Um dos textos mais lidos no blog até hoje...
{Post de 28/06/2016}
Eu sou uma grande admiradora dessa
tendência, pois realmente não aprovo essa "pressa" toda que forçamos as
crianças a viverem hoje em dia.
Mais um desses textos que eu gostaria de ter escrito, porque penso exatamente assim:
A infância tem seu
próprio ritmo, sua própria maneira de sentir, ver e pensar. Poucas
pretensões podem ser tão erradas como tentar substituí-la pela forma
como nos sentimos, vemos ou pensamos, porque as crianças nunca serão
cópias de seus pais.
Há
alguns meses, saiu uma notícia que nos desconcerta e nos convida a
refletir. No Reino Unido, muitas famílias preparam suas crianças de 5
anos para que, aos 6, possam fazer um teste que lhes permite ter acesso
às melhores escolas. Um suposto “futuro promissor” causa a perda da
infância.
Hoje em dia, muitos
pais continuam com a ideia de “acelerar” as habilidades de seus filhos,
de estimulá-los cognitivamente, colocá-los para dormir ao som de Mozart
enquanto ainda estão no útero. Pode ser que essa necessidade de criar
filhos aptos para o mundo esteja educando filhos aptos apenas para si
mesmos. Criaturas que com apenas 5 ou 6 anos sofrem o stress de um
adulto.
Todos sabemos que,
nessas sociedades competitivas, são necessárias pessoas capazes de se
adaptar a estas exigências. No entanto, também é necessário perguntar …
Terá valido a pena todo o custo emocional? O perder a infância? O seguir as orientações de seus pais desde os 5 anos?
As crianças são
feitas de sonhos e devem ser tratadas com cuidado. Se as dermos
obrigações de adultos enquanto ainda são apenas as crianças, arrancamos
suas asas, fazendo-as perderem a sua infância.
A
curiosidade é a maior motivação do cérebro de uma criança, por
conseguinte, é conveniente que os pais e educadores sejam facilitadores
de aprendizagem, e não agentes de pressão.
O “Slow Parenting”
(pais sem pressa) é um verdadeiro reflexo dessa corrente social e
filosófica que convida-nos a desacelerarmos, a sermos mais conscientes
do que nos rodeia. Portanto, no que se refere à criança, se promove um
modelo mais simplificado, de paciência, com respeito aos ritmos da
criança em cada fase de desenvolvimento.
Os eixos básicos que definem o Slow Parenting seriam:
- A necessidade básica de uma criança é brincar e descobrir o mundo;
- Nós não somos “amigos” de nossos filhos, somos suas mães e pais. Nosso dever é amá-los, orientá-los, ser seu exemplo;
- Lembre-se sempre de que “menos é mais”. Que a criatividade é a arma dos filhos, um lápis, papel e um campo têm mais poder do que um telefone ou um computador;
- Compartilhe tempo com seus filhos em espaços tranquilos.
Respeitemos
sua infância, respeitemos essa etapa que oferece raízes às suas
esperanças e asas às suas expectativas. (Luiza Fletcher)
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