sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O primeiro trimestre do bebê

Quem já passou por ele, sabe bem como é difícil...quem está grávida, vai entender logo, logo. O fato é que os primeiros 90 dias da vida de um bebê não são nada fáceis - nem pra ele, nem para a família. Há mais ou menos 1 ano, fiz esse post em um Portal para o qual eu escrevia e as leitoras gostaram muito (talvez, justamente por se identificarem tanto). Achei bacana postar aqui no blog também:

Desde que engravidamos e começamos a nos interessar por tudo o que diz respeito à gravidez e ao bebê, passamos, também, a ser enganadas pelos meios de comunicação, já que – verdade seja dita – eles nos mostram uma vida de mãe pra lá de irreal, né? Tudo é calmo, funciona do jeitinho que a gente quer, exatamente como planejado.

Mas aí o bebê nasce e a mãe se vê em meio a um turbilhão de emoções: o corpo está inchado; a barriga continua lá mesmo sem o bebê (rsrs); por mais que acerte a pega na hora de amamentar, os seios ficam doloridos; o bebê chora muito e não interage em nada; aquele imenso amor de mãe não aparece de imediato; e por aí vai!

O normal nessa fase é sentir culpa....muita culpa!
“Mas gente!! Desejei tanto essa criança! Como posso estar me sentindo mal desse jeito”?!

Sabem por que sentimos tanta culpa? Porque as pessoas e a mídia não falam a verdade! É isso mesmo! Respire, querida! Não é só você que está se sentindo ou que se sentiu assim nos primeiros meses de vida do seu bebê.

A imensa verdade é que todas as mães se sentem assim um dia ou outro (ou todos os dias). Essa é a realidade, e não a exceção.

E teria como ser diferente? Tudo é novo. Sentimos uns dez tipos de medos diferentes por dia. Não sabemos nem pegar nosso bebê no colo direito, pois parece que eles vão quebrar. Agora, não tem mais pra quem devolver a criança quando ela começa a chorar, pois é VOCÊ que ela quer e precisa. 

Até o dia em que chegamos em casa com nosso presentinho nos braços, tínhamos contato com bebês apenas felizes e animados......se começassem a chorar, era só dar para a mãe ou para o pai que eles se acalmavam.

Às vezes chega a passar um arrependimento pela nossa cabeça nessa fase. Mas graças a Deus passa assim que sentimos o cheirinho deles quando estão no nosso colo. E é exatamente disso que se trata esse primeiro trimestre do bebê: um mix de sentimentos que nos dão a sensação de que vamos enlouquecer e, pior, de que somos péssimas mães.

Mas o fato é que não somos péssimas mães não. Somos mães normais. Pra lá de normais. E é justamente esse turbilhão de emoções que nos faz mães. É exatamente esse turbilhão de emoções que nos treina, que nos capacita. O problema é a sociedade fingir que ser mãe não muda nada. MUDA TUDO! E quando nosso bebê completa 3 meses e tudo começa a melhorar (acreditem...melhora muuuuuuito), percebemos que todas essas mudanças foram, na verdade, para a melhor e já não conseguimos mais imaginar nossa vida sem aquele pequeno presente que Deus nos enviou.

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