoplasmose é o contato com gato, pois eles são os únicos animais que transmitem a doença pelas fezes. Se a grávida sempre conviveu com os felinos, provavelmente não terá problemas, pois já terá desenvolvido a defesa (nos exames de sangue do pré-natal, é verificado se a gestante tem ou não essa defesa). Portanto, se a grávida nunca teve um gatinho de estimação, é bem provável que tenha de ficar longe dos bichanos durante a gravidez. Claro que gatos domesticados, que ficam quietinhos em casa, oferecem risco praticamente nulo. O problema são os de rua e os que costumam sair sozinhos.

Sobre o efeito da doença no bebê:

Em adultos, os sintomas costumam ser leves e podem incluir gânglios inchados no pescoço, dores de cabeça, dores musculares, fadiga e sensação de gripe. Eles geralmente aparecem de duas a três semanas depois da exposição à infecção. Alguns adultos chegam a não ter nenhum sintoma. 

Para um bebê no útero, no entanto, os efeitos da toxoplasmose podem ser bem mais graves. Eles variam de acordo com o período da gravidez em que a infecção começou. Quanto mais cedo o bebê for infectado, piores os danos. 

Uma infecção pode levar a um aborto espontâneo ou à morte do bebê no útero, além de poder provocar hidrocefalia (excesso de líquido no cérebro), problemas de visão ou em outros órgãos da criança.

A maioria dos bebês nascidos com toxoplasmose não apresenta problemas óbvios logo de cara, mas desenvolve sintomas, geralmente na visão, durante a infância e até na vida adulta, por isso é essencial que sejam acompanhados de perto.


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