segunda-feira, 11 de abril de 2016

Pra refletir

Gostei muito dessaa reflexão que recebi pelo Whats e queria muito compartilhar com vocês, pois é exatamente o que eu acho e vejo nos dias de hoje...não poderia concordar mais com a autora:

Merthiolate

Quem tem um pouco mais de “experiência”, para não dizer idade, ainda é capaz  de lembrar do ardor causado pelo Merthiolate.

Eu, moleca que era, vivia ralando os joelhos, cotovelos e o que mais conseguisse, e não sei o que era pior: a dor do ferimento ou o ardor do Merthiolate. (...) Enfim, primeiro doía e depois ardia. 

Com o tempo, o Merthiolate criou uma fórmula que não arde.

Com o tempo, não permitimos que nossos filhos sintam nem o ardor do Merthiolate, nem os ardores da vida.

Estamos criando uma geração que não sabe o que é ardor, fome, sede, espera, paciência.

Carregamos um kit completo anti “pitis” na bolsa, com água, bolachas, celular, tablet, caderno, lápis, analgésico. Nossos filhos não podem esperar.

Esperar meia hora, quarenta minutos por uma comida? Jamais! Dez minutos por uma água? Não! 

Não podem ir a restaurantes sem espaço para crianças porque não suportarão a permanência no local.

O que estamos criando?

Nossas esperas foram boas e até hoje a vida nos ensina a esperar. 

Certamente, nesse exato momento, você está esperando por algo: uma cura, uma promoção, uma ligação, comprar uma casa, um carro, uma viagem, engravidar, um namorado, qualquer coisa. Você está esperando. E sua mãe não tem a solução de seus problemas na bolsa dela...

As crianças devem e podem esperar. 

Nós, como pais, temos a obrigação de ensiná-los a esperar porque temos que prepará-los para a vida como ela é.

A criança tem uma necessidade, fica chata, não temos paciência e damos o que ela quiser. Qualquer coisa.

Ferrari? Paris? Gucci? Qualquer coisa, mas pare de birra!

E assim, nossa baixa resistência aos apelos dos filhos nos levam ao erro. 

Nada mais arde. Nem Merthiolate.

Na verdade, tudo continua ardendo, apenas damos-lhes a falsa sensação de que nada mais arde, de que tudo é imediato.

É isso que queremos ensinar?

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