Como prometi nas redes sociais semana passada, hoje vou falar sobre esse tema tão importante:
O dia-a-dia do casal muda bastante depois que as crianças chegam, mas essa mudança precisa ser dosada, equilibrada e proporcional. Mudar pelos filhos não pode significar dar um giro de 180º na nossa vida. Não pode significar ser outra pessoa.
O dia-a-dia do casal muda bastante depois que as crianças chegam, mas essa mudança precisa ser dosada, equilibrada e proporcional. Mudar pelos filhos não pode significar dar um giro de 180º na nossa vida. Não pode significar ser outra pessoa.
Muito antes de sermos pai e mãe, somos homem e mulher, somos indivíduos, temos nossa rotina, nossas preferências, nossos costumes. E é nessa família que a criança chega. São esses costumes, rotina e preferências que precisam fazer parte da vida da criança assim que ela chega da maternidade (com as devidas mudanças, claro, mas nunca perdendo totalmente a identidade).
Casais que se anulam 100% com a chegada dos filhos ficam frustrados, sobrecarregados e acabam se desentendendo o tempo todo. O equilíbrio, aqui, é mais importante do que nunca. O casal não pode entrar de cabeça nas necessidades da criança, deixando as suas totalmente de lado. É fundamental manter os princípios e a rotina do lar depois que as crianças chegam. Vou dar alguns exemplos de como funciona aqui em casa pra deixar tudo mais claro antes de continuar:
A hora da refeição:
Antes do lindão: a gente raramente jantava. Era um lanchinho básico ou só uma vitamina ou algo na rua mesmo antes dos compromissos. No fim de semana, o melhor era acordar tarde e tomar um super café-da-manhã na padaria (que já valia como almoço).
Depois do lindão: é preciso comer mais direitinho pra ser exemplo pra ele, né? Mas o horário do jantar não mudou. Sempre comemos por volta das 19h e continuamos assim. Antes desse horário, rola banho, leitura, brincadeiras, TV, passeio, etc (todos juntos). Se ele tiver fome antes da hora, come uma (e só uma) bolachinha. O café-da-manhã continua rolando na padaria de vez em quando, só que mais cedo....rsrsrsrsrs
A hora de dormir:
Antes do lindão: sempre tivemos muitas atividades a noite por conta da igreja (célula, reuniões, eventos) e nunca fomos dormir antes das 22h.
Depois do lindão: claro que os eventos diminuíram bastante, principalmente no primeiro ano, mas alguns são obrigatórios (como a célula e o culto de domingo) e precisaram entrar na rotina dele. Portanto, fomos criando uma rotina desde o primeiro dia em casa pra que ele se acostumasse a ir pra cama sempre entre 21h e 22h. Com isso, conseguimos ir para a célula, por exemplo, sem que ele fique chatinho por conta do sono. E essa rotina acaba nos ajudando bastante quando pinta uma festa, já que a tolerância do lindão para o horário é bem mais longa e ele fica curtindo também até mais tarde.
O relacionamento do casal:
Antes do lindão: sempre curtimos ter um tempinho gostoso no sofá antes de dormir pra colocar nossos seriados em dia ou assistir a um filme bacana.
Depois do lindão: nos primeiros meses, assim que o lindão dormia, a única coisa que a gente queria era dormir também, mas como criamos uma rotina desde sempre, aos poucos as coisas ficaram mais previsíveis e nós pudemos ir retomando nosso momento do sofá. Agora, quando o lindão vai pra cama, nós temos nosso tempinho de novo.
Apenas alguns exemplos pra vocês entenderem o motivo do post. Mudem sim pelos filhos. Sejam pessoas melhores, mas nunca - jamais - se anulem como indivíduos e, principalmente, como casal. A família é formada assim que vocês se casam e não só depois que os filhos nascem. Os filhos chegam pra agregar, não pra formar a família.
A criança precisa se sentir parte de algo, se sentir inserida, e é justamente isso que ela sente quando percebe que existem regras ali que vieram antes dela. Isso vai moldando o caráter dos pequenos, vai ensinando, vai formando a personalidade deles.
Eles é que precisam ser formados e moldados de acordo com os costumes dos pais. Não o contrário.
Eles é que precisam ser formados e moldados de acordo com os costumes dos pais. Não o contrário.
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