quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Receitinha

Um jeito diferente e muito gostoso de comer o mesmo purê de sempre:

Cozinha a batata com um legume (ou mais).

Quando amolecer, amassa bem e tempera (coloquei sal, orégano e ervas finas)

Espera esfriar, pegue uma colher de sopa bem cheia e abra na mão. Coloque o recheio que quiser (coloquei queijo e tomate-cereja).

Feche o bolinho com as mãos, moldando em torno do recheio e leve ao forno até dourar.

Fica muuuuuuuuito bom!!!!!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Desfralde - parte 3

Ontem foi um dia marcante!! Como vocês viram no post, o lindão fez xixi no vaso pela primeira vez.

A tarde, foi para a escola sem fralda (e com um mega estoque de roupas extras - rsrsrsrsrs). Pois não é que ele não deixou o xixi escapar lá e ainda fez no vaso? Fiquei muuuito surpresa!!

Daí, a noite, quando estava terminando de jantar, pediu pra fazer cocô na patente. Levei ele lá, coloquei um vídeo pra ele assistir no celular e, 5 minutos depois, eis que o primeiro "número 2" no vaso aconteceu!! Ele estranhou um pouco, mas fiz tanta festa que ele se empolgou também. Quis dar descarga pra "mandar o cocô pra casinha dele".

Como tínhamos um carrinho aqui esperando uma oportunidade especial pra ser dado de presente, escolhemos esse momento. Ele ficou muito feliz e até pediu pra que eu escreva um recadinho (na agenda) pra tia da escola saber que ele conseguiu fazer cocô na patente.

Claro que ainda teremos muitos escapes e surpresas até que ele aprenda 100% a usar o vaso, mas estou bem feliz e animada. Achei que ele daria mais trabalho. 

A lição que estou levando para a vida toda com o desfralde do lindão? Cada criança tem seu tempo e nós, adultos, precisamos respeitar esse tempo. Cabe aos pais avaliarem e definirem a hora certa de cada mudança. Não importa o que os outros digam, não importam os (muitos) palpites, não importa a pressão dos médicos. O que importa é o bem-estar da criança e a tranquilidade durante cada transição, pra que seja sem traumas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Desfralde - parte 2

Hoje rolou o primeiro xixi no vaso (fizemos a maior festa, com direito a muitas palmas e gritos de VIVAAAAA)......até agora, só tinha tido escapes mesmo (número 2 ainda não aconteceu....rsrsrsrs.....anda fazendo logo que acorda, quando ainda está de fralda no berço).

Depois do fim de semana todo sem usar fraldas, ele demonstrou que está conseguindo segurar bem a vontade de fazer xixi. Chegou a segurar por 6 horas.

Tivemos muitos momentos como os descritos por todos os pais que estão no desfralde: fica sentadinho no vaso e não sai nenhuma gotinha de xixi, mas assim que sai dali e coloca a fralda, faz tudo o que estava acumulado no chão. Realmente, é preciso ter muuuuuuuuuuita paciência nessa fase!

Hoje pela manhã não foi diferente. Levei o lindão até o vaso de hora em hora, normalmente. Fica sentadinho ali por 15 minutos. Mas era só estar no meio da sala pra molhar todo o chão. Até que, de repente, ele apareceu na porta da cozinha trançando as pernas e reclamando (gemendo na verdade....rsrsrsrs). Daí eu perguntei se ele queria ir no vaso e a resposta, obviamente, foi NÃO!

Levei mesmo assim e, alguns segundo depois de sentar, saiu um "xixizão" daqueles beeeem longos!!

Hoje será o primeiro dia sem fralda na escolinha.Vai colocar só na hora do soninho. Tive que mandar muuuuuuitas mudas de roupas para o caso de haver acidentes....amanhã eu conto como foi, tá?

Uma dica que a escola passou e que achei bem interessante: sempre é bom começar o desfralde no fim de semana para que a criança perceba que é algo da família, e não uma atividade da escola.

Algumas dicas que estão facilitando a logística aqui:

- o Sekito e o Veja ficam sempre à mão. Quando ele faz xixi no chão, é só pegar o aparato e limpar. Depois que tiro o excesso, jogo o Veja direto no piso e passo o Sekito quase seco pra finalizar (lembrando que tudo isso é feito com a "ajuda" dele, que despeja o Veja no chão e me ajuda a segurar o Sekito).
- as cuecas estão no lugar onde antes ficavam as fraldas (primeira gaveta da cômoda). Assim, na hora da troca é mais rápido, pois está tudo no automático pra mim.
- lenços umedecidos também estão sempre à mão, pois é preciso limpar bem a criança depois dos escapes e nem sempre dá tempo de rolar um banho.
- ele está ficando de sandálias plásticas ou chinelo. Se molhar, é só colocar na água, deixar secar (ou enxugar com um paninho) e usar de novo. Em dias bem quentes, fica descalço mesmo.
- comecei a adiantar todo o processo do almoço. Impressionante como o desfralde toma o nosso tempo. As idas ao banheiro, a limpeza da casa e da criança quando rola um escape.....seu tempo fica reduzido à metade do que era antes.
- as cuecas são coloridas e com estampas de carros e super-heróis: é importante a criança curtir a novidade e as cores e os personagens preferidos ajudam muito nisso!
- quando está em casa, o papai fica de cueca também, mostrando que está igual ao lindão. Além disso, sempre que vai ao banheiro, leva o pequeno junto pra ele ir "pegando o jeito".

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Desfralde - parte 1

A partir de hoje, vou falar sobre o desfralde diurno do lindão aqui. Contar a evolução, as dificuldades, os erros e os acertos. Espero poder ajudar vocês. Sempre que quiserem voltar ao tema, podem acessar essa aba.

Ele está começando um pouco "tarde", com 2 anos e meio. Coloquei entre aspas porque, na verdade, cada criança tem seu tempo, mas os médicos afirmam que, em média, o desfralde ocorre aos 2 anos.

Mas, na minha opinião, o que deve mesmo ser levado em conta é a criança estar pronta para o desfralde. E como sabemos se ela está pronta? Verificando se ela apresenta pelo menos dois dos sinais esperados. Por aqui, os sinais começaram há algum tempo, mas tivemos dois probleminhas:

1) os sinais começaram junto com o frio (desfralde no inverno não é indicado)
2) ele tinha pavor do vaso sanitário! Ficava em pânico cada vez que chegava perto.

Conversei com a professora da escola e pedi pra que ela o levasse junto quando os amiguinhos fossem até o vaso. Vendo os colegas, veria que não há motivo para ter medo. DEU CERTO! Em menos de uma semana, passou a aceitar o vaso e até a curtir ficar sentado ali.

Esse foi o sinal mais importante para começarmos o desfralde. O que estamos fazendo?

- fica sem fralda em casa
- quando saímos, ele vai de fralda (sempre prefiro fazer as mudanças aos poucos, pra ele se adaptar sem sustos)
- vai para o vaso a cada 1h e fica sentadinho ali por 15 minutos (vê desenhos, lê, brinca com carrinhos)
- quando o xixi escapa, ele me ajuda a limpar (vira o frasco do Veja e "segura" o Sekito comigo)

Por enquanto é isso. Quando o estoque de fraldas terminar, ele vai passar a sair de casa sem fraldas, mas se o passeio for longo (ir à igreja, por exemplo), vamos usar o modelo de vestir e diremos a ele que é uma cuequinha.

E bora lá, porque essa é uma mudança das mais difíceis para os pais e para os pequenos. Exige calma, paciência e, acima de tudo, perseverança.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A tela da bermuda de banho

Ontem li uma notícia que me deixou impressionada! A revista Crescer publicou no seu Facebook que um menino de 5 anos se feriu depois do seu pipi ficar preso naquela tela que vem por dentro das bermudas de banho.

Achei importante dividir isso com vocês que têm um príncipe em casa.

Esse modelo de bermuda vem com a tela justamente porque foi criada pra ser usada sem cueca (na praia ou na piscina). No entanto, se a tela desfia, os buraquinhos (que são bem pequenos), aumentam e podem "enforcar" o pênis (de crianças e de adultos também).

Como prevenir?

- Sempre que optar por este modelo de bermuda, usar com cueca ou sunga por baixo.
- Trocar a bermuda pela sunga, bem mais segura (Essa é minha escolha aqui em casa. Lindão só usa sunga).
- Optar por um modelo sem a tela.

Pra ler a matéria completa, podem clicar nesse link.

  

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Como vemos as crianças antes e depois dos filhos

Dia desses, estava com o lindão aqui no parquinho do prédio e, vendo ele brincando com as outras crianças, comecei a pensar sobre isso: como muda a nossa ideia sobre as crianças depois que temos filhos, né? Olhem só:

Antes: se uma criança chega perto de você, sua vontade é correr pra longe dela, já que você não faz a menor ideia do que fazer.
Depois: você já senta e bate o maior papo com a criança. Sabe o que dizer, como brincar, como tirar um sorriso daquela carinha séria.

Antes: você acha que lugares como parquinho, brinquedoteca, casinha de boneca, etc, são extremamente desnecessários e ocupam um lugar precioso no seu prédio ou condomínio.
Depois: você percebe que esses lugares são indispensáveis.

Antes: você acha que toda criança é chata, birrenta e barulhenta.
Depois: você aprende que criança também tem seus dias de mau-humor, de chatisse e de descontrole emocional (exatamente como você). Assim como, toda criança tem seus dias de doçura e bom comportamento.

Antes: você acha que ter filhos é se privar de muita coisa boa.
Depois: você entende que ter filhos é se privar de muita coisa boa pra viver algo muuuito melhor!

Antes: você acha que criança atrapalha em festas.
Depois: você dá graças a Deus quando está em uma festa cheia de crianças, pois assim, seus pequenos brincam tranquilos e te deixam comer, conversar e socializar.

E acima de tudo, é incrível como passamos a ver o mundo com olhos totalmente diferentes depois que eles nascem, né? Percebemos como o simples é especial. Como os melhores momentos são aqueles em que não temos nada que o consumismo possa comprar. Como é bom ver o mundo através dos olhos de uma criança e, acima de tudo, como os pequenos são criaturas especiais!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Receitinha

Tá difícil conseguir fazer os pequenos comerem legumes? Que tal preparar uma panqueca turbinada pra eles?

- prepare a massa normalmente, mas prefira a farinha integral
- como recheio, fiz carne moída com molho de tomate turbinado (no preparo da carne, adicionei espinafre e couve picadinhos e abobrinha ralada).
- pra levar ao forno, cubro com mais molho e queijo ralado

O lindão se acabou de comer e nem percebeu a quantidade de legumes que ingeriu.....rsrsrs....


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Campanha muito boa!

Viram essa campanha da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, gente? Ela está gerando bastante polêmica na internet por conta das imagens "fortes".

As imagens mostram mulheres amamentando crianças e, em seus seios, foram desenhadas guloseimas e fast-food. As ilustrações dão a sensação realista de que a criança está ingerindo o alimento.

A ideia da campanha é conscientizar as mães que estão em fase de amamentação da importância de se alimentarem corretamente. Como postei aqui há um tempo atrás, a alimentação da mãe é importante tanto para a qualidade nutricional do leite quanto para a formação do paladar da criança.

Oficialmente, a campanha será lançada no dia 21/09, mas ela já repercutiu na imprensa internacional e foi elogiada e considerada "perturbadora". Quem quiser saber maiores detalhes sobre a campanha, pode conferir este link.

Olhem só as famosas fotos:



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Mãe precisa se gostar

Sim, logo depois do parto, nós ficamos tão exaustas que a última coisa que passa pela nossa cabeça é perder tempo se cuidando. Super normal!

Durante todo o primeiro ano do bebê, as coisas vão entrando no lugar, a rotina começa a fazer efeito, o cansaço continua, mas a exaustão vai embora e, aos poucos, passamos o olhar pra nós mesmas novamente. E o pensamento que vem imediatamente na nossa cabeça é: Meu Deus!! Quem é essa mulher?

Daí bate um desespero, um sentimento de que nunca mais nós seremos como antes, uma sensação de que envelhecemos 10 anos em meses.....sim, você não está sozinha, mamãe.

É bem nessa hora que as coisas começam a mudar. Para algumas mães, é bem cedo, logo depois do primeiro trimestre do bebê (que é o mais difícil). Para outras, demora um pouco mais, cerca de 2 anos. Mas em média, a nossa ficha cai quando o bebê está perto de completar seu primeiro aninho (ou logo depois que completou - geralmente, depois que a mãe vê as fotos do aniversário de 1 ano).

O fato é que, com raríssimas exceções, toda mulher passa por isso ao se tornar mãe. Nós mudamos muito com a maternidade e, dificilmente voltaremos a ser exatamente como éramos antes da gravidez. Até porque, mudamos de dentro pra fora, né?

Mas então, como voltar a se cuidar? Agora o tempo é menor, a disposição é menor, as prioridades são outras. Reuni algumas dicas aqui. Não precisa fazer tudo de uma vez só. Pode ir mudando as coisas aos poucos, conforme a vontade for pintando e a disposição for aumentando.

Vou citar exemplos e contar como foi comigo também, ok? Retomei os cuidados comigo depois da festa de 1 aninho do lindão.

Faça o que você gosta: essa precisa ser a primeira atitude, pois ela muda tudo!! Pense bem: o que você amava fazer antes de ser mãe? Ler? Aplicar uma máscara no rosto enquanto relaxa na cama por 10 minutinhos? Dançar no chuveiro em um banho mais demorado? Sair pra tomar um café com a melhor amiga? Andar sem rumo pelo shopping? Dar uma caminhada na esteira? Enfim...algo que sempre te fez muuuito feliz e que foi deixado de lado nesse período conturbado.
Eu: no meu caso, foi retomar a atividade física. Como não tinha com quem deixar o lindão, ele ia no carrinho e eu dava voltas e mais voltas.

Fique com você mesma: não precisa de muito tempo não. Ficar de pernas pro ar no sofá enquanto o pai dá banho no pequeno, aproveitar a hora do cochilo do bebê pra ver um episódio daquela série que você tanto ama, .....
Eu: sempre aproveito a hora do banho do lindão pra fazer absolutamente nada. Deito no sofá ou na cama, fico olhando pro teto ou conferindo as redes sociais.

Pratique uma atividade física: não precisa voltar com tudo para a academia. Até porque, o nosso tempo fica mais curto, né? Volte aos poucos, conforme sua agenda (e sua disposição) permitirem.
Eu:  como comentei antes, voltei a me mexer nas caminhadas. Depois que ele foi para a escolinha, passei a frequentar a academia no meu prédio. O que dá pra fazer é de 30 a 60 minutos de atividade, mas me dá um gás maravilhoso ter esse tempo pra mim.

Curta o maridão: sim, ficamos muito cansadas, mas merecemos um carinho, né? Antes de ser mães, somos mulheres e devemos sim continuar namorando nosso parceiro. Escolham uma vez na semana pra saírem, nem que seja só pra um cafezinho de 30 minutos. Mas saiam, conversem de outros assuntos que não os filhos e a casa. Se não tiverem com quem deixar os pequenos, esperem eles dormirem e assistam algo bacana na TV, ou aquele filme que vocês estão querendo ver há tempos....sei que não é sempre possível ou fácil, mas é tão importante que vale a pena!
Eu: por aqui, pelo menos uma vez na semana nós temos o nosso tempinho. Ou assistindo às nossas séries preferidas depois que o lindão dorme ou pegando um cineminha ou jantando fora enquanto ele fica com os avós.

Alimente-se bem:  a gente come correndo, né? Mesmo sem os pequenos por perto, parece que estamos competindo pra ver quem come em menos tempo. Como sentar e comer tranquilamente é quase um luxo, atente para a qualidade dos alimentos. Faça o possível pra comer o que te faz bem ao invés de sempre atacar o armário das guloseimas por ser mais prático. Dá pra ser rápido e prático com frutas, castanhas, barrinhas de cereais, gelatina, biscoitos integrais, etc. Sua saúde agradece.
Eu: depois de tomar um susto ao subir na balança e ver que tinha engordado 10kg com o final da amamentação, tomei jeito e passei a prezar pela qualidade dos alimentos. Ainda estou longe de estar no meu peso ideal, mas dando preferência aos alimentos "de verdade". Confesso que às vezes dá uma super preguiça de preparar um lanchinho saudável. Pra esses momentos, tenho bolachas integrais, frutas e iogurte sempre à mão.

Permita-se pequenos momentos de gula: falando em comida, deixe-se levar pela gula vez ou outra. Atacar aquele pedaço de bolo de chocolate sem culpa, sem pensar nas calorias. Ou, na saída com o maridão, rolar uma pizza bem cheia de queijo e um bom vinho pra acompanhar. Esses pequenos prazeres fazem um bem danado para a alma da gente!
Eu: vez ou outra me permito meeeeeeesmo comer sem neuras e sem pensar no dia de amanhã. Ficar bitolada em dieta, em comida saudável e do bem, nos torna anti-sociais.

Cuide da sua aparência: faça as unhas, corte o cabelo, pinte os fios, faça algum tratamento estético, ......, o que importa é ter esse tempinho pra se cuidar. Mesmo que seja algo bobo, como fazer as unhas no salão, já dá uma bela renovada na nossa energia, né?
Eu: nunca deixei de fazer as unhas. Mesmo depois que o lindão nasceu, faço a cada 15 dias, com algumas exceções, claro. É um carinho que me dou a cada duas semanas. O esmalte não dura quase nada hoje em dia, mas compensa mesmo assim. Ir ao salão, tomar um capuccino, tratar das mãos e dos pés, esfoliar, hidratar......nossa!! Como é bom!

Não abandone os cremes: algo que faz um bem enorme para a auto-estima é passar um creme pelo corpo. A gente se sente bem por estar se cuidando. Não dispense! Está corrido? Apele para as versões que podem ser usadas durante o banho. O mesmo vale para o cabelo.
Eu: mais uma coisa que mantenho desde sempre. Esqueci dos cremes no primeiro trimestre, pois só queria dormir, mas logo retomei meu ritual, usando um creme de banho no inverno e um hidratante antes de dormir no verão. O hidratante está sempre no meu criado-mudo. Deito na cama e já passo no corpo todo. Rápido e delicioso!

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Tristes mulheres poderosas

Depois que vi a matéria de sexta-feira no JH sobre o perfil da mulher brasileira, fiquei tão chocada com o resultado que fiz alguns Snaps sobre o tema. Depois disso, muitas seguidoras me pediram um texto sobre isso aqui no blog (já que os posts do Snap duram apenas 24 horas):

De acordo com a pesquisa, a maioria das mulheres entre 25 e 35 anos querem uma existência extraordinária e, para ter essa existência extraordinária, estão dispostas a adiar a felicidade.

Gente!! Fiquei muuuuito chocada e triste com esse resultado! Querer uma existência extraordinária não é nada de errado, mas como assim? Adiar a felicidade? Como é possível viver uma vida extraordinária infeliz? Viver extraordinariamente - pra mim - é ser feliz!

No caso da pesquisa, essa vida extraordinária significa muitas conquistas profissionais, viagens, cursos, promoções, cargos de chefia, etc....nenhum problema com isso, mas eu sempre achei que as pessoas buscam isso tudo porque é o que faz elas serem felizes.....me chocou saber que estava enganada.

Porque, pensem comigo: a geração atual - todo mundo sabe - é extremamente capitalista, corre o dia todo atrás de dinheiro, conquistas, posição social. Todos trabalham sem parar, perdendo tempo precioso com a família, prejudicando a própria saúde e, em casos mais extremos, até mesmo perdendo a sanidade.

Mas se alcançar esse tal patamar extraordinário não é a felicidade dessas pessoas, então, pra que e por que correr atrás disso? Qual o propósito? Qual a razão de ficar doente por conta do stress, de se afastar da família, de nem sequer conseguir formar uma família porque a carreira vem em primeiro lugar, se é pra ser infeliz (e reconhecer isso). Sinceramente, não entendo!

Tinha absoluta certeza de que essa ambição toda, essa correria desenfreada, era o motivo da felicidade e o sonho dessas pessoas.

Mas se não é, então por que isso tudo? Só pra dizer que pode? Só pra mostrar para os outros? Só pra poder consumir o que quiser sem pensar no dia de amanhã?

E o prêmio de tudo é o que (já que não é a felicidade)? Acabar a vida sozinha, chorando ao pensar na vida que podiam ter tido?

Quem assistiu à matéria vai se lembrar da moça que foi a personagem principal da entrevista afirmando que é muito feliz com a vida que escolheu, mesmo que a ambição pelo trabalho tenha acabado com o seu casamento (o marido ficava sozinho a maior parte do tempo por causa das constantes viagens da esposa). E daí, com os olhos cheios de lágrimas, veio ela com o texto-padrão:

- Mas estou feliz. Viajo pra onde eu quero, compro o que eu quero, tenho uma posição de destaque na empresa, vim de uma família pobre e posso dizer que venci na vida".

Será que venceu mesmo? Será?!

Por que essa dificuldade em aceitar que dá pra ter as duas coisas? Que dá pra ser uma profissional feliz e ter uma família? Claro que, em muitos casos, focar também na vida pessoal vai sim frear o crescimento profissional, mas se estar hiper bem sucedida na carreira não é ser feliz, essas mulheres deveriam ser felizes alcançando a posição que for possível pra elas e tendo a família que irá completar essa felicidade.

A não ser que ser uma profissional de altíssimo padrão faça delas as mulheres mais felizes e realizadas do mundo, não vejo razão pra buscar essa posição.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Quando algo que acontece no seu dia a dia faz você rever seus conceitos

Dia desses, passei por uma situação que me fez repensar muitos dos meus próprios conceitos e gerou em mim uma necessidade de alertar as pessoas para a importância de não julgarmos antes de conhecer melhor a situação do próximo. E hoje, não vou escrever um post específico sobre a vida de pai e mãe, mas para todos......para quem quer ser um ser-humano melhor.

Explicando:

Quem me segue lá no Snap, sabe bem que, uma das minhas atividades enquanto o lindão está na escolinha é malhar de 30 a 60 minutos. É um compromisso que fiz comigo mesma para melhorar minha saúde e disposição. Falei bem detalhadamente sobre isso nesse post.

Pois bem! Depois de arrumar as coisas aqui em casa, desci como de costume. Quando fui até a portaria para buscar a chave da academia, o porteiro comentou: "é isso aí!! Essa chuva toda e com frio e você está animada pra malhar"!

E eu disse: "É difícil, né? Porque a vontade mesmo era ficar em casa"!

Peguei a chave e segui rumo à academia. Duas diaristas estavam ao lado da portaria (imagino que esperando a chuva diminuir pra poderem ir embora) e, assim que estava a uma certa distância, elas começaram a falar com o porteiro (tenho uma audição acima da média....rsrsrs...ouço muuuuito bem e a distâncias consideradas impossíveis):

"A gente queria ter essa vida dura das madames, né"?
"Passa o dia inteiro a toa e ainda reclama de ter que fazer ginástica".
"Queria ver ter essa vontade toda de malhar se tivesse que cuidar da casa".

Falaram mais coisas, mas só ouvi até aí e percebi que o porteiro começou a me defender (poucas pessoas conhecem tão bem a sua rotina quanto os porteiros do seu prédio/condomínio).

Nem cheguei a ficar com raiva delas, porque imediatamente comecei a pensar nesse post. Como somos rápidos pra julgar alguém, né? E sempre negativamente!! Nunca julgamos alguém pensando em algo positivo! Incrível como é forte essa nossa natureza feia!

Vamos levar como exemplo isso que aconteceu comigo:

As duas, com a mais absoluta certeza, têm uma vida bem mais dura que a minha, no entanto, elas falaram tudo isso sem ter a menor ideia de que, naquele momento, quando desci para a academia, já tinha feito muitas coisas:

- acordei às 7h
- preparei o café da manhã da família
- lavei a louça do café
- dei um jeito na casa
- passei pano no chão
- coloquei a roupa pra lavar
- estendi a roupa
- coloquei o post do blog no ar
- preparei o almoço
- cuidei e brinquei com o lindão
- dei o almoço para o lindão
- arrumei o lindão para a escola
- lavei a louça do almoço
- passei novamente o pano no chão (depois do almoço sempre sobra comida no chão, né? Rsrsrs....)

E, só então, fui lá ter aquela horinha sagrada do meu dia só pra mim.

E elas também não imaginavam que, depois da malhação, cheguei em casa e:

- coloquei mais roupa pra lavar
- estendi a roupa
- atendi minhas clientes da Consultoria via email
- tomei banho, me vesti e foi buscar o lindão na escola
- brinquei com o lindão
- dei o jantar pra ele
- dei banho no lindão (nesse dia, o papai trabalhou a noite)
- coloquei o lindão pra dormir
- fui passar roupa e só parei às 23h, hora que o maridão chegou do trabalho e fomos dormir.

Não estou querendo mostrar que trabalho mais do que ninguém ou querendo mostrar que sou uma coitada......rsrsrsrsrs.....só detalhei minha rotina pra vocês verem quão erradas as moças estavam.

E nós? Quantas vezes não cometemos o mesmo erro?

Quantas vezes não condenamos alguém sem a menor noção de como é ou de como está a vida dessa pessoa?

Alguns exemplos que vieram à minha mente:

"Nossa!!! Coitada dessa criança!! Fica com os avós o dia inteiro e só vê os pais a noite"!
Ninguém quer saber se o casal trabalha o dia todo fora pra ter o que comer em casa. A criança fica com os avós porque a família não tem condições de colocar na escolinha e não conseguiu vaga na creche.

"Nossa! Chegando do trabalho às 15h? Que vida boa"!
Ninguém sabe que a pessoa estava trabalhando há 36 horas em um plantão no hospital.

"Queria essa vida! Na piscina do prédio às 14h em plena terça-feira"?
Ninguém sabe que a pessoa trabalha a noite inteira em um restaurante.

E os exemplos são infinitos.....então, da próxima vez que pensarmos em criticar alguém pelo que esse alguém parece ser ou fazer, vamos controlar a nossa língua e segurar nossos pensamentos?

Eu me lancei esse auto-desafio? Vamos comigo?

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Especialistas em alimentação não sabem nada!

**Você vão entender o título depois que lerem o texto todo.

Ontem, passei por mais um episódio chato da alimentação infantil (quem me segue no SnapChat viu meu desabafo - rsrsrsrs) ao tentar inovar e trocar o purê de todo dia pela batata-frita falsa, ou seja, cortada em palitos, temperada e assada no forno (ele AMA comer batata frita quando comemos fora e achei que iria amar em casa também, mas nem sequer quis provar).

Como sempre ouvimos dos médicos e lemos nos livros, revistas, sites e blogs especializados em alimentação infantil, é mega importante para a criança ter acesso a diferentes sabores, texturas, cheiros, cores e preparos.......

Concordo que seja extremamente importante, mas sabem o que é mais importante do que toda essa teoria?? É ver a criança comendo bem.

Nós sabemos o que é recomendado, o que é indicado, mas também sabemos - como mães - do que nossos filhos gostam, do que eles precisam.

Portanto, mesmo conhecendo e tentando seguir todas as indicações dos especialistas que acredito e confio, me declaro livre dessa neura alimentar.

Se precisar fazer purê por anos e anos, faço!
Se precisar disfarçar o brócolis no meio da comida pro lindão não perceber que está comendo, misturo!
Se tiver que ralar a cenoura no meio do arroz pra que ele coma sem perceber, vou ralar!
Se ele quiser comer sozinho, vai comer!
Se ele quiser que eu dê a comida na boca dele, vou dar.
Se ele estiver em um lugar amplo e estiver mais preocupado em correr do que em comer, vou correr atrás dele dando as colheradas necessárias.
Se ele quiser assistir aos vídeos de carrinhos toda vez que se senta pra comer, vai assistir!
Se ele quiser comer com algum brinquedo na mão, vai comer.
Se ele se recusar a engolir carnes mais firmes, vou continuar preparando, mas vou diminuir drasticamente a frequência e, proporcionalmente, aumentar a quantidade de refeições com carne moída e suas muitas possibilidades.

E é isso aí, gente!!! Me sinto até mais leve! E convido vocês a fazerem o mesmo! Sem neuras, sem padrões pré-estabelecidos, sem regras que nem sempre vão funcionar com os nossos pequenos.

Não estou dizendo que a partir de agora, ele come a hora que quiser, que vai poder comer doces a vontade, ficar sem legumes e verduras....nada disso!! Só estou dizendo que, seguindo uma alimentação saudável, não quero mais me irritar ou ver meu filho ficar sem comer só porque ele "precisa aprender a sentir a textura da carne mais firme", por exemplo. Se, pra comer bem, ele prefere a carne moída, assim seja!

Quanto aos especialistas? Eles podem entender tudo de alimentação infantil, mas não entendem nada do meu filho, das suas preferências e das suas necessidades.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Grávida ao volante

Até quando eu posso dirigir na gravidez?

Está aí uma pergunta que recebo muito aqui no blog e nos atendimentos da Consultoria. Quando estava grávida, perguntei isso ao meu Obstetra e, pra confirmar a informação que ele me passou (afinal, lá se vão 3 anos), entrei em contato com outros médicos, pois passar a informação certa pra vocês é minha meta e meu compromisso.

E é assim, gravidinhas:

Em princípio, a gestante pode dirigir até quando a barriga encostar no volante. Encostou? Hora de parar.

Mas e se não encostar? (comigo aconteceu isso. Cheguei até o final da gestação dirigindo normalmente e minha barriga não tocava no volante). Isso varia desde o tamanho da barriga até a forma como a mulher dirige (meu caso).

Se a barriga não encosta no volante, a gestante pode dirigir normalmente, sem contra-indicações.

Porém, essa tranquilidade toda é até você completar 36 semanas. A partir daí, não é proibido dirigir, mas se for possível evitar, melhor. Seja a motorista se realmente não tiver outro jeito.

Por que esse cuidado? Porque a mulher pode entrar em trabalho de parto a qualquer momento e, se estiver dirigindo, os riscos de um acidente são imensos.

E, claro!! Essas informações e esses prazos são para gestações sem complicações, sem riscos. Se sua gestação tem alguma restrição, o cenário muda completamente e dirigir pode tanto ser liberado quanto ser totalmente proibido.

E, super importante: o cinto de segurança nunca deve ser usado por cima da barriga, ok? Sempre por baixo, deixando o bebê livre.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Drops na TV

Lembram que comentei com vocês nesse post que dei uma entrevista para um programa de TV? Na verdade, foi uma entrevista, mas dois temas diferentes e os programas foram ao ar (semana retrasada e semana passada) com dicas bem bacanas sobre o sono e sobre a importância da brincadeira para os pequenos. Pra conferir, é só clicar nos links abaixo:

(matéria a partir de 4:05)

(matéria a partir de 5:00)

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Muito bacana!!!

Mais uma notícia que merece ser divulgada: saiu ontem no Facebook do Senado Federal que, a partir de agora, as empresas são obrigadas a liberar os funcionários para que eles possam comparecer à reunião de pais nas escolas. Grande avanço!

E as punições para os pais que não comparecerem às reuniões estão ainda mais rígidas. Para maiores informações, cliquem aqui.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Papai manda bem

Gente, achei tão bacana essa iniciativa da Bepantol que não podia deixar de compartilhar com vocês. Porque, vamos combinar, né? Papais que participam da vida dos filhos são muuuuuito bacanas!!

A marca lançou, em agosto, o movimento Papai Manda Bem, que terá debates e uma série de ações voltadas para o tema.

Uma dessas ações chamou minha atenção em especial: a entrega de mil trocadores de fraldas para banheiros masculinos ou que tenham áreas comuns para ambos os sexos de estabelecimentos públicos de todo o Brasil.

Os estabelecimentos que quiserem participar do movimento e receber os trocadores de fraldas, devem se inscrever nesse link, preenchendo todos os dados. Em um segundo momento, a Bayer avaliará se os espaços estão dentro das determinações especificadas no regulamento e, se aprovado, o estabelecimento receberá o trocador de fraldas. “Nosso objetivo com as 1 mil entregas é incentivar que os homens possam desempenhar mais facilmente o papel de pai, uma vez que na maioria dos estabelecimentos o trocador fica no banheiro feminino”, diz a marca.

As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de abril de 2016 e os trocadores serão distribuídos em todo o País até maio de 2016.
Além disso, a marca mapeará estabelecimentos no Brasil que já possuam a estrutura necessária aos pais e enviará selos com a assinatura da campanha #papaimandabem, evidenciando que esses pontos possuem um fraldário para receber os pais e seus bebês.
"Entendendo esse cenário, Bepantol® Baby passa a dialogar também com os homens, provocando uma mudança de comportamento e chamando a atenção para o papel do novo pai, que precisa estar cada vez mais envolvido no cuidado com os bebês, não apenas com o suporte financeiro, mas compartilhando as tarefas com as mães e assumindo mais responsabilidades no dia a dia com os pequenos. O objetivo da marca é promover, a partir de agora, ações que fortaleçam o vínculo entre pais e filhos, incentivando a evolução da paternidade nas relações familiares".

Amei e curti mil vezes, gente!!! Por mais campanhas como essa pelo mundo pra que a gente não precise ver situações como essa, representada na ilustração:

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O bebê é a estrela do parto – e não a mãe

Recebi esse texto recentemente no Facebook e só posso dizer uma coisa: parece que foi escrito por mim! A autora conseguiu resumir bem o que sempre defendi: não importa o tipo de parto....a prioridade deve ser sempre o bebê, sua segurança, saúde e bem estar.

Vou postar aqui alguns trechos, ok?

O momento do parto nada tem a ver com heroísmo materno ou com se tornar uma mulher mais poderosa. Engravidar e, depois, dar à luz, por qualquer via, é e deve ser um evento simples e seguro. 

O desafio da maternidade não está aí. Mas na doação e na dedicação que um filho exige pela vida toda. O parto não é um espetáculo, não é um circo, não é um evento social. O nascimento de um bebê é, sim, um momento lindo. Por isso o tipo de parto importa pouco perto da grandeza de se tornar mãe, perto da grandeza de gerar uma nova vida para o mundo.

Quem precisa parir por uma via específica, quem faz questão de sentir dor para se sentir mais mulher, realmente não precisa de obstetra – precisa de terapia. A mulher que não consegue manter uma relação saudável com seu marido, ou consigo mesma, depois do parto, porque não teve o parto sonhado ou porque ficou com uma cicatriz, precisa rever seus valores. O parto não pode ser uma arena para resolver (ou para criar novas) frustrações. Não é disso que se trata. Temos que tirar o foco do parto e colocar o foco no nascimento. O bebê é a estrela do parto – e não a mãe. A mãe está ali, tanto quanto o pai, tanto quanto a equipe médica, para fazer todo o possível para que aquela nova vida chegue da melhor maneira possível ao mundo. O bebê não é um mero coadjuvante do momento maior da vida da sua mãe – é exatamente o contrário. O exercício da maternidade começa por essa compreensão. (...) O nascimento de um filho não é evento para autopromoção, para panfletarismo, para empoderamento da mulher ou para ativismo feminista. O parto é um evento médico. Não pode ser usado como arma ou como laboratório para lutar por ideais que não representam o melhor que a ciência conseguiu produzir até hoje em termos de segurança e de conforto.

O parto nada mais é que a chegada de uma nova vida ao mundo. Eis o que é importante: dar à luz uma criança que nasça saudável e sem sequelas evitáveis. Com amparo competente e com o menor nível de sofrimento possível para todos os envolvidos. Portanto, escolha o tipo de parto que você deseja. (...) Não se deixe influenciar por opiniões leigas ou por crenças em que há mais romantismo do que conhecimento. O parto é só um dos inúmeros desafios que temos na vida. O que nos faz fortes são as nossas muitas experiências somadas. Suas qualidades como mulher e como mãe estão muito além do esforço dispendido nesse momento. Um parto, de verdade, é um evento mais técnico do que conceitual. Ele não prova nada. Você se provará, ou não, depois, na vida que segue. (...) O que é ideal para uma, pode ser insuportável para outra. E essas diferenças devem ser respeitadas. A discussão sobre o parto é muito ruidosa. E há muitas vozes que se elevam sem conhecimento médico, sem amparo técnico, e que se ocupam de disseminar o sectarismo, a partir de uma posição leiga. E há dinheiro circulando a partir de inverdades e de difamações. Será que qualquer um pode, sem esforço, fazer o papel de médicos que dedicam a sua vida ao estudo e à prática da saúde? Será que a obstetrícia é uma área de conhecimento tão óbvia que qualquer um, sem o menor preparo, pode praticar?

(...) O parto é um evento natural, mas não isento de riscos. Existem complicações imprevisíveis que precisam ser imediatamente revertidas por médicos capacitados, em ambientes com recursos como centro cirúrgico, banco de sangue, profissionais de saúde, medicamentos adequados. (...) Os desfechos desfavoráveis na gestação e no parto são muitas vezes evitáveis e relacionados à qualidade da assistência e do ambiente oferecido ao bebê e à mãe. (...) Muitas  teses que preconizam o retrocesso estão em voga. Mas não se engane: elas não têm qualquer respaldo técnico. Vivem de ideologia, e não de conhecimento específico. Há atrocidades sendo ditas por aí. E, apesar disso, há quem aplauda. Enquanto isso, médicos e enfermeiros se dedicam a estudar e a salvar vidas, em silêncio, todos os dias.

Para ler o texto na íntegra, acessem esse link.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Como estamos contornando a fase dos Terrible Twos

Dia de responder as dúvidas de vocês. E é incrível a quantidade de leitoras que entram em contato me perguntando se também estou enfrentando essa fase tão difícil com o lindão e como estou conseguindo contornar a situação.

Como vocês leram nesse post, o terrible twos acontece principalmente entre 1 ano e meio e 3 anos e meio, ou seja, o lindão está bem no meio do processo e só posso dizer uma coisa: SÓ POR DEUS!!!! Só por Deus meeeeeeeesmo pra gente levar essa fase sem ter um treco de nervoso, né?

Maaaaaaas, dá pra contornar a situação. Não vou dizer pra vocês que o lindão parou com as birras, mas posso dizer que nunca mais armou cena (aquelas de se jogar no chão berrando) e que começamos a perceber um maior controle emocional dele nos últimos meses.

Mas vamos ao que vocês me pediram, né? Como estamos contornando essa fase?

Desde a primeira birra, sempre tivemos firme em nossa mente que jamais cederíamos ao que ele pedisse aos berros....e conseguimos isso. Tudo o que ele apronta pra pedir, fica sem! Não ganha mesmo!! E a nossa frase é sempre a mesma: "quando você pede desse jeito, não ganha nada"!!

Ao todo, foram 3 cenas de birra e, em todas elas, nosso comportamento foi o mesmo: ignorar! Como diz o nossos Pediatra, "show precisa de plateia pra acontecer". Sempre que ele começava o surto, a gente ignorava. Nenhuma das cenas durou mais do que 2 minutos.

Desde então, até chega a ameaçar a cena, mas nós dizemos: "nem começa, porque você já sabe que não ganha nada"!! E ele pára.

Apesar das cenas terem parado, os berros e choros descontrolados continuam quando ele é contrariado e, principalmente, quando está cansado ou com sono.

Pra isso, quando percebemos os primeiros sinais de sono dele, fazemos de tuuuuudo pra que ele tire a soneca ou vá para o berço (se já for perto da hora de dormir).

E o que dá mais certo por aqui: quando ele chora, berra ou se descontrola, paramos tudo, ficamos na mesma altura que ele e pedimos calma. Sem gritar, falando baixinho mesmo. Demora um pouco, mas ele pára o choro. Quando pára, nós explicamos (pela milésima vez, diga-se de passagem), que ele nunca irá ganhar nada no grito nem chorando!

Geralmente, depois que fazemos isso, ele se acalma e pede novamente o que estava querendo, só que baixinho e pedindo por favor. Daí sim, ganha.

Porém, existem casos em que ele não ganha nem pedindo com toda a educação do mundo, né? Exemplo: semana passada ele fez a maior birra porque não queria tomar banho. Gritava sem parar: "QUERO DORMIR SUJO!! NÃO QUERO TOMAR BANHO"!

Pedimos pra ele se acalmar e explicamos que não havia escolha. Banho é banho e tem que tomar todos os dias......resultado? Ele parava a gritaria pra ouvir nossa explicação, mas retomava o choro assim que percebia que não existia negociação....foi para o chuveiro esperneando e berrando.....5 segundo depois, esqueceu de tudo e ficou feliz da vida como costuma ficar na água.

E pronto!! Quando não existe a possibilidade de ceder, não cedemos e aguentamos o chororô sem mudar a dinâmica da casa e da família.

Aos poucos, ele está aprendendo. Dia desses mesmo, me surpreendeu ao ameaçar berrar porque queria assistir desenho no horário em que vemos jornal e ele mesmo parou, respirou e disse: "não ganho nada se falar bravo, né"? E foi brincar.....

Então é isso, gente!!! Não estamos conseguindo 100% de sucesso, mas acho que estamos conquistando um bom patamar dia a dia.

Como posso resumir esse post em uma só frase? NÃO CEDAM!! JAMAIS!!! Pediu aos berros? Dançou! Pediu com calma e educação? Daí pode ser que ganhe o que quer.