Ontem aconteceu uma coisa aqui em casa que me fez pensar nisso.....Ser mãe é ser flexível ou pelo menos deveria ser.
Lindão acordou muito cedo para os seus padrões e, como esperado, foi ficando cada vez mais chatinho. Não quis almoçar direito, falava não pra tudo, quis se jogar no chão algumas vezes, já sabem como é, né?
Logo após o almoço, ele mostrou sinais de que queria fazer xixi. Chegando ao banheiro, começou a gritar e dizer que não ia fazer nada. Se jogou no chão ensaiando uma cena de birra e, como eu costumo fazer nesses momentos, deixei ele lá pra evitar a cena. Fui pra sala esperando que ele viesse atrás, mas não veio.
Voltei para o banheiro e a cena que eu vi me fez rir e morrer de dó ao mesmo tempo: o coitadinho dormiu no chão! Do jeito que estava ensaiando a birra, ficou. Claro que estava com o sono extremamente leve ainda, pois estava ali fazia apenas alguns segundos. Quando cheguei mais perto, ele abriu os olhos e já deu uma reclamadinha do tipo: me deixa dormir, mãe!
Daí pensei: nossa, mas ele precisa colocar o uniforme, escovar os dentes, se arrumar para a escola, ...
E foi aí que me toquei: pra que tanta rigidez com alguém de apenas 2 anos? Pra que deixar a criança cansada, com sono, mal humorada, pra passar só uma hora na escola (está na fase de readaptação essa semana)?
Pois tirei o coitado do chão, coloquei a fraldinha (porque ele ainda dorme de fralda), a chupeta, coloquei no berço bem mais cedo do que de costume para o cochilo e pronto. Nem escovar os dentes ele escovou! Senti uma enorme paz de espírito depois de tudo isso! Percebi que estava fazendo o que era melhor pra ele e não o que nós achamos ser melhor. Ir para a escolinha é bom? Claro que é! Ele ama? Claro que ama! Mas com tanto cansaço, pra que esse sacrifício todo?
Então, fica a dica gente: vamos levar a vida com mais tranquilidade e menos neura. Dar limites e disciplinar é preciso, mas ensinar a criança que, às vezes, a gente precisa de flexibilidade e de leveza, também é.
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